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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

A NOITE DO RÉVEILLON


Acabados de sair da quadra do natalícia, é tempo de acordar para um novo ano e adormecer tudo o que de mal sucedeu no passado ficando só as boas para recordar. O termo réveillon, nem sequer é português, deriva do verbo francês réveiller, que significa “acordar”, despertar para outro ano que agora começa.
Inexoravelmente o dia 31 de Dezembro chegará ao fim e traz com ele o Ano Novo ou Ano Bom. Neste dia começa um novo ano civil e outro termina para lhe dar a vez. Nesta noite as pessoas bebem champanhe e ficam acordadas até mais tarde esperando pela hora da passagem de um ano para o outro.
As tradições foram importadas na sua maioria, a começar pelo nome da festa que surgiu no século XVII com um significado completamente diferente. Naquele tempo, o termo designava qualquer evento entre os nobres franceses. Esses excessos gastronómicos, ocorridos ao longo do ano, com o correr do tempo acabaram por ser mais frequentes no final do ano. Também alguns detalhes foram incluídos enriquecendo o jantar da passagem de ano.  
Hoje o termo Réveillon virou moda e, como não podia ser, o nosso país não foi excepção. Em certas culturas, o evento é comemorado de maneiras diferentes, mas sobretudo nesta data.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

DEPRESSÃO PÓS-FÉRIAS


Nunca comentei com ninguém o que se passa comigo após uma grande ou pequena viagem que seja. Fala-se muito em ressaca a propósito do consumo excessivo de qualquer bebida alcoólica e dos sintomas que ela apresenta no dia seguinte, dor de cabeça, enjoos, vómitos etc. A mim, a ressaca acontece depois de qualquer viagem independente dos dias de duração. Esta sensação comum a muita gente que viaja, tem um nome: depressão pós férias!
depressão pós-férias existe mesmo e manifesta-se através dos sintomas já descritos. Após qualquer viagem, feriados ou simplesmente fins de semana, muitas pessoas apresentam sintomas de depressão. Prefiro, por isso, chamar-lhe depressão pós viagem. De regresso a casa e se a viagem foi agradável a ressaca é inevitável e torna-se ainda maior. Ter de voltar à rotina diária faz-me sentir uma espécie de apatia como se o corpo tivesse presente mas o espírito ainda andasse por lá em terras longínquas… Voltar à rotina diária deixa aquela sensação desagradável de opressão e desmotivação…
Porém, a melhor maneira de curar esta ressaca é começar a planear a próxima viagem em busca de outros destinos!

domingo, 29 de dezembro de 2019

O PODER DA PALAVRA


É recorrente dizer que a palavra é a arma mais poderosa do ser humano que nem sempre se apercebe do seu poder… Uma simples palavra pode construir um deus ou destruir a mesma pessoa… Atrás de cada palavra pode esconder-se uma mentira de tal modo construída que parece uma verdade. Não é de estranhar que muitas vezes se assistia a discursos políticos que a coberto da palavra, agridem e insultam a inteligência de quem ainda lhe dá ouvidos. O discurso desses indivíduos, não significa que estejam de acordo com a ideologia que defendem. Dizem apenas o que a maioria da população quer ouvir.
São discursos de tal modo convincentes que, para conseguir descobrir a mentira que se esconde atrás  da palavra, é precisa uma sólida bagagem intelectual ou equivalente… Só assim se consegue descobrir a mentira camuflada de verdade.

sábado, 28 de dezembro de 2019

À ESPERA DO PAI NATAL


Ainda aqui estou sentado em frente à lareira, apagada, à espera desse velhinho de barbas brancas a quem chamam de Pai Natal. Estou consciente que o Natal já lá vai, diz-me aquele brilho especial nos olhos dos pequenitos, os presentes depositados à porta, o rasgar dos papeis envolventes mas eu continuo no meu posto. Sei que nunca estou sozinho, não vejo mas sinto que alguém me acompanha nesta espera, aqueles que, apesar de tudo, ainda gostam de mim. A viagem não é fácil, é previsível que haja alguns atrasos por isso estou aqui à espera apesar de saber que o natal já passou.
Enquanto que para muitos o Natal não passa de mais um dia de folga, talvez de convívio com os familiares mais próximos, continuo à espera, sentado é verdade, que o Pai Natal tire lá do fundo do saco aquele presente que pedi…
Não fossem as luzes que iluminam ruas e ruelas da cidade, podia pensar-se que o Natal ainda não chegou mas, tudo me diz que já lá vai. Talvez seja uma espera vã mas persisto em esperar.
Sou daqueles que ainda acreditam no Pai Natal…

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

OS DIAS DA SEMANA


Com a minha mania de arranjar uma explicação lógica para cada coisa, deu-me para pensar na origem do nome dos dias da semana. A cidade de Braga reivindica para si o mérito da autoria do nome dos dias em português. Realmente o nome dos dias varia bastante de idioma para idioma!
De uma maneira geral, os dias tomam o nome do deus que lhe deu origem. Foi São Martinho, bispo de Braga, que no intuito de uniformizar e essencialmente sobrepor a fé cristã ao paganismo romano, deu o nome aos dias da semana que passaram a ser dedicados às festas litúrgicas.
A partir do Concílio de Braga decidiu-se que os dias da semana deviam ter os seguintes nomes latinos: Dominica dies, Feria Secunda, Feria Tertia, Feria Quarta, Feria Quinta, Feria Sexta, Sabbatum. Note-se que em latim, Feria significava Festa que com o tempo evoluiu para Feira, ou seja, dia de mercado.
Deste modo, o nome dos dias evoluíram para a nomenclatura atual: Domingo, Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado, o que não revela grande originalidade mas explica e justifica a nomenclatura adotada e a pretensão desta cidade.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

ESPÍRITO DE NATAL


Nunca fui muito “bafejado” pelo espírito de Natal. Que me lembre, nunca liguei muito a esta quadra muito desejada por não haver escola…
Não faço ideia porque nunca apreciei esta época como deve ser, talvez por não ser muito festejada lá por casa, se por ter como ponto alto a chatíssima “missa do galo” espectável numa família exageradamente religiosa ou então devido aos presentes que se resumiam invariavelmente a umas peúgas, um cachecol, umas luvas e, quando muito, uma camisola. É verdade que sempre havia uma tristíssima árvore de Natal sobre o aparador da sala separada da cozinha por uma divisória de madeira onde raramente jantávamos.
Nenhum dos factos citados foi suficiente para fixar em mim o tal espírito de Natal. Não gosto do péssimo hábito da maioria dos portugueses de fazer compras à última da hora para oferecer depois a familiares e amigos sempre à espera que retribuam… Por volta dos dez anos de idade as coisas melhoraram em todos os aspectos mas há muito o espírito de Natal já se encontrava morto. O nascimento dos filhos ajudou a ressuscitar em parte esse espírito e a quadra passou a ser vivida de outra forma culminando com a distribuição dos presentes às crianças na noite de natal. Mais tarde, com a presença dos netos, revivi o Natal de outros tempos em que os filhos eram ainda crianças e acreditavam no Pai Natal.
Hoje detesto o consumismo que faz correr as pessoas para os centros comerciais, entupir estradas e lojas na ânsia de adquirir mais um presentinho para oferecer sabe-se lá a quem…

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

A MINHA CEIA DE NATAL


O termo consoada, engloba actualmente quer a ceia de Natal mas também a distribuição de prendas demonstrativas da amizade a quem se oferecem. Este costume que se resumia à entrega de presentes durante ou após a ceia de natal, foi instituído pelo papa Bonifácio a partir do séc. VII. Hoje em dia, o rei da consoada é o bacalhau acompanhado de batatas e couve cozida e, de acordo com a tradição de algumas terras o peru assado e o polvo.
Como sobremesa, sem as quais não é Natal, deve estar presente o tradicional Bolo Rei, Pão de Ló, rabanadas e outras iguarias que variam conforme a região e o gosto dos comensais.
A minha consoada, além do bolo-rei e Pão de Ló, decorreu dentro da normalidade com quem eu gosto, alguns presentes… mas todos os que gostam de mim.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

A MINHA ÁRVORE DE NATAL


É frequente ouvir dizer que a nossa árvore é a mais bonita das redondezas. Pode até não ser a maior mas é a nossa árvore de Natal. Este ano nem teve a preciosa ajuda dos netos mas eles sabem que se ela existe, é em sua homenagem.
É assim a nossa árvore, mais pequena, menos vistosa do que em anos anteriores mas de presença incontornável. Como já alguém disse, Quisera neste Natal armar uma árvore no meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos!
Amigos de longe e de perto, antigos recentes. Os que vejo com alguma frequência e os que raramente encontro. Os das horas difíceis e os das horas alegres. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida e aqueles que me conhecem sem eu os conhecer.
Uma árvore de raízes muito fundas, para que os seus nomes nunca sejam arrancados do meu coração. Para que nossa árvore seja um momento de amizade. (P. João Batista Megale)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

O CAGÃO CÁ DE CASA


Desconhecia até ao dia em que esse estranho personagem me entrou pela porta dentro… nada mais, nada menos, do que “o cagão”!
Pois é, agora tenho cá em casa “o cagão” vindo de uma outra quadra natalícia e por cá ficou até que chegue mais um dia de Natal.
Devo esclarecer que o cagão é apenas um boneco que se encontra presente em quase todos os presépios da Catalunha (El Caganer) tradição que remonta ao século XVII. Este boneco, coloca-se no presépio próximo da cena representativa do nascimento de Jesus Cristo sem qualquer intenção de ofender a crença cristã.
O termo, muito presente no meu vocabulário não só por gosto pessoal mas devido ao grande número de indivíduos a quem o termo assenta que nem uma luva. Até ao dia em que cá entrou, este termo aplicava-se apenas a um indivíduo medroso, isto é, um indivíduo que se arma aos cágados, que gosta de parecer o que não é porém, em qualquer contexto, o termo tinha um sentido altamente pejorativo. Em bom português, referia-se a um indivíduo com a mania do “caganço”.

domingo, 22 de dezembro de 2019

Para todos, amigos e inimigos

AS PRIORIDADES MUDAM?


Numa época em que se expressam desejos para o Ano Novo é normal que se estabeleçam, inconscientemente, prioridades. Como o próprio nome diz, entende-se por prioridade tudo o que deve ser feito em primeiro lugar e que ao mesmo tempo contribui para a felicidade de colectiva ou apenas de cada um. Contudo, ao longo do tempo as pessoas mudam e com elas as prioridades. A própria vida muda e, numa tentativa de adaptação, as pessoas mudam também. Se tudo muda, o tempo também nos “obriga” a alterar planos tanto a curto como a longo prazo. O que ontem parecia ser prioritário, hoje não tem qualquer importância, muitas pessoas considerava-mos essenciais, hoje não fazem falta nenhuma e até alguns assuntos deixaram de interessar… O que faz então mudar as prioridades? Talvez seja o tempo, o percurso de vida ou os tropeções em que ela é perita dar.
Olhando todo o percurso já percorrido, nota-se que as prioridades mudaram. No início a principal prioridade era o dinheiro. Acreditava-se que ele abria todas as portas e que tudo tinha um preço… Mais tarde, a prioridade passou a ser outra. Nessa fase da vida o amor e a amizade tinham a máxima importância. Depois a vida deu aqueles tropeções e a prioridade principal passou a ser a saúde. Os conceitos de riqueza, amor e amizade ocuparam outro plano e as opções de vida, umas erradas outras acertadas, já não são as mesmas, só ficaram aquela que se consideram verdadeiras.
Segundo o que diz a Lei, apenas as grávidas, acompanhantes de crianças até 2 anos, seniores com limitações e pessoas com deficiência ou incapacidade, têm prioridade.

sábado, 21 de dezembro de 2019

DESPEDIDAS


Qualquer despedida, seja porque motivo for, não é fácil. Se bem que nem todas as despedidas sejam iguais. Há as que custam mais a suportar do que outras. No entanto, como alguém já disse, há sempre um momento em que é preciso dizer adeus seja ao que for. Não interessa quantas vezes já se tenha despedido, nunca se aprende e muito menos se aceitam as despedidas. É precisa uma grande dose de coragem para dizer adeus aquilo em que se depositaram muitas das nossas expectativas. Essa coragem depende da ocasião em que nos assalta, às vezes a despedida dói mais que a vontade de voltar…
Como já disse, a despedida não é fácil e é tanto mais difícil quanto o retorno esperado. Dizer adeus nem que seja um até breve nunca é fácil por não ser isento daquela saudade que nos invade nesses momentos. Nessas alturas, as despedidas, acompanhadas de saudade, não apagam a  alegria do reencontro… quando possível.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

COMO TUDO QUE SE QUEBRA


Qualquer objecto, depois de muito uso, é inevitável que se quebre. Pode deixar saudade ou não mas, uma vez deitado no lixo, resta apenas a saudade.
Como qualquer objecto, há hábitos que se quebram depois de muito usados. Alguns hábitos são positivos, permitem melhorar a qualidade de vida, enquanto outros, só atrapalham a própria vida. É utópico pensar que não fazem parte do dia a dia de toda a gente. Qualquer ação que se repita diariamente de modo consciente ou não, fazem parte do imenso universo dos hábitos.
Já alguma vez se se deteve um momento para avaliar esses hábitos?
Bons ou maus, a gente habitua-se e, mais tarde ou mais cedo, é normal sentir a falta de certos hábitos que, ao contrário de serem uma fonte de prazer acabam por tornar-se numa quase numa obrigação.
Como tudo que é quase, não chegam a ser coisa nenhuma e devem ficar onde estão, ou seja, onde e quando foram adquiridos.
Apesar do prazer que dão, há hábitos que devem ser quebrados por complicarem a vida já de si bastante complicada. São assim certos hábitos que se quebram como qualquer coisa que, depois de muito uso, um dia vai à vida…

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

NO TEMPO DAS CARPETES


Contas-me estórias mirabolantes saídas de uma imaginação tão fértil como a tua. São estórias inventadas no momento apoiadas nos brinquedos oferecidos e mais à mão.
Era suposto, atendendo à idade, ser eu a contar mas és tu que afinal contas estórias…! Há quem defenda que se utilize o termo história para narrar (fatos, documentos e situações) reais reservando-se o termo estória para a contar fatos imaginários. Indiferente a estas diferenças, continuas a inventar estórias que depois contas sem te importares com a história que ainda desconheces. E não só me contas estórias como exiges que participe nessas aventuras acabadas de inventar.
E lá vou eu de helicóptero (da Playmobil, claro) para a “terra dos bons” situada numa das carpetes da sala… Aí chegado, sou raptado pelos maus que me transportam num autocarro que navega sobre o mar até à “terra dos maus” que se situa na outra carpete…
Fechando os olhos até consigo imaginar-me dentro de aquela espécie de barco que navega sobre um mar pouco agitado mas é preciso não perder tempo e navegar muito depressa porque a hora de jantar se aproxima.
Chegados finalmente à “terra dos maus” onde, ao que parece, houve um tremendo tremor de terra, quando tudo parecia perdido, fomos salvos pela voz da avó vinda da cozinha:
 – O jantar está na mesa!
Agora é tempo de partir e abandonar mais uma estória.
Não era suposto ser eu a conta-las…!?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

AS MODAS PASSAM


É inútil assobiar para o lado e fingir que tudo está bem. Um dia amanhece e por mais que se finja, sente-se que nem tudo está bem. Esse dia há-de chegar e por clarividência vê-se que a maior parte das coisas está diferente, isto é, o tempo passou e nada nem ninguém permanece igual ao que já foi. A moda passou, as pessoas mudaram, nós próprios já não somos os mesmos e os sentimentos evoluíram num sentido para nós imprevisível…
Enfim, tudo passou, tudo mudou e, se não mudou, só pode ser devido ao medo ou então já é muito tarde para mudar.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

SENTIMENTO DE PERDA


Não é o momento mais adequado para falar no assunto, é uma época festiva convidativa a falar só em coisas alegres mas também é nestes momentos que mais se recordam aqueles que, embora sem uma presença física, ficaram para sempre na nossa memória.
Há perdas que nada nem ninguém consegue apagar. Não é fácil lidar com a morte seja de quem for. Ninguém nos preparou para a enfrentar com naturalidade.
Felizmente, apesar de o testemunhar, consigo imaginar a dor que uma mãe sente quando perde abruptamente um filho. Pela ordem natural das coisas os pais deviam partir antes dos filhos e não o contrário. É esse o curso normal da vida. A mãe que perdeu um filho, por mais anos que viva, nunca mais será a mesma, a dor e a saudade instalaram-se para sempre no seu peito.
Para qualquer pessoa, ver sair de repente alguém da nossa vida é uma experiência dolorosa que nunca mais se esquece. Do turbilhão de emoções que acompanham essa perda, sobressai um misto de saudade e de remorso que se estendem ao longo da vida. Remorso de nunca ter feito aquilo que se gostaria de fazer e nunca foi feito.
Apesar de não sermos gémeos, tivemos momentos de pleno desacordo, usufruímos também daqueles momentos de comunhão comum a todos os irmãos. Afinal passaram nove meses na mesma barriga da mesma mãe!
Talvez, no meio da confusão, a vida queira ensinar-nos a ser gratos por tudo que nos rodeia. Pode não ser no momento certo, mas o que importa é perseguir aquilo de que se gosta e sobretudo ser feliz.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

OS DIAS TRISTES ESTÃO AÍ


Agora que a Natureza nos brindou com uma série de dias cinzentos com alguma chuva à mistura, não admira que recorde outro provérbio (lá vai mais um) que na voz do povo diz “tristezas não pagam dívidas”. Se é verdade que não pagam dívidas, não é menos verdade fingir que elas não existem contraídas de acordo com as emoções do momento. Parece fácil separar essas emoções em dois grandes grupos, positivas e negativas contudo, tal seriação não é assim tão linear. Há emoções que oscilam entre o claro e o escuro variando conforme o momento.
Toda a gente sabe que emoções negativas geram pensamentos escuros, enquanto que as positivas geram pensamentos luminosos… Mas não faltam por aí inúmeros conselhos e soluções tendentes a banir sobretudo as emoções negativas. Pô-las em prática é que não é assim tão fácil…!
Na tentativa de sublimar as emoções negativas, finge-se muitas vezes que tudo está bem, dentro do normal, o que nem sempre é verdade. Ninguém está livre, em algum momento, de pensamentos negros, cinzentos ou menos claros, que o convidam ao isolamento e à tristeza… o que aconselho é que saia, enfrente a luz e tente… ser feliz.

domingo, 15 de dezembro de 2019

O UNIVERSO, QUEM O SUSTENTA?


Desde muito cedo o Universo tinha tanto de fascínio como de transcendente para o meu pensamento. Após as brincadeiras e tarefas do dia, ficava horas a cismar onde “girava” este nosso planeta que na época já sabia que era esférico. Não me interessava então nem agora me interessa se o Universo está em expansão ou pelo contrário em contracção, não era esse o meu problema. O que então me absorvia completamente o pensamento era saber onde está contido o Universo, quem o suporta…?
Sabe-se hoje que o Universo está em expansão e crê-se que teve origem no chamado Big Bang, mas, como disse, não era esse o objecto do meu pensamento quase até à loucura.
Apesar de existirem algumas explicações, muitas delas de cariz religioso, nenhuma respondia ao meu problema.
Afinal só queria saber o que é isso do Universo, quem o sustenta, onde começa e onde acaba,…

sábado, 14 de dezembro de 2019

SEXTA FEIRA DIA 13


Mais uma vez aconteceu o dia 13 coincidir com sexta-feira no calendário deste ano. Este dia não teria nada de  especial se não fosse essa coincidência. Dizem, não se sabe bem porquê, que é um dia de azar. O costume baseia-se talvez na Última Ceia em que se encontravam à mesa treze pessoas ou por que Jesus foi crucificação numa sexta-feira segundo se pensa… Seja qual for o motivo e existem muitas outras explicações o costume instalou-se e passou a considerar-se a sexta-feira 13 um dia de azar.
Ninguém acredita mas, não vá o diabo tecê-las, evitam-se os gatos pretos nem se passa debaixo de escadotes,…
Porque foi sexta-feira dia 13, o melhor a fazer era ficar por casa, não é que se acredite mas à cautela, adiaram-se também as tarefas menos importantes….

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

JÁ CHEIRA A NATAL


A tarde cai, o tempo passa, a velhice instala-se sub-repticiamente e o Natal está à porta. Embora se pense que falta muito tempo, o Natal está aí mesmo… à porta. Repare-se nas ruas (algumas) iluminadas com decorações alusivas ao natal, nas canções de Natal que já se fazem ouvir nas lojas e na presença do Pai Natal que já chegou aos maiores centros comerciais da cidade.
Sempre avessa a fazer listas, vão-se lembrando as pessoas que se pretendem homenagear e para as quais se executam os presentes que ganham outro significado por serem personalizados.
A imaginação não é o limite quando os presentes elaborados passam pelos trabalhos manuais, licores, compotas, produção de álbuns electrónicos, etc. Por todo o lado cheira a Natal, uma quadra ideal para pensar mais nos outros o que nem sempre acontece.
Que este Natal não seja apenas uma data mas que perdure ao longo dos dias deste e dos anos que virão.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

RAZÃO OU EMOÇÃO?


É normal sentir aquele friozinho no estômago ao mesmo tempo que se sente aquela angústia que sempre acompanha a indecisão quando se exige tomar qualquer atitude mais importante para a nossa vida. Além dessa indecisão outras sensações vão surgir em algum momento durante a vida nem sempre racionais. Quase nunca se consegue explicar por que razão se adotou esta ou aquela atitude que por vezes altera radicalmente o nosso curso de vida. É frequente estar convencido que se tomou determinada atitude aleatoriamente contudo, convém não esquecer, nada acontece por acaso. Para qualquer decisão contribuíram certamente factores tais como a razão e não raro, a emoção.
Talvez a decisão tomada não tenha sido a mais fácil ou a mais correta mas foi de certeza a que foi ditada no momento pela razão ou pela emoção, apesar da grande distância que medeia entre as duas. Para qualquer decisão contribuem outros factores tais como o sexo e o próprio ambiente onde se desenvolveu.
Admitindo que na sua maioria as decisões são ditadas apenas pela razão, nem sempre acontece. O ideal era encontrar um equilíbrio entre emoção e a razão mas como o ideal nunca se alcança, o melhor conservar o mesmo critério que se seguiu até aí.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

O DIREITO À INDIGNAÇÃO


Nascido e criado dentro de princípios morais muito rígidos, fui habituado a respeitar os mais velhos bem como as instituições então em vigor. Naquele tempo era impensável dar uma resposta “malcriada” a quem quer que fosse principalmente aos mais velhos e não era preciso ser velho. Não se comentava mas já devia haver pedófilos, contudo podia-se confiar nos mais velhos, eles eram os pais ou familiares dos nossos amigos da mesma rua ou do Largo.
Compreende-se portanto a tristeza que sinto ao ver a impunidade da corrupção que alastra como uma epidemia não só no nosso país, mas por todo o Mundo. Em qualquer parte se encontram-se os chamados chicos espertos que são capazes de dar a volta a todas as leis. Quem não o fizer, segundo a sua opinião, é um perfeito idiota. Pagar as dívidas é uma prática só admissível a quem não for parvo… Libertam-se ladrões por falta de provas ou porque os crimes já prescreveram e que entretanto vivem lautamente fora do país. Os professores são maltratados dentro e fora das salas de aula, os comerciantes são ameaçados, a polícia perdeu a sua autoridade…
Actualmente, em que as manifestações de indignados proliferam, deixo aqui a minha indignação perante a falta de ética, de moral e de respeito por tudo e por todos que atinge principalmente o planeta que habitamos…

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

NEM TUDO SE CONSEGUE EXPLICAR


Nem sempre se consegue explicar de forma racional os laços que nos unem a esta ou àquela pessoa. Embora tenha encontrado um número incomensurável de explicações, nenhuma conseguiu clarificar como se estabelecem os laços que nos unem aos outros. São inúmeros os que tentaram compreender e explicar o fenómeno mas até hoje não se verificaram grandes progressos.
Afinal o que nos liga ou separa de outras pessoas?
Como se explicam os laços que ainda teimam em unir quem há muito já partiu…?
É que os laços instalam-se silenciosamente durante os mais banais contactos do dia-a-dia. São inúmeros os laços que nos unem mesmo quando pensávamos que já estavam definitivamente soltos… Para se consolidarem, os laços ignoram distâncias ou mesmo o tempo independentemente da nossa vontade e contra tudo que é lógico… Resultam de sentimentos que por sua vez geram emoções.
Quando nasce, o ser humano já vem formatado com determinadas emoções tais como o medo, tristeza, alegria, raiva… essenciais à sua sobrevivência, ao passo que outras geram laços que escapam ao mais severo auto controlo…

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

O CARROSSEL


Há dias em que a fé está em alta e até se confessa e lamenta os altos e baixos que ela tem sofrido ao longo dos anos qual carrossel que sobe e desce, contudo é saudável acreditar seja no que for, o que interessa é acreditar, mas acreditar mesmo.
Diz-se que a fé move montanhas e eu acredito que isso é possível. Em vários momentos foi-me dado constatar a importância da “fé” na capacidade de dar a volta por cima a situações dramáticas principalmente no que se refere a problemas de saúde.
Defender a importância da fé não significa pensar exclusivamente na oração ou acreditar na intervenção deste ou daquele ser divino.
O essencial é ter fé em nós próprios, acreditar que somos capazes de “mover montanhas”.
Há dias em que acreditamos na nossa capacidade de enfrentar situações problemáticas sejam elas de que natureza forem.
Há dias assim…

domingo, 8 de dezembro de 2019

POR TRÁS DE UM GRANDE SUCESSO...


É recorrente ouvir dizer que por trás de um grande homem existe uma grande mulher. A frase foi inventada quando as mulheres permaneciam na sombra pelos mais diversos motivos. Com a emancipação da mulher, elas deixaram de ficar na sombra e passaram a ser as protagonistas das suas próprias reivindicações.
Nos nossos dias continuam a verificar-se cambiantes entre luz e sombra e já não interessa o sexo. Por trás de qualquer personagem encontra-se na sombra alguém ou alguma equipa que promove o sucesso salvaguardando o interesse pessoal. Melhor seria dizer que por trás de um grande sucesso existe sempre uma grande equipa. Muitas vezes esse sucesso deve-se mais a essa equipa que permanece na sombra por motivos vários… do que ao protagonista desse sucesso.

sábado, 7 de dezembro de 2019

HÁ FRASES ASSIM


Há frases que ficam no ouvido, propagam-se através de diversos órgãos e fixam-se na mente quer por mérito do seu conteúdo, quer pelo seu sentido. São frases que se fixam solidamente na mente e aí ficam a martelar durante dias ou mesmo para sempre.
São frases ditas sem um qualquer objectivo definido mas acabam por fazer toda a diferença para quem as escuta. Uma simples frase, devidamente adaptada à presente situação, ficou-me retida mente: Posso estar limitado mas estou vivo o que não invalida que, em certos momentos, o silêncio tenha mais valor do que o melhor dos discursos. Comunica-se apenas através de gestos ou de olhares sem precisar de palavras…
Sempre que olho o espelho, a imagem reflectida diz-me que estou velho. É um facto, no entanto sobrevivi a muitas intempéries e sobrevivi,… posso estar velho mas estou vivo.
Há frases que perduram ao longo dos dias!
Há dias assim.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ENQUANTO HOUVER POETAS


De uma maneira geral, os poetas não morrem. Faz-se silêncio apesar do ruído normal que advém da vida que não se compadece com a morte mas eles perduram. Sempre que desaparece um poeta ninguém chora, não há lágrimas, talvez ninguém o vai a acompanhar… porque os poetas são assim, não morrem ou seja, morrem tantas vezes durante a vida que ficam imortais.
Como toda a gente, os poetas choram de tristeza, riem de alegria, sofrem em silêncio… sem ninguém se aperceber. Mas, porque os poetas não morrem, deixam sempre atrás de si uma mensagem que se esconde em cada verso.
Os poetas não morrem, transformam-se numa estrela que fica a brilhar no firmamento… da poesia. Enquanto houver poetas também a poesia não morre, cruza o tempo, foge da mente do seu criador e inexplicavelmente cai-nos no regaço à espera de ser lida.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

CONHECER OS OUTROS... COMO A SI PRÓPRIO


Embora muita gente pense conhecer bem uma pessoa, a verdade é que um belo dia, ela nos surpreende positiva ou negativamente. A surpresa é tanto maior quanto melhor se pensava conhecer essa pessoa.
Mesmo partilhando a mesma casa, a mesma mesa e dormindo na mesma cama não se pode dizer que se conhece bem uma pessoa… A esse respeito, recordo uma célebre frase do livro O Diário de Anne Frank: “Só se conhece realmente uma pessoa depois de uma discussão. Só nessa altura se pode avaliar o seu verdadeiro carácter.” Sem comentários.
Com o passar dos anos há muita coisa que se aprende e é pena que nada sirva às gerações vindouras. Com o tempo aprendi que ele cura todas as feridas mesmo as mais profundas mas, a cicatriz que fica sempre, não permite que se esqueça o que a causou. Entre outras coisas, o tempo ensinou-me também que o "nunca mais" nunca se cumpre e que o "para sempre" também se acaba; que vou ser sempre surpreendido, senão pelos outros, comigo mesmo; que vou cair e levantar-me milhões de vezes, e mesmo assim, não vou ter tempo de aprender tudo.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

QUANTO MAIS PRESSA MAIS DEVAGAR


Num mundo onde tudo se encontra à distância de um clique, andar devagar constitui um defeito e a pressa passou a ser considerada normal e até justificável. Hoje, em todos os aspectos impera a pressa, isto é, tudo se processa rápido demais. Todos têm pressa, tudo é para ontem, todos caminham depressa para o fim… da jornada.
Durante o dia repito para mim mesmo vezes sem conta a célebre frase quanto mais pressa mais devagar. É verdade que com demasiada frequência recorro aos ditados populares mas este cada vez ganha mais sentido. Efetivamente, se executar as tarefas de que estou incumbido num ritmo lento, obtenho mais resultados positivos o que não acontece quando realizadas rapidamente.
À medida que se vai tomando consciência da impossibilidade de ser tão rápido como dantes, as tarefas passam a executar-se num ritmo mais lento. A correria louca do dia a dia só conduz mais depressa para o final que se pretende evitar…

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

UMA PORTA ABERTA


Uma televisão permanentemente ligada é uma porta aberta por onde entram imensos comerciais que exploram a quadra natalícia que ainda agora começou. De entre os comerciais que nos invadem há poucos que se destacam pela sua qualidade, é o caso de uma conceituada operadora de telemóveis que une no vídeo dois irmãos desavindos… mãe é mãe.
A par da imensa publicidade às diferentes marcas de perfume que não abona nada a favor da criatividade de quem os oferece, salvo se o cheiro que alguém exala é tão desagradável que o justifique, entra-nos em casa moderadamente o vídeo da conhecida operadora.
É raro (raríssimo mesmo) que qualquer meio publicitário consiga passar qualquer mensagem pequena que seja. Aliás, a publicidade foi criada com o objectivo de divulgar um produto ou serviço e se possível, incentivar a sua compra. É esse o objectivo de qualquer campanha publicitária, estabelecer a diferença apresentando ou divulgando novos produtos ou serviços.
Parabéns a quem concebeu o argumento para esse vídeo.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

O QUE HÁ DE MAIS CERTO


Nunca se falou tanto em envelhecimento e isso justifica-se num país onde o fenómeno é uma realidade actual. No entanto, além da morte, o que temos de mais certo é envelhecer a cada dia que passa. É uma características de quem não morre cedo.
Encarado como um processo natural resultante do desgaste dos diversos órgãos do corpo humano, outras teorias defendem que o envelhecimento já se encontra programado a nível genético.
Seja como for, todos caminhamos para lá e com o passar dos anos surgem inevitavelmente as chamadas rugas de expressão… Trata-se de um processo lento que acontece normalmente de forma gradual de tal modo que nem sempre o ser humano se apercebe que envelheceu. Com o passar dos anos a gente habitua-se a contornar dificuldades e a conviver com as limitações que vão surgindo.
Esta conivência entre o tempo e o natural envelhecimento do corpo é saudável e até necessária para que o processo se desenrole normalmente. O pior é quando a gente acorda muito além da idade cronológica. Aí o tempo deixou de colaborar, não houve o tal período de adaptação entre um estado e outro. O fenómeno exige mais tempo para se adaptar embora nem sempre a paciência esteja presente.

domingo, 1 de dezembro de 2019

SEGUNDO A TRADIÇÃO


De acordo com a tradição, nomeadamente a tradição cristã, a Árvore de Natal devia começar a montar-se no início do advento (30 de Novembro) e desmontar-se, no máximo, a 12 de Janeiro (este ano) visto que não há a certeza da data exacta do nascimento de Jesus …
Como já vem sendo hábito a árvore, artificial como convém, repousa ainda na caixa de cartão o seu longo sono anual. Na verdade, até se ponderou a hipótese de não a retirar da caixa onde repousa…
Por todos estes motivos, não se pode responsabilizar pelo referido atraso a árdua tarefa que constituiu a sua montagem e respectiva decoração. O facto teve mais a ver com a realidade de as crianças já terem crescido e possuírem a sua própria árvore de natal.
De facto, a árvore de natal faz-se presente em muitos centros comerciais, ruas e mesmo em casas particulares.
Só me resta ansiar que o espírito de natal se reflicta em cada bola que nela penduramos até que chegue a tão temida tarefa de guardar tudo até ao próximo Natal… segundo a tradição!
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