QUE 2015 SEJA UM ANO PLENO DE FELICIDADE É O QUE DESEJO A TODOS OS QUE ME ACOMPANHARAM AO LONGO DESTE ANO QUE AGORA FINDA
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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
GENTE PRECONCEITUOSA
Não me surpreendeu absolutamente
nada o artigo que li sobre um estudo feito pela Universidade de Ontário, no
Canadá e que, segundo esse mesmo estudo, (publicado na revista Psychological
Science), as pessoas menos inteligentes
são mais conservadoras, preconceituosas e racistas. Eu tinha formado essa
opinião através da observação do comportamento de alguns adeptos de clubes de
futebol, das guerras motivadas por diferenças religiosas, já para não falar dos
preconceitos sexuais, sociais e até contra a velhice… Por falta de provas, a
minha opinião era frequentemente rebatida quando me atrevia a expressá-la até
que aprendi a ficar calado e a corroborar para mim próprio esta teoria.
Na verdade, é de certo modo
“natural” que pessoas menos inteligentes adoptem ideologias socialmente
conservadoras devidas à aversão que o ser humano tem à mudança, atitude essa que
é geradora do preconceito.
Convém não esquecer que, apesar da
conclusão a que se chegou através deste estudo, nem todos os não
preconceituosos são inteligentes assim como nem todos os preconceituosos são
pessoas de pouca inteligência. Como em todas as regras, também nesta há excepções…
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
A MODA DA BARBA
Ficar
por casa nestes dias de festa dedicados à família, deu-me para assistir ao
programa da RTP1 “Agora Nós”. Reparei que também o apresentador acabou por
aderir à moda da barba. Se esta moda favorece alguns rostos dando-lhe até um ar
sexy, outros há a quem confere um aspecto de troglodita e só perdem em sentido
estético. No caso do apresentador José Pedro Vasconcelos, com aquele ar
limpinho de menino da mamá, a barba confere-lhe um ar descuidado que de forma
alguma se coaduna com o aspecto geral. É a minha opinião e por isso vale o que
vale. Opiniões à parte, ao aderir a esta moda, José Pedro já vai tarde assim como todos os que acabaram por aderir. Como toda a gente sabe, a moda é cíclica, o que hoje
está na moda em pouco tempo deixa de estar. Eu próprio já usei barba na década
de 70 e algum tempo depois, passou a ser careta o uso de barba e acabei por
cortá-la. É o que de facto começa já observar-se. Como quase sempre acontece,
quando uma moda se generaliza demasiado, há a tendência para passar de moda.
Existe mesmo um estudo publicado na revista científica Biology Letters (Ler aqui) feito
por pesquisadores da Universidade de South Wales, no sudeste da Austrália que
atesta que “dada a imensa quantidade de "barbados", os homens de
"cara limpa" tendem a obter uma vantagem competitiva e, portanto,
sobressair e se tornarem, mais uma vez, dominantes”.
Ora,
devido à enorme profusão de barbados, penso que esta moda, cíclica como todas
as modas, já atingiu o seu auge. Viva a moda dos homens de “cara limpa”…!
domingo, 28 de dezembro de 2014
A PRIMEIRA VEZ É A QUE DÓI MAIS
É bem verdade que há sempre uma primeira
vez para tudo (grande cliché!) e, segundo consta, é sempre a que dói mais… Não,
não se assustem que não vou levar a conversa para a cueca ou trocar o “c” pelo
“q”… Vem isto a propósito da sensação algo desagradável que tive quando fui avô
pela primeira vez. Confesso que não foi uma sensação muito agradável sentir que
com 61 anos “já” era avô, o que é considerado sinónimo de velho… Quando somos
novos é assim que pensámos. Lembro-me de achar que os meus pais eram já muito
velhos, com a mesma idade que tinha quando fui avô pela primeira vez… Pensar
que hoje tenho a mesma idade que os meus pais tinham quando eu os achava muito
velhos!
Há cerca de 5 meses e alguns dias, fui
de novo promovido a avô desta vez de uma Ritinha e admito que já não custou
nada… pelo contrário, canso toda a gente que conheço ao contar repetidamente as
suas gracinhas.
Não há dúvida, o que dói mais é a
primeira vez…
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
FELIZMENTE O NATAL JÁ PASSOU...
Nunca fui muito “tocado” pelo espírito
de Natal e, que me lembre, mesmo quando era criança… Não faço ideia se por ser
pouco presente em nossa casa, se por ter como ponto alto da noite uma
chatérrima “missa do galo”, se devido aos presentes se resumirem
invariavelmente a um par de peúgas, um cachecol, umas luvas e, em alguns anos
uma camisola. É certo que havia uma tristíssima árvore de Natal em cima do
aparador da sala onde raramente jantávamos mas não era o suficiente para chamar
o dito espírito de Natal … Isto até aos meus 10 anos. Mais tarde, as coisas
melhoraram em todos os sentidos mas há muito o espírito de Natal estava morto em
mim. Com o nascimento dos meus filhos ressuscitou também o espírito de Natal.
Esta quadra passou a ser vivida de uma forma mais intensa com o culminar da
distribuição dos presentes às crianças e forçosamente também aos adultos mais
chegados.
Este ano, com a presença dos netos, revivi
o gosto do Natal de outros tempos em que os filhos eram ainda crianças e
acreditavam no Pai Natal.
O que eu não gosto no Natal é esse malfadado
hábito de fazer compras e da vertente de ter de as oferecer e retribuir a
familiares e amigos, porque sim. Detesto esse hábito consumista que faz as
pessoas correrem a entupir lojas ruas e estradas na ânsia de adquirir mais um
presentinho para oferecer sabe-se lá a quem… Como é sabido através de
“pensamentos” que aqui publicados, também gosto de dar presentes,
mas de preferência sem a imposição de datas, com algo que sabemos que as pessoas desejam ou não mas que pensamos que vão gostar…
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
A MESA DE NATAL
Este ano a mesa de Natal foi em prata.
Para ser diferente, a toalha com motivos natalícios ficou na gaveta. Escolhi
uma toalha com motivos em tom de prata a condizer com os marcadores e o fio
prateado das louças. Requintei e inovei um pouco na decoração da mesa de Natal…
À mesa, apenas seis pessoas (eu, minha mulher, os dois filhos, o Miguel e o genro),
a Rita ficou no carrinho. A ementa constou de dois pratos, o tradicional bacalhau
cozido com batatas com legumes e o arroz de polvo. O peru este ano fez greve…
Como sobremesa, rabanadas, sonhos, leite-creme (feito na Bimby da filhota), pão
de ló, bolo rei e frutos secos. Para mim bastava uma rabanada e o bolo-rei que
é o que gosto e habitualmente como no Natal.
E pronto, foi assim o Natal cá em casa.
Apesar de este ano estar mais presente o espírito de Natal, mesmo assim,
sentem-se sempre as ausências dos que já foram e dos que ainda estão por cá. A
noite acaba sempre por ser um pouco triste ao relembrar outros natais mais
distantes…
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
FELIZ NATAL
A todos os amigos, reais e virtuais, desejo um Santo Natal na companhia dos que vos são mais queridos.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
A "ÁRVORE" E OS PRECONCEITOS
A propósito da árvore de Natal
lembrei-me de uma notícia sobre a exposição de uma escultura de Paul McCarthy
na Praça Vendôme, em Paris. Esta escultura valeu ao seu autor um par de
bofetadas (na verdade foram três) aplicadas por um transeunte aquando da sua
montagem. Embora lhe fosse atribuída a designação de “Tree” e pretenda
representar precisamente uma árvore, a escultura faz lembrar a muitos franceses
nada mais, nada menos que um “brinquedo sexual”, daí a grande controvérsia
gerada à sua volta. Esta escultura se assim se lhe pode chamar, acabou por ser
vandalizada. Tratando-se de uma peça insuflável sustentada por cabos, quando
estes foram cortados deixaram por terra a dita escultura…
Sendo Paris a Cidade Luz, assim chamada por ter atraído ao longo dos séculos as
mentes mais iluminadas das diferentes vertentes das artes, não deixa de se
estranhar esta atitude perante a “árvore” do senhor Paul McCarthy, atitude só explicável
através de mentes preconceituosas.
Afinal,
mesmo aqueles que se consideram não preconceituosos, se mergulharem bem fundo
no seu íntimo, talvez encontrem vestígios desse veneno em relação a atitudes,
formas de estar, de vestir, raças, religião,…
sábado, 20 de dezembro de 2014
É AZAR, POUCA SORTE OU BRUXARIA?!
Não
sei se é azar, pouca sorte ou bruxaria mas tudo que tem que avariar nesta casa
é precisamente ao sábado que avaria apesar de a semana ter 7 dias… Até agora era
o frigorífico que se cansava de refrigerar e decidia fazer uma pausa prolongada
ao sábado com a consequente estragação dos alimentos que lá conservávamos. Depois
da caldeira, máquina de lavar roupa,… hoje foi a vez do carro que resolveu
enviar uma mensagem a exigir uma revisão urgente ao motor. Só pode ser muito
azar, pouca sorte ou bruxaria porque para coincidência segundo a lei das probabilidades,
é altamente improvável…! Ainda estou indeciso entre levar o carro à oficina ou
a uma bruxa de confiança… Como o carro vai ficar a repousar na garagem até segunda-feira,
vou ter tempo mais que suficiente para fazer a melhor opção. Estou cá
desconfiado que o malandro queria descanso por isso avariou…
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
A LOUCURA DAS COMPRAS DE NATAL
Só ontem me apercebi da loucura que se
apossou de grande parte da população desta Invicta cidade habitualmente tão
calma que chega a parecer uma qualquer cidadezinha dos subúrbios… Talvez porque
tive necessidade de ir ao Mar Shopping a meio da tarde depositar uns monos no
ponto electrão e fazer algumas compras de artigos de consumo é que me apercebi
que já nesta altura anda tudo louco com as compras de Natal. Há já algum tempo que
observo a profusão de ideias para centros de
mesa, árvores, enfeites, presentes… que
grassa na blogosfera
mas não fazia ideia da loucura que ia pelos shoppings da cidade e arredores. Devo dizer
que ainda não fiz qualquer compra de Natal como já vem sendo hábito desde que
os filhos se tornaram adultos. Não sou apologista da tradicional troca de presentes,
na sua maioria perfeitamente inúteis, só porque é suposto oferecerem-se nesta
quadra. Abro uma excepção para as crianças. As prendas devem ser para elas à imagem
do que aconteceu com o Menino Jesus. Que me conste, ninguém ofereceu prendas
a José ou a Maria…
No regresso a casa, fui obrigado a
engrossar uma fila de trânsito que se dirigia ao Norte Shopping só porque esse percurso
é o mesmo que em parte percorro até casa.
O que mais me surpreende é ver a
quantidade de prendas que se compram numa altura de crise como esta que
vivemos.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
ÁS VEZES GOSTO DE FICAR SÓ
Na
sequência do meu poste anterior torna-se oportuno esclarecer por que às vezes
gosto de ficar só no meu cantinho a pensar ou então, conduzir e a ouvir música no carro, sentar num sofá a ler um
bom livro ou numa esplanada junto ao mar a pretexto de um café,… Ainda que o facto de estar sozinho não
me leve a lado nenhum, estou seguro do bem que me fazem os longos diálogos que travo comigo mesmo. Nestes diálogos, ora me insulto por certas atitudes que
tomei, ora me incentivo a tomar determinadas decisões… Noutras ocasiões colaboro
até com ideias que me permitem chegar a conclusões através da análise de factos
que me incomodam ou que de algum modo me impressionaram,… Estes diálogos
interiores, recuso-me a chamar-lhe monólogos, ajudam-me a afastar preconceitos
e alterar juízos de valor sobre pessoas, factos e atitudes de modo a minimizar ou
mesmo eliminar a dor que me provocam.
Todas as pessoas deviam
ficar sozinhas de vez em quando de modo a terem a possibilidade de estabelecer
estes diálogos. É extremamente
útil uma reflexão sobre tudo que nos rodeia de modo a ajustar as ideias à sua real
dimensão e ao lugar que lhes cabe na nossa vida. Às vezes não chega ser perdoado pelos outros, é mais importante saber perdoar-se
a si mesmo.
Se é verdade que às
vezes gosto de ficar sozinho, quando vejo casais a passear de mãos dadas, mães
a passear os seus filhos, dois amigos que conversam e riem, chego à conclusão
de que embora goste de ficar sozinho, não gosto de estar só…!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
SENTADO A SÓS... COMIGO
Estou
sentado sozinho comigo no meu quarto. Estou sentado mas não estou sozinho.
Estou sentado comigo no meu quarto… Olho as nuvens no céu através do quadrado
da janela onde, de quando em vez, um avião passa no seu percurso a caminho do
aeroporto. Talvez, naquele avião, vá alguém sentado consigo próprio, alguém que
não vai sozinho…
Estou aqui
sentado somente a desfrutar da minha companhia, em silêncio, muito quieto não
vá quebrar-se esta paz aparente. Tem dias em que até sou óptima companhia, bom
ouvinte e excelente comunicador… Tem dias. E hoje é um desses dias por isso estou
aqui sentado a sós… comigo. Escuto-me com atenção o que não significa que
aceito todas as explicações que tento fazer-me entender… Repreendo-me com
palavras que quase raiam o insulto e tento justificar o que não tem
justificação. Prometo-me alterar comportamentos, reprimir emoções embora
o Eu duvide que o vá conseguir… Afinal estamos em plena quadra natalícia…!
Continuo
ali sentado em silêncio, sozinho comigo no meu quarto, olhando através do
quadrado da janela. No céu já não há nuvens, apenas um céu azul dum tom azul
deslavado. De quando em vez, ainda passam aviões onde talvez vá alguém sentado
a sós consigo próprio…
Não
faço a mínima ideia há quanto tempo estou aqui sentado… sozinho, comigo ao
lado.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
O CAMINHO
Passo
a passo,
degrau a degrau, lá
se vai caminhando pela estrada da vida. Não importa de todo saber para onde nem
os percalços que se vão encontrar pelo caminho…
O que realmente
importa é caminhar. Desistir…? Não é opção…!
Todos
temos um caminho a percorrer e nenhuma desculpa para o não fazer.
Mais
tarde ou mais cedo, agora ou (muito) mais tarde, teremos de o percorrer… E o caminho faz-se caminhando como diria
o poeta (António Machado).
Ontem foi
dia de consulta pós-operatória. Tudo em ordem. Recuperação da visão a 100%. Mais
uma etapa superada no meu percurso de vida…!
Agora é só aguardar a próxima que será dia 17 de Janeiro...
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
NÃO SE PASSA NADA
É bonito e
espectável que, perante a adversidade de um amigo, aqueles que o são se mostrem
solidários e façam questão de estar presentes visitando ou mostrando a sua
disponibilidade para o que for preciso. Não se espera outra coisa dos amigos perante
aquele que se encontra numa situação difícil seja de que natureza for. O que
choca é todo o folclore que os meios de informação fazem à volta destes casos.
Este comportamento faz-nos pensar que neste país não se passa nada que mereça
ser noticiado… Talvez não esteja a ser de todo objectivo e a comprová-lo, basta
assistir aos noticiários da
TV e ler as páginas dos diários… Ninguém se pode queixar de não ficar informado
ao pormenor sobre todos os jogos disputados ou a disputar. Tirando os
comentários dos presidentes dos clubes e dos comentadores desportivos,
transmitidos em simultâneo nos diferentes canais televisivos nacionais… não se
passa nada. Melhor, tirando casos como o BPN, o
BPP, o BES, os swaps, as parcerias público-privadas, a Tecnoforma, os vistos
gold e o facto de termos um ex-primeiro-ministro detido, não se passa nada, mesmo nada… Neste
país que até podia ser o “país do futebol”, não se passa nada…! A não ser… os
jogos de futebol, é claro. De resto, está tudo calmo, tudo tranquilo…!
domingo, 14 de dezembro de 2014
O QUE É O TEMPO AFINAL?
Pensar
que amanhã já faz um mês que fui operado às cataratas (não confundir com as do Niágara),
surpreende-me. Por outro lado, a aplicação diária dos colírios (três) e a
restrição de fazer esforços no ginásio e fora dele, faz-me sentir como se já
tivesse sido há mais de um ano… Há anos que parecem meses e dias que parecem
anos, tudo é relativo e dependente das nossas vivências.
O que
é o tempo afinal? Apesar das inúmeras tentativas de o definir desde a mais
remota antiguidade quer por cientistas quer por filósofos, continuo a achar que
ele é indefinível por palavras. Dizer que o tempo passa é algo altamente subjectivo já que ele não passa de forma homogénea por todos nós e em todas as ocasiões
duma mesma pessoa… Repare-se como o tempo passa depressa quando em boa
companhia e como ele marcha lento quando se está à espera de alguém… Isto mostra como o
tempo não é percepcionado de forma homogénea por todos e em todas as ocasiões. Há dias tão
grandes que mais parecem um mês e outros que passam tão rápido que até custa a
acreditar…
Há
dias assim.
sábado, 13 de dezembro de 2014
A MINHA ÁRVORE DE NATAL
A minha árvore de Natal
não é a mais bonita como é comum dizer-se aqui pelos blog’s e redes sociais. Também
não é a maior nem tem outra característica que a faça diferente de tantas
outras que para aí há… Mas é a minha/nossa árvore de Natal armada pela família
segundo a tradição a partir do dia 30 de novembro e terminada antes do dia 17
de Dezembro. A família só errou, por desconhecimento (não leem o meu blog), em
acabar de a montar antes do dia 17 conforme manda a tradição… Este ano nem teve
a preciosa colaboração do Miguel mas ele sabe que ela existe em sua homenagem.
A Rita ainda é muito pequenina e ainda não se deixa entusiasmar por estes “enfeites”
natalícios.
É assim a minha árvore, mais pequena menos vistosa do que a árvore de
anos anteriores. Quisera que cada ramo desta árvore representasse cada um daqueles
que moram no meu coração…
Quisera, Senhor, neste Natal
Armar uma árvore dentro do meu coração
E nela pendurar, em vez de presentes,
Os nomes de todos os meus amigos!
Os amigos de longe e de perto, os antigos e os recentes.
Os que vejo cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que, às vezes, ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer, me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente
E aqueles de quem não me são conhecidas a não ser as aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos jovens e meus amigos velhinhos.
Meus amigos homens feitos e as crianças, minhas amiguinhas.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Aqueles a quem eu conheço sem me conhecerem
E aqueles que me conhecem sem eu os conhecerem.
Que me admiram e me estimam sem eu saber,
Que eu estimo e admiro sem lhes dar a entender.
Uma árvore de raízes muito profundas,
Para que os seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos
Para que novos nomes, vindos de todas as partes,
Venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável
Para que nossa amizade seja um momento
De repouso no meio das lutas da vida.
Armar uma árvore dentro do meu coração
E nela pendurar, em vez de presentes,
Os nomes de todos os meus amigos!
Os amigos de longe e de perto, os antigos e os recentes.
Os que vejo cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que, às vezes, ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer, me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente
E aqueles de quem não me são conhecidas a não ser as aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos jovens e meus amigos velhinhos.
Meus amigos homens feitos e as crianças, minhas amiguinhas.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Aqueles a quem eu conheço sem me conhecerem
E aqueles que me conhecem sem eu os conhecerem.
Que me admiram e me estimam sem eu saber,
Que eu estimo e admiro sem lhes dar a entender.
Uma árvore de raízes muito profundas,
Para que os seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos
Para que novos nomes, vindos de todas as partes,
Venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável
Para que nossa amizade seja um momento
De repouso no meio das lutas da vida.
Minha árvore de Natal (Padre João Batista Megale)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
UM MINUTO DE FAMA
Numa sociedade fria e calculista como é a actual, onde
os valores morais estão omissos ou totalmente subvertidos surpreende-me que indivíduos
perfeitamente anónimos se esforcem por causas humanitárias como envidar
esforços para libertar da prisão figuras públicas que mal conhecem. A minha
experiência de vida provavelmente fez-me tão céptico que não consigo acreditar
no altruísmo destes gestos. Desconfio que esta atitude tem por base a mera
tentativa de alcançar um minuto de fama. Apesar do meu ceticismo ainda me consigo
surpreender com o que o comum dos mortais é capaz de fazer para sair do
anonimato, para alcançar o seu minuto de fama… É claro que existem formas mais
radicais de o conseguir, como morrer de forma violenta com o inconveniente de o
indivíduo não ter o prazer de gozar o seu minuto de fama… Mas teria seguramente
a sua fotografia nos jornais e noticiários da TV o que provavelmente jamais
conseguiria estando vivo… Ou então, podia matar alguém. Nesta hipótese, o inconveniente
é o de vir a ser preso. Mas também deste modo conseguiria a divulgação da sua
foto nos jornais e até, quem sabe, aparecer nos noticiários e em entrevista na
TV. Além destes, existem outros meios menos radicais mas talvez mais
trabalhosos para atingir o tal minuto de fama, por exemplo, escrever um livro,
cantar uma canção que talvez venha a ter sucesso, roubar ou desviar uma quantia
choruda, deixar-se subornar, … ou cometer qualquer uma outra excentricidade (ver
a foto)…
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
O SEU A SEU DONO...
Em
pleno período do advento é comum ouvirem-se as tradicionais canções de Natal em
todos os espaços públicos como centros comerciais e ruas das cidades e vilas de
todo o mundo cristão. Uma das mais antiguinhas mas ainda muito ouvida é o ADESTE
FIDELIS (ouça aqui) também conhecido por "Hino de Natal Português". O que
muita gente não sabe é que este hino foi escrito pelo rei D. João IV de
Portugal. Este rei muitas vezes denominado como “O rei músico” foi um mecenas
tanto da música como das artes não sendo de estranhar ter composto vários hinos
além de possuir uma das maiores bibliotecas do mundo. Embora a autoria do hino
Adeste Fidelis seja muitas vezes atribuída John F. Wade, existem manuscritos
desta obra datados de 1640, encontrados no palácio de Vila Viçosa enquanto que
o manuscrito de John Wade data de 1743. É provável que John Wade tenha
traduzido a obra do nosso rei D. João IV sem mencionar a sua autoria sendo-lhe por
isso atribuída… Há sempre quem se aproveite do trabalho dos outros.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
A REFORMA É UMA TRETA
Se
está a pensar pedir ou já pediu a reforma achando que a
partir desse momento vai poder ocupar o seu tempo com coisas que até hoje não
tinha disponibilidade mas que sempre sonhou fazer, desengane-se. Nada disso vai acontecer. A partir do momento em que
se reforma, passa a estar disponível para “apagar fogos” de toda a família.
Todos contam consigo para dar uma ajudinha nas situações difíceis ou
simplesmente para fazer companhia. Pode optar por ficar em casa na esperança de
gozar de algum sossego mas também aí o esperam mil e uma tarefas que a família
deixa por fazer, afinal você até tem mais tempo e disponibilidade… Começa então
a recolha da roupa que ficou espalhada pelo chão e seu transporte para a
lavandaria a fim de ser lavada. Enquanto circula pela casa vai recolhendo
copos, pratinhos pratinhos e chávenas que ficaram esquecidos nos sítios mais
improváveis. Como acontece quase sempre a máquina de lavar louça está completa,
há que pô-la a lavar. Enquanto a máquina trabalha, aproveita para fazer a cama…
Entretanto a máquina parou e é preciso arrumar toda aquela louça para meter a que
ficou à espera de vez dentro da pia… Entretanto, o telefone toca o que o põe em
sobressalto. Será que aconteceu algo de grave a algum familiar? Suspiro de
alívio, afinal era só uma call-center a tentar angariar mais um cliente para
uma operadora de telecomunicações… Como há várias operadoras, seguem-se outros
tantos telefonemas ao longo do dia. Aproveitando uma pausa nas tarefas
domésticas, dá uma espreitadela ao facebook para dar alguns likes… E com tudo
isto a manhã passou. Caso seja um razoável cozinheiro, ainda o espera a tarefa
de confeccionar o almoço… no meu caso, ainda me resta ir ao take away mais
próximo.
Está
a pensar que realizadas todas estas tarefas o espera uma tarde calma, volto a
dizer, desengane-se. Agora está disponível para “apagar fogos” dos familiares além
daquelas tarefas burocráticas que fazem parte do dia a dia de qualquer família
de uma eventual visita a um supermercado…
Se
ainda não pediu a reforma, deixe-se estar. Acredite que vai ter mais tempo
disponível só para si. Não passa pela cabeça de ninguém solicitar-lhe seja o
que for já que, durante o dia, está a trabalhar e quando chega a casa partem do
princípio que se encontra tão cansado que ninguém tem a coragem de incumbi-lo
de qualquer tarefa.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
LÁ, EU SOU APENAS EU
Quando me perguntam quantas
vezes vou ao ginásio por semana e a minha resposta é, todos os dias excepto
sábados e domingos, não é raro surpreender o espanto no rosto do meu
interlocutor. Perante esta estranheza respondo invariavelmente com aquele velho
e estafado chavão: vou para conservar a saúde física e principalmente a mental.
Geralmente, a conversa fica por aqui embora esteja consciente de que muito mais
haveria para dizer. No entanto, explicar as verdadeiras razões que me levam ao
ginásio tantos dias seria extremamente fastidioso para quem me escuta e algo difícil
para mim. Além dos motivos de saúde, o que também me atrai naquele espaço é o
anonimato que se usufrui. Lá, eu sou apenas mais um utente em T-shirt, calções
e sapatilhas o que, por si só, em nada ou em muito pouco me diferenciam dos
demais utentes. Ali quase ninguém me conhece salvo algumas (muito poucas) pessoas
com quem converso quando as encontro quer no vestiário, banho turco ou sauna. Obviamente
haverá ali quem goste de mim apenas por aquilo que sou, despido de roupas, títulos
e status e se preocupe quando me ausento por motivos de saúde. Do mesmo modo, também
deve haver quem não goste sabe-se lá por que motivo e, seja ele qual for também
não me preocupa descobrir.
Ali, naquele espaço, cada
um é como é, sem estatutos sociais, sem preconceitos mas todos com um objectivo
comum, manter a saúde física… e mental.
domingo, 7 de dezembro de 2014
50 000 VISITAS
E assim, de repente, venho aqui e... surpresa! O blog atingiu as 50 000 visitas! Pois é, o tempo passa e em pouco mais de dois anos, já passaram
por aqui 50.000 visitantes…!
A todos, os Amigos, seguidores e
visitantes fortuitos, o meu Muito Obrigado.
Entre as cerca de 1000 mensagens
publicadas, aqui deixei alguns dos meus pensamentos, sugestões, poemas,
adivinhas… e outras coisas minhas…
Que de tudo quanto foi publicado tenham
tirado proveito de alguma forma, será para mim muito gratificante e só
por isso valeu a pena manter este blog. Sem falsa modéstia, muito me orgulho de
ter um número considerável de leitores em países tais como Estados Unidos,
Brasil, China, Rússia, Polónia, Alemanha e, em menor número em muitos outros.
Obrigado a todos.
Enquanto “sentir” o calor da
vossa presença, por aqui continuarei a pensar, a sugerir, a poetar…
AS PERRICES DAS CRIANCINHAS
As crianças são assim mesmo, imprevisíveis e por vezes mal
comportadas, isto é, adoptam comportamentos inadmissíveis à normal convivência em
sociedade…
Um sujeito vai ao café tomar o seu pequeno-almoço que se quer
em paz e há uma criancinha que desata em altos berros perante a passividade dos
familiares…Não sou daquelas pessoas intolerantes que por feitio ou falta de
experiência não compreende estas comportamentos infantis. Sou pai de dois
filhos hoje já adultos e avô de duas crianças, uma delas com meses. Nunca os
meus filhos tiveram comportamentos tais como sair da mesa em restaurantes e
andar a correr por entre as mesas ou então fazer perrices em locais públicos
ferindo os tímpanos de quem estava próximo, com berrarias infernais como
aconteceu esta manhã no café. A dita criancinha berrou a plenos pulmões sem
que, comodamente sentados, nenhum dos familiares tomasse qualquer atitude para
acabar com aquele comportamento inadequado a um qualquer espaço público. Como
disse, fui pai de duas criancinhas e sou avô de outras duas e não foi preciso ser
um superpai ou superavô nem as criancinhas foram ou são fora do normal.
Simplesmente, nós os adultos, possuímos uma formação cívica que nos permite respeitar
o espaço e o sossego dos outros. Em situações de perrice acompanhada de gritaria
(que também as houve e ainda há por parte dos netos) as criancinhas são
retiradas daquele espaço para não incomodar os demais. Para onde? Há sempre a
rua ou uma casa de banho próxima onde uma conversa mais enérgica e autoritária
(por que não?) ou, em casos extremos uma boa palmada no rabo acaba com a
perrice…
Por que já vivi situações semelhantes, continuo a
ficar indignado com a passividade dos familiares que parecem ficar surdos perante
as perrices de um ser minúsculo a berrar (aquilo não era choro) a plenos
pulmões…!
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
ESTE É UM PAÍS ASSOLADO POR VAGAS...
Este é um país muito dado a vagas. Não, não há perigo de Tsunami já que
falo em vagas… também era só o que nos faltava! Se é verdade que toda a costa
(não confundir com o personagem) foi assolada durante o inverno por vagas
alterosas que provocaram imensa destruição, outras vagas nos têm assolado.
Primeiro, foram vagas de calor durante o verão, agora atravessámos uma vaga de frio
e, também recentemente, atravessámos diferentes vagas de corrupção… Estas
últimas são as mais perigosas pela sua persistência e destruição da economia do
país… Enquanto todas as outras vagas nos assolam por curtos períodos de tempo,
as vagas de corrupção são recorrentes e, de certo modo, cíclicas. Estou em crer
que se trata de um problema de ADN que despoleta quando algum
individuo atinge qualquer cargo do poder político ou económico…
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
SEGUNDO A TRADIÇÃO
Com o início do advento a 30 de novembro
e segundo a tradição cristã, devia iniciar-se a montagem da árvore de Natal. Na verdade, ela já marca presença muito antes desta data em centros
comerciais e mesmo em muitas casas particulares.
Segundo a tradição, a montagem da árvore
de Natal deveria fazer-se pouco a pouco terminando apenas no dia 17 de dezembro
por ser esta a data em que na Bíblia se alude ao nascimento de Jesus.
Como vem sendo hábito, cá por casa, estamos
atrasados. A nossa árvore, artificial como é suposto ser em
casa de uma bióloga, ainda repousa na sua caixa de cartão, o seu longo sono
anual. Não é que a tarefa seja demasiado árdua que ainda não
procedemos à sua montagem, isso tem mais a ver com o facto de as nossas
crianças já terem crescido, voado do ninho e possuírem a sua própria árvore
de Natal.
Porque o espírito de Natal se reflecte
em cada uma das bolinhas que nela penduramos, não deixaremos de montar a árvore antevendo
a árdua tarefa de a desmontar a 6 de janeiro… também segundo a tradição!
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
OLHANDO O MAR...
Olhando
a imensidão do mar tão longe quanto a vista alcança até que esbarre com o
horizonte onde um Sol, qual bola de fogo, mergulha lentamente deixando tudo
mais triste, mais escuro, menos colorido… Olhando o mar, fico pensando como é
bom pensar em nada e, pensando assim, eu vou pensando em coisa nenhuma. Chega
até mim apenas o som da espuma que as ondas arremessam à praia, o som
da voz vinda das ondas… O mar fala comigo apenas quando me aproximo o
suficiente para o escutar…
Olhando
o mar consigo vislumbrar a paz que ao longe, lá muito ao longe anda perdida…
Olhando o
mar, sonho sem ter de quê.
Nada no mar,
salvo o ser mar, se vê.
Mas de se
nada ver quanto a alma sonha!
De que me
servem a verdade e a fé?
(Fernando Pessoa)
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
FARTO DE ESTAR EM CASA
Estou farto, tão farto,
mas tão farto de estar em casa que só me apetece ignorar o frio e a chuva que
tem caído, largar as gotas oftálmicas que me condicionam as escapadelas a um
limite máximo de duas horas e mergulhar num shopping, na baixa do Porto ou em qualquer
outro lugar onde haja gente, movimento, vida…
O que mais me está a
custar neste pós-operatório da cirurgia às cataratas é a prisão a que a
aplicação dos colírios me obriga. Poderão então dizer-me por que não leva os
colírios e os aplica onde quer que esteja? Obviamente que essa seria a solução
mais inteligente não fora o facto não conseguir colocar as gotas estando em pé.
Nessa posição, são mais as gotas que escorrem cara abaixo do que as que ficam no
olho. A solução é deitar-me para colocar o colírio. E onde me deitaria estando
fora de casa, já imaginaram cena? A solução tem sido permanecer em casa, não
me afastar para muito longe…
Não sei quem é o autor
mas não resisto a citar esta frase que duma forma sucinta consegue dizer o que eu dificilmente
conseguiria mesmo com mais palavras:
“Fico tanto em casa que já me sinto parte
dos móveis”.
Na verdade, tenho permanecido tantas horas por casa que já me
confundo com a cadeira onde me sento em frente ao computador.
Estou tão farto de
estar em casa que já começo a estar farto de estar farto…
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
O NOME DOS MESES #12
DEZEMBRO
Por
ser o décimo mês no antigo calendário
romano, com muita imaginação, os romanos apelidaram-no de "december",
que deriva de “decem” que em latim significa dez. Este mês estava sob a proteção
de Vesta, deusa do fogo do lar.
Neste mês, o último do calendário gregoriano,
celebra-se o Natal, quadra de grande significado para a população católica já
que se comemora o nascimento de Cristo.
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