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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

FELIZ ANO NOVO

QUE 2015 SEJA UM ANO PLENO DE FELICIDADE É O QUE DESEJO A TODOS OS QUE ME ACOMPANHARAM AO LONGO DESTE ANO QUE AGORA FINDA

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

GENTE PRECONCEITUOSA

Não me surpreendeu absolutamente nada o artigo que li sobre um estudo feito pela Universidade de Ontário, no Canadá e que, segundo esse mesmo estudo, (publicado na revista Psychological Science), as pessoas menos inteligentes são mais conservadoras, preconceituosas e racistas. Eu tinha formado essa opinião através da observação do comportamento de alguns adeptos de clubes de futebol, das guerras motivadas por diferenças religiosas, já para não falar dos preconceitos sexuais, sociais e até contra a velhice… Por falta de provas, a minha opinião era frequentemente rebatida quando me atrevia a expressá-la até que aprendi a ficar calado e a corroborar para mim próprio esta teoria.
Na verdade, é de certo modo “natural” que pessoas menos inteligentes adoptem ideologias socialmente conservadoras devidas à aversão que o ser humano tem à mudança, atitude essa que é geradora do preconceito.
Convém não esquecer que, apesar da conclusão a que se chegou através deste estudo, nem todos os não preconceituosos são inteligentes assim como nem todos os preconceituosos são pessoas de pouca inteligência. Como em todas as regras, também nesta há excepções…

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A MODA DA BARBA

Ficar por casa nestes dias de festa dedicados à família, deu-me para assistir ao programa da RTP1 “Agora Nós”. Reparei que também o apresentador acabou por aderir à moda da barba. Se esta moda favorece alguns rostos dando-lhe até um ar sexy, outros há a quem confere um aspecto de troglodita e só perdem em sentido estético. No caso do apresentador José Pedro Vasconcelos, com aquele ar limpinho de menino da mamá, a barba confere-lhe um ar descuidado que de forma alguma se coaduna com o aspecto geral. É a minha opinião e por isso vale o que vale. Opiniões à parte, ao aderir a esta moda, José Pedro já vai tarde assim como todos os que acabaram por aderir. Como toda a gente sabe, a moda é cíclica, o que hoje está na moda em pouco tempo deixa de estar. Eu próprio já usei barba na década de 70 e algum tempo depois, passou a ser careta o uso de barba e acabei por cortá-la. É o que de facto começa já observar-se. Como quase sempre acontece, quando uma moda se generaliza demasiado, há a tendência para passar de moda. Existe mesmo um estudo publicado na revista científica Biology Letters (Ler aquifeito por pesquisadores da Universidade de South Wales, no sudeste da Austrália que atesta que “dada a imensa quantidade de "barbados", os homens de "cara limpa" tendem a obter uma vantagem competitiva e, portanto, sobressair e se tornarem, mais uma vez, dominantes”.

Ora, devido à enorme profusão de barbados, penso que esta moda, cíclica como todas as modas, já atingiu o seu auge. Viva a moda dos homens de “cara limpa”…!

domingo, 28 de dezembro de 2014

A PRIMEIRA VEZ É A QUE DÓI MAIS

É bem verdade que há sempre uma primeira vez para tudo (grande cliché!) e, segundo consta, é sempre a que dói mais… Não, não se assustem que não vou levar a conversa para a cueca ou trocar o “c” pelo “q”… Vem isto a propósito da sensação algo desagradável que tive quando fui avô pela primeira vez. Confesso que não foi uma sensação muito agradável sentir que com 61 anos “já” era avô, o que é considerado sinónimo de velho… Quando somos novos é assim que pensámos. Lembro-me de achar que os meus pais eram já muito velhos, com a mesma idade que tinha quando fui avô pela primeira vez… Pensar que hoje tenho a mesma idade que os meus pais tinham quando eu os achava muito velhos!
Há cerca de 5 meses e alguns dias, fui de novo promovido a avô desta vez de uma Ritinha e admito que já não custou nada… pelo contrário, canso toda a gente que conheço ao contar repetidamente as suas gracinhas.
Não há dúvida, o que dói mais é a primeira vez…

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

FELIZMENTE O NATAL JÁ PASSOU...

Nunca fui muito “tocado” pelo espírito de Natal e, que me lembre, mesmo quando era criança… Não faço ideia se por ser pouco presente em nossa casa, se por ter como ponto alto da noite uma chatérrima “missa do galo”, se devido aos presentes se resumirem invariavelmente a um par de peúgas, um cachecol, umas luvas e, em alguns anos uma camisola. É certo que havia uma tristíssima árvore de Natal em cima do aparador da sala onde raramente jantávamos mas não era o suficiente para chamar o dito espírito de Natal … Isto até aos meus 10 anos. Mais tarde, as coisas melhoraram em todos os sentidos mas há muito o espírito de Natal estava morto em mim. Com o nascimento dos meus filhos ressuscitou também o espírito de Natal. Esta quadra passou a ser vivida de uma forma mais intensa com o culminar da distribuição dos presentes às crianças e forçosamente também aos adultos mais chegados.
Este ano, com a presença dos netos, revivi o gosto do Natal de outros tempos em que os filhos eram ainda crianças e acreditavam no Pai Natal.
O que eu não gosto no Natal é esse malfadado hábito de fazer compras e da vertente de ter de as oferecer e retribuir a familiares e amigos, porque sim. Detesto esse hábito consumista que faz as pessoas correrem a entupir lojas ruas e estradas na ânsia de adquirir mais um presentinho para oferecer sabe-se lá a quem… Como é sabido através de “pensamentos” que aqui publicados, também gosto de dar presentes, mas de preferência sem a imposição de datas, com algo que sabemos que as pessoas desejam ou não mas que pensamos que vão gostar…

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

A MESA DE NATAL

Este ano a mesa de Natal foi em prata. Para ser diferente, a toalha com motivos natalícios ficou na gaveta. Escolhi uma toalha com motivos em tom de prata a condizer com os marcadores e o fio prateado das louças. Requintei e inovei um pouco na decoração da mesa de Natal… À mesa, apenas seis pessoas (eu, minha mulher, os dois filhos, o Miguel e o genro), a Rita ficou no carrinho. A ementa constou de dois pratos, o tradicional bacalhau cozido com batatas com legumes e o arroz de polvo. O peru este ano fez greve… Como sobremesa, rabanadas, sonhos, leite-creme (feito na Bimby da filhota), pão de ló, bolo rei e frutos secos. Para mim bastava uma rabanada e o bolo-rei que é o que gosto e habitualmente como no Natal.
E pronto, foi assim o Natal cá em casa. Apesar de este ano estar mais presente o espírito de Natal, mesmo assim, sentem-se sempre as ausências dos que já foram e dos que ainda estão por cá. A noite acaba sempre por ser um pouco triste ao relembrar outros natais mais distantes…

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

FELIZ NATAL

A todos os amigos, reais e virtuais, desejo um Santo Natal na companhia dos que vos são mais queridos.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A "ÁRVORE" E OS PRECONCEITOS

A propósito da árvore de Natal lembrei-me de uma notícia sobre a exposição de uma escultura de Paul McCarthy na Praça Vendôme, em Paris. Esta escultura valeu ao seu autor um par de bofetadas (na verdade foram três) aplicadas por um transeunte aquando da sua montagem. Embora lhe fosse atribuída a designação de “Tree” e pretenda representar precisamente uma árvore, a escultura faz lembrar a muitos franceses nada mais, nada menos que um “brinquedo sexual”, daí a grande controvérsia gerada à sua volta. Esta escultura se assim se lhe pode chamar, acabou por ser vandalizada. Tratando-se de uma peça insuflável sustentada por cabos, quando estes foram cortados deixaram por terra a dita escultura…
Sendo Paris a Cidade Luz, assim chamada por ter atraído ao longo dos séculos as mentes mais iluminadas das diferentes vertentes das artes, não deixa de se estranhar esta atitude perante a “árvore” do senhor Paul McCarthy, atitude só explicável através de mentes preconceituosas.
Afinal, mesmo aqueles que se consideram não preconceituosos, se mergulharem bem fundo no seu íntimo, talvez encontrem vestígios desse veneno em relação a atitudes, formas de estar, de vestir, raças, religião,…

sábado, 20 de dezembro de 2014

É AZAR, POUCA SORTE OU BRUXARIA?!

Não sei se é azar, pouca sorte ou bruxaria mas tudo que tem que avariar nesta casa é precisamente ao sábado que avaria apesar de a semana ter 7 dias… Até agora era o frigorífico que se cansava de refrigerar e decidia fazer uma pausa prolongada ao sábado com a consequente estragação dos alimentos que lá conservávamos. Depois da caldeira, máquina de lavar roupa,… hoje foi a vez do carro que resolveu enviar uma mensagem a exigir uma revisão urgente ao motor. Só pode ser muito azar, pouca sorte ou bruxaria porque para coincidência segundo a lei das probabilidades, é altamente improvável…! Ainda estou indeciso entre levar o carro à oficina ou a uma bruxa de confiança… Como o carro vai ficar a repousar na garagem até segunda-feira, vou ter tempo mais que suficiente para fazer a melhor opção. Estou cá desconfiado que o malandro queria descanso por isso avariou…

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A LOUCURA DAS COMPRAS DE NATAL

Só ontem me apercebi da loucura que se apossou de grande parte da população desta Invicta cidade habitualmente tão calma que chega a parecer uma qualquer cidadezinha dos subúrbios… Talvez porque tive necessidade de ir ao Mar Shopping a meio da tarde depositar uns monos no ponto electrão e fazer algumas compras de artigos de consumo é que me apercebi que já nesta altura anda tudo louco com as compras de Natal. Há já algum tempo que observo a profusão de ideias para centros de mesa, árvores, enfeites, presentes… que grassa na blogosfera mas não fazia ideia da loucura que ia pelos shoppings da cidade e arredores. Devo dizer que ainda não fiz qualquer compra de Natal como já vem sendo hábito desde que os filhos se tornaram adultos. Não sou apologista da tradicional troca de presentes, na sua maioria perfeitamente inúteis, só porque é suposto oferecerem-se nesta quadra. Abro uma excepção para as crianças. As prendas devem ser para elas à imagem do que aconteceu com o Menino Jesus. Que me conste, ninguém ofereceu prendas a José ou a Maria…
No regresso a casa, fui obrigado a engrossar uma fila de trânsito que se dirigia ao Norte Shopping só porque esse percurso é o mesmo que em parte percorro até casa.
O que mais me surpreende é ver a quantidade de prendas que se compram numa altura de crise como esta que vivemos.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ÁS VEZES GOSTO DE FICAR SÓ

Na sequência do meu poste anterior torna-se oportuno esclarecer por que às vezes gosto de ficar só no meu cantinho a pensar ou então, conduzir e a ouvir música no carro, sentar num sofá a ler um bom livro ou numa esplanada junto ao mar a pretexto de um café,… Ainda que o facto de estar sozinho não me leve a lado nenhum, estou seguro do bem que me fazem os longos diálogos que travo comigo mesmo. Nestes diálogos, ora me insulto por certas atitudes que tomei, ora me incentivo a tomar determinadas decisões… Noutras ocasiões colaboro até com ideias que me permitem chegar a conclusões através da análise de factos que me incomodam ou que de algum modo me impressionaram,… Estes diálogos interiores, recuso-me a chamar-lhe monólogos, ajudam-me a afastar preconceitos e alterar juízos de valor sobre pessoas, factos e atitudes de modo a minimizar ou mesmo eliminar a dor que me provocam.
Todas as pessoas deviam ficar sozinhas de vez em quando de modo a terem a possibilidade de estabelecer estes diálogos. É extremamente útil uma reflexão sobre tudo que nos rodeia de modo a ajustar as ideias à sua real dimensão e ao lugar que lhes cabe na nossa vida. Às vezes não chega ser perdoado pelos outros, é mais importante saber perdoar-se a si mesmo.
Se é verdade que às vezes gosto de ficar sozinho, quando vejo casais a passear de mãos dadas, mães a passear os seus filhos, dois amigos que conversam e riem, chego à conclusão de que embora goste de ficar sozinho, não gosto de estar só…!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

SENTADO A SÓS... COMIGO

Estou sentado sozinho comigo no meu quarto. Estou sentado mas não estou sozinho. Estou sentado comigo no meu quarto… Olho as nuvens no céu através do quadrado da janela onde, de quando em vez, um avião passa no seu percurso a caminho do aeroporto. Talvez, naquele avião, vá alguém sentado consigo próprio, alguém que não vai sozinho…
Estou aqui sentado somente a desfrutar da minha companhia, em silêncio, muito quieto não vá quebrar-se esta paz aparente. Tem dias em que até sou óptima companhia, bom ouvinte e excelente comunicador… Tem dias. E hoje é um desses dias por isso estou aqui sentado a sós… comigo. Escuto-me com atenção o que não significa que aceito todas as explicações que tento fazer-me entender… Repreendo-me com palavras que quase raiam o insulto e tento justificar o que não tem justificação. Prometo-me alterar comportamentos, reprimir emoções embora o Eu duvide que o vá conseguir… Afinal estamos em plena quadra natalícia…!
Continuo ali sentado em silêncio, sozinho comigo no meu quarto, olhando através do quadrado da janela. No céu já não há nuvens, apenas um céu azul dum tom azul deslavado. De quando em vez, ainda passam aviões onde talvez vá alguém sentado a sós consigo próprio…
Não faço a mínima ideia há quanto tempo estou aqui sentado… sozinho, comigo ao lado.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O CAMINHO

Passo a passo, degrau a degrau, lá se vai caminhando pela estrada da vida. Não importa de todo saber para onde nem os percalços que se vão encontrar pelo caminho…
O que realmente importa é caminhar. Desistir…? Não é opção…!
Todos temos um caminho a percorrer e nenhuma desculpa para o não fazer.
Mais tarde ou mais cedo, agora ou (muito) mais tarde, teremos de o percorrer… E o caminho faz-se caminhando como diria o poeta (António Machado).
Ontem foi dia de consulta pós-operatória. Tudo em ordem. Recuperação da visão a 100%. Mais uma etapa superada no meu percurso de vida…!
Agora é só aguardar a próxima que será dia 17 de Janeiro...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

NÃO SE PASSA NADA

É bonito e espectável que, perante a adversidade de um amigo, aqueles que o são se mostrem solidários e façam questão de estar presentes visitando ou mostrando a sua disponibilidade para o que for preciso. Não se espera outra coisa dos amigos perante aquele que se encontra numa situação difícil seja de que natureza for. O que choca é todo o folclore que os meios de informação fazem à volta destes casos. Este comportamento faz-nos pensar que neste país não se passa nada que mereça ser noticiado… Talvez não esteja a ser de todo objectivo e a comprová-lo, basta assistir aos noticiários da TV e ler as páginas dos diários… Ninguém se pode queixar de não ficar informado ao pormenor sobre todos os jogos disputados ou a disputar. Tirando os comentários dos presidentes dos clubes e dos comentadores desportivos, transmitidos em simultâneo nos diferentes canais televisivos nacionais… não se passa nada. Melhor, tirando casos como o BPN, o BPP, o BES, os swaps, as parcerias público-privadas, a Tecnoforma, os vistos gold e o facto de termos um ex-primeiro-ministro detido, não se passa nada, mesmo nada… Neste país que até podia ser o “país do futebol”, não se passa nada…! A não ser… os jogos de futebol, é claro. De resto, está tudo calmo, tudo tranquilo…!

domingo, 14 de dezembro de 2014

O QUE É O TEMPO AFINAL?

Pensar que amanhã já faz um mês que fui operado às cataratas (não confundir com as do Niágara), surpreende-me. Por outro lado, a aplicação diária dos colírios (três) e a restrição de fazer esforços no ginásio e fora dele, faz-me sentir como se já tivesse sido há mais de um ano… Há anos que parecem meses e dias que parecem anos, tudo é relativo e dependente das nossas vivências.
O que é o tempo afinal? Apesar das inúmeras tentativas de o definir desde a mais remota antiguidade quer por cientistas quer por filósofos, continuo a achar que ele é indefinível por palavras. Dizer que o tempo passa é algo altamente subjectivo já que ele não passa de forma homogénea por todos nós e em todas as ocasiões duma mesma pessoa… Repare-se como o tempo passa depressa quando em boa companhia e como ele marcha lento quando se está à espera de alguém… Isto mostra como o tempo não é percepcionado de forma homogénea por todos e em todas as ocasiões. Há dias tão grandes que mais parecem um mês e outros que passam tão rápido que até custa a acreditar…
Há dias assim.

sábado, 13 de dezembro de 2014

A MINHA ÁRVORE DE NATAL

A minha árvore de Natal não é a mais bonita como é comum dizer-se aqui pelos blog’s e redes sociais. Também não é a maior nem tem outra característica que a faça diferente de tantas outras que para aí há… Mas é a minha/nossa árvore de Natal armada pela família segundo a tradição a partir do dia 30 de novembro e terminada antes do dia 17 de Dezembro. A família só errou, por desconhecimento (não leem o meu blog), em acabar de a montar antes do dia 17 conforme manda a tradição… Este ano nem teve a preciosa colaboração do Miguel mas ele sabe que ela existe em sua homenagem. A Rita ainda é muito pequenina e ainda não se deixa entusiasmar por estes “enfeites” natalícios.
É assim a minha árvore, mais pequena menos vistosa do que a árvore de anos anteriores. Quisera que cada ramo desta árvore representasse cada um daqueles que moram no meu coração…

Quisera, Senhor, neste Natal
Armar uma árvore dentro do meu coração
E nela pendurar, em vez de presentes,
Os nomes de todos os meus amigos!
Os amigos de longe e de perto, os antigos e os recentes.
Os que vejo cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que, às vezes, ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer, me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente
E aqueles de quem não me são conhecidas a não ser as aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos jovens e meus amigos velhinhos.
Meus amigos homens feitos e as crianças, minhas amiguinhas.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Aqueles a quem eu conheço sem me conhecerem
E aqueles que me conhecem sem eu os conhecerem.
Que me admiram e me estimam sem eu saber,
Que eu estimo e admiro sem lhes dar a entender.
Uma árvore de raízes muito profundas,
Para que os seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos
Para que novos nomes, vindos de todas as partes,
Venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável
Para que nossa amizade seja um momento
De repouso no meio das lutas da vida.

Minha árvore de Natal (Padre João Batista Megale)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

UM MINUTO DE FAMA

Numa sociedade fria e calculista como é a actual, onde os valores morais estão omissos ou totalmente subvertidos surpreende-me que indivíduos perfeitamente anónimos se esforcem por causas humanitárias como envidar esforços para libertar da prisão figuras públicas que mal conhecem. A minha experiência de vida provavelmente fez-me tão céptico que não consigo acreditar no altruísmo destes gestos. Desconfio que esta atitude tem por base a mera tentativa de alcançar um minuto de fama. Apesar do meu ceticismo ainda me consigo surpreender com o que o comum dos mortais é capaz de fazer para sair do anonimato, para alcançar o seu minuto de fama… É claro que existem formas mais radicais de o conseguir, como morrer de forma violenta com o inconveniente de o indivíduo não ter o prazer de gozar o seu minuto de fama… Mas teria seguramente a sua fotografia nos jornais e noticiários da TV o que provavelmente jamais conseguiria estando vivo… Ou então, podia matar alguém. Nesta hipótese, o inconveniente é o de vir a ser preso. Mas também deste modo conseguiria a divulgação da sua foto nos jornais e até, quem sabe, aparecer nos noticiários e em entrevista na TV. Além destes, existem outros meios menos radicais mas talvez mais trabalhosos para atingir o tal minuto de fama, por exemplo, escrever um livro, cantar uma canção que talvez venha a ter sucesso, roubar ou desviar uma quantia choruda, deixar-se subornar, … ou cometer qualquer uma outra excentricidade (ver a foto)…

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O SEU A SEU DONO...

Em pleno período do advento é comum ouvirem-se as tradicionais canções de Natal em todos os espaços públicos como centros comerciais e ruas das cidades e vilas de todo o mundo cristão. Uma das mais antiguinhas mas ainda muito ouvida é o ADESTE FIDELIS (ouça aqui) também conhecido por "Hino de Natal Português". O que muita gente não sabe é que este hino foi escrito pelo rei D. João IV de Portugal. Este rei muitas vezes denominado como “O rei músico” foi um mecenas tanto da música como das artes não sendo de estranhar ter composto vários hinos além de possuir uma das maiores bibliotecas do mundo. Embora a autoria do hino Adeste Fidelis seja muitas vezes atribuída John F. Wade, existem manuscritos desta obra datados de 1640, encontrados no palácio de Vila Viçosa enquanto que o manuscrito de John Wade data de 1743. É provável que John Wade tenha traduzido a obra do nosso rei D. João IV sem mencionar a sua autoria sendo-lhe por isso atribuída… Há sempre quem se aproveite do trabalho dos outros.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A REFORMA É UMA TRETA

Se está a pensar pedir ou já pediu a reforma  achando que a partir desse momento vai poder ocupar o seu tempo com coisas que até hoje não tinha disponibilidade mas que sempre sonhou fazer, desengane-se. Nada disso vai acontecer. A partir do momento em que se reforma, passa a estar disponível para “apagar fogos” de toda a família. Todos contam consigo para dar uma ajudinha nas situações difíceis ou simplesmente para fazer companhia. Pode optar por ficar em casa na esperança de gozar de algum sossego mas também aí o esperam mil e uma tarefas que a família deixa por fazer, afinal você até tem mais tempo e disponibilidade… Começa então a recolha da roupa que ficou espalhada pelo chão e seu transporte para a lavandaria a fim de ser lavada. Enquanto circula pela casa vai recolhendo copos, pratinhos pratinhos e chávenas que ficaram esquecidos nos sítios mais improváveis. Como acontece quase sempre a máquina de lavar louça está completa, há que pô-la a lavar. Enquanto a máquina trabalha, aproveita para fazer a cama… Entretanto a máquina parou e é preciso arrumar toda aquela louça para meter a que ficou à espera de vez dentro da pia… Entretanto, o telefone toca o que o põe em sobressalto. Será que aconteceu algo de grave a algum familiar? Suspiro de alívio, afinal era só uma call-center a tentar angariar mais um cliente para uma operadora de telecomunicações… Como há várias operadoras, seguem-se outros tantos telefonemas ao longo do dia. Aproveitando uma pausa nas tarefas domésticas, dá uma espreitadela ao facebook para dar alguns likes… E com tudo isto a manhã passou. Caso seja um razoável cozinheiro, ainda o espera a tarefa de confeccionar o almoço… no meu caso, ainda me resta ir ao take away mais próximo.
Está a pensar que realizadas todas estas tarefas o espera uma tarde calma, volto a dizer, desengane-se. Agora está disponível para “apagar fogos” dos familiares além daquelas tarefas burocráticas que fazem parte do dia a dia de qualquer família de uma eventual visita a um supermercado…
Se ainda não pediu a reforma, deixe-se estar. Acredite que vai ter mais tempo disponível só para si. Não passa pela cabeça de ninguém solicitar-lhe seja o que for já que, durante o dia, está a trabalhar e quando chega a casa partem do princípio que se encontra tão cansado que ninguém tem a coragem de incumbi-lo de qualquer tarefa.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

LÁ, EU SOU APENAS EU

Quando me perguntam quantas vezes vou ao ginásio por semana e a minha resposta é, todos os dias excepto sábados e domingos, não é raro surpreender o espanto no rosto do meu interlocutor. Perante esta estranheza respondo invariavelmente com aquele velho e estafado chavão: vou para conservar a saúde física e principalmente a mental. Geralmente, a conversa fica por aqui embora esteja consciente de que muito mais haveria para dizer. No entanto, explicar as verdadeiras razões que me levam ao ginásio tantos dias seria extremamente fastidioso para quem me escuta e algo difícil para mim. Além dos motivos de saúde, o que também me atrai naquele espaço é o anonimato que se usufrui. Lá, eu sou apenas mais um utente em T-shirt, calções e sapatilhas o que, por si só, em nada ou em muito pouco me diferenciam dos demais utentes. Ali quase ninguém me conhece salvo algumas (muito poucas) pessoas com quem converso quando as encontro quer no vestiário, banho turco ou sauna. Obviamente haverá ali quem goste de mim apenas por aquilo que sou, despido de roupas, títulos e status e se preocupe quando me ausento por motivos de saúde. Do mesmo modo, também deve haver quem não goste sabe-se lá por que motivo e, seja ele qual for também não me preocupa descobrir.
Ali, naquele espaço, cada um é como é, sem estatutos sociais, sem preconceitos mas todos com um objectivo comum, manter a saúde física… e mental.

domingo, 7 de dezembro de 2014

50 000 VISITAS

E assim, de repente, venho aqui e... surpresa! O blog atingiu as 50 000 visitas! Pois é, o tempo passa e em pouco mais de dois anos, já passaram por aqui 50.000 visitantes…!
A todos, os Amigos, seguidores e visitantes fortuitos, o meu Muito Obrigado.
Entre as cerca de 1000 mensagens publicadas, aqui deixei alguns dos meus pensamentos, sugestões, poemas, adivinhas… e outras coisas minhas…
Que de tudo quanto foi publicado tenham tirado proveito de alguma forma, será para mim muito gratificante e só por isso valeu a pena manter este blog. Sem falsa modéstia, muito me orgulho de ter um número considerável de leitores em países tais como Estados Unidos, Brasil, China, Rússia, Polónia, Alemanha e, em menor número em muitos outros.
Obrigado a todos.
Enquanto “sentir” o calor da vossa presença, por aqui continuarei a pensar, a sugerir, a poetar… 

AS PERRICES DAS CRIANCINHAS

As crianças são assim mesmo, imprevisíveis e por vezes mal comportadas, isto é, adoptam comportamentos inadmissíveis à normal convivência em sociedade…
Um sujeito vai ao café tomar o seu pequeno-almoço que se quer em paz e há uma criancinha que desata em altos berros perante a passividade dos familiares…Não sou daquelas pessoas intolerantes que por feitio ou falta de experiência não compreende estas comportamentos infantis. Sou pai de dois filhos hoje já adultos e avô de duas crianças, uma delas com meses. Nunca os meus filhos tiveram comportamentos tais como sair da mesa em restaurantes e andar a correr por entre as mesas ou então fazer perrices em locais públicos ferindo os tímpanos de quem estava próximo, com berrarias infernais como aconteceu esta manhã no café. A dita criancinha berrou a plenos pulmões sem que, comodamente sentados, nenhum dos familiares tomasse qualquer atitude para acabar com aquele comportamento inadequado a um qualquer espaço público. Como disse, fui pai de duas criancinhas e sou avô de outras duas e não foi preciso ser um superpai ou superavô nem as criancinhas foram ou são fora do normal. Simplesmente, nós os adultos, possuímos uma formação cívica que nos permite respeitar o espaço e o sossego dos outros. Em situações de perrice acompanhada de gritaria (que também as houve e ainda há por parte dos netos) as criancinhas são retiradas daquele espaço para não incomodar os demais. Para onde? Há sempre a rua ou uma casa de banho próxima onde uma conversa mais enérgica e autoritária (por que não?) ou, em casos extremos uma boa palmada no rabo acaba com a perrice…
Por que já vivi situações semelhantes, continuo a ficar indignado com a passividade dos familiares que parecem ficar surdos perante as perrices de um ser minúsculo a berrar (aquilo não era choro) a plenos pulmões…!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

ESTE É UM PAÍS ASSOLADO POR VAGAS...

Este é um país muito dado a vagas. Não, não há perigo de Tsunami já que falo em vagas… também era só o que nos faltava! Se é verdade que toda a costa (não confundir com o personagem) foi assolada durante o inverno por vagas alterosas que provocaram imensa destruição, outras vagas nos têm assolado. Primeiro, foram vagas de calor durante o verão, agora atravessámos uma vaga de frio e, também recentemente, atravessámos diferentes vagas de corrupção… Estas últimas são as mais perigosas pela sua persistência e destruição da economia do país… Enquanto todas as outras vagas nos assolam por curtos períodos de tempo, as vagas de corrupção são recorrentes e, de certo modo, cíclicas. Estou em crer que se trata de um problema de ADN que despoleta quando algum individuo atinge qualquer cargo do poder político ou económico…

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

SEGUNDO A TRADIÇÃO

Com o início do advento a 30 de novembro e segundo a tradição cristã, devia iniciar-se a montagem da árvore de Natal. Na verdade, ela já marca presença muito antes desta data em centros comerciais e mesmo em muitas casas particulares.
Segundo a tradição, a montagem da árvore de Natal deveria fazer-se pouco a pouco terminando apenas no dia 17 de dezembro por ser esta a data em que na Bíblia se alude ao nascimento de Jesus.
Como vem sendo hábito, cá por casa, estamos atrasados. A nossa árvore, artificial como é suposto ser em casa de uma bióloga, ainda repousa na sua caixa de cartão, o seu longo sono anual. Não é que a tarefa seja demasiado árdua que ainda não procedemos à sua montagem, isso tem mais a ver com o facto de as nossas crianças já terem crescido, voado do ninho e possuírem a sua própria árvore de Natal.
Porque o espírito de Natal se reflecte em cada uma das bolinhas que nela penduramos, não deixaremos de montar a árvore antevendo a árdua tarefa de a desmontar a 6 de janeiro… também segundo a tradição!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

OLHANDO O MAR...

Olhando a imensidão do mar tão longe quanto a vista alcança até que esbarre com o horizonte onde um Sol, qual bola de fogo, mergulha lentamente deixando tudo mais triste, mais escuro, menos colorido… Olhando o mar, fico pensando como é bom pensar em nada e, pensando assim, eu vou pensando em coisa nenhuma. Chega até mim apenas o som da espuma que as ondas arremessam à praia, o som da voz vinda das ondas… O mar fala comigo apenas quando me aproximo o suficiente para o escutar…
Olhando o mar consigo vislumbrar a paz que ao longe, lá muito ao longe anda perdida…

Olhando o mar, sonho sem ter de quê.
Nada no mar, salvo o ser mar, se vê.
Mas de se nada ver quanto a alma sonha!
De que me servem a verdade e a fé?
(Fernando Pessoa)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

FARTO DE ESTAR EM CASA

Estou farto, tão farto, mas tão farto de estar em casa que só me apetece ignorar o frio e a chuva que tem caído, largar as gotas oftálmicas que me condicionam as escapadelas a um limite máximo de duas horas e mergulhar num shopping, na baixa do Porto ou em qualquer outro lugar onde haja gente, movimento, vida…
O que mais me está a custar neste pós-operatório da cirurgia às cataratas é a prisão a que a aplicação dos colírios me obriga. Poderão então dizer-me por que não leva os colírios e os aplica onde quer que esteja? Obviamente que essa seria a solução mais inteligente não fora o facto não conseguir colocar as gotas estando em pé. Nessa posição, são mais as gotas que escorrem cara abaixo do que as que ficam no olho. A solução é deitar-me para colocar o colírio. E onde me deitaria estando fora de casa, já imaginaram cena? A solução tem sido permanecer em casa, não me afastar para muito longe…
Não sei quem é o autor mas não resisto a citar esta frase que duma forma sucinta consegue dizer o que eu dificilmente conseguiria mesmo com mais palavras:
“Fico tanto em casa que já me sinto parte dos móveis”.
Na verdade, tenho permanecido tantas horas por casa que já me confundo com a cadeira onde me sento em frente ao computador.
Estou tão farto de estar em casa que já começo a estar farto de estar farto…

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O NOME DOS MESES #12

DEZEMBRO
Por ser o décimo mês no antigo calendário romano, com muita imaginação, os romanos apelidaram-no de "december", que deriva de “decem” que em latim significa dez. Este mês estava sob a proteção de Vesta, deusa do fogo do lar.
Neste mês, o último do calendário gregoriano, celebra-se o Natal, quadra de grande significado para a população católica já que se comemora o nascimento de Cristo.

domingo, 30 de novembro de 2014

RESISTÊNCIA À MUDANÇA

A resistência à mudança tem como origem o medo que as pessoas têm da própria mudança. Adoramos permanecer na nossa zona de conforto e de certo modo, rejeitamos novas experiências ou alterações ao ambiente que nos cerca. No entanto, inexoravelmente tudo muda à nossa volta e ao longo da nossa vida.
Aquando do centenário da estreia do balet “A Sagração da Primavera” de Igor Stravinsky a 29 de maio de 1913 no Théâtre des Champs-Élysées as reacções não foram de todo pacíficas. Devido às características inovadoras feriu o sentido estético da época de tal forma que a plateia a brindou com vaias do princípio ao fim…
Actualmente, esta obra musical é reconhecida e admirada como um símbolo da musicalidade erudita. É assim que, muitas vezes, as propostas de mudança são recebidas e se perdem importantes passos rumo ao progresso da humanidade…

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O MOMENTO CERTO

Faz-me pena ver alguém insistir e permanecer na ribalta quando as suas capacidades físicas e mentais já se encontram em franco declínio. Isto é tanto mais doloroso quanto mais brilhante foi a carreira e o protagonismo do actor. Mais tarde ou mais cedo, salvo raríssimas excepções, há sempre um momento certo para qualquer actor se retirar de cena… isso acontece quando já terminou a representação do papel que lhe foi destinado para dar lugar à entrada de outros figurantes e outras “falas”… Assim também na vida pessoal e pública existe esse momento, o momento certo para se retirar deixando uma boa recordação do nosso desempenho. Retirar-se no momento certo não é um sinal de fraqueza mas sim de inteligência e discernimento. É fundamental que alguém apoie e incentive esta decisão já que nem todas as pessoas têm consciência de que o seu tempo já passou e o papel que desempenharam terminou há muito…
"É melhor retirar-se e deixar uma bonita lembrança, do que insistir e virar um verdadeiro incômodo.” (Scarlett Smith)

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

VER COM OUTROS OLHOS

Agora dou por mim a comparar o que vejo com cada um dos meus olhos. É o que se pode dizer literalmente, ver a vida com outros olhos porque tenho o raro privilégio de poder comparar o que vejo com um olho que sofreu uma intervenção cirúrgica (olho jovem) com o que vê um olho aos 66 anos… Com o olho jovem, as cores adquirem tonalidades mais fortes enquanto a paisagem se vê com um tom levemente amarelado e pouco nítido com o olho mais velho. Modos diferentes de ver… É a prova de que é possível ver a mesmíssima coisa, a mesma paisagem, os mesmos factos de várias maneiras diferentes dependendo dos olhos com que se vê. Perante os acontecimentos recentes no nosso país, a interpretação dos factos depende muito se olhámos com olhos que mostram já alguns sinais de senilidade ou com olhos “esvaziados” da opacidade do preconceito, do interesse camuflado, de partidarismos…
Olhar o mundo com outros olhos permite agir de um modo mais tolerante, sem fundamentalismos. Anda aí muita gente a precisar de uma cirurgia às cataratas da alma, aquelas que ninguém vê… mas que afinal deturpam a visão das coisas e da humanidade…

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

NADA É PERMANENTE

Num mundo em constante e rápida mudança, é impensável acreditar que podemos permanecer imutáveis ao longo das nossas vidas. A mudança impõe-se como uma necessidade de adaptação às transformações que ocorrem à nossa volta sejam elas de natureza climática, política, social,… A cada dia que passa vivemos novas experiências que provocam alterações, mais ou menos profundas, quer ao nível fisiológico quer da própria personalidade… No entanto o ser humano manifesta uma normal resistência à mudança pela ansiedade que lhe provoca o medo do desconhecido, de tudo que é diferente, de novos ambientes, …
No entanto, “nada é permanente, excepto a mudança”.
Esta frase, atribuída a Heráclito (sábio grego da antiguidade), traduz de forma insofismável a própria realidade. Quer a gente queira quer não, as coisas mudam, nós próprios mudámos…

terça-feira, 25 de novembro de 2014

ORGANIZAÇÃO DO FRIGORÍFICO

A necessidade de desocupar o frigorífico tendo em vista detectar a avaria alertou-me para a falta de racionalidade como, de um modo geral, fazemos uso deste eletrodoméstico. Pelo menos cá em casa, há dias em que se instala o caos no que respeita à arrumação sendo os alimentos enfiados nos raros espaços vazios sem qualquer critério quanto ao grau de refrigeração ou ao modo de acondicionamento. Esta prática é desaconselhada porque, se não existir algum espaço entre os diferentes alimentos, a circulação do ar frio fica comprometida o que prejudica a distribuição do frio. Isto acontece porque muitas vezes enchemos o frigorífico com alimentos que não precisam de ser conservados no frio e que em alguns casos até perdem qualidades. É o caso das frutas, tomate, feijão, pepino e abóboras. O pão também o pão se deteriora mais rapidamente no frigorífico.
Com a minha mania da organização, procurei informação relativa à organização e distribuição dos alimentos no interior do frigorífico. Na execução desta tarefa, convém não esquecer que a zona mais fria é a prateleira do fundo, por cima das gavetas dos vegetais. Essa prateleira devia ser reservada para guardar sopa, carne, peixe e restos de refeições cozinhados. Assim sendo, na prateleira superior, devemos guardar os queijos, charcutaria, manteigas e compotas.
As prateleiras do meio destinam-se a iogurtes, ovos (se não existir local apropriado na porta), restos de refeições e outros alimentos que se estraguem com facilidade.
Quanto às gavetas, sugiro que se reserve uma para legumes e a outra para fruta madura já que a “verde” deve ser deixada à temperatura ambiente para amadurecer.
Na porta, de cima para baixo, poderão ser guardados frascos de compotas, condimentos, ovos se existir local próprio e por fim o leite, água, cerveja e vinho.
É frequente utilizar caixas de plástico opaco para guardar restos de refeições. O facto de não se visionar o conteúdo, faz com que esses restos fiquem esquecidos no interior do frigorífico acabando por se estragar o que só contribui para além de ocuparem espaço, consumir energia inutilmente. Defendo a utilização de caixas de plástico (ou vidro) transparente de forma que se possa ver o conteúdo. Manias da arrumação, reconheço que, além de facilitarem a vida, contribuem também para a economia doméstica.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PEQUENO DRAMA (ELÉCTRO) DOMÉSTICO

Convivemos no nosso quotidiano com imensa tecnologia que de certo modo torna a nossa existência mais agradável e nos facilitam a realização de várias tarefas. De tal modo nos habituamos à sua presença que só nos apercebemos da nossa dependência quando nos falta alguma dessas tecnologias. Com efeito, fala-se muito na dependência de drogas, cigarros, bebida, … mas muito pouco da dependência tecnológica. Somos dependentes em maior ou menor grau, de diferentes electrodomésticos que nos permitem, conservar os alimentos, cozinhar, realizar a higiene pessoal e doméstica, comunicar e até mesmo divertir… Já para não falar da energia eléctrica que quando falha faz colapsar toda esta parafernália de equipamentos electrónicos. De regresso a casa depois de um almoço em Esposende, deparar com o frigorífico avariado era algo que não ousava imaginar nem nos meus piores pesadelos… Confrontados com a dramática realidade, deu-se início à árdua tarefa de retirar toda aquela “tralha” constituída por restos e restinhos que se vão acumulando no interior do frigorífico a par de outros alimentos que consumimos diariamente como o queijo, leite, manteiga, iogurtes, etc. Tratando-se de um combinado cuja arca frigorífica se encontra atafulhada de congelados, o prejuízo podia ter assumido proporções bem mais dramáticas se também ela tivesse avariado. Felizmente só a secção do frigorífico deixou de funcionar. Ufff… Para cúmulo do azar, o raio da avaria havia de acontecer a um sábado! Por isso, só segunda-feira foi possível contactar um técnico para avaliar a gravidade da avaria. Digam-me lá se Portugal precisa de tantos doutores! Não seria melhor investir na formação de técnicos?

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

EM NOME DO BOM SENSO

Não vou dizer que foi com grande surpresa que recebi a notícia da aprovação da reposição das subvenções vitalícias (!) a deputados que ganham mais de 2000 euros… Esta benesse permite aos deputados com apenas doze anos de serviço terem direito a uma subvenção para o resto da vida…
Neste país e da classe política já espero tudo… Mas que é preciso lata do PSD e do PS proporem e aprovarem este descalabro num país em que tanta gente passa fome e em que a maioria da população faz grandes sacrifícios para pagar as dívidas da classe política e dos banqueiros…! Afinal, “em nome do bom senso” os proponentes (Couto dos Santos-PSD e José Lelo-PS) vieram recuar retirando a dita proposta. Perante tal imoralidade, não fosse o povo acordar, manda o bom senso (ou o medo das próximas eleições) que a proposta fosse retirada…
Nas próximas eleições legislativas teremos a já habitual alternância entre o PSD e o PS e tudo ficará na mesma… afinal entre os dois partidos a diferença está apenas no D de democrático que de democracia não tem nada enquanto o PS nem disfarça não apondo o D em parte nenhuma…
Teremos alternância lá para 2015 nas eleições legislativas. Não há dúvida que este país se está a tornar num país de alterne…

TIVE SAUDADE DO MAR

Foi assim de repente, de um modo imprevisível… tive saudade do mar. Era suposto, nestes dias em que não me convém sair de casa, sentir saudades dos amigos, de frequentar o ginásio, fazer compras no shopping, conduzir sem destino… Mas foi do mar que vieram e me assaltaram as saudades…! Tive saudade da brisa fresca que às vezes abomino, do barulho das ondas do casamento entre céu e mar na linha do horizonte, da calmaria ou da fúria das ondas que sempre me traz paz, da cor do céu ao pôr-do-sol… Podia ter sentido saudade de mil coisas e de muita gente mas foi do mar, imprevisivelmente, que tive saudade… Dizer que foi imprevisível é força de expressão. Eu sempre tive saudades do mar, basta para isso que me afaste dele por algum tempo e nem é preciso muito. A propósito, recordo os anos que vivi em Viseu rodeado de montanhas em que uma ida até ao Porto, antes do advento da A25, era obra para quase um dia de viagem… Nesse tempo, a saudade foi crescendo dia após dia até se tornar insuportável o que me fez abandonar tudo e regressar… ao mar. Amo o mar na medida em que o temo. Jamais me deixo abraçar totalmente pelas ondas sem nunca me aventurar mar adentro. No entanto, não posso viver sem ele. E neste jogo do gato e do rato, ou antes, do mar e da areia, vou vogando à beira mar…
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