Etiquetas

quarta-feira, 31 de julho de 2019

PESSOAS TÓXICAS


Há pessoas assim e nem sequer se apercebem do negativismo que espalham à sua volta. Essas pessoas retiram todo o prazer a qualquer actividade por mais agradável que ela seja.
Esse género designado em psicologia por “pessoas tóxicas”, estão por toda a parte pelo que é fácil dar de caras com essa gente. É um facto que pessoas difíceis, como são vulgarmente designadas, são geralmente atraídas por pessoas racionais pelo que é provável encontrar uma pessoa tóxica mesmo nas relações familiares mais íntimas. Por mais que se tente agradar a essas pessoas, nunca se consegue. A Internet está cheia de “receitas” para identificar esse tipo de gente através dos comportamentos.
Bastam alguns dias de convívio, segundo Travis Bradberry, para “comprometer a eficácia dos neurónios situados no hipocampo”. As pessoas tóxicas têm o poder de envenenar a própria vida e a dos outros, além de atraírem todo o género de doenças…
O “bom” da questão é que, assim como há pessoas tóxicas também existem pessoas que curam e amenizam as agruras da vida. É uma questão de procurar, elas também estão por aí.
Há pessoas assim, que não é possível modificar mas, algum dia é possível mudar comportamentos.
Há dias assim!

terça-feira, 30 de julho de 2019

TRISTEZA


TRISTEZA OU DEPRESSÃO?


Esporadicamente recordo os mais próximos que já partiram. Uns, o tempo concedeu-lhe o espaço necessário para se despedirem a outros, nem por isso. Nessas ocasiões cola-se à pele aquela tristeza pegajosa própria da perda.
Como todas as emoções, a tristeza identifica-se facilmente de manhã, quando ao acordar não se sente a mínima vontade de sair da cama, aquela falta de interesse por tudo, aquele vazio que preenche toda a toda a existência… Ao contrário da depressão, a tristeza é uma das características do ser humano, um estado de espírito passageiro não alarmante.
Resumindo, sem pretender definir o indefinível, a tristeza é uma falta de alegria comum a (quase) toda a gente. Já todos experimentaram esse sentimento, ou seja, já todos se sentiram tristes em qualquer momento sem motivo aparente. Ela surge assim do nada sem precisar de motivo…
Por ser uma das emoções humanas, também a forma de a sentir varia de pessoa para pessoa. Tanto pode manifestar-se de forma passageira e durar por breves instantes como uma tristeza mais profunda que perdura durante dias, semanas ou instalar-se definitivamente. Neste caso, é legítimo falar-se em depressão…
Sentir tristeza esporadicamente é até saudável. Ela é essencial ao crescimento interior, ao bem-estar emocional. Como reação a qualquer sentimento de perda emocional, a tristeza é mesmo necessária como um meio de ultrapassar essa situação.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

A DIFERENÇA ENTRE O "E" E O "OU"


É já um lugar comum dizer que a vida é feita de escolhas mas de facto, assim é. Conforme as nossas escolhas, assim a vida vai decorrer favorável ou desfavoravelmente segundo os objectivos traçados. Conforme alguém disse, escolher é fácil. Difícil é tomar decisões. Não se pode falar em escolhas acertadas ou escolhas erradas, a vida envereda num ou noutro sentido ficando a incerteza de saber se a decisão foi boa ou má.
Já o mesmo não acontece com as duas conjunções sendo uma coordenativa aditiva enquanto a outra é coordenativa também mas alternativa. Analisadas deste modo, secamente, o assunto parece enfadonho e nada esclarecedor. Aliás é possível encontrar muitas outras definições… Ora um “e” é muito diferente de um “ou” pelo que não é possível o seu uso indiscriminado.
Tomando como exemplo “cheirar e ver as flores”, o “e” implica as duas coisas, cheirar o suave perfume das flores ao mesmo tempo que se veem essas flores. O uso do “ou” pressupõe uma opção, uma escolha: ou se veem as flores ou se cheira o seu suave perfume.

domingo, 28 de julho de 2019

QUASE...


OS CHOUPOS


Não interessa o nome científico, a espécie ou o porte, sabe-se só que os choupos do Canadá ou americanos como vulgarmente são designados, não são responsáveis pelas vantagens nem só pelos inconvenientes.
Já lhe chamei vários nomes entre eles o de “malditas árvores” e outros que nem me atrevo a reproduzir. No inicio da primavera eles cobrem o chão com uma espécie de algodão branco que sugere neve em plena tempo primaveril… Há mesmo quem lhe atribua a culpa de eventuais alergias o que de facto, ao que soube, afinal são provocados pelo pólen de outras espécies vegetais.
A escolha destas árvores para ocupar o espaço livre do condomínio ficou a dever-se ao seu rápido crescimento como tenho vindo a constatar. Felizmente trata-se de uma planta de folha caduca o que possibilita aos parcos raios do sol de inverno penetrarem nas divisões viradas a nascente. Por outro lado, a profusão de folhas com que se vestem no verão, impedem que o sol aqueça demasiado essas mesmas divisões.
Ao que sei, as tais árvores já bem crescidinhas, podem atingir uma altura de 30 metros o que ultrapassa em muito a altura do prédio, podem viver cerca de 100 anos…
Actualmente, as folhas agitadas pela mais leve brisa, permitem-me saber em que direção sopra o vento e assim e prever o tempo que fará. Além da protecção solar que oferecem em função da folhagem, também permitem um notável jogo de luz e sombra digno dos mais conceituados pintores da renascença…
Como em tudo, plantar choupos não tem só inconvenientes nem só vantagens, há que ponderar muito bem as vantagens e os inconvenientes que o ato acarreta.

sábado, 27 de julho de 2019

ARRIAR O CALHAU


Por mais duras que sejam, as fezes nuca se equiparam em consistência a um calhau, daí as dúvidas que suscita uma actividade tão natural e que se devia executar diariamente… Arriar, pelo seu significado (não confundir com o parónimo arrear), é o único termo com o qual concordo.
Desde tenra idade fomos incentivados a usar a sanita para satisfazer essa necessidade em vez das calças para o mesmo efeito, ato que nunca foi considerado muito aconselhável…
Seja como for, defecar, obrar, fazer cocó e outros vocábulos que se possam usar, referem-se todos ao mesmo ato comum a várias espécies. Numa linguagem infantil que muitos adultos utilizam, fazer cocó é a maneira de descrever o ato de “cagar” que não se deve empregar porque demonstra falta de educação na opinião de alguns. Neste caso é preferível a expressão “arriar o calhau” cuja origem pode ser atribuída ao uso de qualquer pedra lisa na falta de papel higiénico…
E como a conversa começa a cheirar mal (o que é normal), é melhor ficar por aqui.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

A IRREVERÊNCIA QUE SE ESCONDE CÁ DENTRO


Qualquer dicionário, além de compilar por ordem alfabética um sem número de termos e respectivos significados, tem a função específica de esclarecer a(s) dúvida(s) de quem a ele recorre o que nem sempre se acontece. Às vezes acaba-se mais confuso do que quando se começou.
Na maior parte dos dicionários e até na linguagem corrente, o termo irreverente é usado na sua forma mais depreciativa. Por definição, irreverente é aquela pessoa que revela frequentemente falta de respeito pelo que está instituído. Contudo, usei toda a vida este termo com outro significado, quase um elogio de quem é contra as normas instituídas pela sociedade, guardando o devido respeito pelas instituições e pela liberdade relativa dos outros.
Sendo assim, posso considerar-me irreverente dado que sempre vivi (quase) sempre à minha maneira, sem preocupações de maior com a moda, os costumes e tradições instituídas desde que as minhas opções não prejudiquem ninguém.
Ser irreverente não quer dizer que se seja diferente, basta conseguir manter-se igual a si próprio.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

O PLANO B


Está muito em voga a existência de um plano B para o que quer que seja. É certo que a existência de outras estratégias aumenta a probabilidade de se atingirem os objectivos propostos. Deste modo, sempre que algo corre mal, a existência de outro plano que substitui aquele que falhou pode ser útil. Nesta perspectiva, recomenda-se que exista um plano B indispensável em qualquer situação. Nem tudo corre exactamente conforme o planeado e, nesse caso, nada melhor do que ter outras ideias que solucionem o problema que entretanto surgiu.
Por outro lado, a existência de muitas opções pode ser contraproducente visto tornar mais difícil a escolha acertada.  É do conhecimento geral que acertar logo à primeira é difícil.
Há muitos anos atrás já Tales de Mileto dizia: Tenha sempre um plano B para todos os seus projectos. Busque o melhor e prepare-se para o pior…

quarta-feira, 24 de julho de 2019

A PANACEIA QUE CURA TUDO


Para qualquer acontecimento decisivamente funesto, a receita era sempre a mesma – Arnica. Tudo e todos se curavam com a milagrosa arnica. Cá por casa, apesar daquele sorriso de descrença, sempre que a ocorrência o justificava, recorria-se à milagrosa arnica.
Em pomada, gel ou mesmo em chá, a arnica usava-se para curar qualquer contusão, dor muscular ou articular bem como qualquer inflamação onde quer que ela se localizasse. Modernamente a arnica pode ainda encontra-se em farmácias na forma de gel, com outro nome é claro mas sempre arnica.
É incontestável o seu poder anti-inflamatório e analgésico devidamente comprovados. Apesar de vários estudos, os resultados revelaram-se inconclusivos para comprovar os benefícios da arnica. Outros estudos, já publicados em revistas da especialidade (PubMed), concluíram que a arnica é eficaz no tratamento de hematomas, inchaço e dor articular.
Estes e outros estudos em vez de contribuírem para esclarecer ainda nos deixam mais confusos. A presença de helenalina na constituição da planta pode explicar o seu poder analgésico, cicatrizante e anti-inflamatório. Na dúvida, use-se arnica em qualquer situação…
Como toda a “bela” existe um senão. A arnica pode ingerir-se mas com muito cuidado. Certas concentrações podem ser fatais…

terça-feira, 23 de julho de 2019

FIM DE SEMANA NO BUÇACO


O destino escolhido para um fim de semana (cá dentro) desta vez foi a Serra do Buçaco. Situada a 109 km do Porto e num dos pontos altos de Portugal Continental (cerca de 549 m) é natural que faça algum frio devido a esta localização… A Mata goza de um microclima caracterizado por temperaturas amenas e amiudada precipitação.
O Palace Hotel do Buçaco antigo Palácio Real, foi (re)construído em estilo neomanuelino sobre as ruínas do Convento de Santa Cruz, é digno de uma visita atenta e demorada tanto no exterior como no interior pela arquitectura. O Jardim Novo circundante também merece ser visitado e admirado.
O ponto alto desta visita relâmpago é a Mata Nacional do Buçaco mandada plantar pela ordem dos Carmelitas Descalços, digna de um demorado passeio a pé. Aqui podem observar-se espécies vegetais centenárias entre as 9 h e as 17 h por 2 euros para quem não estiver hospedado no hotel.
A Serra ficou conhecida por se ter travado aqui a célebre Batalha do Buçaco (Entre Wellington e Massena em1810). Dentro da mata não deixe de visitar o Vale dos Fetos, os lagos Pequeno e Grande bem como a Fonte Fria. Uma vez que caminhamos até não deixe de visitar o Luso, uma pequena cidade famosa através das suas águas medicinais, um pouco mais longe a Curia e não podia faltar o delicioso leitão da Bairrada que dista apenas 8 km do Luso…
Mais uma vez, devido à brevidade da visita, ficou por visitar o Museu do Buçaco onde se encontra ampla história sobre estes dois generais.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

UMA DESGRAÇA NUNCA VEM SÓ


Há fases na vida em que tudo corre mal, nestas ocasiões lembro-me sempre dos alcatruzes da nora, umas vezes em cima e logo a seguir em baixo.
Uma desgraça nunca vem só, dizia minha mãe com alguma frequência. Empregava este exemplo sem saber que afinal estava a servir-se de um velho provérbio português há muito inventado. Para quem não sabe, devido a ser pouco actual, a “nora” era um engenho muito usado para tirar água movido por tracção animal ou, na pior das hipóteses, por gente sem recursos monetários.
O mesmo acontece na vida e não há nada a fazer senão aguardar que a roda gire e se fique por cima. De facto, um azar nunca vem só, raramente vem sozinho. Já me bastava um olho negro, o inchaço da pálpebra e o sangue acumulado para que durante o almoço aparecesse, espetada no polegar, uma farpa vinda não se sabe de onde… Uma desgraça vem sempre a seguir a outra.
Esperemos que a próxima não seja pior enquanto se espera que a roda gire.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

A GALINHA DO VIZINHO


Já lá diz a eterna sabedoria popular a que sempre recorro, a galinha do vizinho é sempre mais gorda do que a minha. Não importa muito se com razão ou sem razão nenhuma. O facto é que, olhando para o lado, a vida dos outros parece mais divertida e bem mais colorida do que a nossa. Essa característica é muito comum a toda a raça humana, apoiada agora pelas novas tecnologias. Com efeito, as redes sociais vieram trazer inúmeras vantagens quando bem utilizadas. Lá, toda a gente é bonita, divertida, honesta, viaja por todo o mundo, elogia os próprios filhos e os netos (quando os tem) e tece maravilhas do(a) companheiro(a). Note-se que muita gente posta informações verdadeiras o que é cada vez mais raro.
E lá vem o dia em que se conhecem socialmente outras pessoas que tanto se admira. Socialmente elas mostram, como é óbvio, o seu lado melhor escondendo o lado mau atrás da velha máscara social… Conhecer alguém na intimidade pode ser decepcionante, o confronto com a realidade mostra qualidades e defeitos insuspeitados ou que se pretende ignorar…
Muita gente considera que a paixão tem um prazo de validade mas a amizade desinteressada, essa tem tendência a perdurar senão a aumentar com a passagem do tempo o que exige que se pare de olhar tanto para o lado e se olhe mais o próprio umbigo.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

MURO DAS LAMENTAÇÕES


Não que o tenha visitado mas sei que existe em Jerusalém um muro, o Muro das Lamentações, que é um dos locais mais sagrados de Israel. Esta estrutura é um vestígio do Segundo Templo construído no mesmo local do Templo de Salomão. Por este motivo o Muro assumiu grande significado para todos, judeus e não judeus, mantendo-se a tradição de colocar nas reentrâncias um papel com os pedidos ou orações pessoais.
Ao ouvir cantar essa grande Senhora da canção que foi Edith Piaf apercebi-me do quanto mudei se é que alguém pode mudar… Nessa canção, uma das mais conhecidas por muito divulgada, a cantora afirmava que não lamentava nada, nem o bem nem o mal, tudo isso é indiferente.
Olhando para trás e detendo-me no presente, verifico que finalmente estou liberto, não lamento nem o bem nem o mal que me foi feito. Perdoar não é fácil sobretudo quando o passado ainda dói, admitindo que perdoar não implica esquecer. O segredo é deixar no passado tudo o que já passou… Deste modo, não ficam mágoas vindas do passado nem se carregam arrependimentos do presente. Tudo acaba por ser totalmente indiferente…
Já que não é possível regressar ao passado, o melhor é ficar em paz com toda a gente e o mundo que nos cerca!
Ouvir e ver: https://www.youtube.com/watch?v=4Hqc-NWlNJQ

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O PERIGO PODE ESTAR EM QUALQUER LADO


Em toda a parte o perigo espreita, pode estar em qualquer lado e é essencial estar preparado para o enfrentar e combater, se possível. Ao passar da garagem para a galeria, lá estava ele à espreita. Uma forte pancada no olho com mão própria complementada com a chave de acesso, deixou-me com um “belíssimo” olho negro. Pode não doer mas no mínimo, perante os outros, é confrangedor.
Por sorte (dentro do azar), fui informado nas urgências de  que esta lesão, por não ser grave, vai desaparecer dentro de algumas semanas aplicando as pomadas receitadas. Infelizmente pouco ou nada mais há a fazer do que esperar que o hematoma desapareça. Toda a gente sabe que existem várias estratégias mas nem sempre lembram nestas ocasiões como aplicar gelo à volta do olho ferido…
Ao olho negro, juntou-se mais tarde um grande inchaço da pálpebra e o inevitável sangramento.
Para evitar o “nojo” que provoca esta visão, o recurso aos óculos de sol é uma boa opção, além de protegerem, escondem a lesão de olhos estranhos. Até lá, aplicam-se as tais pomadas sem pressionar o globo ocular e esperar que o tempo passe depressa.

terça-feira, 16 de julho de 2019

A DOR TEM VÁRIAS FACES


Ouvir uma criança gritar no tempo de espera para ser atendido nas urgências de um hospital privado, trouxeram-me recordações de tempos idos em que acompanhei a filha e o neto, ainda pequeno, que ia tirar os “ferros” do braço que havia partido. Também ele chorou, também a mim me doeu, ainda hoje recordo a cena que o choro e os gritos dessa criança me trouxeram à mente.
De facto, a dor tem diferentes formas de se mostrar e diferentes níveis a atingir. Acreditar que as dores são iguais para toda a gente é mais uma balela. Para a mesma doença, a dor é mais intensa para uns do que para outros. É algo que não se pode, nem deve generalizar, cada um sente a dor à sua maneira, seja ela qual for.
Essa é a realidade, falar de dor muito havia a dizer… Dói a quem sente, dói a quem vê e dói a quem recorda.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

TER OU NÃO TER GRAÇA


Diz o povo e tem (quase) sempre razão, que cair em graça é mais importante do que ser engraçado. Entre “ter graça” e “ser engraçado” vai de facto uma diferença abismal visível em vários sectores da sociedade.
Para cair em graça na sociedade portuguesa, o que importa é ter um nome sonante. Se esse nome recordar algum escritor ou poeta já falecido, tanto melhor. Pode ser triste mas é essa a realidade e pouco há a fazer.
Mais vale cair em graça do que ser engraçado. É um provérbio português transmitido através de várias gerações até chegar aos nossos dias e que traduz de uma forma simples essa triste realidade!
É certo que a atitude depende quase exclusivamente de quem se encontra em posição de decidir e não aos altos responsáveis.
Para cair em graça não é preciso ser engraçado. Basta ser eleito para receber um justo e merecido (?) prémio…

sábado, 13 de julho de 2019

COLIDIR OU NÃO


Fala-se pouco até porque o tema do fim do mundo é um dos temas pouco badalado ao qual se foge por razões óbvias. Ninguém gosta de admitir que o mundo, o nosso pequeno mundo, possa acabar de repente. No entanto é o que temos de mais certo, todos os dias o mundo acaba para alguns indivíduos por variadíssimas razões. As referências ao apocalipse são mais que muitas e vária vezes já foi previsto o fim do Mundo. Eu diria que o fim já começou atendendo às ameaças que se verificam no mundo actual nomeadamente as guerras nucleares, os migrantes, a fome, as mudanças climáticas,…
Vem este tema a propósito das notícias alarmantes que surgiram nas redes sociais sobre a eventual colisão de um asteróide colossal (FT3) com a Terra, prevista para 3 de Outubro.
É inegável que o FT3 é real e vai mesmo passar muito perto do nosso planeta. Quando digo perto, convém recordar que estas distâncias medem-se em milhares de quilómetros. Segundo a NASA esse asteróide vai passar a cerca de 423 mil quilómetros da Terra…
A probabilidade do FT3 colidir com a Terra é muito baixa. Contudo, devido ao seu tamanho e à velocidade com que se desloca, a colisão com o nosso planeta que teria efeitos desastrosos para toda a humanidade, é uma ameaça que não se pode descurar.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

O RUÍDO E O SILÊNCIO


Por oposição ao ruído, o silêncio tem inúmeras vantagens na medida em que contribui para a saúde do cérebro. Frequentemente relacionado com solidão, tristeza e tédio dos mais idosos e não só, o silêncio transporta consigo imensos benefícios para a saúde.
O ruído característico do trânsito, o som estridente das sirenes, as vozes altas em diferentes situações e até o ruído longínquo de alguns electrodomésticos contribuem para o desequilíbrio indicativo da falta de uma sólida saúde mental. Com efeito, o silêncio beneficia a actividade cerebral, a capacidade cognitiva e a criatividade. Já no seu tempo Florence Nightingale defendia que “o ruído desnecessário é a mais cruel ausência de cuidados que se pode infligir aos doentes”.
Descobertas recentes relacionam o ruído excessivo com a pressão alta. Os cientistas acreditam que o ruido ativa uma amígdala relacionada com a memória e as emoções, efeito que se verifica mesmo quando dormimos. O estudo já publicado (revista Heart) defende que dois minutos de silêncio podem ter um efeito mais calmante do que ouvir uma música calma.
Como todas as coisas, esta terapia deve ser usada com conta, peso e medida…

quinta-feira, 11 de julho de 2019

VANTAGENS E INCONVENIENTES


Viver numa cidade pequena tem inúmeras vantagens mas também alguns inconvenientes que convém não esquecer. Nascido no coração da cidade do Porto onde vivi alguns anos, não podia deixar de gostar desta cidade da qual guardo muitas saudades. Gostava da agitação do corre-corre dos dias, da estranha sensação de estar sozinho rodeado de tanta gente, de passear sozinho nos jardins em pleno centro e ter à disposição todos os cinemas sempre que queria.
Um belo dia, mudei-me para a periferia de uma cidade vizinha do  Porto e aí pude constatar as vantagens e inconvenientes de habitar numa cidade pequena. Apesar dessa mudança ainda posso ver o mar sempre que quero, as inúmeras praias e aquela sensação de liberdade trazida pelo vento… Estas e outras sensações foram-me queridas até ao dia em que o calendário se lembrou de assinalar um feriado nacional ou municipal. Obviamente a cidade parou, as ruas ficaram desertas, as lojas fecharam-se e o silêncio tomou conta de cada recanto. Passada a primeira reacção de surpresa e alguma indignação assaltou-me o pensamento, e se for preciso de algum serviço de saúde?
Tudo acaba por se resolver apesar do feriado. Viver numa cidade pequena não quer dizer que se viva uma vida menor. Aprendi a gostar da calma e do silêncio que se experimenta nos arredores. Além disso, sempre posso ver o mar quando quero… Com o tempo  aprendi a dar mais valor à saúde, à paz, ao amor e à lentidão do tempo, o bem mais precioso que se pode ambicionar.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

ALGO VAI CORRER MAL


Se alguma coisa tem hipótese de correr mal, de certeza que vai correr mesmo mal, não haja a menor dúvida. Quem o disse há muitos anos foi Murphy mundialmente famoso. Não há dúvida que, seja o que for, se tiver a mínima chance de correr mal, vai mesmo correr mal. E não há volta a dar-lhe, é quase uma lei, a lei da vida. O melhor a fazer é partir com o pensamento de que qualquer coisa que se comece vai acabar mal, só assim se estará preparado para o que der e vier. Nada ou quase nada acontece segundo a nossa vontade ou como estava planeado, é essa a realidade.
Baseado na história de Milo a quem tudo corre mal, a Disney conseguiu transmitir a importância da existência de um “plano B” em qualquer situação. Até lá há que enfrentar os desastres da vida com muito humor, fair play diriam os desportistas e muita capacidade de rir dos próprios erros, só assim se pode dizer que algo correu mal… Pensar, sim mas pensar positivo, pois quem espera (sentado)  sempre alcança… a não ser que seja dia de greve nos transportes públicos. Como alguém disse “Mais vale ser pessimista do que optimista. O pessimista fica sempre feliz quando erra mas também quando acerta”.

terça-feira, 9 de julho de 2019

VELHOS SÃO OS TRAPOS


A frase feita velhos são os trapos que é costume dizer-se em certas ocasiões não me convence nem me consola minimamente. Este termo tem diferentes conexões, infelizmente todas depreciativas. O epíteto aplica-se a todos os idosos que vistam fora de moda ou que exponham ideias muito antiquadas e, o que ainda é pior, que a sociedade considere uma figura ridícula…
Os anos passaram, envelheci, é um facto, mas nunca me senti um velho jarreta. As ideias evoluíram ou melhor, adaptaram-se ao passar do tempo e à maneira de ser e de vestir da realidade do presente.
Olhando para o espelho não ignoro os lamentáveis estragos que o tempo fez ao passar, fora isso, vejo-me sempre como um jovem que dificilmente aceita o declínio físico natural e a falta de saúde que geralmente o acompanha.
Actualmente a sociedade já permite uma grande diversidade na forma de envelhecer visto que nem todos envelhecem da mesma maneira. Estas diferenças inerentes ao estatuto social e até de género, ajudam muito mas não são suficientes para que a velhice seja encarada como algo normal de que não se pode fugir. Esta incontornável verdade não invalida que se combata a falta de actividade e o isolamento comum a muitos dos idosos, sobretudo a descriminação social a que estes ainda são sujeitos nas sociedades contemporâneas.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

LAMEGO E CASTRO DAIRE


Ir a Lamego e não visitar o Santuário da Senhora dos Remédios, a visita não ficava completa. Foi aí que iniciámos o roteiro da curta visita a esta vetusta cidade onde vivi durante alguns anos sem nunca me aperceber da riqueza arquitectónica que a cidade encerra na pressa do regresso a casa no fim de semana.
A três passos do jardim principal visitámos a Sé Catedral (fundada em 1129) imponente por fora e por dentro. A dois passos dali vende-se a famosa bola de Lamego que é imprescindível provar. Um pouco mais longe, em pleno centro histórico, situa-se a antiga Biblioteca Municipal e o Museu que não tivemos oportunidade de visitar. Com efeito, Lamego é uma cidade muito antiga, com vestígios da ocupação romana. Não convém esquecer que foi aqui que se realizaram as lendárias Cortes de Lamego onde D. Afonso Henriques foi aclamado Rei de Portugal e se estabeleceram as Regras de Sucessão ao trono.
Apesar dos parcos dias de viagem (apenas 3) e da reduzida mobilidade pessoal, deu para visitar o Castelo de que nunca me havia apercebido e um pouco mais longe a Cisterna apoiados por uma simpática guia.
A escassos quilómetros fica Castro Daire que visitamos num roteiro de saudade… Gostei de rever além da rua principal, o jardim contíguo e o coreto, as antigas instalações da câmara municipal e das finanças, as antigas instalações do ciclo preparatório e o simpático comércio local. Valeu a pena a visita.
Antes de regressar a casa, não podia deixar de apreciar a paz que se usufrui nos belos jardins da cidade de Lamego. Vale a pena voltar com mais calma.

sábado, 6 de julho de 2019

ESSA MALDITA DOENÇA - O CANCRO

Milhões de pessoas por esse mundo fora vivem sob a ameaça constante dessa terrível doença que é o cancro. O diagnóstico, para quem nunca passou pela experiência, tornou-se banal de tal maneira a doença se expandiu. Os efeitos secundários da terapia de combate são dolorosos e desastrosos apesar dos estudos em curso de forma  a encontrar novas terapias de forma a prevenir, detectar e tratar esta doença. Embora tenha rondado por perto o cancro, seja onde for, é sempre motivo de susto uma vez diagnosticado.
Foi em choque que recebi a notícia de que Françoise Hardy provavelmente não voltará a cantar por este motivo. Desde muito cedo que me habituei a ouvir esta interprete e compositora francesa que muito aprecio. Traz-me à lembrança os jardins outonais da Rotunda da Boavista e os dourados anos oitenta. Como se compreende, foi com redobrado pesar que soube que a cantora foi acometida por um cancro da faringe que a deixou surda de um ouvido devido aos efeitos secundários da terapia.
Apesar dos tratamentos terem resultado é sempre possível uma recaída por isso a sua voz irá silenciar-se de futuro, não fora os imensos CD´s que possuo…
Quanto ao futuro, disse a cantora para quem não restam ilusões: “Tenho 75 anos e penso que já cantei o suficiente. Não tenho a certeza de voltar a cantar”. Lamento que o cancro tenha vencido mais esta batalha.
Aqui fica o meu pequeno tributo a (mais) uma cantora e compositora francesa a que o futuro dará o justo valor… Pena que já seja tarde.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

SENSO DO RIDÍCULO


Parece que vivemos num país de abeutalhados, isto é, pessoas sem um mínimo de senso do ridículo. É certo que é preciso um grande senso de humor para aceitar a tentativa de ilibar pessoas que toda a gente sabe ser culpados. A televisão, por exemplo, em vez de ser uma fonte isenta de informação, transformou-se numa fonte de desinformação. O senso do ridículo posto à prova enquanto se esperam as notícias é uma qualidade que muito prezo e só peço a todos os santos que o conservem o que não quer dizer que não se façam coisas ridículas durante a vida! O senso do ridículo implica saber que para além do próprio umbigo existe mais vida.
Hoje em dia existe uma tendência generalizada de manipular a informação de acordo com a cor politica da fonte ou então segundo o interesse económico quer de países quer de pessoas. Embora custe admitir-se, todos acabam por ser manipulados em maior ou menor grau modificando o modo de pensar e até a forma de agir.
No meio de tudo isto conservar a competência para não se levar muito a sério e de se rir de si próprio sem abandonar a noção de que tudo o que foi feito era o melhor com as armas que se possuía no momento, exige um verdadeiro senso do ridículo.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

OS CINCO SENTIDOS


Deu-nos a Natureza (há quem lhe chame Deus) cinco sentidos que nos habituamos a usar e abusar desde que nascemos. Com efeito, dispomos de cinco capacidades, diria eu, através das quais conseguimos interagir com outras pessoas, objectos, cheiros, sabores… Enfim, interagir com o mundo exterior. Por este motivo é impossível dizer qual dos cinco é o mais importante, tão importante que na falta de um, todos os outros se especializam e apuram para compensar o sentido ausente.
Só quando sentimos na pele a ausência de um deles, qualquer que seja, é que lhe damos o real valor. Eles fazem parte do sistema sensorial comum a todo o ser humano, que está encarregado de enviar ao cérebro as informações obtidas em cada momento. É para isso que dispomos de cinco sentidos. Olhar, ouvir, cheirar, saborear e sentir tornaram-se actividades tão banais que deixámos de lhe dar o real valor, a não ser quando algum deles nos falha.
Ir à praia, apanhar sol, por exemplo, para as pessoas portadoras de qualquer deficiência ou mobilidade reduzida pode ser mesmo uma aventura mas acima de tudo um direito comum à saúde de todo o cidadão. Há coisas que só se compreendem quando se passa pela mesma experiência.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

ESPANTALHOS, PARA QUE SERVEM?


Encontram-se um pouco por todo o lado nas hortas e culturas recentes. Os espantalhos devem o nome à sua função, espantar as aves das culturas e frutos. Esta função não é nova,  remonta a tempos imemoriais (antigos egípcios?) mas que nem sempre a cumprem como deve ser.
Para construir um espantalho qualquer trapo serve para vestir um boneco que depois de cheio com palha dá-se uma forma mais ou menos humana colocando-lhe um chapéu ou algo semelhante na cabeça. Infelizmente, este boneco perdeu muito da sua eficácia afugentando mais o ser humano do que os pássaros, principalmente ao fim do dia…
Nunca tivemos um destes bonecos no pequeno terreno onde plantamos árvores de fruto mais pela beleza da folhagem do que propriamente pelos frutos. Claro que os frutos são sempre bem-vindos pelo prazer do sabor e de os ver crescer. Servimo-nos de tudo quanto mexia para afugentar os pássaros o que não resultou. Acho que se habituaram a esses objectos com os quais conviviam em alegre chilrear. Resultado, em anos anteriores, da ameixieira provei-lhe um só fruto, os pássaros encarregaram-se do resto…

terça-feira, 2 de julho de 2019

SOMOS PERITOS EM ARRANJAR DESCULPAS


A vida dá muitas voltas independentemente da nossa vontade. Costuma dizer-se que a vida é caprichosa e decide o futuro a seu belo prazer. Apesar dessas características, arranja-se sempre um pretexto que justifique a nossa infelicidade, é o que se chama arranjar sarna para se coçar, ou seja, armar confusão na simplicidade, arranjar problemas desagradáveis onde eles não existem…Tudo serve de motivo para que se sinta infeliz, nem que seja uma simples palavra... É certo que as palavras comportam-se como as cerejas. Por mais cuidadoso que se seja, uma cereja nunca vem só. Agarrada a ela vêm outras mais. Também uma só palavra sem grande significado para quem a diz, pode ferir de morte quem a escuta.
As palavras têm esse poder, dar o ânimo necessário para enfrentar os problemas do dia a dia mas também podem retirar toda a alegria e principalmente, a saúde de quem as escuta. É preciso muito cuidado com o que se diz mas problemas estão lá, não fogem. Pensar positivamente não quer dizer que se fuja dos problemas nem tampouco das dificuldades que se encontram todos os dias, é uma filosofia de vida.
Se é verdade que ninguém arranja por gosto sarna para coçar, também os problemas existem e surgem quando menos se espera mas que isso não seja desculpa para desistir de perseguir os motivos necessários para ser feliz, por mais insignificantes que pareçam.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

ÉTICA, MORAL E CIVISMO


Embora se confundam e pareçam uma só e a mesma coisa, existem algumas diferenças entre elas. A ética e moral contribuem indiscutivelmente para a cidadania já que estão relacionadas com muitos dos comportamentos humanos. Na verdade a ética depende muito da moral de cada um. Em resumo, ética tem tudo a ver com o que designamos vulgarmente por “maneira de ser” ou “carácter” de um indivíduo. A cidadania como complemento da ética reúne todos os deveres do cidadão para com a sociedade onde vive.
Por sua vez, também o civismo reúne comportamentos fundamentais para a vida em sociedade respeitando valores, instituições e práticas necessárias a uma vida harmoniosa em sociedade…
A liberdade de cada um devia acabar quando começa a liberdade cívica dos outros. O conceito é tão importante que logo se nota a falta nas pequenas coisas do dia a dia.  Por estar mais exposto aos olhares de quem conserva um mínimo de civismo verifica-se frequentemente a sua falta no parque de estacionamento do condomínio…
Em suma, ética, moral e civismo apesar de não serem sinónimos andam frequentemente de braço dado e concorrem para a harmonia da sociedade em que se vive.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...