DIA DOS IRMÃOS

É o vosso dia mas nunca saíram do meu pensamento nem do meu coração. Onde quer que estejam, um grande beijo.

QUEM MANDA SÃO OS GENES

Há coisas que não dependem da vontade e não vão lá com dietas ou com outros ritmos de vida. Está neste caso o viver muitos ou poucos anos. Do mesmo modo, envelhecer, além de ser algo fatal, é principalmente uma questão genética. Diariamente somos confrontados com algumas pessoas que apresentam um aspecto jovem apesar da idade cronológica, enquanto outras, com a mesma idade, apresentam um aspecto bastante envelhecido.

O facto só comprova a importância do papel dos genes. Como explicar de outro modo os que resistem a doenças cardiovasculares bem como doenças do foro oncológico? Estas doenças não escolhem sexo nem idade e atacam cada vez mais frequência a sociedade contemporânea. Apesar destas ou sem doença nenhuma, há quem viva muitos anos, enquanto outros morrem muito cedo já não contabilizando os que morrem precocemente.

A natureza não é justa com ninguém…, mas também ninguém disse que era. Assim como não é possível a escolha dos pais, também não é possível escolher decidir os genes que vão orientar toda a nossa vida.

Há dias que, por muito que se faça, não se pode parar o envelhecimento contudo, não se envelhece evitando fazer seja o que for, envelhece-se por não fazer,… seja o que for.

Há dias assim.

ENTRE UM E OUTRO

Há pessoas de quem se gosta logo à partida e outras que se detestam sem qualquer razão aparente que pode residir no aspecto, ideologia ou nos atos diários, são pessoas que, embora desconhecidas, provocam aquela aversão que nos leva à rejeição.

Ninguém se fez nem ninguém tem culpa do que sente. Na maior parte das vezes sem qualquer razão que nos faça gostar ou detestar alguém.

Entre um e outro, como diz o povo, venha o diabo e que escolha. De um lado, a Praça que devia ser de Alegria se não fosse a tristeza que causa ver a luta inglória do apresentador contra o envelhecimento ignorando que é pago, em parte, com a contribuição obrigatória da taxa que todos pagam. É notório que não gosto do apresentador do tal programa que se considera uma vedeta insubstituível, pela atitude que tem manifestado em vários programas. Um dos defeitos é impedir que os convidados inclusive a “partenaire” de exprimir a sua opinião interrompendo com vivências pessoais que pouco interessam a quem assiste. Ao longo de vários dias, a minha aversão tem-se vindo a instalar, de tal modo que até o seu tom de voz me irrita.

Claro, que há sempre a possibilidade de mudar de canal e assim evitar essa presença desagradável mas, qualquer outro canal divulga exaustivamente as poucas notícias que vão surgindo bem como os números relativos à evolução do covid-19 em todo o país ou mais recentemente o desporto-rei. Entre o canal estatal e os demais, só encontro uma diferença, todos estão preocupados com as audiências, o que é natural até certo ponto.

VOLTAR AO ANTIGAMENTE

Quando se diz que se está ansioso por terminar este confinamento a que o covid-19 nos obriga, muita gente pensa na descoberta de uma vacina que venha a erradicar a existência deste vírus tendo em mente voltar ao “normal”, isto é, voltar à mesma vida. É como pretender reviver um passado que, por isso mesmo, não volta mais. Para muita gente, o confinamento não passou de uma curta pausa para seguir como dantes a mesma vida.

Poucos se aperceberam que nada será igual depois do novo coronavírus e, em nenhuma situação, é impossível regressar ao passado. Quer se descubra uma vacina, quer não, o confinamento veio apenas proporcionar um interregno para repensar a vida que se viveu e aprender a viver com a presença deste e de outros vírus que eventualmente virão. Atravessamos uma fase de aprendizagem que só poderá ser ultrapassada por quem assumir um novo “normal”, enfim, reaprender a viver.

A VACINA SALVADORA

As vacinas consideradas até hoje como algo vulgar, protege qualquer cidadão de muitas doenças infecciosas. Nunca foi tão ansiada a descoberta de uma vacina que permita resistir ao contágio do novo corona vírus. Graças às vacinas muitas das doenças infecciosas encontram-se actualmente erradicadas. Uma dessas doenças que grassava por toda a Europa era a varíola responsável por imensas mortes e, na melhor das hipóteses, as marcas que assinalavam a sua passagem através das cicatrizes que permaneciam por toda a vida. Deve-se a Edward Jenner que, em pleno século XVIII, descobriu uma  vacina que permitiu erradicar essa terrível doença.

Actualmente, as vacinas são bastante seguras tornando-se banais no dia a dia e que nos protegem contra inúmeras doenças infecciosas. Contra este sistema de protecção, surgiu em vários pontos do globo o movimento antivacina a meu ver incompreensível apesar dos argumentos que se formulam em sua defesa. Devido a estes comportamentos, muitas das doenças que se julgavam erradicadas estão de novo a voltar… Com efeito, sempre que uma grande parte da população deixa de ser vacinada, quem adere a esta teoria transporta consigo diversos agentes infecciosos entre eles o covid-19. Devido à facilidade com que se deslocam, muitos portadores assintomáticos de vários agentes infecciosos que dispersam por todo o mundo. Atendendo a facilidade da mobilidade, é lógico que se defenda a vacinação seja uma prática obrigatória, sempre que existe.

SOLIDÁRIO COM AUTARCAS DO NORTE

Não podia estar mais de acordo com todos os autarcas da região Norte que se manifestaram contra o desvio de rotas desta companhia não só pela drástica redução dos voos da TAP a partir do aeroporto do Norte mas porque considero que já contribuí bastante directamente com a perda de uma vida humana e indirectamente, com outra vida humana de alguém relacionado com essa perda.

Considero que, pela sua importância para o país, esta companhia devia ser nacionalizada e, como é óbvio, estou completamente contra a distribuição de subvenções por parte de uma companhia tecnicamente falida… Esta é a minha opinião e contra mim falo, aliás esta opinião não se encontra de todo isolada e só lamento que não suba os poucos degraus que a separam da rua até à AR.

A RESPOSTA MAIS À MÃO

São muitas as perguntas que, em silêncio, cruzam a nossa mente em busca de respostas que muitas vezes não se quer ou não se sabe responder. Na verdade, não existe uma resposta satisfatória para esta ou aquela questão que de momento nos aflora a mente. Apesar de misteriosa, a mente humana sabe muito bem o que faz e onde vai. Deste modo, muitas perguntas ficam sem resposta à espera daquela ocasião mais favorável que nunca acontece. Na prática, o que se verifica é que não existe uma única resposta para tantas dúvidas que assaltam a nossa mente assim como também não existe a pergunta correta.

Qualquer resposta que se dê não passa de um amontoado de palavras que não resiste a uma breve analise mas que diz muito sobre a mente que a produz atendendo a que ainda ninguém conseguiu desvendar totalmente a mente humana.

Para quê então procurar a resposta certa para qualquer pergunta?

Muitas vezes a resposta está mesmo ali ao lado, outras vezes, desconhece-se a resposta certa perante os imprevistos da vida.

De qualquer modo, não me canso de repetir que nada acontece por acaso, tudo tem um fim que, às vezes, é melhor desconhecer.

ECONOMIA OU SAÚDE?

Saúde publica e economia parecem incompatíveis na sociedade actual tal como ela está estruturada. É óbvio que privilegiar a saúde vai gerar inúmeros e enormes problemas sociais e económicos de difícil resolução. Por outro lado, ao privilegiar a economia, salvam-se muitos empregos e consequente a sobrevivência do comércio e da indústria. Era impensável o contrário.

Com o devido respeito pelo confinamento, o PM apareceu na TV a incitar as visitas ao pequeno comércio desde que com acesso directo à rua… preconizando um alívio das normas de saúde e realçando a importância da abertura gradual dos outros sectores. Perante este comportamento, impõe-se uma pergunta: Como defender a economia em detrimento da saúde da população?

Quando alguns líderes políticos mundiais, advertem para os efeitos negativos da política de saúde pública face à economia só há uma conclusão a tirar, a economia continua a ter um papel muito importante na sociedade atual. Como justificação desta atitude, alguns políticos declaram não ser possível, nem sustentável, relegar o lado económico o que seria mais desastroso do que a livre disseminação do novo corona vírus.

Com o tempo quente que assola todo o país, verifica-se que muita gente ainda acha que o distanciamento social provoca mais prejuízos do que qualquer outra medida que se tome em favor da saúde pública… Tais atitudes fazem com que se acredite que existe um dilema entre saúde e a economia, como se fosse possível optar entre uma e outra…!

A INFLUÊNCIA DA COR NOS COMPORTAMENTOS

Já lá vão alguns anos desde que Newton em obrigou a luz branca a passar através de um prisma. Com este procedimento, obteve as diversas cores constituintes entre elas, o vermelho que atrai os olhares mais distraídos. Não é à toa que esta cor seja adoptada nas capas dos tauromáquicas além decoração… O vermelho está presente nos estofos das cadeiras, cortinas, a colcha da cama passando pelos abajures dos candeeiros bem como numerosos e variados objectos decorativos. Também a maioria dos frutos apresentam esta cor tão chamativa.

É frequente dizer-se que quem gosta do vermelho é uma pessoa extrovertida e de fortes convicções o que nem sempre é verdade. Claro que penso a nível pessoal! Contudo é inegável que as cores têm grande influência no comportamento físico, mental e até emocional dos indivíduos. Não é indiferente as cores que se usam para decorar certos espaços. Basta observar o efeito que certas cores exercem no cérebro humano. Umas (as cores frias) acalmam enquanto que outras (cores quentes) são responsáveis pela maior atividade do ser humano.

Habitualmente mantenho um certo cepticismo relativamente à Teoria das Cores mas a sua escolha para a decorar espaços frequentados pela grande maioria do público leva-me a admitir que certamente existirá alguma relação entre o comportamento cerebral dos indivíduos e as diferentes cores.

AS CEREJAS JÁ CHEGARAM

Mais ou menos em meados de Maio, começaram a chegar timidamente as cerejas, um dos meus frutos predilectos talvez devido à cor a que ninguém fica indiferente. Toda a gente já ouvir falar nos benefícios do consumo de frutos vermelhos para o organismo mas, uns são mais benéficos do que outros.

Embora pequena em tamanho, a cereja possui enormes qualidades nutricionais que beneficiam a pele, o coração, os intestinos e também os olhos! Apesar do seu tamanho, cor e sabor agradável, há a tendência de consumir este fruto em excesso. Realmente é difícil parar de comer este fruto quer pelo tamanho, quer pelo gosto agradável e viciante.

Quando consumida em excesso, a cereja não faz assim tão bem, por ser um poderoso laxante pode provocar desidratação, dores abdominais além de outros efeitos que variam de pessoa para pessoa. Apesar da cor atrativa e do sabor, o consumo excessivo pode ainda libertar ácido cianídrico que provoca dor de cabeça, confusão mental e vómitos.

Além da sombra que oferece em pleno verão, a cerejeira conserva muitas das propriedades anti-inflamatórias e dietéticas dos seus pedúnculos usados no combate à cistite e o consumo moderado do fruto combate a chamada gota.

SENTADO À BEIRA MAR

Ali sentado, tendo apenas por companhia o mar e as praias desertas, tento escrever aqueles versos que andam lado a lado comigo mas que teimam em fugir do papel… Mais uma vez assumo a minha incapacidade de os aprisionar no papel. Sempre me assalta a mente a mesma pergunta jamais formulada, Que faço eu então ali sentado à beira-mar?!

À medida que a tarde avança e o sol, no seu movimento aparente, começa a declinar, mais uma vez me interrogo, que faço eu ali sentado embora, como sempre, conte só com a companhia do mar…

A certa altura já não vejo o mar, nem o sol, nem a gente que passa, apenas vislumbro os meus pensamentos além dos versos que sempre faço mas não consigo reter no papel. Indiferente a tudo à minha volta, sigo atrás do pensamento… Normalmente, o mais lógico era esquecer mas cada vez é maior a dor da saudade de todos os que partiram sem ao menos poderem dizer adeus. Dizem que o tempo apaga tudo tal como as ondas que morrem na praia, mas o pensamento é livre e vai onde quer.

Ali sentado, à beira-mar, cada onda que se espraia abre de novo a ferida que se pensava já estar curada.

Que faço então ali sentado à beira-mar…?!

FOTOGRAFIAS ANTIGAS

Fotografias são pedaços de papel amarelecido pelo tempo, exibem eternamente um sorriso que mostra uma alegria que, nem sempre, corresponde à realidade. São assim as fotografias umas mais, outras menos antigas mas todas não passam de breves instantes roubados à eternidade. Retratam apenas um momento, a máquina fotográfica capta apenas um breve instante, um estado de alma momentâneo que não se repete e nada mais.

basculhando armários e álbuns antigos raramente abertos, encontrei fotografias bastante antigas. Esses álbuns contêm fotografias que incitam a recordar momentos do passado, geralmente felizes duma vida que deixa, positiva ou negativamente, alguma saudade.  Mas, por que testemunham apenas breve instante, retratam a mentira que se esconde atrás de cada sorriso!

As fotografias são assim, possuem o estranho poder de eternizar momentos que às vezes nem o próprio recorda!

Atrás de cada sorriso, encontra-se uma vida que se perpetua para toda a eternidade.

E o sorriso ali está a recordar um lugar, uma disposição, verdadeira ou falsa mas apenas de um instante.

UM BOCADINHO DE INVEJA...

Agora deu-me para observar quem entra e quem sai, uns deslocam-se com o auxílio de muletas outros, na melhor das hipóteses, ostentando algum membro engessado…! Sem contar os que parecem normais. Nessas alturas eu penso, há sempre alguém pior, situação que me leva a agradecer sinceramente o que me foi permitido. Por o outro lado, a facilidade com que alguns idosos se deslocam, despertam uma pontinha de inveja…

Por muito que me custe há que aceitar que nada nem ninguém voltará a ser o mesmo. Quer se queira, quer não, somos obrigados a mudar e por mais que se resista cabe à vida a última palavra, é ela quem manda. O tempo passa, a vida dá muitas voltas e nada permanece igual. A vida segue sempre em frente indiferente a qualquer dúvida não deixando outra alternativa que não seja correr atrás dela.

Tudo muda, pode demorar mas muda. A vida muda mas nós também mudamos o que é normal porém, qualquer mudança, revela novos caminhos a perseguir. Só deste modo se compreende que imitar os outros não contribui minimamente para a nossa felicidade apenas permite avaliar o que realmente contribui para a nossa felicidade. Existem muitos caminhos que conduzem até à felicidade, mas é preciso descobrir qual deles conduz ao fim que almejado.

É pena que só depois de muitos tombos a vida, como por encanto, dá as respostas desde sempre procuradas.

OS IMPREVISTOS DA VIDA

Há frases e textos que, imprevisivelmente nos vêm parar às mãos vindos não se sabe de onde mas que obrigam a uma reflexão mais detalhada de quem os recebe. Não sei de onde nem como me veio parar às mãos, nem tampouco conheço o seu autor. O facto é que o texto ficou profundamente gravado e quando o releio, parece mesmo meu, isto é, podia ter sido eu a escreve-lo. Com o correr do tempo e das voltas que a vida dá, De repente, tudo vai ficando tão simples que até assusta.

A gente vai perdendo necessidades, vai reduzindo a bagagem.

As opiniões dos outros, são realmente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós; não têm importância.

Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada. E, isso não faz a menor falta.

Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado e sim a vida que cada um escolheu experimentar.

Por fim entendemos que tudo o que importa é ter paz e sossego, é viver sem medo, é fazer o que alegra o coração naquele momento.

Há certos momentos em que o texto, embora pequeno, parece uma orientação de vida que todos deviam adoptar.

Há dias assim.

O RISCO DE CONTÁGIO

Quando se fala em contágio vem-nos logo à ideia qualquer doença que se transmite de pessoa a pessoa. Até agora, o caso mais frequente nessa época do ano era a gripe que podia transmitir-se através de objectos contaminados, de um espirro ou de um simples aperto de mão. Felizmente, contra a gripe, existem vacinas que nem sempre são eficazes devido às mutações que o vírus executa. De um dia para o outro, além da gripe, surgiu o corona vírus para o qual ainda não há vacina nem tratamento eficiente. O contágio não é a única manifestação de doença, há outras manifestações que são consideradas benéficas para o organismo. É o caso do riso.

Também o riso é contagioso, propaga-se através de uma única pessoa a tudo e a todos ao seu redor. Pode considerar-se como o principal responsável da bem conhecida sensação que contribui para prevenir o aparecimento de muitas doenças. Observar por perto alguém a rir origina a uma reacção, mais intensa, de quem a vê.

Não se sabe bem porquê mas não se consegue evitar, pelo menos, um sorriso! Vários investigadores já tentaram explicar esta reacção e concluíram que ver alguém a rir activa determinados neurónios. Mesmo o dia mais negro, através do riso, pode transformar-se num maravilhoso dia de sol.

AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ

A vida dá muitas voltas e, o que ainda ontem era tradição, hoje deixou de o ser. Cada uma das expressões populares, retratam a própria vida a brincando ou retratando cruamente a realidade. Nesses casos que se verificam no presente, salvo qualquer alteração do eixo terrestre os dias têm vindo a “crescer”. Diz o povo e tem razão (?) que depois do Natal, um saltinho de pardal. Com esta expressão, os antigos queriam dizer que os dias, pouco a pouco, começam a “crescer” e, por consequência, as noites a diminuir…

Para entender e começar a respeitar cada ditado é necessário recuar até aos povos antigos que regulavam todas as actividades humanas por estas expressões feitas de sabedoria e experiência acumulada…

Quem fala em pardais, há um outro ditado que muito me agrada por razões óbvias, Janeiro fora, mais uma hora.

Face à incerteza do tempo que se faz sentir, é normal que se ande preocupado com o tempo esquecendo, gradualmente, a razão que nos mantém confinados em casa. Contam-se já os dias que faltam para que a vida recomece em parte… Sabe-se que o frio diminui a eficiência do sistema imunitário que permite a este (covid-19) e a outros vírus e a propagação de doenças infecciosas. É certo que o organismo consegue adaptar-se a pequenas variações da temperatura que se verificam ao longo do dia e também com a idade.

Devido à respectiva fragilidade, as crianças e os idosos são os que se ressentem mais com estas variações.

EM DEFESA DOS OVOS

Uma das “modas” alimentares por que passou, o ovo foi considerado um alimento a banir por contribuir para o aumento do colesterol. Após várias fases, abriu-se uma excepção permitindo que se ingerisse apenas um ovo uma vez por semana…

Apesar de ainda estar longe, o dia internacional do ovo (sim porque também tem um dia) celebra-se a 9 de Outubro, por ser o meu alimento preferido, resolvi assumir a sua defesa. Por ser rico em proteínas, o ovo possui um alto valor nutricional. Fornece uma grande quantidade de vitaminas salientando-se a vitamina A, vitamina B2, vitamina B12 e vitamina E. A gema do ovo é rica em gorduras monoinsaturadas bem como o célebre Ómega 3. Também a clara, por ser rica em albumina, desempenha um papel muito importante para quem pratica exercício físico. Após várias transformações no nosso organismo, contribui para o aumento da massa muscular. É um precioso auxiliar da memória aumentando a actividade cerebral por ser rica em colina.

Devido a estas qualidades, o ovo é considerado um poderoso antioxidante pois fornece alguns carotenoides e vitaminas A e E além de ácido fólico e magnésio que protegem as células.

Sem esquecer que o ovo (de chocolate) é um dos principais símbolos da Páscoa…

DOENÇAS E MALEITAS

Para os mais novos, o termo “maleitas” não faz grande sentido na medida em que ignoram do que se trata. O desconhecimento do verdadeiro significado da palavra também não é muito comum na minha geração. Tendo crescido no meio deste e de outros termos, habituei-me a atribuir-lhe um significado nem sempre real. Naquele tempo, falar em maleita era o mesmo que falar em doença da qual ninguém está livre. Efectivamente, a doença pode atacar qualquer um, mesmo aqueles que à primeira vista parecem ser os mais saudáveis.

Para que se considere que um indivíduo está doente basta que qualquer órgão  deixe de executar inteiramente a tarefa para a qual foi concebido ou então quando a função mental não corresponde aos padrões considerados normais. Não é necessário despender muito tempo em pesquisas para ficar a saber se se está ou não doente para isso, basta não ter saúde… Qualquer mania ou vício, hoje em dia, é considerado uma doença.

Independente do contexto, não se pode baixar a guarda, a doença pode atacar qualquer um em qualquer momento e em qualquer formato. Seja qual for a doença, covid-19 ou outra, felizmente ela ocupa e preocupa vários cientistas que em todo o mundo procuram minimizar o efeito de diversas maleitas.

CAUSAS DA TREMIDEIRA

Existem diversos motivos para tremer mas, nem sempre o frio é o responsável. Muitas vezes, o tremor que nos assalta pode ter outras causas sendo uma delas é o frio. Tremer pode ser também uma reacção normal ao sentimento de medo ou então a outras causas que não se devem ignorar porque são sinais de que algo não está bem com o nosso organismo.

Tremer como varas verdes na ausência de qualquer doença é evidentemente devido ao frio. É a ele o causador das mãos geladas e aquela sensação de frio que se espalha por todo o corpo … Mas tremer pode até ser vantajoso para o organismo, a contracção muscular provoca um aumento da temperatura.

Contudo, na ausência do frio, tremer pode ser uma reacção a doenças bem mais sérias. Convém não ignorar essa "tremideira". Muitas doenças manifestam-se através de tremor acompanhado ou não, por dificuldade de equilíbrio. Note-se que, com o avançar da idade, tremer de frio é absolutamente normal. A perda de gordura que protege contra o frio, pode ser uma explicação para esse tremor.

REAPRENDER O QUE JÁ SE SOUBE

Parece uma tarefa fácil para quem já sabe mas andar, por se tratar de um ato espontâneo, não é. Para qualquer adulto de boa saúde, andar pode até ser fácil, tão natural que nem ocupa o pensamento. Na realidade, (re)aprender seja o que for, é uma tarefa árdua principalmente quando se repete algo que já se realizou facilmente. Apesar de ser uma fase normal no desenvolvimento de qualquer indivíduo, andar representa mais um passo em frente no sentido de adquirir a almejada autonomia. Perante esta realidade é lógico que se pense que andar não exige grande dificuldade visto que até qualquer criança realiza esta tarefa com maior ou menor dificuldade. Para ela é o primeiro passo festejado por toda a família como uma grande proeza! Já para um adulto, a tarefa exige algum autodomínio, concentração e sobretudo, muita persistência. Reaprender a andar é muito importante que um adulto mas, mais importante, é reaprender a viver…

Há valores que se consideram garantidos mas que deixaram de fazer sentido ao ganhar outro valor e, a cada passo, podem ser motivo de alegria ou de choro mas, nunca de desistir

MITOS E FACTOS

Esta pandemia leva a que se veja mais televisão e que se permaneça mais tempo no sofá o que não é aconselhável. Através da televisão e também presencialmente, tenho verificado que ainda muita gente não sabe ou não quer usar correctamente a máscara deixando o nariz desprotegido e nem se fala em guardar a distância social recomendada de 2-3 metros.

No momento actual, a principal preocupação é como “escapar” tanto a vírus como a bactérias que nos perseguem por todo o lado e em tudo que fazemos.
Esta preocupação que persiste é como aumentar as defesas do organismo contra o covid-19? Perante esta pandemia circulam vários mitos agora que se dispõe das redes sociais para os divulgar. É comum pensar que cumprir as regras de higiene é o bastante para fortalecer o sistema imunitário mas não basta. Efectivamente, lavar frequentemente as mãos diminui a transmissão do vírus, é essencial usar correctamente a máscara principalmente em recintos fechados por indivíduos saudáveis e sempre pelos doentes e infectados. A pratica demonstra que uma alimentação equilibrada ajuda o sistema imunitário. Também o exercício físico é aconselhável visto que a actividade física fortalece o sistema imunitário.

Além destas medidas, o medo e o stress contribuem para uma diminuição no desempenho eficaz do sistema imunológico. Na falência do sistema imunológico, o Covid-19 manifesta-se através da obstrução ou corrimento nasal persistente, perda de olfacto ou do paladar. São sintomas alarmantes a tosse seca acompanhada de dificuldade em respirar bem como a dor de cabeça e febre são motivos suficientes para justificar o recurso dos serviços de saúde.

DAR OU RECEBER, O QUE É MAIS GRATIFICANTE?

Há dias em que é preciso presentear alguém que se conhece mal ou que não figura na nossa lista das pessoas de quem se gosta. Nessas ocasiões, compra-se qualquer coisa e já está, a obrigação foi cumprida. O que interessa é oferecer qualquer coisa e, às vezes, é desesperante encontrar algo que se relacione minimamente com a pessoa a obsequiar.

Na maior parte das vezes somos contemplados com a oferta de coisas que se oferecem por obrigação de acordo com a característica do momento. Como oferta, procura-se algo que não sobrecarregue muito o orçamento familiar, sem atender à personalidade da pessoa que se pretende homenagear.

Convenhamos que não é fácil encontrar algo relacionado com a pessoa em questão. No entanto há tantas coisas que se podem oferecer e que provocam aquela alegria gratificante e não há nada que cause mais prazer do que dar sem esperar receber seja o que for!

A vida é cheia de pensamentos negativos e repleta de pessoas ainda mais negativas mas se compara ao prazer de dar sem esperar retribuição nada.

O PRIMEIRO AMOR

Um ditado (mais um) fortemente enraizado na memória popular é aquele que preconiza, não há amor como o primeiro.

Talvez por ser o primeiro, é normal que se recorde mas isso, depende das razões… É indiferente ser o primeiro, o segundo, o terceiro,… não importa o momento em que surgiram, todos adquiriram o lugar que lhes compete embora nem todos fiquem gravados na memória.

É natural que se atribua maior importância ao primeiro amor, mas todos os amores são diferentes na sua essência, independente do número em que surgem. Há amores que ganham um lugar muito especial.

Apesar da distância, não importa se perto ou tão longe que só a memória os consegue alcançar, serão eternamente o tal primeiro amor já que os outros não contam. Nas cambalhotas em que a vida é perita, qualquer afastamento, independentemente da distância, há sempre alguém que fica mais perto.

A NOSSA ORIGEM

Para a questão De onde vimos? existem inúmeras respostas cujos autores, embora convencidos da verdade, não convencem muita gente. À pergunta, Para onde vamos? A resposta torna-se ainda mais difícil. São muitos os que já tentaram fornecer uma resposta adequada a esta questão que já provocaram inúmeras polémicas.

A leitura do livro “Origem” decepcionou-me. Demasiado pormenorizado o que revela, sem dúvida, uma enorme e honesta pesquisa, o livro foi difícil de “tragar”… Pode ser que o momento actual tenha influenciado negativamente a leitura na medida em que o confinamento deixa muito tempo livre, exige também respostas imediatas. O livro, escrito por um autor consagrado (Dan Brown) cujo primeiro livro adorei, foi difícil de ler na íntegra mas lá consegui, ao fim de vários meses. Através desta leitura fica-se a conhecer melhor cidades como Bilbau, Madrid e Barcelona e para quem não as conhece ou pretenda recordar é uma óptima opção e um ponto positivo deste livro… A história anda à volta da busca de uma password que o autor assassinado leva para o túmulo. Quanto ao príncipe Julian, há uma certa analogia com o atual dirigente dos destinos do país…

OLHAR O CÉU

Só ao fim de muitos anos é que me apercebi que, no dia-a-dia, raramente erguia os olhos do chão para olhar o céu. Houve um tempo em que se justificava, focava o nível do chão por usar óculos bifocais que permitiam contornar os diferentes “obstáculos” que se encontravam no caminho (buracos, passeios estreitos, trânsito em contramão habitual na rua onde moro bem como os dejectos caninos abandonados por todo o lado, …

Actualmente, livre dos óculos, dei por mim a contemplar o céu que afinal sempre esteve lá sobre a minha cabeça tingido das mais variadas cores que se possam imaginar ou simplesmente de um azul… celeste. Apesar da altura irregular dos edifícios e das ruas mais ou menos estreitas, existe sempre um céu lá no alto à espera de ser contemplado. Tomar consciência deste facto, seguramente torna a vida menos sombria, menos cinzenta. Até o “astral” melhora ao erguer os olhos do chão dirigi-los para o céu. Fica o aviso, não cura todas as dores… mas ajuda.

Numa época  em que a crise económica causada por um vírus invisível ou seja lá por que raio for, mas que teima em nos separar do que dá mais prazer e de quem mais se gosta, uma coisa nos consola, ainda nos resta olhar o céu…!

DEMITIR, ESTÁ NA MODA

Tal como a moda, tudo que é efémero passa, o que agora é considerado normal, amanhã talvez não seja.

Hoje em dia, a moda é demitir a qualquer preço. Quando algo corre mal, os implicados saem à rua e, altos brados, pedem a demissão seja qual for o dirigente. A demissão faz parte da democracia e justifica-se devido à corrupção que alastra vertical e horizontalmente. Acho que, qualquer profissional, seja ele quem for, devia permanecer no cargo e obrigado a repor o que subtraiu sendo finalmente demitido.

Geralmente, a corrupção envolve elevadas quantias com a agravante de se tratarem de dinheiros públicos. Por falta de “provas” os juízes, quando muito, demitem o indivíduo em questão do cargo que ocupa. Na prática, não lhes acontece nada a não ser a famigerada demissão em vez de serem obrigados a repor integralmente o que desviaram. Na maioria dos casos, espera-os outro cargo melhor remunerado enquanto a sociedade, com o passar do tempo, “esquece” o facto.

Substituir um indivíduo por outro, igual ou pior, não resolve nada mas, como está na moda, há que demitir o indivíduo em causa.

COMO ESTAR SEMPRE NA MODA

Não é fácil acompanhar a moda porque esta varia ao longo do ano de acordo com as estações e até do tempo que faz se bem que regresse, muitas vezes, ao modelo original.

Timidamente, apesar do fim do estado de emergência que deu origem ao estado de calamidade, o pequeno comércio expõe nas suas montras as novas tendências da moda do vestuário e claro, também da alimentação. Isso vem lembrar a volatilidade das modas. No que se refere à alimentação, houve um tempo em que os peixes gordos eram pouco saudáveis, a carne vermelha competia com a carne branca além de outros alimentos que agora não me vem à memória. Como todas as modas, variam e portanto são passageiras não pondo em causa as pesquisas científicas que as sustentam. Não significa que duvide da ciência ou dos cientistas mas, como todas as modas, também esta é variável… Atendendo ao facto, é admissível que os stocks das grandes superfícies acabem por  se ressentir.

Perante esta realidade, deve prevalecer  o benefício da dúvida e a informação do utente. O que hoje é prejudicial, amanhã pode ser benéfico e vice-versa.

ALTERAR ROTINAS, É PERIGOSO?

Durante muitos anos fui de opinião que era algo a evitar a todo o custo. Qualquer tipo de rotina só servia para que o tédio se instalasse definitivamente na vida. As rotinas sobrevivem graças a mentes limitadas e pouco receptivas a qualquer mudança necessária à evolução caso contrário, ainda estaríamos a viver nas cavernas.

Apesar de tudo, há rotinas que se devem preservar pela sua utilidade. Finalmente compreendi que, até certo ponto e dentro de determinados limites, as rotinas  são necessárias e podem trazer grandes benefícios na medida em que facilitam a realização daquelas tarefas mais enfadonhas como, por exemplo, estabelecer um horário plausível para as refeições, uma hora aceitável para deitar, uma hora aceitável de acordar além de outras actividades físicas e biológicas. Outras rotinas só servem para prejudicar a nossa vida contribuindo para que o tédio se instale a vários níveis tornando-a tão previsível que perde todo o interesse em ser vivida. São rotinas a combater e eliminar.

Não sou contra as rotinas mas, como disse, há que ser cauteloso quando se alteram. Certas alterações originam alterações no ritmo biológico promovendo a confusão total ao nível do pensamento.

VOLTAR À ESCOLA

Pensar que tudo está resolvido, que tudo ficou para trás e que não volta a repetir-se é ser muito optimista ressalvando aquilo que volta do passado recente ou mais longínquo. Agora que tanto se fala no ensino à distância, no renascer da velha telescola e nas aulas presenciais, recorda-me o meu primeiro dia de aulas. Tenho ainda bem presente aquela ansiedade receosa perante o desconhecido, o enjoo matinal que me impedia saborear o parco pequeno-almoço, a fotografia que ficou a assinalar a importância desse dia…

Mais tarde, como pai e avô, reapareceu a mesma angústia com origem na incerteza de cada vez que um dos deles principiava a vida escolar.

Finalmente, com os filhos criados, esperava poder respirar de alívio e não voltar a sentir aquela velha angústia… Mas não. Ainda não foi com o fim de semana que terminou o estado de emergência que essa sensação de angústia terminou perante o estudo à distância, a reabertura dos jardins de infância etc,… Nem quero relembrar a dor quando os pequenitos nos olham com aquela carita como quem pede socorro fazendo-nos sentir remorsos por os abandonarmos aquele destino…

DIA DA MÃE

Toda a gente já sabe que não festejo habitualmente nem celebro seja que Dia for mas este, por ser um dia especial, não podia deixá-lo passar em branco. Jamais esqueceria o dia dedicado a todas as mães.

Durante muitos anos o Dia da Mãe foi celebrado a oito de Dezembro, mas acabou por transitar para o primeiro domingo de Maio onde se fixou. A mudança de data, teve uma certa lógica, não é neste mês que se homenageia a Virgem Maria, mãe de Jesus?

Quem nunca aderiu a esta mudança foi a minha irmã que sempre celebrou no dia 8 de Dezembro. Como os filhos mais novos aderiram à mudança de data, a mãe passou a ter dois dias de festejo em meses diferentes.

Com o passar do tempo, é frequente lembrar-me daquela que deu luz à minha existência. O dia, quer se trate do mês de maio ou Dezembro, era assinalado com o oferecimento de uma flor. Por isso, onde quer que estejas, aqui fica a oferta de um cesto cheio de flores.

VENTOS DE MUDANÇA

Com o fim do estado de emergência às 24 horas de sábado e o início do estado de calamidade às 0,0 horas de domingo, todos os olhos e ouvidos dos portugueses estavam postos na declaração do PM. Aguardava-se um vendaval e afinal só soprou uma leve brisa. Algumas regras do estado de contingência foram levantadas enquanto outras serão libertadas por fases ao longo do tempo dependendo do civismo de cada português... A maioria das pessoas ainda não compreendeu que as medidas de contingência são para durar e cumprir, não contando com a ignorância da algumas pessoas no que concerne a regras de higiene que já deviam estar enraizadas em cada um.

Manifestando a meu repúdio à frase tudo vai ficar bem e um certo pessimismo da minha parte baseado naquilo que tenho observado através das imagens televisivas de vários canais, os “bons” serão sempre bons, os “maus”, vão continuar a ser maus e os “burros”… serão mais burros por medo do futuro, ignorância, necessidade de subsistência, os mesmo que apoiaram a ascensão dos loucos que presidem ao destino de grandes países sem o mínimo respeito pelas carências dos respectivos cidadãos e que agora não sabem como derrubá-los.

Sem dúvida que um grande “embate” da vida como uma doença ou outra razão qualquer não é suficiente para alterar comportamentos, principalmente a nível mental…

HOJE CELEBRA-SE O DIA DO TRABALHADOR

Não sou muito dado a celebrações nem homenagens, salvo raras excepções, datas que não deviam ser esquecidas durante o ano. Reconheço que estes “dias” são úteis para relembrar aquilo que nunca devia ter acontecido e que jamais se resume a um só dia.

Todos os anos se celebra O Dia do Trabalhador no primeiro dia de maio contemplado como feriado nacional. Em Portugal, a data só começou a ser celebrada em 1974 por razões óbvias, depois da Revolução do 25 de abril. Para quem não sabe, a celebração desta data remonta ao primeiro dia de maio de 1886 quando os trabalhadores saíram pacificamente à rua para reclamar a redução do dia de trabalho para as oito horas. Evidentemente que a ideia não agradou aos dirigentes da época e a polícia “carregou” nos manifestantes dando origem a uma onda de indignação na opinião pública de quase todo o mundo. Mais tarde, em 1889, o Congresso Operário, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores.

Como todos os anos, o primeiro de maio aproxima-se e com ele, para muitos portugueses mais um feriado, uma oportunidade para sair, espairecer. Ainda por cima o feriado, este ano, calha numa sexta feira, convidativo a saídas mais prolongadas. Neste período de confinamento e devido às medidas de contingência já declaradas pelo PM, vai ser difícil manter os portugueses confinados em suas casas. Cada saída por ignorância ou inconsciência, é mais uma possibilidade de infectar muitos dos que com ele se cruzam e, posteriormente a família mais próxima embora estes indivíduos não apresentem qualquer sintoma de que estão infectados.