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segunda-feira, 16 de julho de 2018

O FRIO E O CALOR


Durante muito tempo considerei que havia correspondência directa entre calor e frio, isto é, achei que sentir frio ou calor eram sensações que de certo modo se equivaliam. Considerava por isso puro egoísmo expor alguém à corrente de ar sabendo que a sua saúde se encontrava fragilizada e podia desenvolver uma pneumonia. A exposição a situações de frio, pensava eu, traria efeitos negativos para a saúde como o agravamento de infecções respiratórias já existentes, infecções cardíacas ou na melhor das hipóteses, simplesmente uma gripe… Na ausência destas complicações, mais camisola, menos camisola, serviam para enfrentar o frio “polar” e os “calores” que era forçado a partilhar.
Conhecia até através da profissão adquirida que temperatura e calor nada têm a ver um com o outro. São conceitos completamente diferentes. Enquanto a temperatura do corpo humano se pode fazer variar através do suor, maior ou menor movimento e mais ou menos agasalhos, o calor, como forma de energia térmica que é, torna-se difícil erradicar do corpo ou do ambiente.
Foi preciso sentir o calor do ginásio e depois de alguma reflexão que cheguei à brilhante conclusão de que é mais difícil perder calor do que o ganhar, até pelos mecanismos de defesa do organismo humano.
Não descurando a importância das alterações climáticas que se alastram por esse mundo fora, recordo-me que a situação de frio intenso que hoje vivemos nada tem de inédito. O “tempo” instável, não se falava ainda em clima, era normal nesta altura do ano. A baixa temperatura bem como a ocorrência de aguaceiros em pleno verão não eram então motivo de admiração. Não é muito comum e nisso estou de acordo com o IPMA, a persistência destas condições climatéricas durante um tão longo período de tempo…

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