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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

SÃO MARCAS QUE FICAM


Há cicatrizes que nos remetem para um passado longínquo ou mais recente, são marcas que nos acompanham toda a vida. É essa a função das cicatrizes. Podem aparecer em qualquer parte do corpo, dependendo  do trauma que lhes deu origem e incomodam não pela dor que provocam, mas pelo aspecto inestético que apresentam.
Cada vez que olho para o meu joelho, lá está a cicatriz a recordar-me onde e quando foi feito o golpe que a originou. Recordo ainda do cheiro a água-ardente que serviu para desinfectar e estancar o sangue do ferimento que depois foi cuidadosamente ligado com um lenço emprestado e talvez mal lavado…
As cicatrizes depois de curadas deixam de doer, ficam apenas a assinalar o trauma que as originou e servem de prevenção para que não se repita no futuro.
Além das cicatrizes do corpo existem as cicatrizes da alma muito mais graves e difíceis de curar. Além de assinalarem o trauma que as originou parecem curadas mas não param de doer e de sangrar…
São feridas que, apesar de curadas, nunca cicatrizam.
Há feridas assim…

sábado, 29 de dezembro de 2018

O ESTATUTO DAS VACINAS


As vacinas atingiram actualmente o estatuto de coisa vulgar que protege qualquer cidadão de inúmeras doenças. Nem todas infelizmente mas, mesmo assim, graças a elas muitas das doenças infecciosas foram quase erradicadas. Muitas das vacinas fazem parte do Plano Nacional de Vacinação pelo que são gratuitas.
Reportando-se ao século XVIII, uma das doenças que grassava na Europa, bastante contagiosa era a varíola responsável por imensas mortes e os que conseguiam escapar, assinalava através das cicatrizes, “marcas” características desta doença. Ficou a dever-se a Edward Jenner a descoberta de uma vacina que permitiu (quase) erradicar esta terrível doença.
Deixando de lado o ponto de vista histórico, as vacinas hoje em dia são bastante seguras pelo que é remota a hipótese de vir a contrair a doença que supostamente deveria proteger. Mesmo assim, surgiu em várias partes do globo um movimento antivacina que custa a compreender e desculpar… Este movimento relacionava as vacinas com a propagação do autismo entre as crianças o que convenceu muitos pais a não vacinarem os filhos. Devido a esta atitude, muitas das doenças que se pensava estar erradicadas na Europa estão a voltar a aparecer… Quando uma parte da população deixa de ser vacinada, graças à facilidade de circulação, os grupos que origina transportam consigo diversos agentes infecciosos. Esses grupos afectam todos aqueles que não foram imunizados contra determinadas doenças. Graças à facilidade com que se deslocam entre países, muitos dos agentes infecciosos viajam invadindo todo o mundo. Daí que se defenda que a vacinação seja uma prática obrigatória protegendo deste modo, grande parte da população mundial.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

SUSPEITAS E COINCIDÊNCIAS


Há dias que nos acode a peregrina suspeita de que algum hacker (?) anda a vasculhar este computador na mira de adquirir um assunto interessante para publicar. Se me atraso nos meus comentários ou se os antecipo,  muito do material que aqui guardo afim de o publicar no momento certo, acaba sendo publicado em qualquer dos meios de comunicação existentes. São meras coincidências, bem sei, mas tem o seu quê de estranho, se bem que não acredite em coincidências.
A coincidência não existe. Nada acontece por acaso como já disse, tudo faz parte de um projecto da Consciência Universal que nem sempre compreendemos a que vulgarmente chamamos Deus. Outras vezes é a vida que nos surpreende com algo de tão estranho que se torna difícil senão impossível encontrar uma explicação. É vulgar então recorrer à velha teoria das probabilidades...
Continuo convencido de que não existem coincidências. É normal que a nossa atenção se concentre em qualquer facto para o qual ainda não temos explicação. Nesse caso é costume procurar no que nos cerca uma explicação que na maior parte das vezes não existe.
Com efeito, a acreditar nessa “Consciência”, só se recebe o que apenas nos fazia falta nesse preciso momento e que pode ser interpretado como uma coincidência. Há dias em que até se acredita em coincidências…
Há dias assim...!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

CASAS DE BANHO


É preciso falta de gosto, alguma coragem e muito descaramento para falar em casas de banho, principalmente quando se trata da nossa, mas foi esse o tema escolhido. Hoje em dia, a maior parte das casas possui pelo menos uma divisão destinada a esta nobre função. Perante a realidade do país, considero-me um privilegiado (nalguma coisa havia de ser), por várias razões:
  por ter casa de banho;
  por ser de uso exclusivo;
 por ser  anexa ao quarto de dormir.
Falo de uma casa de banho privativa e não daquelas casas de banho públicas que raramente frequento. “Penso nelas como um sítio mágico onde pessoas de todo o mundo se podem juntar, de forma anónima, para aproveitar o seu momento Zen,  de paz e sossego, conversando, filosofando e partilhando ideias.” Foi o estatuto a que elevei a minha casa de banho. Além das necessidades fisiológicas ara que é usada, desabafo com ela o meu descontentamento, teço belas filosofias sobre a vida que levo e lá me refugio quando sinto necessidade de breves momentos de paz e sossego… tudo em voz baixa, não vá alguém ouvir.
Noutros momentos, não tão raros assim, seria bom que existisse ali alguém com quem falar… As casas de banho têm esse segredo, servem de lugares sagrados que se usam diariamente, acolhem o mais necessitado de paz e sossego e ouvem pacientemente os todos os desabafos.
A partir de hoje faço da minha casa de banho uma silenciosa confidente. É lá que desabafo baixinho, não vá alguém ouvir…, as venturas, aventuras e desventuras desta vida.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O NATAL LÁ DE CASA


A festa de Natal já acabou. Sim, porque é duma festa que se trata. Para os cristãos, a data assinala o nascimento de Jesus (daí o nome), para os não cristãos é mais um feriado de sol embora pálido mas sempre bem vindo com a hipótese de se tornar extensivo a quatro ou cinco dias, pelo menos…. Isso não invalida que os shoppings continuem entupidos no frenesim da troca de prendas que se oferecem umas por obrigação outras por que é hábito.
A árvore enfeitada a preceito e o velhinho Pai Natal chegaram à casa de toda a gente mais tarde por acréscimo. Como crente (à minha maneira) e fortemente influenciado pela escola de então, decidi construir um presépio não condigno mas de acordo com o que conhecia das Escrituras. Fiz o santo do meu padrasto andar à procura de musgo, serrei dois troncos com líquenes agarrados para suportar o telhado construído todo em palha colada numa cartolina. Enfim, o cenário perfeito de acordo com as figuras em barro que me foram oferecidas.
Era assim e durante muitos anos o Natal lá de casa. Resumia-se ao nascimento que marcou, quer se queira quer não, toda a civilização ocidental.
Ainda hoje se celebra um pouco esta época graças à magnifica coleção de presépios que todo o ano enfeitam cada recanto cá de casa…

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

AS VANTAGENS DE LER


Apesar dos inúmeros e variados elogios, o livro repousa ali ao lado, calmamente, sem produzir o mínimo ruído. Não deixa de ser estranho encontrar-se ainda ali, sobre a mesinha de cabeceira de um auto-denominado devorador de livros. A “mania” continua activa mas a verdade é que o livro, com muita pena minha, não despertou aquela chama que compete aos livros despertar.
Como já disse, embora seja já um cliché, um livro é uma janela aberta para o mundo que nos rodeia e ler é um hábito que se deve conservar e desenvolver por que nos permite descobrir quem somos e para onde vamos.
No entanto, somos um povo de poucas leituras e isso vê-se pelos livros que se acumulam nos escaparates das livrarias. A verdade é que se ganhasse pouco, se tivesse de acordar cedo para pôr os miúdos na escola, fosse trabalhar e em seguida, chegasse ao fim do dia cansado para fazer o jantar e pôr as crianças a dormir, faria do livro aquele mito que não cabe neste cenário.
Não é por uma questão monetária que o português não lê mas por falta de tempo disponível. A leitura em si é um ato solitário que exige algum tempo a sós. Um livro não passa afinal de um conjunto de saberes repleto de vivências que se tenta a todo o custo absorver.
Todos os dias olho para ele com a mesma falta de coragem para a leitura. Não discordo das inúmeras vantagens que tem o hábito da leitura que não deve ser descurado através do qual “o nosso cérebro participa, ordenando ideias, relacionando conceitos e provocando opiniões.”
Todos os dias olho para ele e maldigo o tempo que dediquei até agora a esta leitura devido à demasiada pormenorização o que me leva a concluir que a intenção era acumular folhas e folhas ao elevado volume que já possui.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

FELIZ NATAL


O INVERNO CHEGOU


Está assim estipulado no calendário por diversas razões que não vou explicar, o Inverno começa no dia 21 deste mês (de 2018) e vai prolongar-se até ao dia 20 do mês de Março do próximo ano.
Não é por ter inicio numa sexta-feira nem é de agora que não gosto desta estação, mas por ser tristonha, fria e sem nada a ver comigo. Gosto muito mais do Outono pela paz que encerra e consegue transmitir, da Primavera pela profusão de cor das múltiplas flores que ostenta, do Verão sobretudo pelo calor que tanto aprecio e pelos saborosos frutos que oferece mas, do Inverno… nunca gostei.
Logo que chegou o mês de Dezembro era suposto que se aproximava o dia mais pequenino do ano, era incontornável a chegada do inverno com as alterações que se fazem sentir na vida de cada um. Já bastava ser a estação mais fria do ano de que toda a natureza se ressente e para cúmulo, por meio do do solstício de inverno, as noites tornam-se mais longas e os dias mais curtos. Também não gosto da noite por razões óbvias.
O frio faz-se sentir neste hemisfério tanto que até algumas aves abandonam este lugar em busca de calor. Fico a vê-las partir com o pensamento “por que não voar com elas?”
O inverno chegou de mansinho, instalou-se e ameaça ficar indefinidamente.
Até quando?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

REMEXER NO PASSADO


À falta de melhor, vai-se remexer no passado em busca de um assunto que se ache interessante. São palavras, expressões que, por muito ouvidas, vão ficando nos ouvidos e inesperadamente saltam para a ribalta que é a vida. Desta vez, foi a palavra “desfeiar” que imergiu em qualquer situação que já não recordo…
O certo é que fiquei sem saber o significado desta palavra, embora tenha recorrido a todos os meios à disposição.
A expressão muito usada, referia-se a todo e qualquer mono que desfeiava o ambiente em redor. Perceber o que se passava em redor já revelava a capacidade de distinguir o esteticamente correto do que não agrada.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

MAIS VALE PARECER...


A barata diz que tem um sapato de fivela.
É mentira da barata, os sapatos não são dela…
E assim se vai fingindo pela vida fora como diz a canção. Com efeito, vivemos numa sociedade em que parece instituída esta a modalidade. O carro (de boa marca) é da empresa ou alugado (aluguer de longa duração), a última prestação da casa está por pagar ao banco, a roupa, das melhores marcas, é adquirida nos Outlet que florescessem pelo país, enfim, o que interessa é manter a aparência de que está tudo bem, a tal ponto que se torna impossível distinguir a realidade da ficção.
Mas fingir que se é perfeito, afivelar um sorriso durante todo o ano, afigura-se muito cansativo. É que nem tudo é perfeito e raramente acontece da forma como está planeado. Porém, há fases na vida em que fingir, sobretudo para os mais próximos, é essencial. Para esses, não importa ser, o que interessa é parecer.
A realidade é que nem tudo corre bem embora a sociedade continue a exigir que se mostre uma saúde fictícia, uma alegria que não existe, uma felicidade que não é real…

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

COMO CONSERTAR UM CORAÇÃO PARTIDO


Francamente, não sei. Não sei mesmo. Acho que não tem conserto.
Quem pôs a pergunta foram diversos compositores/cantores sendo o original dos Bee Gees passando por Cher, Diana Kroll, Melinda Doolittle e Michael Bublé que a interpretaram à sua maneira.
Tanta gente e ninguém descobriu como impedir a chuva de cair, o sol de brilhar, o mundo de girar e, principalmente como consertar um coração partido…?
Não é possível, acho eu, reconstruir um coração partido de um dia para o outro como por magia. Na minha sincera opinião, há certas coisas que uma vez partidas não têm mais remédio enquanto que outras podem ser reparadas, depende do grau de destruição, mas nunca ficam iguais ao que eram.
Em jeito de aviso, deve dizer-se que todo o processo de mudança implica muito esforço e por consequência muita dor… Concertar emocionalmente o que foi partido cabe a cada um executa-lo à sua maneira. Ninguém tem o direito de delegar tamanha responsabilidade.
Mais uma vez a música ditou a presente publicação, a música que ouço ou que me acompanha onde quer que vá.
A letra desta canção, aliás como todas as canções escritas em língua estrangeira só em parte se podem traduzir contudo faz-nos pensar no espaço que usamos diariamente que tomamos como nosso.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A IMPORTÂNCIA DOS PEQUENOS GESTOS


Há quem defenda que a vida é feita de pequenos gestos que fazem toda a diferença na vida de outrem. Eu próprio já caí na tentação de definir, sem grande sucesso, o que é vida.
Afinal, na vida tudo é importa, os gestos, as palavras e até os silêncios… a vida é de tudo isso. Contudo há gestos que as palavras não conseguem traduzir, não existem palavras que os traduzam, ainda não foram inventadas. Mas é desse misto que a vida é feita. Um só gesto pode iluminar o dia a dia de outra pessoa. Num simples aperto de mão vão mil palavras que perdiam todo o sentido se fossem verbalizadas…
Tudo é importante por mais insignificante e faz parte da vida. Todos os dias se devia agradecer a possibilidade de realizar esses pequenos gestos que antecedem a capacidade humana de realizar gestos maiores.
Por que não agradecer a poder escrever, ler um livro, manter (enganosamente) um aspecto saudável para o que são exigidos pequenos gestos fundamentais à autonomia.
Há dias e gestos assim…

domingo, 16 de dezembro de 2018

CANÇÕES DE NATAL


Não toco nenhum instrumento musical com muita pena minha. Não toco por que não sei, porque não fui privilegiado com a capacidade que só alguns interpretes possuem. Já como consumidor, a “música” é outra… Tenho gostos muito eclécticos quanto à música embora ressalve algumas (poucas) excepções.
Passo horas a ouvir a música que me agrada e, como já disse, não sou muito eclético quanto à música que me agrada, por isso possuo imensos os CDs de música. Para mim, a música resume-se a um conjunto de sons e raros silêncios dispostos de forma organizada. Não confundir com ruído que por não ter qualquer ordem, não considero música. Para isso era preciso que possuísse como componentes a melodia, harmonia e ritmo. Por tudo isto, é difícil e quase impossível definir o que é e o que não é música embora não seja essa a intenção deste blogue. Aliás, a questão tem sido objecto de discussão há várias décadas sem nenhuma nova conclusão.
Nesta época, anda na boca e na cabeça de toda a gente as canções alusivas ao Natal que se aproxima a passos largos. Há quem goste e quem não goste da época e das canções de Natal que já se ouvem por todo o lado. São opiniões que é forçoso respeitar e quem é que não sabe pelo menos um refrão ou ecoe na cabeça alguma destas músicas?
Por qualquer razão que nem me preocupo esclarecer, ouvir estas canções tem um efeito deprimente que acredito não ser esse o efeito pretendido pelos responsáveis pela sua difusão.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O MUNDO NUM SORRISO


É já um cliché dizer que sorrir requer menos músculos do que manter-se sisudo. Com este ditado a ideia era manter o sorriso nas mais diversas situações por ser mais fácil e consumir menos energia.
Mais tarde, o conceito foi abandonado pelas mais recentes pesquisas que comprovaram que manter um ar sisudo movimenta um maior número de músculos do que para sorrir. Considerando essas pesquisas, o rosto humano requer apenas 13 músculos parra sorrir enquanto que para manter a chamada “cara de cu” precisa de 50…
Movimente mais ou menos músculos, um sorriso é importante naquelas situações em que, contrariamente à postura corporal ou do que seja dito, se implora uma ajuda que se sabe ser improvável. E quando o sorriso vem cá de dentro… então é outro sorriso, é toda uma vida que arrasta com ele também. O assunto transporta consigo diferentes emoções trazidas por memórias recentes e outras mais antigas.
Existem diferentes sorrisos mas, por mais badalado, o sorriso de Mona Lisa que tive o privilégio de contemplar no Louvre, é um bom exemplo do tipo do sorriso que os especialistas consideram fechado. É o tipo de sorriso em os lábios se encontram fechados e o rosto não mostra qualquer alteração significativa. Fechando os olhos, por oposição, vejo o sorriso largo da minha neta que, em diferentes situações, reage com um sorriso que os adultos estupefactos nem sabem como reagir…
Por isso, sorria, com ou sem motivo, sozinho ou acompanhado, o que importa é sorrir. O sorriso é contagioso e além disso é divertido,  abre portas que jamais pensaria transpor…

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

CÃES DE COMPANHIA


Já lá vão uns anitos contados desde que o Farrusco nos deixou para fazer companhia aos seres celestiais. Apesar de ter partido há vários anos, ficaram imensas marcas no chão, na porta do apartamento e nas portas em geral que assinalam a sua passagem por aqui. Ainda recordo por vezes as horas de o acompanhar “à rua” que era no espaço privado do condomínio e dos outros cães que encontrávamos pelo caminho. Nessas alturas tinha que segurar bem a trela para evitar a eminência de ele se atirar ao “intruso”. Raramente acontecia os cães darem-se bem com o Farrusco e então a conversa entre os respectivos donos era inevitável.
Desde tempos de que não há memória o cão demonstrou a sua incomparável natureza social, mas o Farrusco não. Graças a este temperamento era obrigado a fugir literalmente dos outros cães que frequentavam o mesmo espaço.
Contudo era um bom cão de companhia. Não posso esquecer as tardes que passou deitado no sofá com o focinho apoiado na minha perna aquando da minha intervenção. Com esta atitude o Farrusco queria apenas dizer que estava ali, que me acompanhava incondicionalmente no que quer que fizesse.
São assim os cães de companhia de qualquer raça. O Farrusco não tinha uma raça definida, era uma mistura de raças mas era o meu cão..
As marcas que deixou são fruto das horas que passou sozinho no apartamento enquanto íamos trabalhar visto que estes cães são ideais para famílias em que há sempre gente em casa o que não era o caso.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

DIAS BONS E DIAS MAUS


Há dias assim, outros… nem por isso. Todos já vivemos dias semelhantes que permitem separar e avaliar os dias bons dos dias maus.
A vida é feita desses dias, bons e maus, ninguém duvida. Recordá-los depende do quem somos, do temperamento ou do ADN de cada um. Seja qual for o motivo, uns recordarão mais os momentos bons, enquanto outros só se lembram dos maus.
Este tema traz-me à memória o velho cliché, recordar é viver… mas o pior é que recordar implica também reviver. Se as recordações são boas, é bom reviver mas, se pelo contrário não há nada de gratificante para recordar, porquê reviver momentos que já lá vão? Deixá-los no passado, não vale a pena reviver, por vezes infinitamente, o que já passou e já não pode ser modificado?
Convém não esquecer que somos fruto de um conjunto de lembranças, de tudo aquilo que já vivemos.
Recordar sim e reviver os momentos felizes e… de vez em quando. Para a frente é que é o caminho…
Há dias que nos vem à memória os dias menos bons que já lá vão…
Há dias assim.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

BENEFÍCIOS DO SONO


Com o sugestivo título “Deixem-me dormir” chegou-me às mãos a revista por demais conhecida e sempre fiel à filosofia que a caracteriza. Li o referido artigo avidamente que afinal apenas fornecia algumas dicas no sentido de escolher o colchão mais adequado a cada caso.
Fazendo jus ao ditado de médico e de louco todos temos um pouco, acho que dormindo umas boas horas anulava ou, na pior das hipóteses, diminuía os problemas de equilíbrio que afectam o meu dia a dia mas com as múltiplas sessões de terapia (da fala, posicionamento e fisioterapia), e consultas (posicionamento e clínica geral) além do sangue que forneço mensalmente para controlo do INR, poucas horas de sono ficam disponíveis.
Toda a gente sabe e não me canso de repetir que dormir, sobretudo dormir bem, é fundamental para usufruir de uma boa saúde. Por meio do sono o organismo consegue recuperar capacidades tanto físicas como mentais.
É inegável que uma noite bem dormida contribui para a assimilação de informações primordiais que possibilitam novas aprendizagens.
Perante isto, só posso dizer: Deixem-me dormir…

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A MODA NÃO SE DISCUTE


A barba está na moda e modas nem se discutem. Toca a cobrir o rosto com uma barba, que as há de diferentes feitios, curtas ou compridas, cerradas ou cheias…, as barbas aí estão e ao que parece, vieram para ficar… por largos anos. Qualquer que seja o estilo seleccionado, existem certas caras que é inegável a bênção de serem tapadas… pela barba.
Com efeito, há caras que estão mesmo a pedir que uma barba realce o seu melhor enquanto outras, por mais cuidados que se dispensem, não há nada a fazer. É assim a barba, a uns fica-lhe bem e a outros… deus me valha!
Desengane-se porém quem pensa que as barbas estão em declínio. Elas continuam em força e são visíveis nos mais diversos locais mas, apesar da moda ser cíclica, tudo indica que no próximo ano a moda vai continuar em alta.
Com o início de um Novo Ano à porta não é demasiado cedo para decidir qual o estilo de barba a adoptar não esquecendo o tipo de rosto com que deus nos brindou sem se preocupar demasiado com uma explicação plausível para a presença desse adorno capilar. De entre as várias explicações fico-me pelo status social que uma barba bem cuidada confere ao seu portador além de ser, ao longo dos tempos, um símbolo de masculinidade.
Pessoalmente vou permanecer por mais um ano de cara rapada…

sábado, 8 de dezembro de 2018

VENCER O CANCRO


Este é um assunto que por mais que baile na minha cabeça, sempre encontro um pretexto para o evitar. Todos conhecem alguém que padece ou que já partiu vítima desta doença. O cancro, na sua fase mais avançada, obriga a intermináveis sessões de radioterapia e quimioterapia em que se vai perdendo o cabelo e com ele a esperança de cura.
Até agora, curar o cancro numa só sessão era um verdadeiro milagre acalentado por inúmeros pacientes e familiares. Fiquei radiante quando recebi a notícia de que já era possível neste país a cura desta doença desde 2012 através da Fundação Champalimaud…! Felizmente e digo felizmente por que nenhum caso me tocou ainda de perto, que a cura está ao alcance de qualquer um.
Será que se pode eliminar o cancro já com o tumor espalhado, numa única sessão? O oncologista Carlos Gago promete este fenomenal milagre… O equipamento devidamente testado, funciona com sucesso em qualquer tipo de cancro…
O processo permite tratar o cancro e suas metástases numa única sessão por meio de uma TAC que ao mesmo tempo faz o tratamento adequado.
Em cerca de 10 minutos consegue-se o mesmo resultado de uma cirurgia convencional o que permite que o doente regresse a casa no próprio dia. Devido ao facto, o tratamento torna-se mais barato embora não se saiba ainda qual o custo total deste tratamento.
De qualquer modo, este tratamento torna-se muito mais barato para o Sistema de Saúde.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

ANTES E DEPOIS


Acredito numa segunda chance seja para o que for e começo também a crer que nada, mas mesmo nada, voltará a ser como dantes. O antes e o depois são duas faces da mesma moeda contudo muito diferentes…
Não sei se por uma segunda chance ou por pura teimosia, estou aqui mas ainda não descobri “porquê”. Continuo, sem saber por que razão o destino, no qual não acredito, me poupou ou se devo isso à teimosia que me caracteriza e impede de fazer o que é suposto em  cada ocasião.
Pouco a pouco, o passado vai-se diluindo no presente a tal ponto que se torna difícil distinguir o antes do depois. Existe sempre a tendência de comparar o presente com o passado embora, a certa altura, o passado apareça muito ficcionado face à situação actual.
Depois que o fio condutor entre passado e presente é eliminado, ficam apenas os sinais que comprovam que já lá estivemos, em qualquer sitio no passado.
Esses sinais são a prova de que já se foi conforme mostra a memória…

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

DISTINGUIR UMA COISA DE OUTRA

Estava aqui sentado a pensar no que havia de escrever quando relampejou a ideia de escrever sobre esse assunto. Por que não?
Existem milhares de assuntos que podia abordar mas, tirando a política e o futebol, pouco resta… Já abordei aqui assuntos que considerei interessantes e que me perpassaram pela cabeça mas ainda tenho dificuldade em separar uma coisa de outra, daí a pertinência deste assunto.
Mas agora reparo, ainda não disse qual o assunto que pretendo abordar…! Seja qual for, não é possível que fuja muito ao tema…À partida, não parece haver real dificuldade em distinguir o assunto do tema abordado mas, quanto mais se pensa no assunto, maiores são as dificuldades que ameaçam tornar-se intransponíveis. Melhor do que eu, já o disse S. Francisco de Assis através desta notável oração:
Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado…
Resignação para aceitar o que não pode ser mudado…
Sabedoria para distinguir uma coisa da outra.
Com efeito, existem coisas que não podem ser mudadas como o passado ou mesmo o futuro. Há que aceitá-las  como são e como vierem. Existem coisas e pessoas que não podem nem convém mudar. As coisas são como são e as pessoas vão continuar a reagir à sua maneira como sempre fizeram em diferentes situações. Há que aceitá-las.
Que me seja permitido então transformar todas as minhas emoções em esperança, coragem e amor… Estas são coisas que eu posso mudar através da inteligência e compreender finalmente a diferença entre uma coisa e outra.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

RESPIRAR NÃO É VIVER...


O ser humano consegue longos (?) períodos sem comer ou ingerir líquidos mas pouco tempo sem respirar.
Respirar é vital, embora o façamos constantemente sem disso termos consciência. Mas apenas respirar não é o mesmo que viver.  Não é exagero dizer que respirar é um ato vital para qualquer ser vivo.
Como disse, o ser humano aguenta pouco tempo sem respirar, sendo um meio natural todo o sítio onde o ar exista. Viver não é só respirar, é mais do que isso. Além de fornecer a energia vital ao nosso corpo, respirar possibilita manipular emoções e pensamentos responsáveis pela muito ou pouca lucidez…
… é sobretudo ser feliz !

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O CHEIRO NA VIDA DE CADA UM


Não menosprezando os outros sentidos, o olfacto desempenha um dos papeis mais importantes na vida de cada um. Deu-nos Deus cinco sentidos (visão, paladar, olfacto, audição e tacto) para usarmos apenas um?
Não era justo que tal acontecesse nem cabia na cabeça de ninguém usar apenas um dos sentidos esquecendo todos os outros. Graças a eles interagimos com o mundo à nossa volta através dos órgãos respectivos. Desde o momento que acordámos usam-se todos os sentidos sem dar conta para nos relacionarmos com o espaço que nos rodeia.
De todos, o sentido mais usado pelo prazer que proporciona é o paladar. Usa-se constantemente por meio da língua para provar e degustar os mais diversos sabores além das sensações de quente ou frio que nos proporciona…
Enfim, todos os sentidos são importantes e a falta de um só apenas é o bastante para tomar consciência de quão incompleta ficaria a vida sem ele.
Não desprezando a importância de todos os sentidos, o olfacto desempenha um papel fundamental na vida de cada um. É ele com a sua capacidade de acordar memórias há muito adormecidas que brinca com as emoções e nos conduz a locais totalmente desconhecidos além de permitir distinguir diferentes pessoas entre a multidão… Efectivamente cada um tem o seu cheiro muito característico que o acompanha constantemente apesar de mudar durante a vida. Com efeito, o tipo e a quantidade de neurónios torna exclusivo o “cheiro” de cada um. A genética e o ambiente têm uma palavra a dizer sobre este factor.
O perfume torna-se assim um complemento essencial no uso diário de qualquer indivíduo o que justifica a permanência de tantas “casas” que o vendem.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O MEDO DA DIFERENÇA


É normal sentir medo de tudo que é diferente aliás este medo sempre acompanhou o ser humano desde tempos imemoriais. É natural que ninguém se sinta confortável perante um indivíduo que não reage segundo os cânones normais da sociedade ditados pela maioria. Desde que não atinjam o “estatuto” de fobia é até útil ter medo de qualquer perigo, real ou imaginário, contribuindo para a conservação da espécie…
Apesar de ser um sentimento normal, o preconceito e o medo de qualquer desvio do normal funcionamento do organismo, motiva e desculpa o afastamento de qualquer indivíduo acabando por provocar aquela dor calada que fica com quem a sente. É certo que os verdadeiros amigos estão lá, sempre presentes nos bons e nos maus momentos. Se por acaso desaparecem em certos momentos da vida, talvez seja melhor assim…
Na realidade, perante a doença tudo se torna diferente o que suscita um certo recuo, uma certa recusa impeditiva de aceitar o presente. É preciso passar por uma experiência similar para compreender esta atitude.
É pois natural ter medo das doenças, sobretudo das mentais, acabando por se compreender e desculpar o afastamento tanto de familiares como de amigos.
Se o facto não atinge um determinado dramatismo, continuo a dizer que não deve ser motivo de preocupação, caso contrário, há excelentes médicos que se ocupam desta faceta do ser humano.

sábado, 1 de dezembro de 2018

QUANDO A SAUDADE APERTA


Difícil não é lutar por aquilo que se quer, mas desistir do que se ama.
Há dias em que a saudade aperta mais do que outros e quando ela toma as rédeas e galopa incontrolável pelo passado, lembro-me sempre daquela frase que diz que a saudade além de pernas também deve ter braços, uma vez que aperta…
Dizem, não me lembro mas reconheço, que sempre fui muito inconstante nas emoções que raramente deixo transparecer, agora menos do que no passado.
De vez em quando lá vem aquela saudade das coisas e das pessoas que de algum modo acompanharam a infância, adolescência e mesmo ao longo da vida e que por força do pensamento não é possível esquecer… Por vezes tenho saudades daqueles momentos, bons ou maus, das gargalhadas que dei e até das lágrimas derramadas, de tudo que o passado guardou ciosamente no cofre do tempo.
Há dias em que é difícil comandar a saudade passando ela a dirigir o barco em que navegámos.
Há dias assim.
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