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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

O CRUZEIRO

 

Sempre me fez espécie aquele cruzeiro ali “plantado” quase no meio de um acesso a outras regiões, nem tampouco imaginava a proveniência do nome dado a esta região. Aquele padrão afinal acabou por batizar toda uma zona do país com o nome de  Padrão da Légua até ao dia decidi aprofundar a razão da sua presença. A verdade é que o Padrão nem sempre esteve ali, no mesmo lugar. Com a demolição do edifício original e com a posterior venda dos terrenos onde estava implantado, o cruzeiro deslocou-se alguns metros do local original.

Datado do século XVII nele pode ver-se, além da cruz, um Cristo esculpido em pedra assinalando a distância entre este e cruzeiro anterior em cerca de uma légua (cerca de 6 quilómetros), daí chamar-se Cruzeiro do padrão da Légua.

Além de assinalar o início do concelho, é também uma referência para os peregrinos que pretendem percorrer o Caminho Português de São Tiago.

Da janela do meu quarto habituei-me a ver este cruzeiro com o tal Cristo voltado para mim. Depois das obras de remodelação a que o espaço foi sujeito, o cruzeiro acabou mais desafogado livre daquela casa que o ensombrava e quase o engolia.

Cada cruzeiro tem a sua história, uns são marcos de um passado recente outros ficaram a testemunhar a barbárie que habita no ser humano. Este cruzeiro é apenas um padrão que assinala a distância entre cruzeiros e serve para indicar aos peregrinos o caminho da Costa para São Tiago…

terça-feira, 29 de setembro de 2020

EM BUSCA DE NADA

Nada é a ausência de tudo, o mais absoluto vazio, aliás, quase todo o universo é constituído por… nada. Foi este, com muita coragem, o tema que a autora, Janne Tiller escolheu para este livro. Como diz a autora, a partir do momento em que nascemos ficamos condenados a morrer,... facto incontornável explorado ao longo do livro.

Até hoje, nunca tinha lido “nada” desta autora mas, como figurava no Top de Vendas do momento, iniciei a sua leitura.


Uma das características a autora é escrever histórias curtas que cheguem ao cerne dos objetivos que se propõe. Através desta obra a autora aborda uma enorme variedade de questões filosóficas, por isso, o livro acabou por me atrair.

No livro, o personagem principal, sentado sobre uma ameixeira, grita aos que passam em direção à escola que vai ar à vida um novo sentido ao mesmo tempo que atira ameixas aos que por ali passam.

Perante isto, os colegas de turma decidem, para o fazer descer da árvore, fazer um montão de “coisas” valiosas para cada um e à sociedade em geral.

Todos os colegas são chamados a colaborar na execução desse monte de coisas. A certa altura a escolha recai sobre um colega que, o que tem de mais valioso está sobre ele… Apesar de tétrico dá que pensar!

O importante não é tanto a história em si mas os problemas existenciais que ela levanta. Estava uma análise mais profunda,  de qualquer modo, quanto a mim, figurar no top de vendar acaba por ser merecido.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

CASAMENTOS DE CONVENIÊNCIA

Admira-me que alguém ainda se surpreenda que os partidos de esquerda se zanguem com o Governo e mais ainda, uns com os outros, porém é esta a realidade, facto amplamente divulgado por diversos meios de comunicação.

Ainda não esqueci que os ditos partidos apenas “deram as mãos” para viabilizar o presente Governo, isto é, possibilitaram uma união que se designa vulgarmente por casamento de conveniência, um tipo de casamento realizado com o fim de obter alguma benesse, não envolvendo qualquer outro tipo de sentimento… Atendendo ao tipo de casamento, era expectável que este falhasse redondamente, não mais que os casamentos por amor, é certo.

Com a devida distância, existe um certo paralelismo entre o atual governo e o conhecido provérbio zangam-se as comadres

Mesmo admitindo como normais algumas facadinhas neste tipo de união era de esperar a ocorrência da tal menage à trois. Deus nos livre de maus pensamentos…! Tudo isto é normal e espectável.

Desde que vá ao encontro dos interesses da Nação, qualquer tipo de união é de aceitar, a alternativa que se oferece nos tempos que correm, não é muito agradável.

domingo, 27 de setembro de 2020

FINALMENTE CHEGOU



Como já vem sendo habitual a tão desejada chuva chegou timidamente ao fim da tarde, uma chuvinha fraca, hesitante que não deu para nada mas mesmo assim não deixou de ser bem-vinda. Andava há muito tempo de nariz no ar na esperança de a ver chegar e ela lá veio um pouco envergonhada, talvez devido ao facto de vir tão atrasada apesar de tão desejada para acabar com os fogos e sobretudo poupar vidas humanas. O frio, como se diz cá por casa, aguenta-se com mais uma ou duas camisolas, mas a chuva… Nunca me imaginei a desejar que chovesse mas, atendendo às circunstâncias, ansiava vê-la cair.

Segundo os boletins meteorológicos, a chuva chegaria no fim da semana trazendo a reboque o outono. Pois que venha. Que venha e acabe com os incêndios e as mortes que lhe estão associadas, as sede das plantas, … pois que venha apesar de não ser do meu gosto.

sábado, 26 de setembro de 2020

QUENTE E FRIO

Faz lembrar uma qualquer ementa ou então um anúncio da TV mas não é disso que se trata. Durante muito tempo pensava-se que o frio era diretamente proporcional ao calor, isto é, acreditava-se que se tratavam de sensações equivalentes.

Achava, por isso, que se tratava de puro egoísmo expor qualquer ser humano a situações de frio e correntes de ar responsáveis pelos efeitos negativos que estes fatores exercem sobre a saúde nomeadamente infeções respiratórias, cardíacas ou, na melhor das hipóteses, uma simples gripe…

A sensação de frio ou calor, não é igual para todos os seres, são dois conceitos completamente diferentes. Enquanto que a temperatura corporal se equilibra produzindo maior ou menor quantidade de suor, o calor é difícil de erradicar do corpo humano e do ambiente. Depois de uma aturada reflexão sobre o assunto, cheguei à brilhante conclusão de que é mais difícil perder calor do que o ganhar. Não esquecendo a importância que têm as alterações climáticas, é conveniente recordar que a situação de frio que hoje se vive é preocupante. A instabilidade do “tempo” que dantes se aceitava-se como sendo uma consequência da estação do ano que se atravessa, hoje verifica-se em várias regiões do globo. As baixas temperaturas bem como a ocorrência de aguaceiros em pleno verão são frequentes e aparentemente ninguém se preocupa com a incidência destas condições climatéricas persistentes…

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

CHUVA BEM VINDA

 

Habitualmente, ao subir a persiana de manhã,  era certo deparar-me com um céu azul muito iluminado pelo sol radioso, daí o meu contentamento ao verificar que desta vez o tempo mudou porém, a chuva não veio. Ansiava por aquela chuva miudinha que cai a direito na falta de um vento que lhe aponte outro sentido.

Chuva e vento, são dois elementos da natureza que muito detesto apenas tolerados quando há muito estão ausentes. Reafirmo que não mudei de opinião, continuo a detestar a chuva, a humidade, os dias cinzentos, a tristeza que paira no ar nesses dias mas, atendendo à falta que faz, a chuva acaba por ser bem vinda.

Acontece sempre assim com todas as coisas, deseja-se o que nos falta e, por conseguinte, não se possuí. É uma reação normal ao ser humano, lamentável na medida em que se considera “normal” embora seja esta a realidade.

Deseja-se aquilo que nos falta e não se dá valor ao que já se alcançou. Engraçado que nunca ninguém agradece aquilo que tem, se calhar sou eu que ando cego ou então não tenho sentido de humor…

É assim que as coisas funcionam e, por mais juras que se façam, por mais que se prometa, é raro mudar de atitude.

Por isso digo e repito, agora que lhe sinto a falta, seja bem-vinda a chuva, já lá dizia o poeta, Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A ESCOLHA É UM DILEMA

Entre o ficar e o ir, o tudo e o nada, as opiniões divergem mas cabe-nos sempre a decisão final. Durante um só dia somos confrontados com diversas opções que nos obrigam a decidir qual a mais acertada e, se hesitamos, já é tarde e não há nada a fazer para emendar seja qual for a decisão. São escolhas que se tem que tomar durante a vida e que somos forçados a fazer constantemente, escolhas que nos fazem agir de acordo com os valores que nos foram incutidos.

Uma outra opção seria deitar tudo para trás das costas e perseguir os sonhos mais secretos. Todavia, para seguir em frente durante a vida é preciso optar sem esquecer que tudo nos é possível menos permanecer entre uma coisa e outra, o chamado meio-termo.

Quar escolha pode ser adiada durante um certo tempo mas a escolha vai acabar por ser feita e, bem ou mal, só assim é possível seguir em frente já que não se pode voltar atrás! A dúvida persiste se essa decisão foi a melhor escolha.

Boa ou má a decisão já foi tomada, não interessa nada carregar sobre os ombros o peso da dúvida ignorando que existiam outras opções que apontavam noutras direções mas nunca voltar atrás.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

PONTOS DE VISTA

 

Além de ser um gosto muito pessoal, viajar é benéfico para a saúde física mas sobretudo para a mental. A viagem em si, mais ou menos agradável, acarreta memórias que ficam e perduram por toda a vida.

Por diferentes motivos gosto de viajar embora cá dentro devido à pandemia provocada pelo novo covid-19, adoro sair e conhecer outros locais, novas culturas e ganhar também novas amizades que eventualmente ficam para toda a vida.

Não importa se a paisagem já é conhecida ou nunca vista, tudo depende do ponto de vista. Há sempre qualquer coisa nova, algo que nunca foi visto ou digno de uma mais atenção mais cuidadosa, outra maneira de “ver” o que se pensava já ter visto.

Posso não ter conseguido justificar o gosto de viajar mas o importante é valorizar qualquer que seja a mudança que nos leva ver as mesmas coisas numa perspetiva completamente diferente.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

CHEGOU O OUTONO

Não sei se já disse mas, correndo o risco de me repetir, volto a dizer que o Outono é a minha estação do ano preferida… Gosto do sol morno do Outono, dos diferentes matizes com que pinta as folhas das árvores, desde o amarelo claro ao vermelho intenso, da paz que que se espraia no silêncio que envolve aquele jardim em plena cidade onde não chegam os risos nem os gritos das crianças aprisionados nas escolas…

Estimulado pelo silêncio dei por mim a recordar aquelas tardes que, em plena adolescência, foram passadas naquele jardim à distância de dois passos mas onde me servia de refugio para escrever, estudar, pensar ou simplesmente ficar em muda contemplação da natureza outonal. Apesar de rodeado por um trânsito intenso, o jardim conseguia ser um pequeno paraíso de calma em pleno coração da cidade. Pela paz que reinava naquele jardim, era para lá que me escapava, sempre que podia, para saborear o ambiente calmo que lá reinava e que, apesar de tão perto, estava tão longe do bulício da cidade!

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

O MELHOR CAMINHO

Se a informática não tivesse outro interesse, bastava-lhe transformar o dia mais tristonho, num dia radioso, cheio de sol, mesmo quando está a chover. Com efeito, ela permite realizar comodamente imensas tarefas como pagar contas, verificar saldos, arranjar ou mudar de emprego, receber notícias (nem todas fiáveis), fazer negócios, desabafar com alguém que esteja disposto a escutar desabafos e muitas outras vantagens.

Apesar das ditas vantagens, a informática também tem um lado negativo que se exterioriza através das redes sociais, jogos e outros sites pouco recomendáveis. Como todas as coisas, o consumo excessivo pode ser prejudicial quer física, quer mentalmente. Considerando o uso incorreto da informática, deve evitar-se a partilha de fotos ou outras informações pessoais… Não se pode fingir que se desconhece que a internet tem dois lados, o positivo e o negativo, dependendo do uso que cada um lhe dá.

Se, para uns a informática não tem nada de especial, ela tem a vantagem de encontrar uma resposta adequada para qualquer questão que nos atormente. Nada acontece por acaso, como se sabe, tudo tem uma razão de ser. Quem sabe se a nossa presença está destinada a realizar outras tarefas?

Tudo possui vantagens e inconvenientes, o segredo está em sabe-las gerir corretamente.

domingo, 20 de setembro de 2020

IR ÀS COMPRAS

Quando toda a gente procura embalagens grandes de qualquer produto ou então aquelas embalagens que oferecem grátis maior quantidade de produto pelo mesmo preço, prefiro as ditas embalagens “normais” que logicamente deveriam conter menor quantidade.

Não é apenas uma mania ou uma questão económica que dita este meu comportamento, é principalmente uma questão de gosto pessoal. A verdade é que não gosto de embalagens grandes e vá-se lá saber porquê, por isso não me perguntem porque nem eu sei. Inexplicavelmente, detesto qualquer produto que dure, dure, dure e nunca mais acabe…

Ao fazer compras evito as embalagens grandes da maioria dos produtos que, no meu entender são grandes apenas por fora e nem sempre corresponde ao produto mais económico. Custa-me a acreditar que ofereçam pelo mesmo preço maior quantidade de produto.  No mínimo é de desconfiar…!

As embalagens menores que acabam mais depressa permitem atualizar o produto. Claro que existe o inconveniente de poluírem mais o ambiente…

sábado, 19 de setembro de 2020

OS FANTASMAS QUE NOS ACOMPANHAM


Os fantasmas, embora se pense o contrário, estão sempre presentes podendo manifestar-se das mais diversas formas. O convívio com fantasmas é comum a toda a gente e quem pensa o contrário está redondamente enganado. Os fantasmas estão por todo o lado e são de todos os géneros e espécies De nada serve ignorá-los porque eles acompanham-nos desde o tempo de criança até aos nossos dias. Toda a gente tem os seus fantasmas, uns já vêm desde o tempo de criança outros vieram mais tarde ao longo da vida e só se manifestam de tempos a tempos, enquanto outros ainda estão bem escondidos nos “armários” donde conseguem sair, de vez em quando,… para nos assombrar.

Quando se fala em fantasmas pensa-se logo naqueles seres mauzões que aparecem nos filmes mas os fantasmas até podem ser bonzinhos, ajudam a executar qualquer tarefa não deixando, por isso, de ser fantasmas.

É uma utopia pensar que não se tem nenhum fantasma! Pensar assim, só pode ser fruto de alguém que não se conhece muito bem ou ainda não “perdeu” algum tempo a fazer uma análise exaustiva e séria de si próprio.

Pode parecer mais um paradoxo reconhecer o caminho a seguir mas desconhecer a estrada que vai até lá.

Como diz o poeta, Quem me leva os meus fantasmas?

Quem me diz onde é a estrada?

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

DE QUEM É A CULPA?

 

É costume dizer-se que a culpa morreu solteira já que ninguém a quer nem assume quando a tem. Pois é, ninguém tem culpa seja do que for e atribui-se a culpa a quem por vezes não a tem.

Tal como ninguém escolhe um local para nascer, seja um bairro de lata, um jardim à beira rio, uma avenida elegante ou uma clínica especializada, quando se decide nascer, nasce-se e pronto.

Nesse caso, não interessa o local nem a cor, nem a beleza física nem mesmo a orientação sexual. O que importa é nascer, nada mais importa, independentemente do que possa acontecer no futuro.

Para que isso aconteça, muito contribuem os preconceitos familiares que moldam cada indivíduo bem como a sociedade onde se nasce. O importante é nascer e nem se pensa nas vantagens ou inconvenientes que se prolongam toda a vida, onde quer que se esteja.

Depois que se decide nascer não importa mais a cor da pele, o ambiente familiar ou a sociedade em que se nasce bem como outros fatores,… Haverá sempre algo que o vai tornar distinto dos demais, faça-se o que se fizer mas também haverá uma voz crítica que reprova tudo quanto se fizer, por isso, deixe um sinal da sua presença por onde quer que vá e o que quer que faça nem que tenha para isso ignorar a opinião dos outros.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

NINGUÉM ESCOLHE NEM DIA NEM HORA

 

Não se escolhe o local, nem o dia nem a hora e muito menos o futuro,… Não se escolhe nada. Como lê na letra de um fado muito divulgado, ninguém sabe quando nasce, para o que nasce uma pessoa. Quando chega a hora, penso eu, o que interessa é nascer.

À cidade escolhida (?) para nascer, o tempo vai buscar memórias longínquas ou mais recentes cada vez mais frequência.

Foi lá, nesse lugar, onde aprendi a dar os primeiros passos, frequentei a escola primária e morei durante alguns anos.

Olho com tristeza a decadência dos edifícios que ainda se mantêm de pé, a destruição das ruas que calcorreei, a casa em que literalmente nasci…

O tempo e as necessidades urbanísticas alteram tudo. O Largo ainda lá está mas, como tudo, parece mais pequeno de acordo com o meu pequeno mundo. Nesse tempo não imaginava que a minha pequenez se devia ao facto da diminuta dimensão pelo que é natural que o Largo, que parecia uma autêntica floresta, não era afinal um mero canteiro da grande cidade.

Recordo ainda as escadas onde, em loucas correrias, chegava à Ribeira, a ponte, o Rio, a Foz lá muito ao longe, o mar…

Enfim, algumas coisas deixaram saudade enquanto outras, nem por isso.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

PASSEIOS DE DOMINGO

Actualmente existem vários Centros Comerciais para absorver a imensa onda humana especializada em “fins de semana” principalmente quando o tempo não ajuda para logos passeios e outras actividades. Quando era criança, havia o muito pretendido Passeio dos Tristes que, pelo que pude observar,  ainda não passou de moda. Seja pelo alto preço dos combustíveis ou pelos baixos salários, a afluência aos supermercados não diminuiu.

Para fugir a essa onda recordo com saudade o velho hábito de procurar estacionamento junto à Foz do rio Douro… O «passeio» ocorria geralmente ao fim de semana depois de uma volta de carro através das belas paisagens portuguesas.

Nesse tempo não percebia quem eram os tristes, se os que iam como nós até à Foz ou os que passavam por lá a caminho de algum shopping.

Não estarei muito errado se disser que a designação, “passeio dos tristes”, assentava que nem uma luva devido à tristeza que então me provocava. Fechando os olhos ainda ouço, vindo do auto rádio, o relato de futebol que infelizmente impedia qualquer tentativa de outra conversa… O Passeio dos Tristes nunca passou de moda,

vá se lá saber porquê…

terça-feira, 15 de setembro de 2020

ESPERAR É UMA ARTE

Embora se pense já saber, esperar não é para todos, treina-se. Só depois de muito esperar é que se aprende a esperar.

Esperar é uma verdadeira arte que não é acessível a qualquer um. No entanto, vivemos num mundo gerido pelo imediatismo, tudo era para ontem o que exclui qualquer espera. A pandemia que entretanto surgiu além de dar mais tempo para pensar também nos habituou a esperar, seja do que for, não esquecer que se espera nove meses para nascer, espera-se toda a vida pelo príncipe encantado que não existe, espera-se pelo filho que não vem, o ser amado que não chega, a promoção que não acontece, o prémio apesar de não ter jogado, o autocarro que não chega, o milagre que não acontece por muito que se espere, as consultas tanto no público como no privado,… Seja pelo que for, esperar devia ser uma virtude.

É uma aprendizagem que se faz nas chamadas “salas de espera”. Espera-se quieto, parado dando a ilusão de que não acontece nada à nossa volta enquanto as emoções rodopiam em turbilhão dentro da nossas cabeças. Apesar dessa aparência de calma, fervilha lá dentro a raiva, a angústia, o nervosismo, a impotência o medo de quem espera. Na sua sabedoria popular toda feita de experiência, diz o povo com alguma razão, quem espera sempre alcança mas também diz, quem espera, desespera

Esperar dizem que não custa nada, é como ficar em standby à espera de qualquer coisa que até pode não acontecer.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

OS DOIS LADOS DA VIDA

Por experiência própria, toda a gente sabe que a vida tem dois lados, o claro e o escuro ou se preferirem, o lado positivo e o negativo. Ambos se sucedem numa alternância incontrolável embora um lado predomine sobre o outro. Essa predominância depende em parte da escolha que se faz. É claro que, ficar sempre do mesmo lado, além de monótono não era viável... A verdade é que se pode permanecer de um só lado, o lado negativo, adiando a sequência inexorável entre o lado luminoso e o lado escuro dando relevo aquelas agruras com que a vida nos surpreende… De acordo com o libre arbítrio, há quem opte por permanecer no lado escuro apesar de não ser obrigado. De facto não é fácil permanecer no lado luminoso por muito tempo, contudo nunca se deve desistir do lado mais luminoso que a vida tem. Para isso, basta seguir o mais possível o que lhe der na real gana… dentro de certos limites.

domingo, 13 de setembro de 2020

O GENTIL PARASITA

O GENTIL PARASITA


Quando se fala em melgas, vem logo ao pensamento esse insecto tão incomodativo e só alguns se lembram do bicho homem uma vez que os vocábulos são iguais em português corrente. Há melgas e melgas, assim como há mar e mar… que, por razões óbvias, prefiro mesmo o mar. Quando me refiro a melga fique, bem claro que vou abordar aqueles indivíduos que se grudam naqueles momentos menos oportunos e sem qualquer discurso atractivo. Em sentido restrito, as melgas adoram esvoaçar pelo quarto logo que se apaga a luz na disposição de dormir. As melgas têm a infeliz mania de preferir a penumbra para passar ao ataque. Ainda por cima, o insecto (chamemos-lhe assim) dispõe duma tromba adequada para sugar o sangue, imprescindível à maturação dos respectivos ovos além de lhe servir de alimento… Felizmente (?) são as fêmeas que picam e não os machos. Além da famigerada tromba, elas dispõem de um par de asas que produz aquele som irritante que todos conhecem e que se faz ouvir sempre que se desliga a luz. Mesmo às escuras elas conseguem encontrar-nos visto que são atraídas pelo calor do corpo e pelo suor. Começa então a caça à melga com as armas disponíveis e a perspectiva de uma noite mal dormida.

sábado, 12 de setembro de 2020

FALTA SEMPRE QUALQUER COISA

Falta sempre qualquer coisa

Por mais deslumbrante que seja a paisagem, por mais agradável que seja a companhia, onde quer que se vá, onde quer que se encontre, há sempre um momento em que as emoções se confundem, se enredam e predomina aquela sensação estranha da ausência… Há sempre algo que falta para que a felicidade seja completa. Aquela sensação de que falta qualquer coisa, algo que preencha, uma vez por todas, o vazio que se tenta esconder cá dentro e que ninguém vê do lado de fora. É um vazio que não se sabe de onde vem mas que teima em fazer-nos companhia, que sempre nos encontra nem que se fuja para longe! Por natureza ou por mania, há sempre a tendência de procurar por perto o que já se encontra lá muito ao longe… Há dias em que se sente mais a falta de qualquer coisa.

Há dias assim!

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

A DISTÂNCIA QUE VAI DAQUI ALI

A DISTÂNCIA QUE VAI DAQUI ALI

Falar de coisas que ocorrem ao meu pensamento e não falar de coisa nenhuma, a distância é pouca, é o espaço que vai daqui ali sem chegar a parte nenhuma.

Sabe-se da Geometria que aprendemos na escola que a distância entre dois pontos é a medida, em linha recta, da distância que os separa. De acordo com esses ensinamentos, a distância que vai daqui ali pode ser incomensurável ou então muito pequena, conforme o que ocupa o nosso pensamento. Retomando a mesma linha de pensamento, a distância que separa este lugar do lugar onde se queria estar é exactamente a que vai daqui ali…

Não, não me refiro concretamente a qualquer grupo desportivo nem a nenhum livro ou pandemia assim como não me refiro também a coisa nenhuma mas, falar em qualquer coisa convém agarrar o pensamento, o mais imprevisível que tem o ser humano…

Em tempo de pandemia como aquele que vivemos faz falta o calor daquele abraço, o beijo que se fica pelo virtual além de tantas outras emoções que se guardam cá dentro. Em compensação, a tecnologia continua a avançar até que um dia ainda vai ser possível ir daqui até ali sem recorrer ao pensamento! Por enquanto, através destas simples linhas pode encurtar-se a distância que vai daqui… a nenhum lugar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

UM DIA VOU CRESCER

Um dia vou crescer

Um dia, não sei quando, vou crescer. Há muito que deixei de me preocupar com a velocidade com que o tempo passa, aliás o tempo deixou de existir, um dia de cada vez,…

Embora seja apologista de que não se deve viver de recordações, recordo perfeitamente aquele tempo que passou na juventude, como quem reencontra um velho amigo de quem se começa já a ter saudade.

Passaram já muitos anos desde o tempo em que a maioria das crianças ia para a cama ao som da música em simultâneo com o Vitinho. Com efeito, o boneco era o impulsionador do hábito saudável de deitar a horas certas. Lembro-me bem do desenho animado com o seu inseparável chapéu de palha bem como das jardineiras amarelas com um grande “V” no peito.

Enquanto aquela música embalava os meus pensamentos que procuravam uma forma de tornar a vida mais interessante, o que às vezes é difícil. Como as aventuras não acontecem só nos livros, prometo que um dia eu vou crescer mas, até lá, deixem-me ser criança ainda que seja por um momento, só de vez em quando…

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

DESTA JANELA QUASE VEJO O MAR


Desta janela não se vê o mar, esse eterno companheiro, mas muito ao longe vislumbra-se um mundo todo feito de alegrias e tristezas, memórias que apoderando-se do pensamento fazem-no recuar a tempos que já lá vão…
Desta janela, além da cerejeira que foi submetida a uma poda drástica, vê-se uma cameleira que faz inveja ao mais exigente dos colecionadores. Todos os anos ela enche-se de botões que depois se transformam em magnificas flores. Seja pela qualidade do solo, pelo clima ou por outro factor qualquer, as cameleiras desenvolvem-se bem nesta  região. De acordo com as investigações, a planta gosta de um clima húmido além de um solo ligeiramente ácido. As camélias, originárias da China e do Japão, dão-se bem neste clima e solo embora seja uma região litoral.
Actualmente, existe uma grande variedade de camélias que se podem ver e enfeitam jardins e varandas.
Cada janela mostra uma determinada paisagem, cada paisagem mostra os seus encantos mas esta, é a minha janela. Através dela, como por magia, conseguem-se ver cenas do passado que ocorreram em tempos idos.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

ESCRAVOS DA CONTA BANCÁRIA


Ser escravo da conta bancária vem a dar no mesmo que ser escravo do dinheiro. Quando a escolha de determinado produto se faz em função do seu preço pondo de lado a qualidade, então já se pode considerar um escravo do dinheiro. Com esse comportamento, ignora-se a vontade de todos e tudo à sua volta submetendo qualquer escolha ao respectivo preço. Deste modo, os “escravos” acabam por se privar daquelas pequenas coisas que conferem à vida algum prazer e a que todos têm direito.
Um verdadeiro escravo, não concebe que se gaste mal um único cêntimo, esta atitude, além de inconcebível, torna-se mesmo dolorosa. Na minha opinião, qualquer compra deve obedecer principalmente à sua qualidade não esquecendo obter o melhor preço… Claro que este comportamento só se adquire com a idade e depende muito do ponto de vista do consumidor.
Admite-se que as economias “trabalhem” em função do próprio mas é inconcebível que se trabalhe toda a vida em função da economia.
Há coisas que o dinheiro não compra…

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

RUA DAS FLORES


A idade é caprichosa no que respeita à memória. Há memórias que emergem não se sabe de que zona do cérebro enquanto outras se afundam na tentativa, por vezes conseguida, de esquecer. Lembro-me, não sei que idade tinha, de visitar uma espécie de bazar sito na célebre rua das flores. Com olhos de criança observava longamente os brinquedos que decoravam os expositores. De vez em quando era agraciado com um brinquedo pela proprietária (espanhola).
Durante longas horas permanecia nesse estabelecimento porque,  convencida que a presença da mãe lhe dava sorte quando tencionava sair, a Dona Célia (ainda me lembro do nome) pedia que ficasse mais um bocado. Finalmente partíamos e, uma vez na rua, o meu olhar vagueava pelos edifícios que ladeavam a rua das flores. O nome deve-se às flores que floriam nos terrenos que esta artéria atravessou e, que por sinal, pertenciam ao então bispo de Porto, grande devoto de Santa Catarina. Foi esse o nome escolhido para baptizar a nova rua, «Santa Catarina das Flores» que ia então desde o Largo de São Domingos até à velhinha Estação de São Bento.
Como é óbvio não sou desse tempo, sempre a conheci como a Rua das Flores. Nesse tempo, os meus olhos de criança extasiavam-se perante os afamados palácios que a ladeavam que testemunhavam uma época o em que a burguesia aristocrática disputava um terreno para se instalar na nova artéria da cidade.

domingo, 6 de setembro de 2020

ESCLARECENDO A CONFUSÃO


Nos dias que correm, nota-se uma certa confusão entre vegetarianismo e veganismo. Estes dois conceitos são muitas vezes confundidos como sendo a mesma coisa. Efectivamente, cada conceito, implica um regime alimentar adequado de acordo com as diferenças que existem entre os dois conceitos. Enquanto os vegetarianos só excluem a carne e o peixe da sua alimentação, aceitam os ovos e seus derivados e mesmo o mel. Já os veganos não ficam só pela mesa, excluem todos os alimentos de origem animal  e vão até ao próprio vestuário, calçado e mesmo e artigos de higiene pessoal e da habitação. Resumindo, os vegan excluem tudo que tenha origem animal ou que tenha sido testado em animais…
Como se depreende, não é nada fácil seguir à risca um regime 100% vegetariano e muito menos vegan. Parece-me que os veganos são mais radicais do que os vegetarianos, razão pela qual me inclino mais para a segunda opção.
Ao aderir a um destes conceitos, enfrenta um problema muito pertinente, onde comer e onde comprar os produtos necessários para os seguir integralmente qualquer regime?
Por me inclinar mais para o vegetariano do que para os veganos tento seguir mais este regime alimentar dos vegetarianos até por que não suporto que se atropelem deliberadamente os direitos das animais…

sábado, 5 de setembro de 2020

QUEM QUER SER FELIZ?


Aí está uma pergunta estúpida por escusada uma vez que toda a gente pretende ser feliz a qualquer preço. É necessário um grande esforço para imaginar uma resposta negativa a esta questão. No entanto, nada justifica que se cruzem os braços à espera que a felicidade caia do céu sem o mínimo esforço. A felicidade constrói-se e sem a contribuição de cada um não se pode alcançar. Infelizmente, nem todos sabem como atingir esse objectivo.
Atendendo à dificuldade da questão e depois de muito pensar, atrevi-me a fornecer alguns conselhos pessoais com vista a alcançar a tal felicidade que afinal se encontra mesmo ao nosso alcance.
Na impossibilidade de agradar a todos, o tempo ensinou-me que, por mais que se tente fazer o melhor, haverá sempre uma voz que critica tudo e todos. O melhor é agir conforme a nossa vontade.
Como se sabe, a vida é feita de mudanças… Não adianta recear as mudanças. Elas são necessárias a qualquer transformação, quer para alterar uma situação ou escolher um novo percurso de vida.
Deve viver-se um dia de cada vez, o presente é a única realidade de que dispomos. Não é saudável viver permanentemente no passado.
A baixa autoestima é um processo destrutivo que se deve evitar. A autoestima constrói-se lentamente ainda que, por vezes, seja precisa alguma ajudinha!
Pensar demasiado no que foi feito não adianta nada. O que foi feito não se pode alterar e o futuro depende de muitos factores que a vida se vai encarregar de mostrar a seu tempo.
De que adianta então pensar no passado ou no futuro? Hoje é dia de ser feliz.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O TEMPO PASSA DEPRESSA


O tempo passa para todos, se bem que passe mais depressa para uns do que para outros, mas isso é outra história…
Com maior ou menor velocidade, o tempo vai correndo e leva a reboque toda a gente que nem se apercebe. Às vezes, decidimos parar por breves instantes para olhar para trás e ver o que passou.
Ao ver o tempo que passou, apercebemo-nos que afinal o presente já é passado e nós também já não somos os mesmos, já fazemos parte desse tempo que passou.
O tempo passou e passou tão depressa, que nem deu tempo para perceber como foi possível passar tão depressa. Ficaram guardadas fotografias antigas que comprovam um tempo longínquo que não volta mais. O olhar, demora-se na observação dessas velhas fotografias amarelecidas, faces que nos sorriem lá de muito longe. Muitos casaram, tiveram filhos, os filhos cresceram e tiveram outros filhos, alguns partiram sem ter tempo para se despedir, outros ainda também partiram não se sabe bem para onde e donde não voltam mais…
Olhando para trás a gente apercebe-se que o tempo passou, já não é o mesmo. Aquilo que foi já não é mais…

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

DIA... DE QUALQUER COISA


É sobejamente conhecida a minha aversão pelos Dias de qualquer coisa. Não chega ao exagero de se poder chamar uma “aversão”, diria mais que era escusado dedicar um dia para comemorar qualquer coisa que devia ser celebrado todos os dias. É lamentável que seja necessário recorrer a estes Dias para que qualquer evento seja recordado, não considerando a parte comercial que na maior parte das vezes vive à custa desses eventos...
Não sei a que “santo” foi dedicado este dia, nem isso me interessa, só sei que vai ser mais um dia em que se comemora qualquer coisa. Aliás, todos os dias são Dias de qualquer coisa. Para complicar ainda mais, a tradição católica dedicou cada dia um santo protector diferente, o chamado santo do dia.
Porque não alinho nem aprecio que se comemore num só dia um acontecimento que se devia prolongar por todo o ano e sempre que a vontade o quisesse. Com isto não quer dizer que não compreenda a existência destes dias que recordam determinados eventos.
Seja através da tradição cristã ou por outra razão qualquer, há eventos que nos tocam mais de perto do que outros embora todos sejam dignos de serem comemorados. Esses eventos, os tais que nos tocam mais de perto, deviam ser celebrados todos os dias ao longo do ano excluindo aqueles que decididamente não nos dizem nada ou muito pouco.
Em defesa da saúde mental de muita gente, é bom que se diga que não é obrigatório celebrar todos os eventos atendendo a que nem todos nos tocam da mesma maneira.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

NOVO REGRESSO ÀS AULAS


Não é errado dizer que a educação está na base de qualquer mudança de comportamento que se pretenda. Efectivamente, qualquer mudança vista à luz dos parâmetros actuais que regem a nossa sociedade, pode considerar-se negativa ou positiva, tudo depende do nível de educação adquirido.
Há países, em que se verifica uma real alteração das mentalidades que se evidenciam nos comportamentos que a população demonstra, privilegiando o pleno respeito pelos outros.
Não há dúvida que a educação está na base de toda e qualquer mudança do comportamento humano. Qualquer quer mudança só é possível através da educação, meio essencial  ao desenvolvimento intelectual e moral do indivíduo. Entende-se por educação todo o processo destinado a desenvolver a capacidade intelectual do ser humano, independentemente da idade, classe social, cor ou crença.
Perante isto, não é nada fácil educar, pode considerar-se uma arte fundamental para uma plena e fácil inserção do indivíduo na sociedade. Através da educação abrem-se portas inimagináveis, ela está na base de tudo produzindo indivíduos que mais tarde irão contribuir para o desenvolvimento do país.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

AINDA QUE FOSSE SANTO


O santo anda um pouco baralhado não só atendendo à idade mas principalmente devido à inconstância humana. No lugar do santo também andava baralhado… Uns querem chuva, outros querem sol… Se o santo consegue reter a água que cai, logo se ouvem vozes gritar ai jesus que temos seca…!
Efectivamente, ele é o responsável pela chuva que cai por todo o país e pela seca que eventualmente afecta algumas regiões. Já não lhe bastava ficar encarregado de abrir e fechar as portas do céu, ainda tem que se preocupar com o tempo que faz cá por baixo na Terra!
O infeliz do santo, apesar da proveta idade, foi ainda incumbido do tempo que faz…! Se deixa cair a chuva cá para baixo para acabar com a seca e os incêndios, voltam a ouvir-se as vozes que se queixam das cheias que alagam casas e terrenos…!
Que fazer então? Qual a atitude mais correta? Este é um dos dilemas que São Pedro tem de resolver.
As alterações climáticas são cada vez mais frequentes muito por culpa humana… É este o tempo que temos para alterar comportamentos e para nos adaptar à nova normalidade. Tudo depende da vontade e do capricho do santo.
Ainda bem que não sou santo… nem o meu nome é Pedro.
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