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terça-feira, 30 de abril de 2013

O ÚLTIMO DIA DO MÊS


O último dia do mês, do ano, de férias… seja lá do que for, normalmente jamais é celebrado. Também não festejo o dia de hoje, o último dia de Abril. Este foi um mês de frio intenso, muita chuva e vento forte que causaram grandes catástrofes. Foi um mês verdadeiramente deprimente em todos os sentidos.
Já o primeiro dia do ano, do mês, de férias… costuma ser festejado euforicamente. Em suma, os últimos nunca ou raramente são objecto de festejos. Resta a consolação de que “os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos” (Lucas 13:24-30). Será?
De repente, ocorre-me que sou o último de três irmãos e o último que sobrevive da minha pequena família (pai, mãe e irmãos). Talvez, por isso mesmo, não tenha sido festejado…
Há dias em que (quero) acreditar que “os últimos serão os primeiros…”. Dá um certo conforto, embora momentâneo.
Há dias assim…

segunda-feira, 29 de abril de 2013

GOSTO DO AVÔ

Ontem fomos convidados para um almoço em casa de minha filha. Como sempre servido com requinte e bom gosto. Quem ficou radiante com a presença dos avós, foi o Miguel. Como sempre me interrogo o que o faz gostar tanto da minha companhia. Se tempos houve em que me era difícil encontrar resposta lógica para esta questão, hoje consigo quase imaginar o que o pequenito responderia se se desse ao trabalho de procurar uma resposta... Contudo, consigo imaginar que seria mais ou menos assim:
Gosto do meu avô porque me faz rir… raramente ou nunca, me faz chorar
Brinca comigo como se fosse um dos meninos do meu infantário…
Gosto de jogar com ele ao “esconde-esconde”… saltar os “buracos do passeio”…
Gosto de lhe dar a mão (faz-me sentir protegido) e passear com ele na rua ou no shopping.
Acho que o conheço há muito tempo… de outros tempos…
Por isso escolhi a mãe e o pai… Só para estar perto dele.
Vou ter saudades quando ele tiver que partir… mas ficará comigo a recordação destes momentos felizes que com ele vivi.
Quando se ama alguém intensamente, é fácil adivinhar o que lhe vai no coração… adivinhar as palavras que nunca ou raramente são ditas… As tais palavras que nunca te direi
Estas são as palavras que adivinho, ditas pelo Miguel… através de mim!

sábado, 27 de abril de 2013

IMPOSTOS


Aqui está um fim-de-semana em grande…! A preencher o IRS via Internet  E não é que já lá estavam registados os rendimentos de cada um dos cônjuges bem como os descontos efectuados assim como os juros pagos pelas prestações da casa…! Assim fosse com os políticos e alguns profissionais liberais e…
Bem, posto isto, só me restou verificar e acrescentar as despesas de saúde e finalmente, validar e submeter. Tudo em ordem, a declaração foi aceite. Agora é só aguardar e pagar…
Mas o cumprimento das obrigações fiscais não se fica por aqui. Falta-me ainda pagar a primeira prestação do IMI o que irei fazer só amanhã. Quanto mais tarde melhor. Para quê encher os cofres do estado com o meu dinheirinho já que parte dele será para pagar as mordomias dos políticos?! Por isso, quanto mais tarde, melhor!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

QUALIDADES VS DEFEITOS

Eu sei que os meus amigos sabem que eu sei as minhas qualidades. Mas será que eles sabem que nem sempre reconheço os meus defeitos?
Um dia li algures que para se conhecer bem os nossos defeitos, é preciso primeiro conhecer bem as nossas qualidades. Na minha opinião conhecer as qualidades é quase tão difícil como reconhecer os defeitos. Esse mesmo artigo dizia que para reconhecer os nossos defeitos e qualidades, é preciso ficar atento ao que nos incomoda à nossa volta e o que em nós incomoda os outros. Sugeria o mesmo artigo que se fizesse uma lista dos defeitos e qualidades o que, além de ser uma boa terapia, seria também uma excelente forma de trabalhar os defeitos de forma a melhorar o convívio e tirar maior partido das qualidades.
Assim, um exercício honesto de atenção irá seguramente levar-me a reconhecer alguns dos meus piores defeitos:
As vezes, sou arrogante, sarcástico e irónico, principalmente com pessoas que mal conheço e que talvez não mereçam este tipo de comportamento;
Por vezes, sou extremamente intolerante com ideias irracionais ou que considero idiotas principalmente de pessoas de idade avançada ou de alguns jovens.
Tenho imensa dificuldade em me sociabilizar devido à minha baixa auto-estima.
E pronto, está feita a minha terapia. Agora é só trabalhar estes defeitos de forma a tornar-me uma pessoa melhor…

quinta-feira, 25 de abril de 2013

GLICÍNEAS (EM VEZ DE CRAVOS)...


Em vez de cravos, foi dia de glicínias… Finalmente um dia de calor (a sério). Ontem, perante a perspectiva de um dia de sol, o que se veio a confirmar, rumámos até à casa da praia. Depois de uma noite de um sono profundo devido ao silêncio do campo, acordámos cheios de energia cerca da 8 horas. Conforme o anunciado, lá estava o sol radioso o que nos fez saltar da cama e depois da toilette matinal foi o momento de procurar um café aberto para tomar o pequeno-almoço. Em Esposende é difícil encontrar um café aberto, quer na marginal ou na foz do rio, antes das 10 horas. Enfim, depois de bater com o nariz em vários cafés ainda fechados, dirigi-me para o centro onde existem alguns cafés muito simpáticos com fabrico próprio de algumas especialidades em doçaria. Com o estômago mais aconchegado regressámos a casa onde uma tarefa, há muito adiada devido ao mau tempo, me aguardava. Com efeito, há muito que tencionava podar e guiar as pernadas da glicínia sobre as portadas da sala. Empoleirado no escadote lá consegui suspender as pernadas ainda floridas da glicínia não sem sofrer uma boa suadela que o sol às 11h30 era mesmo quente. Fiquei satisfeito com a minha obra e vai de descer do escadote porque entretanto o Miguel tinha chegado acompanhado dos pais. E para não variar, fomos todos ao restaurante Lima onde nos aguardavam uns filetes de pescada fresquíssimos. Depois de tudo arrumado regressámos todos ao Porto já que amanhã é dia de trabalho.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CURSO PARA PEÕES


Há dias fui levantar no correio a minha carta de condução cuja renovação já tinha requerido em Fevereiro. Para a renovação, além do requerimento devidamente preenchido, fizeram-me tirar uma foto a cores com fundo uniforme. Não compreendo esta exigência porque a foto que aparece na carta de condução é a cinzento e branco (sujo) em que mais pareço um foragido de Alcatraz. Enfim, coisas da burocracia instalada no nosso país…
Não se pense que discordo desta nova lei que obriga à renovação da “carta” de acordo com a idade. O espírito da lei é correto. Há que averiguar se o condutor ainda se encontra em condições físicas de continuar a conduzir. Na prática, este procedimento acaba por ser utópico. A grande maioria das pessoas de idade não se encontram em perfeitas condições físicas para conduzir devido à degenerescência das suas capacidades quer como consequência da idade, doença ou efeitos secundários da medicação tomada. Mas, apesar desses condicionalismos, lá conseguem um atestado médico que comprova o bom estado de saúde…
Perante o comportamento de alguns peões nas chamadas “passadeiras” surgiu-me a ideia de que, do mesmo modo que o condutor é obrigado a sujeitar-se a um exame para poder conduzir, os peões também deveriam sujeitar-se a um curso para circularem em segurança na via pública. Todos os dias constato com alguns peões que se deslocam no passeio e, ao chegar a uma passadeira, atiram-se literalmente para o meio da rua. Vá lá o automobilista adivinhar que o indivíduo vai atravessar e não seguir em frente… O peão deveria ser informado de que para atravessar uma faixa de rodagem sem semáforos, além de o fazer apenas nas passadeiras, devem certificar-se de que existam condições de segurança para o fazer. Isto significa que o peão deve manifestar a intenção de atravessar deixando passar o automóvel mais próximo e só depois atravessar em toda a segurança para ele e para o automobilista. É certo que existe legislação no Código da Estrada (artigo 101.º) que define os cuidados a ter pelo peão antes de atravessar a faixa de rodagem mas será que todos os peões têm conhecimento deste artigo?
Claro que agora se vão levantar vozes de peões argumentando que muitos automobilistas não respeitam as passadeiras e a prioridade dos peões. Admito que é verdade e também tenho constatado essa situação… Também sou peão!

terça-feira, 23 de abril de 2013

MUDAR DE VIDA

Há dias em que a gente toma consciência que está na hora de mudar de vida, qualquer que seja a nossa idade. Nunca é tarde para dar uma volta à nossa vida. Nem que seja uma volta de 360º e regressar exatamente ao ponto de partida… mas, pelo menos, demos uma volta! Contudo, se é tempo de mudar, que seja uma volta de 180º. É o que preciso de fazer relativamente ao meu pequeno-almoço. Tenho reparado que em chegando às 12h começo a ficar irritável e em grande agitação. Atribuo esse mal-estar à fome. Está provado que a fome provoca este estado de irritabilidade e falta de concentração… Como nem sempre a minha mulher tem um horário que nos permita almoçar por volta do meio-dia, acabo por almoçar entre as 13h e as 14h o que para mim, é muito tarde. Tudo isto por culpa da má alimentação que faço relativamente ao pequeno-almoço. Concretamente, o meu pequeno-almoço resume-se a uma chávena de café com leite seguida de um café no estabelecimento da esquina da rua… Claro que em chegando às 12h o organismo reclama “combustível” para produzir a energia vital.
Há dias em que se toma consciência que é urgente mudar de vida, nem que seja apenas ao nível do pequeno-almoço…
Há dias assim…

segunda-feira, 22 de abril de 2013

UM DOS MEUS TOC


Este domingo fiquei por minha conta enquanto minha mulher foi visitar os pais à aldeia. Por isso, tive que pensar e fazer o meu almoço e jantar. Não me dá grande prazer ter que fazer refeições em casa principalmente quando sou eu a cozinhar. E não é pelo trabalho de cozinhar porque isso, até me dá prazer. Também não vou muito além de fritar umas batatas, estrelar um ovo, cozer esparguete ou batatas e abrir uma lata de atum… O desprazer está em arrumar a cozinha. Embora não seja muito desarrumado, devido à minha “mania” (não será mais um TOC?) do perfeccionismo, acabo por comer de prato na mão enquanto vou metendo alguma louça na máquina, coloco o lixo no respectivo recipiente, limpo os balcões e entretanto termino a minha refeição de prato na mão… que logo de seguida enfio na máquina de lavar juntamente com os talheres e copo.
Já agora que se trata de preparar refeições práticas, vejam como é fácil, com alguns espargos, um ou dois morangos, um ovo cozido, salsa e uma folha de alface incentivar os mais pequeninos a ingerirem vegetais…

ALTERNATIVA OU ALTERNÂNCIA?


Na passada sexta-feira, dispus-me a “perder” algum tempo a ouvir o líder do PS a falar na festa do 40.º aniversário do PS em Coimbra. Mais uma vez, insistiu na necessidade de uma alternância (reparem que não escrevi alternativa) do Governo. Com efeito, há anos que vivemos nesta alternância do poder entre o PSD e o PS. No decurso da sua oratória, o líder do PS voltou a afirmar a urgência de acabar com as medidas de austeridade. Mas nada adiantou sobre a maneira de nos livrarmos das malditas medidas…Diga-se em abono da ética que numa parte final do discurso acabou por admitir que o estado do país não é só da responsabilidade deste Governo. Ficou-lhe bem esta declaração. Contudo, começo a ficar farto e muito descrente desta “alternância” política. Por não conseguir exprimir melhor o que penso da oposição, vou usar as palavras de Filomena Mónica:
“A oposição desapareceu. O PS não existe, nem sei o que é aquilo. O líder não tem carisma, não sabe o que há-de fazer, está condicionado pelo acordo com a troika. E sucede a um delinquente político chamado Sócrates, … O PCP vive num mundo antes da queda do Muro de Berlim, e o Bloco de Esquerda habita em Marte.”
Filomena Mónica in Jornal I de 28 Abril 2012

domingo, 21 de abril de 2013

O TEMPO


Uma grande e querida amiga minha desculpava-se do tempo que demorou a responder a um e-mail que lhe enviei. Não há motivo para desculpas por não ter respondido no momento em que recebeu o dito e-mail. Talvez não fosse esse o momento certo para responder… Não se trata de uma questão de tempo mas de momento certo.
O tempo, o que é o tempo? O tempo é afinal o espaço que medeia entre dois momentos especiais da nossa vida… Esse espaço pode ser curto ou longo conforme esses momentos estão próximos ou se distanciam…
Diz a sabedoria popular que o tempo não volta atrás quando afinal o que quereria dizer é que os momentos passados não voltam a acontecer (nunca da mesma maneira). O tempo é apenas a distância a que esses momentos ficaram no passado.
O tempo é, como dizia Einstein, uma ilusão. “A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão."

sábado, 20 de abril de 2013

AS ÁRVORES MORREM DE PÉ


Com a chegada da primavera, toda a Natureza se renova. Da varanda da sala vejo os ramos das árvores” cobrirem-se de pequenas e tenras folhas que reflectem os raios do sol… A grande maioria das árvores do condomínio foi oferecida por mim depois de um longo e penoso período de crescimento em vaso nesta mesma varanda. Recordo o tempo em que, por esta altura, quase todas as varandas se engalanavam das mais variadas e vistosas flores. Com o passar dos anos, as plantas foram envelhecendo acompanhando o envelhecimento dos próprios donos... Já são raras as flores que florescem nas varandas. Há já alguns anos, somente uma laranjeira anã persiste teimosamente em sobreviver na minha varanda até ao dia em que, esgotados os nutrientes da terra do pequeno vaso em que se encontra, venha finalmente a morrer… Será uma morte gloriosa apesar do abandono a que tem sido votada. Gloriosa na mediada em que, apesar do abandono, conseguiu sobreviver por alguns anos e mesmo até a dar frutos... A exemplo destas árvores, é com a mesma dignidade que um dia pretendo partir: "Morto por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores". Esta frase que pertence à peça "As Árvores Morrem de Pé" é dita quase no final pela fabulosa actriz Palmira Bastos e muitas vezes a recordo em alguns momentos cruciais da minha vida...

sexta-feira, 19 de abril de 2013

UM DIA NORMAL


Há dias em que nada de importante ou digno de salientar acontece. Hoje, sentei-me aqui em frente ao meu portátil com o intuito de passar a escrito algum dos meus pensamentos. Contudo, verifico com alguma surpresa que não tenho nada de importante a registar. É lógico que não tenha pensamentos profundos todos os dias. Nem sempre acontecem episódios dignos de registo nas nossas vidas ou porque tudo corre bem ou então, porque tudo corre tão mal que nem sequer é digno de um registo. Não é o caso. Não estou particularmente feliz mas também não tenho nenhuma contrariedade para desabafar. É afinal um dia normal! Um daqueles dias em que nada de relevante acontece mas, como todos os dias, deve ser vivido na sua plenitude. Estes dias fazem-me lembrar certas pessoas que nos rodeiam sem se fazerem notar por grandes atitudes mas que, quando desaparecem, deixam um vazio inexplicável...!
Há dias (pessoas) assim…

quinta-feira, 18 de abril de 2013

GATO PRETO EM QUARTO ESCURO


Uma coisa a vida me ensinou: é inútil andar à procura da Verdade. A verdade não se procura e por isso, não se encontra… Procurar a Verdade à nossa volta é pura perda de tempo porque ela está dentro de nós. É como procurar num quarto escuro um gato preto, que nem sequer está lá. Por isso, parem de procurar a Verdade fora de si próprios. Ela só se pode encontrar através da meditação. Ao “olhar” para dentro de nós aí encontrámos a Verdade. Ela está ali mesmo ao alcance da mão, mas muitas vezes e por vários motivos (inconfessáveis) não a queremos ver nem encontrar… Como diria Deng Xiaoping, “Não importa se o gato é preto ou branco, desde que apanhe ratos".
Cansa-me ouvir aqueles debates televisivos, agora tão frequentes, em que cada um dos intervenientes procura impor a sua verdade. Não se pode estabelecer a Verdade por meio de qualquer debate e muito menos através da discussão. A Verdade está além da lógica, do racional porque nós somos a Verdade.
 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

ROTINAS

Geralmente quando se fala em rotina associa-se a palavra a actividades aborrecidas, pouco ou nada prazerosas. Aquele género de tarefas/actividades que somos obrigados a fazer no nosso dia-a-dia das quais não retirámos o mínimo prazer. Mas nem sempre tem que ser assim. A rotina pode ter uma conotação positiva quando facilitadora da nossa actividade diária. Nesse aspecto, sou adepto da rotina. Há rotinas que tendem a facilitar o nosso desempenho diário libertando o nosso pensamento para a realização de actividades mentais que possibilitam muitas vezes, a organização do nosso dia ou organizar esquemas mentais tendo em vista resolver os pequenos (ou grandes) problema.
Assim, estabeleci para mim algumas rotinas que me permitem manter ocupado ao longo do dia além de me possibilitarem recordar tudo o que tem que ser feito, sem falhas nem omissões. Tudo isto sem pressa, sem a angústia dos horários. Cheguei à conclusão que, quanto mais corro, mais depressa chego ao fim…
Contudo, não sou adepto de rotinas para além das tarefas diárias. Reservo-me sempre algum espaço de manobra para a mudança.

terça-feira, 16 de abril de 2013

QUERO SER ESPANHOL


O 1.º Ministro de Espanha em declarações à TVE, sobre a apresentação do  OE-2013, referindo-se aos reformados, disse:
"A primeira prioridade é tratar os pensionistas da melhor maneira possível. A minha primeira instrução ao ministro das Finanças é de que as pessoas que não se devem prejudicar são os pensionistas.
"No Orçamento de Estado deste ano só há dois sectores que sobem: os   juros da dívida e as pensões. Não tenho nenhum interesse e se há algo  que não tocarei são as pensões".
Rajoy sublinhou que o pensionista é a pessoa mais indefesa, que tem  a situação mais difícil, porque não pode ir procurar outro posto de trabalho aos 70 ou 80 anos, tendo uma situação muito mais difícil...

STAR FM


Ao fazer zapping deparei pela primeira vez, com esta estação de rádio. E lá estava Charles Aznavour cantando “For me, formidable”… À medida que a canção fluía, fui sendo assaltado por uma torrente de recordações relacionadas com a canção. Mas a nostalgia não se quedou apenas por aquela canção, outras se foram sucedendo, todas grandes sucessos que ouvi na minha juventude… Ao som daquelas melodias fui sendo transportado para esse tempo. Veio-me à memória a moradia em que vivi com meu padrasto, mãe e irmão onde éramos visitados com frequência pela minha irmã. Apesar da minha insaciedade perante a vida será que nesse tempo era feliz?! Como alguém já disse, será que “era feliz e não sabia”…?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

SAUDADES DE TER SAUDADE

Há coisas, lugares ou pessoas que não nos deixam de todo, qualquer saudade. Outras há que provocam em nós aquele sentimento bem português a que chamámos saudade… Há saudades que nos acompanham por toda a vida. Saudades que não esmorecem, que permanecem com a mesma intensidade dos primeiros momentos. Pelo contrário, também há aquelas saudades que se vão diluindo ao longo do tempo até já não restar nem um laivo de saudade. É dessas saudades que tenho saudade. Saudade de ter saudade de certos locais, coisas ou pessoas que, por motivos pessoais, fui obrigado a deixar. Que pena me faz não sentir já saudade de certos momentos que me fizeram sentir saudade e dos quais, não sinto já saudade nenhuma…!
Há dias em que me assusta a possibilidade de não vir a ter saudade de alguém, de alguma coisa ou algum lugar…
Há dias assim…

domingo, 14 de abril de 2013

XAROPE DE LIMÃO

Este foi um ano pródigo de limões. Não falo daqueles que a vida, por vezes, teima em nos oferecer mas de limões… limões. O limoeiro da casa da praia estava carregadinho de limões mas parece que, este ano, foi geral a grande produção de limões. Por já estarem maduros e alguns mesmo a cair da árvore, minha mulher decidiu colher a maior parte dos limões o que deu para encher um cesto de tamanho médio. Depois de oferecer grande parte deles ainda nos restaram muitos limões. O que fazer de tantos limões? Lembrei-me de pesquisar na Net como fazer concentrado de limão para poder usufruir de umas frescas limonadas no Verão que se aproxima (será?). Esperemos que venha breve e quentinho… pelo menos, sem esta chuva teimosa que aposta em permanecer em plena Primavera.
Aqui fica uma das muitas receitas que encontrei na minha pesquisa pela Net.

CONCENTRADO DE LIMÃO (XAROPE)
800g de açúcar pilé (branco)
2,5 dl de água
2,5 dl de sumo de limão (aproximadamente 6 limões médios)
raspa de 2
Espremem-se os limões e junta-se a raspa de 2, numa tigela. Reserva-se.
Num tacho, junta-se a água e o açúcar e leva-se ao lume até levantar fervura. Logo após, contam-se 5 minutos exactos. Apaga-se o lume, retira-se o tacho para o lado.
Junta-se o sumo dos limões, mexe-se bem e deita-se num frasco grande ou em vários mais pequenos. Tapa-se e deixa-se arrefecer.
Notas: O sumo de limão, não deve ferver, para não neutralizar o valor da vitamina C. Por isso a terceira operação é feita fora do lume.

sábado, 13 de abril de 2013

DIA DO BEIJO


Todos se recordam que já aqui expressei a minha aversão “pelos dias de…” mas abro uma excepção para o dia de hoje. O dia do beijo celebra-se hoje e não apela ao consumismo. Não “custa” nada dar um beijo… Por isso, adiro e divulgo-o aqui. Beijem-se porque não só estão a celebrar mas também a cuidar da vossa saúde física e mental.
Com efeito, pesquisas científicas confirmam que o beijo estimula o cérebro a libertar endorfinas, criando uma sensação de bem-estar. Estas mesmas endorfinas, são um verdadeiro antídoto para combater a depressão e o stress. Beijar alguém com paixão, fortalece o sistema imunitário e, ao aumentar o número de batimentos cardíacos, melhora a oxigenação do sangue diminuindo o risco de ataques cardíacos.
Por tudo isto, beijem-se meus amigos. Hoje é o dia…

AS BEBIDAS MAIS CONSUMIDAS

Pois é, ficaram curiosos sobre quais são as primeiras bebidas mais consumidas no mundo!?
Agora que se avizinham (quero crer) dias de sol e calor, vai saber bem uma bejeca geladinha numa esplanada à beira-mar… em boa companhia… ao sol primaveril…
Pois bem, vou então revelar o pódio das bebidas mais consumidas no mundo. Ora vejam.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

EM DEFESA DA CERVEJA

Hoje vou sair em defesa da cerveja. Está mesmo a ver-se que sou um apreciador de cerveja. É uma verdade e daí ter tomado o partido desta bebida, não só por isso mas também para tentar desarticular alguns mitos que existem sobre esta bebida. Já todos ouvimos dizer que a cerveja faz barriga, que é diurética, é viciante,…
Instalou-se, por longos anos, a polémica: a cerveja faz bem, a cerveja faz mal…
Pesquisas mais recentes vieram esclarecer que o consumo moderado de cerveja, devido ao baixo índice glicêmico e às propriedades fito estrogénicas da cevada e lúpulo usados na produção da cerveja previnem a ocorrência de doenças cardiovasculares. Um outro benefício da cerveja não menos importante, é a ua ação antioxidante, uma vez que cereais e grãos são uma ótima fonte de antioxidantes. Cervejas com alto teor de polifenóis, são altamente antioxidantes conforme também já foi comprovado.
Por tudo isto, como apreciador de cerveja, fiquei mais descansado e passei a ingerir esta bebida sem aquela sensação de culpa que lhe azedava um pouco o sabor… Pelo que vim a saber, não estou só neste pecadilho do consumo de cerveja. Vim a saber que esta bebida é a terceira mais popular do mundo… Imagine-se quem são as bebidas que estão actualmente em primeiro e segundo lugar!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

QUALQUER DIA

Qualquer dia, vou fazer isto e aquilo… Qualquer dia. É frequente dizer ou ouvir esta expressão. Mas esse “dia” nunca vem ou vai sendo adiado até… um dia. Umas vezes por falta de tempo, outras ainda, por falta de disponibilidade emocional ou financeira. Eu substituiria todos esses pretextos que inventámos, pela palavra “medo”. Medo da mudança, medo das consequências, medo de não sermos capazes de realizar esta ou aquela tarefa…
No fim de contas, é o medo que nos faz adiar a tomada de decisões. Mas pior ainda que o medo de arriscar, é a resignação perante escolhas mal sucedidas.
Viver implica correr riscos e, por consequência, enfrentar a hipótese de assumir o insucesso das nossas escolhas mas implica sobretudo a possibilidade de experimentar novas e gratificantes experiências… e isso é o que dá cor à vida!
 “Viver com medo não é viver. É sobreviver”.
A vida é maravilhosa se não se tiver medo dela.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

CICLO CIRCADIANO

Já ouviu falar de ciclo circadiano? Pois eu não. Até há bem pouco tempo, sabia apenas o que era o jet lag e pouco mais. Mas afinal, vim a saber, que o jet lag é apenas um aspecto do tal ciclo circadiano. Para quem não sabe, como eu não sabia, ciclo circadiano, é o período de aproximadamente 24 horas no qual se realizam as actividades do ciclo biológico dos seres vivos.
A propósito do facto de acordar, com alguma frequência, a meio da noite ou despertar de madrugada sem conseguir conciliar de novo no sono, informaram-me que Isso era indício de um desequilíbrio em qualquer órgão. Por exemplo, acordar frequentemente às 2 horas da madrugada, pode ser um indício de uma anomalia no fígado. Durante cerca de duas horas, cada órgão utiliza um máximo de energia num período de 24 horas. Assim, de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, este é o melhor momento para realizar o tratamento desse mesmo órgão.
A título de curiosidade, transcrevo a seguir a tabela do horário dos picos máximos de energia de cada um dos órgãos.
A simples observação deste horário, pode ser de grande ajuda para análise de diagnóstico e tratamento preventivo de uma doença.
1:00h – 3:00h Fígado
3:00h – 5:00h Pulmão
5:00h – 7:00h Intestino Grosso
7:00h – 9:00h Estômago
9:00h – 11:00h Baço/Pâncreas
11:00h – 13:00h Coração
13:00h – 15:00h Intestino Delgado
15:00h – 17:00h Bexiga
17:00h – 19:00h Rins
19:00h – 21:00h Pericárdio
21:00h – 23:00h Triplo Aquecedor
23:00h – 1:00h Vesícula Biliar
É óbvio que não divulgo aqui a hora da madrugada a que costumo acordar…

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O "CHUMBO" DO OE



Vou resistir à tentação de comentar o discurso de Passos Coelho. Já muita tinta correu pelos jornais diários e muitos comentadores já se debruçaram sobre o assunto. Não tenho conhecimentos políticos que me permitam acrescentar qualquer coisa de relevante ao que já foi dito. Também não vou comentar o comentário de Sócrates, pela simples razão de não ter visto…
Dizer que fiquei contente com a perspectiva de me ser restituído o subsídio de férias seria de todo completamente falso. Esta restituição vai seguramente implicar a sua “devolução” através do aumento da contribuição para a Segurança Social… Mas o TC considerou que este item violava o “Princípio da Igualdade”. No entanto, o mesmo OE definiu a aplicação de uma Contribuição Extraordinária de Solidariedade às pensões, prestações pecuniárias vitalícias devidas a qualquer título a aposentados, reformados, pré-aposentados ou equiparados, pagas a um único titular. Considero que esta Contribuição viola descaradamente o tal “Princípio da Igualdade”… Mas sobre esta contribuição o TC não se pronunciou…
E afinal, lá estou eu a comentar… Mas não quero terminar sem manifestar a minha saturação perante a pura demagogia do PS e BE.
Fico-me por aqui.

domingo, 7 de abril de 2013

O (MEU) MAR


Há dias em que acordo com saudades de ver o mar. Hoje, ao deparar de novo com uma manhã chuvosa, deu-me a saudade de um dia de sol à beira-mar. Não é que tenha uma paixão desmedida pelo mar ou por desportos radicais junto ao mar… De facto, tenho uma relação de amor-ódio com o mar. É raro o dia que não me detenha nem que seja por breves momentos a contemplar o mar. Não concebo viver longe do mar. Não vivo exatamente à beira-mar mas sei que a cerca de um quarto de hora de viagem ele está ali pronto a ser contemplado… Contudo, tenho um medo ancestral de me afogar. Jamais me afasto uma longa distância da costa quando nado. Tenho que confessar-me um péssimo nadador devido à minha fraca resistência física. Assim, tenho um medo terrível de navegar quer em pequenas, quer em grandes embarcações. Curiosamente é sem qualquer receio que viajo de avião quando a maior parte das pessoas manifestam algum medo…
O mar tem estado sempre presente ao longo da minha vida em simultâneo com o receio que dele tenho. Nasci e cresci próximo ao rio Douro e por isso, junto à Foz e junto ao mar. É estranho, difícil de explicar, mas quando viajo para países da Europa que não tenham uma costa marítima, sou acometido de uma certa nostalgia de ver o mar…
Hoje acordei com saudades do mar… de um dia de sol a caminhar sobre a areia à beira-mar.
Há dias assim…

quinta-feira, 4 de abril de 2013

VERÓNICA DECIDE MORRER


Finalmente decidi ver este filme que há muito havia adiado sobretudo devido ao título. Em determinado momento da minha vida, considerei que não me iria trazer nenhum benefício vivenciar na tela uma história que só podia piorar o meu estado de espírito. Vi o filme e devo dizer que gostei, não se trata de uma história deprimente, antes pelo contrário, é um hino à vida. O argumento trata de uma jovem, (Veronika) bonita, com uma vida confortável e que apesar disso, sente que a sua vida é vazia de sentido. Assim, um belo dia, Veronika decide morrer.
Embora seja essa a decisão de Veronika, não é essa mensagem que perpassa depois da sua tentativa de suicídio por overdose medicamentosa. Acaba por acordar numa clínica psiquiátrica onde lhe é diagnosticado um aneurisma ventricular e consequentemente, poucos dias de vida… Contudo, a verdadeira mensagem desta obra é, Veronika decide viver. Decide aproveitar ao máximo o tempo que lhe resta considerando cada dia um verdadeiro milagre que realmente o é. Ela toma consciência que há imensa coisa que ainda pode fazer. Coisas banais como, ir à praia para ver o mar e sentir a areia, comer um taco enorme na sua barraquinha favorita, ir a um bar irlandês beber uma Guiness, conversar a sério com a mãe,.. 
Com a ajuda de um jovem amigo Veronika compreende que a vida vale a pena ser vivida e na companhia desse jovem e com a sua ajuda, decide concretizar todos aqueles objectivos que nos podem parecer comezinhos e insignificantes. Objectivos que, como todos fazemos, vamos adiando para um dia em que estejamos menos ocupados. Pequenas coisas, é certo, que só quem tem uma sentença de morte próxima consegue dar o devido e real valor… E todos temos uma sentença de morte, mais ou menos próxima…

terça-feira, 2 de abril de 2013

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UM DIA FELIZ


Há dias em que me sinto particularmente feliz. Não que acorde com esse estado de espírito. Antes pelo contrário, acordo quase sempre mal disposto, algo receoso de enfrentar um novo dia… mas à medida que se vai desenrolando a rotina diária da minha toilette matinal, as nuvens do meu céu vão-se dissipando até ficar pleno de azul. Conforme vou concretizando cada uma das fases do aperfeiçoamento do meu look, vou pensando: Não preciso mais correr para chegar a horas ao emprego, tenho todo o tempo só para mim (“ando devagar porque já tive pressa”), tenho objectivos a alcançar ao longo do dia, tenho amigos que me acarinham e se preocupam com o meu bem-estar… Sobretudo, hoje nada me dói, a doença pode estar lá mas não lhe dou a mínima importância. Talvez assim ela se ofenda e vá embora… E se não for? Também não tem importância. Tenho imensos conhecimentos e protecção lá do outro lado…
Apesar do roubo (fugiu-me a boca para a verdade), isto é, do desconto de cerca de 300 € na minha reforma, o que recebo ainda me dá para manter um nível de vida confortável graças às economias que fiz ao longo da vida.
Que mais posso então eu desejar?
Prometo, ó Deus (sejas tu quem fores) que vou viver plenamente este dia… e todos os dias que virão!
Há dias assim…

segunda-feira, 1 de abril de 2013

ANTOLOGIA DE POESIA CONTEMPORÂNEA


Já cá canta a Antologia de Poesia Contemporânea “Entre o Sono e o Sonho” Tomos I e II na qual participo como co-autor, edição Chiado Editora.
O meu poema encontra-se na página 102 do Tomo II já que se seguiu o critério da ordem alfabética do nome do autor.
Esta obra, conforme aqui divulguei, teve o seu lançamento no passado dia 16 de Março, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.

Para comprar esta obra: Chiado Editora

QUADRAS FESTIVAS

Já o disse aqui por várias vezes que não gosto de comemorar datas, assim como não gosto de horas marcadas tais como almoçar ao meio-dia por ser hora de almoço ou jantar às oito por ser hora de jantar… Por isso, que me perdoem aqueles que apreciam este tempo pascal, que eu manifeste mais uma vez a minha fraca adesão aos festejos da Páscoa, Natal, Carnaval,…
Abro uma exceção para a celebração dos aniversários. Considero importante mostrar àqueles de quem gosto que não os esqueci num dia que, para eles, acredito ser importante. Nestas datas, até admito que se ofereçam prendas. Não gosto mesmo nada ter de oferecer “prendinhas” só porque é dia de S. Valentim, Natal, dia do pai, da mãe, do filho, …
Por que não oferecer prendas apenas quando me apetece ou quanto as finanças pessoais assim o permitem? Não gosto de me sentir obrigado a dar voltas à cabeça para escolher a prenda mais adequada ao dia que está próximo de ser celebrado. O que fazemos geralmente, eu e minha mulher é ir comprando ao longo do ano aquilo que pensámos os familiares e amigos gostariam de receber. Essas prendas ficam a aguardar a data propícia para serem oferecidas… Mas por que não oferecê-las no justo momento em que as comprámos pensando em cada uma dessas pessoas? É assim a tradição…
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