Etiquetas

quinta-feira, 31 de maio de 2018

PORQUE HOJE É FERIADO


Para a maioria da gente, é mais um feriado nacional de origem religiosa (até aí ainda vão) e nada mais. Quando muito, trata-se de um pretexto para umas mini-férias visto calhar sempre a uma quinta-feira. Para mim, confesso, não passava disso mesmo até ao momento em que resolvi recolher mais informação sobre o tema. Como sempre, recorri à Internet não por falta de enciclopédias em papel mas por ser mais rápido.
O feriado que se celebra anualmente na segunda quinta-feira a seguir ao Pentecostes esteve envolto em polémica com os governos anteriores e a Santa Sé até que em 2016 voltou a constar, além do Calendário Litúrgico, como feriado nacional.
As origens deste feriado estão ainda envoltas nalgum mistério que pouco importa aprofundar. Sabe-se apenas que se baseiam nas visões de uma freira à qual Deus teria aparecido expressando o desejo de consagrar esta data ao mistério da Eucaristia… Mais plausível é a lenda que relata que um sacerdote no momento de partir a hóstia viu para seu espanto sair dela o sangue que presumivelmente seria de Cristo.
Para a maioria das pessoas, insisto, não passa de um mero pretexto para umas mini-férias visto o feriado calhar sempre a uma quinta-feira, perto do fim de semana.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

CELEBRANDO O DIA DOS IRMÃOS


Mais um dia para celebrar e já todos sabem como costumo passar indiferente a esses dias mas este não podia deixar passar sem celebrar. Mas celebrar o quê?
Apesar das muitas datas sugeridas, este foi o dia escolhido para celebrar o Dia dos Irmãos que em Portugal se celebra a 31 de maio. A data tem por único objectivo relembrar a importância dos irmãos na vida pessoal e social de qualquer indivíduo.
A saudade aperta e não há dia que não lembre aqueles que foram nesta vida meus irmãos, motivo que empresta alguma lógica a esta celebração.
Mas celebrar o quê? Volto a perguntar-me.
Uma ausência? Uma ausência que dói, uma saudade que aperta?!
Confesso que não estava de todo preparado (e nunca estaria) para o choque e a raiva que se seguiu a esta ausência embora, considerando que se trata de irmãos, às muitas zangas e outras tantas reconciliações. Tudo faz parte da vida normal entre irmãos.
Naquele fatídico dia vi-me confrontado com o absurdo que é a morte contra a qual nunca nem ninguém está preparado…
Obviamente não houve funeral, nunca foi a enterrar mas levou consigo muitas das memórias de infância que apesar disso, me assaltam em cada esquina.

terça-feira, 29 de maio de 2018

CORRUPÇÃO... QUAL CORRUPÇÃO?


Desconheço até ao momento o que juízes e deputados tencionam fazer para acabar com a corrupção que afinal grassa por todo o lado. Não sei nem me consola que a corrupção se circunscreva apenas ao Desporto. Ela alastra-se à vida política, social e finalmente à vida de toda a gente. Em maior ou menor grau todos acabámos por ser corruptos mas não é esse o tipo de corrupção que abala seriamente a economia e muito menos o lema deste ou qualquer país. Considera-se um lema qualquer ideia que se possa exprimir por uma frase usada como guia para todo o cidadão.
Por ser o lema de os Três Mosqueteiros, a frase “Um por todos e todos por um” ficou-nos no ouvido sendo usada em diferentes contextos se bem que nem sempre se conheça o seu verdadeiro significado. Escrita como sendo o grito de D’Artagnan e dos seus companheiros, acabou por ser o lema de um país. A frase foi adoptada pela Suíça à falta de outro tema que melhor se integrasse na Constituição deste país.
Apesar de ter sido escrita no longínquo ano de 184 por Alexandre Dumas, esta frase imortalizou-se não só através do célebre romance mas também do léxico de qualquer língua. No nosso país, o lema é outro mas por vezes esquecido. Gritemos bem alto e orgulhosamente o lema do nosso país à beira mar plantado: Esta é a ditosa Pátria minha amada.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

ATÉ QUE A VOZ LHE DOA


Muito se tem falado e vai continuar a falar na importância da voz no dia-a-dia. Quem se habituou desde criança a esse importante aparelho fonador sente-lhe mais a falta do que quem foi forçado a aprender a linguagem gestual. Basta lembrar o que acontece quando, por qualquer razão, se fica afónico. A falta que faz a voz quando se quer pedir um simples café…
Como qualquer músculo involuntário do corpo que se usa sem pensar, a voz é um bem precioso que muitas vezes descurámos tão certos estamos da sua presença. Só quando precisamos recorrer a esse “insignificante” apêndice sentimos a falta que nos faz quando queremos comunicar oralmente com alguém. Com efeito, é por meio da voz que conseguimos exprimir e observar as mais variadas emoções. Usa-se indiscriminadamente para cantar, chorar, gritar, gargalhar além de falar…
Para que haja comunicação oral, é necessário que o cérebro transmita aos músculos do trato respiratório a sua intenção. Deste modo, o som torna-se suficientemente audível para que haja comunicação entre os diferentes intervenientes numa conversação o que demonstra a importância do cérebro no comando de todas as partes do corpo humano.
Sendo utilizada principalmente para comunicar, a dependência da voz como órgão de comunicação é por demais evidente.

sábado, 26 de maio de 2018

A VIAGEM DO MAMUTE - LIVROS


Repousava há já uns dias sobre a minha mesa de trabalho com a remota intenção de o ler de imediato. Afinal tenho sobre a mesa de cabeceira três livros por ler desde o mês dos meu aniversário. Ando muito preguiçoso no que respeita a leituras o que até pode ser um bom presságio. Tenho muito pouco tempo e concentração para leituras agora que me dedico mais à escrita ao fim do dia.
Por força das circunstâncias ou por se tratar da entrega de livros, do mesmo que repousava sobre a minha mesa de trabalho decidi num impulso, como todas as minhas decisões, folhear e começar a ler o dito livro.
Quem não a conhecer, logo no primeiro capítulo (deixem-me chamar-lhe assim) fica a conhecer quem é e como é a autora desta edição de autor(a). Sendo certo que nunca se conhecem bem principalmente aqueles que convivem connosco no dia-a-dia, ela entrega-se completamente neste livro para quem quiser e souber lê-lo. É uma leitura simples que nos prende desde as primeiras páginas e nos leva a conhecer melhor os motivos que estão na base da insólita viagem da autora a Marrocos. Nessa viagem, somos confrontados com os medos que partilho com a autora.
Trata-se de um livro para ler devagar e aos poucos mas que eu desafio qualquer leitor a cumprir essas intenções.
Para mais informações: Vasm26@hotmail.com

sexta-feira, 25 de maio de 2018

DEITANDO OS OLHINHOS... AOS OLHARAPOS


A brincar a brincar, é uma força de expressão, já passaram 20 anos sem que tivéssemos disso plena consciência. Durante esse tempo tudo ou nada aconteceu, umas vezes com a nossa intervenção outras sem que disso tivéssemos um controlo absoluto.
Recordo como se fosse hoje e não é uma força de expressão, os dias em que por ali andei levando pela mão os meus dois pequenitos. Lembro-me do recinto destinado aos picnics, da água sempre presente nos “vulcões” ou na queda d´água que atravessámos no seu interior, do pavilhão da água onde enjoei, as sessões sobre diversos temas em que uma mãozinha apertou a minha com mais força e que deixei de ver só para lhe fazer companhia… Fez na passada terça-feira 20 anos que se inaugurou a Expo98 e no entanto recordo tudo está presente como se fosse hoje.
Considero um feliz reencontro o regresso dos olharapos cuja memória já não estava muito presente. Os olharapos da autoria de dois ingleses foram realizados com a preciosa ajuda dos alunos de Belas Artes, desfilavam por todo recinto da feira. Eram uma espécie de “monstros” sobre rodas que assustavam os mais pequenos e não só… Nessa altura, o meu senso de humor não me permitia interagir como devia com esses simpáticos monstros. Foi uma agradável surpresa a notícia de que os olharapos iriam deambular pelo o mesmo recinto para animação do público visitante no intervalo das sessões.
Passaram-se 20 anos mas Lisboa nunca mais será a mesma. Naquele recinto subaproveitado nasceu o maior oceanário do mundo, a ainda moderna gare de transportes do Oriente, a extensão do metropolitano, o funicular, a pala sobre o pavilhão de Portugal e muitos mais eventos difíceis de enumerar.
Durante todo o tempo que durarem as celebrações, o adejar das bandeiras testemunhará a universalidade deste evento e isso é que importa.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

A CASA QUE NÃO SE VÊ


Passei por ali vezes sem conta quer a caminho de casa, quer do café onde fingia estudar e nunca reparei que havia uma casa entre as duas igrejas! Foi preciso um cartaz feito para turista ver para reparar naquela casa escondida até então. Nunca me apercebi que entre as duas igrejas existia uma casa que rivalizava com as casas mais estreitas desta cidade. Falo obviamente das igrejas do Carmo e das Carmelitas e do café onde fingia estudar, mais conhecido por “Piolho”, sabe-se lá porquê…
A construção das duas igrejas que remonta aos séculos XVI e XVII só foi possível graças a aprovação do Vaticano. Naquela época, era proibido pelo Vaticano a construção de duas igrejas lado a lado, por isso se justifica a existência dessa pequena casa entre as duas igrejas.
Esta casa ficou célebre não só por ter acolhido importantes capelães mas também por se realizarem nela reuniões ultrassecretas desde o tempo das Invasões Francesas até ao Liberalismo passando pela Proclamação da República…
Eu que por ali passei vezes sem conta nunca me apercebi que existia a tal casa… não há dúvida bem escondida! Foi preciso esbarrar em sentido figurado, com o tal cartaz para me aperceber que existia uma casa entre as duas igrejas.

terça-feira, 22 de maio de 2018

À CONVERSA COM DEUS


O meu gosto por viajar é sobejamente conhecido pelas razões já apontadas. Desta vez, em direcção ao Alentejo profundo com uma breve paragem para almoçar, aconteceu o que há muito temia. Para o efeito, com o meu espírito prático e contagiante parámos num  posto de abastecimento da autoestrada. Do almoço constava uma sandes de fiambre e queijo. Tudo bem se não fosse a placa partir-se ao tentar mastigar aquela sandes tão apetitosa. Num repente passaram por mim todos os internamentos bem como todos os problemas de saúde já ultrapassados (?) e ouvi no meu ronco surdo que dizia o já clássico “Porquê eu?”, “Porquê a mim?”
Entre outros impropérios recordo-me de achar que Deus nem dormia de noite só a pensar no mal que me faria a seguir. Como se Deus precisasse de dormir…!
Ou será que dorme? Às vezes parece que dorme…
Será que nesse meio etéreo em que se desloca existe noite? Eis a dúvida que sempre me assalta.
Não sei, nem me perguntem sequer pois não saberia o que responder.
Felizmente foi só um dente que se partiu e assim não meto medo a ninguém.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

VEGETARIANO OU VEGANO ?


Por ter constatado que há uma certa confusão entre vegetarianismo e veganismo, peguei neste tema que vou dissecar em breves palavras, prometo. Embora com muito em comum por se tratar de duas opções alimentares, existem inúmeras diferenças entre estes termos. Enquanto os vegetarianos não aceitam carne e peixe na alimentação, admitem os ovos e todo o género de lacticínios e até o mel como fazendo parte da sua alimentação.
Quanto aos veganos, esta exclusão não se esgota à mesa, estende-se ao mundo dos vestuário, do calçado e mesmo da higiene pessoal como a do próprio lar. Em suma, excluem tudo que tenha origem animal e vão mais longe ao excluir qualquer produto que tenha sido testado em animais…
Posto isto, não é nada fácil ser vegano a 100%, isto é, torna-se difícil avaliar o que foi ou não foi testado em animais… O problema também se põe em saber onde comer ou comprar produtos que sejam 100% vegano.
Na minha opinião, considero os veganos mais radicais do que os vegetarianos, razão pela qual me inclino mais para a segunda opção. Sinto-me mais vegetariano do que vegano… no entanto, quando se atropelam os direitos das animais, pendo mais para o lado dos veganos.

domingo, 20 de maio de 2018

OS FANTASMAS QUE NOS ESPREITAM


Todos convivemos com fantasmas durante a vida e quem pensa o contrário, está redondamente enganado. Os fantasmas estão por todo o lado, não adianta fugir-lhe, eles acompanham-nos desde o tempo de criança. Não são necessariamente desses fantasmas mauzões que está a imaginar, até podem ser bonzinhos mas nem por isso deixam de ser fantasmas. Uns vieram desde tenra idade podendo manifestar-se apenas de tempos a tempos, outros chegaram mais tarde e seguem-nos por todo o lado e outros ainda estão escondidos nos armários que desde sempre nos acompanham…
Coitado do quem julga que não transporta nenhum destes fantasmas! Uma das duas opções prevalece, ou não se conhece muito bem ou ainda não se deteve a fazer uma análise demorada e séria do próprio EU.
Uns ou outros, os fantasmas acompanham todos os nossos passos, apesar de do pleno conhecimento de onde e para onde se caminha. Embora pareça um paradoxo, é possível conhecer o caminho mas desconhecer-se a estrada que nos conduz até lá.
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?

sexta-feira, 18 de maio de 2018

O DIESEL TEM OS DIAS CONTADOS ?


A notícia apanhou-me desprevenido como se um par de chapadas me dessem em plena face. Não foi imediata nem pacífica a mudança dos veículos movidos a gasolina para os chamados diesel. Diziam que eram mais lentos no arranque, que não davam a mesma performance durante o percurso, que se sentia muito a vibração própria destes motores… e tudo me servia de pretexto para os excluir da minha lista de preferências na hora de trocar de veículo.
Por fim lá aderi aos motores a diesel mais por uma questão económica do que por outra razão qualquer.  Note-se que o gasóleo continua a ser mais barato do que a gasolina.
Eliminados que foram os principais inconvenientes das motorizações a diesel eis-me a conduzir este tipo de carros convencido que pouco contribuía para a poluição do planeta. Devo dizer que actualmente possuo ainda um automóvel movido a gasóleo assim como alguns dos veículos anteriores.
Estudos recentes vieram alertar para a necessidade de terminar com este tipo de motorização até 2015… Como muitos outros fui apanhado de surpresa no conceito de contribuir minimamente para a poluição mundial. Verificou-se que todos os automóveis diesel emitiam partículas nocivas, os chamados NOx, tanto para a saúde como para o meio ambiente. Agora compreendo a “febre” dos fabricantes de automóveis, principalmente os orientais, de se debruçarem sobre os modelos híbridos ou puramente elétricos enquanto a velha Europa estava mais preocupava em “apurar” a tecnologia diesel, diga-se com resultados algumas vezes surpreendentes…
Não convém esquecer que a nova norma para reduzir as emissões poluentes entra em vigor já em Setembro do próximo ano… Data em que os fabricantes se comprometeram a reduzir a emissão dessas partículas o que explica muito do que aqui foi dito e que se diz por aí..

quarta-feira, 16 de maio de 2018

O TEMPO PASSA


O tempo passa igualmente por todos se bem que se faça mais presente nuns do que noutros, mas isso é outra história que nem vou explorar…
Com maior ou menor pertinência, o tempo vai passa e nem damos conta de passar senão quando parámos por um momento e nos pomos a olhar para trás. Então apercebemo-nos que o tempo passou, o que era presente é já passado e nós próprios também já não somos os mesmos, já não fazemos parte da realidade de outrora. O tempo passou tão depressa que nem deu para perceber bem como foi possível passar tão depressa. Só ficaram essas velhas fotografias a recordar todo um longínquo passado.
Detenho-me então a olhar essa velha fotografia amarelecida pelo tempo, as caras que de longe me sorriem embora também não sejam as mesmas. Alguns tiveram filhos, os filhos cresceram e tiveram outros filhos, alguns partiram sem se despedir porque não quiseram ou por falta de tempo…
Nesse momento, apercebo-me que o tempo passou inexoravelmente e nem dei conta que tivesse passado.
O que era, já não é mais… Eu próprio não sou o mesmo que me sorri naquela velha fotografia amarelecida pelo tempo.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

ESCAPADINHA NA SERRA D´OSSA


Para a escolha do destino neste fim de semana muito contribuiu a formação académica do meu filho. Sendo formado em arquitectura, reservaram-se dois quartos no convento de São Paulo transformado em hotel.
O convento, situado em plena encosta da Serra D´Ossa, foi edificado pelos monges da ordem de São Paulo – o Eremita ao qual deve o seu nome actual. Oferece ao visitante um riquíssimo espólio em azulejaria que merece ser visitado. Os painéis são dos principais mestres portugueses do século VIII cuja qualidade levou a que se ponderasse neste local a implantação do Museu do Azulejo.
Os quartos, situados nas antigas celas dos monges, não são nada de especial. Falo dos quartos standard. Por mais alguns euros sugiro que se reserve um quarto de nível superior.
O acesso aos quartos precisava de uma recolocação e nivelamento do piso original. Aliás todo o hotel bem como o mobiliário tem um aspecto decadente que só com muito dinheiro poderia reformar-se. No quarto que nos foi destinado o ar condicionado e o aquecedor da casa de banho não funcionavam pelo que a primeira noite dormi mal por causa do frio. Na noite seguinte, após reclamação, colocaram no quarto um aquecedor eléctrico… Devo dizer que todo o staff é simpatiquíssimo principalmente as meninas da recepção.
Quanto à serra, com os seus escassos 650 metros de altitude, é impossível numa simples publicação, descrever toda a beleza e o silêncio da paisagem que nos abraça. Pena o clima não ajudar mas mesmo assim deu para conhecer melhor as terras que ficam próximo.
Recordo que é possível visitar a parte pública do mosteiro sem ser preciso pernoitar. Para quem aprecia este género de instalação e todo o mobiliário, recomenda-se. Quem não aprecia, recomendo apenas uma visita ao mosteiro e dirija-se à cidade mais próxima para pernoitar…
Os quartos não são nada de especial...
Todo o hotel já teve melhores dias mas quem aprecie...
A beleza e o silêncio da paisagem merecem ser apreciados

AFINAL, QUEM GANHOU?


Independentemente do Euro Festival, do cantor ou da delegação vencedora, afinal quem “ganhou” foi a tolerância. É evidente que me refiro a essa mulher barbuda chamada Conchita. Com efeito, foi esse o nome artístico adoptado por Thomas Neuwirth mas isso pouco importa. Quem ganhou este ou outros festivais em anos anteriores, foi essa mulher de barba rija… O que realmente se ganhou graças a Conchita não tem preço, não é mensurável. Dêem-se as voltas que se queiram dar, acaba-se sempre na incontornável “tolerância”.
Afinal ganhou a coragem de ser diferente.
Não se pense que a vitória de Conchita na Áustria foi isenta de polémica. Esta vitória provocou efeitos negativos sobretudo em alguns países mais a leste sob pena de transformar este Festival  “num viveiro de sodomia”, diziam.
Eu sei que já vai tarde, afinal venceu o Euro Festival em 2014 mas nunca é demais falar e praticar a tolerância. Quem é tolerante normalmente aceita a opinião e o comportamento dos que são ou querem ser diferentes. Acho mesmo que é uma das condições essenciais para a vida em sociedade. É assim a tolerância tão escassa mais a leste… o que não admira atendendo à origem latina da palavra. Tolerância traduz-se por um comportamento que exige muita condescendência perante a diferença. O que não se pode mudar ou é impossível impedir, combate-se com tolerância.
Hoje em dia fala-se muito em tolerância alimentar, bastante em tolerância social e muito em tolerância religiosa mas falar, não chega. É preciso agir.
O mundo conturbado em que vivemos giraria mais facilmente se algumas pessoas manifestassem uma certa compreensão sobre o direito que assiste a quem quer ser diferente, de exercer aquilo em que acreditam.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

UMA OUTRA PERSPECTIVA


Gosto de viajar. Além de ser um gosto muito pessoal, adoro viajar pelo bem que faz à saúde física mas sobretudo mental (falo por mim). O que mais gosto, além de viajar, são as memórias que perduram e me acompanham durante a vida.
Por tudo isto e penso como a maioria da gente, gosto de viajar e são vários os motivos que justificam a minha opção. Primeiro por que adoro conhecer novos lugares e respetivas culturas mas também pelas amizades que eventualmente me possa trazer. Neste sentido acho-me muito diferente, mais voltado para fora do meu pequeno mundo e preocupado com o bem estar dos que se cruzam no meu caminho. Talvez se fique a dever a esta nova atitude uma maior proximidade dos outros mas sobretudo permite-me conhecer do que realmente sou capaz.
Há uma nova maneira de “ver” o que há muito já foi visto. Tudo depende do ponto de vista com que se olham as coisas. Uma subida mais íngreme pode transformar-se num suave declive… Em suma, viajar permite ver as mesmas coisas numa perspetiva completamente diferente.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

NINGUÉM TEM CULPA


Pois é, ninguém tem culpa do sítio onde nasceu bem como das condições em que nasceu. O facto é que ninguém escolhe o local do nascimento, o bairro de lata ou não, o largo à beira rio ou a avenida elegante do centro da cidade… mas quando se decide nascer, nasce-se e pronto.
Quando se nasce, não interessa em que país, se se é branco ou preto, bonito ou feio ou mesmo a orientação sexual que no futuro venha a ter. O que importa é nascer mas ninguém tem culpa do que venha depois a acontecer. Para isso contribuem muito os preconceitos que amordaçam a sociedade do local onde se decide nascer. O importante é nascer mas também carregar o que de positivo se transporta onde quer que se encontre e onde quer que vá.
Qualquer que seja a cor, a beleza que ostenta bem como outros fatores, há sempre qualquer coisa que o torna único, diferente dos outros mortais faça-se o que se fizer, vai haver sempre uma voz pronta a criticar tudo e todos convencido que é o melhor do que todos… Por isso, imponha-se a sua presença, sem prejudicar ninguém, mesmo que para isso tenha que desprezar a opinião alheia.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

QUANDO AS PALAVRAS NÃO CHEGAM


Nem sempre se encontram as palavras certas para exprimir tudo o que atravessa o pensamento. O problema começa com a escolha do suporte que se quer o ideal para as palavras que sobram e que por isso obedece a uma selecção bastante criteriosa de forma a não ofender nada nem ninguém.
Foi com este espírito e num dia como este que iniciei o meu diário. É um diário digital, como não podia deixar de ser nos dias que correm. Nele posso escrever tudo o que me apetecer sem me preocupar que alguém reclame. O computador não se manifesta, aceita da mesma forma verdades e mentiras se bem que dê preferência à verdade.
O tempo que dantes parecia insuficiente, agora sobra mesmo quando surge algo digno de ser registado. E que fazer então quando não apetece escrever nada? Sim, porque há dias em que não é possível traduzir por palavras tudo o que foi dito.
Há dias assim, poucos felizmente, em que as palavras não chegam para traduzir tudo o que nos vai no pensamento.
Há dias assim.

terça-feira, 8 de maio de 2018

AS CONTAS QUE NÃO CONVÉM FAZER


Compreendo que ande por aí muita gente indignada com a receita de alguns clubes e com os milhões que atingem os passes de certos jogadores. Ora isto, além de não ser novidade nenhuma, também não tem nada de extraordinário. É uma questão de contas (*).
Sabe-se que o futebol envolve e movimenta elevadas somas mas não é de estranhar que abra frequentemente os noticiários de um país onde nada de mais importante acontece… Segundo o Jornal Público (23/03/2018), o “futebol português contribuiu com 456 milhões de euros para o PIB”, o que representa muitos milhões a dar ao Produto Interno Bruto… imagine-se as outras receitas deste importante desporto incluindo os subsídios que lhe são atribuídos…!
Por tudo isto, é admissível o peso atribuído a esta modalidade para a economia nacional.
Caso esteja a pensar em qualquer curso superior, então é fundamental o domínio das quatro operações mas, se pelo contrário quer apenas fazer face aos desafios do dia-a-dia, basta saber uma das quatro operações matemáticas.
Tomando para exemplo o FCP por estar mais na “berra”, basta analisar a lotação máxima do estádio e o preço médio de cada bilhete por adulto para se compreender o que atrás ficou dito.
(*) Lotação máxima do Estádio do Dragão – 2179 espectadores
(*) Preço do bilhete – 15 € por adulto não sócio/pessoa (museu + estádio)

domingo, 6 de maio de 2018

RECUPERAR OU ADAPTAR ?


Numa das minhas incursões pelo exterior, de repente apercebi-me que dei início a uma nova fase, a adaptação. Até hoje, investi inutilmente toda a energia a recuperar uma vida que perdi, a vida a que jamais voltarei. Não é possível recuperar o que definitivamente se perdeu.
Então, dei por mim a investir a mesma energia na adaptação à nova e real situação deixando para trás a anterior. Saliente-se que contei sempre com a presença da atividade mental que permaneceu inalterada o que se pode considerar uma sorte…?
Deixar para trás toda uma vida não é fácil, trata-se de um trabalho duro e doloroso que leva alguns anos a instalar-se. Não prometo pois que seja fácil mas é o caminho a seguir.
Quanto às antigas amizades…? Quem puder e quiser ficar por perto, tudo bem. Quem não puder, que parta, que parta sem mágoa nem rancor.
Que parta simplesmente, como quem vai ali e já volta…
Não importa mais a opinião dos outros, que pensem que as tonturas têm origem no excesso de bebida ou na cirurgia que retira o equilíbrio. A bem dizer, não importa coisa alguma.
Entre recuperar e adaptar, vão pela segunda opção, é menos dolorosa e dá mais e duradouros resultados.
Vão por mim.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O VERDADEIRO AMOR NUNCA MORRE

Nem sempre se celebrou no primeiro domingo de maio o Dia da Mãe. Estou a lembrar-me da minha irmã que sempre festejou este dia a oito de Dezembro.
Pessoalmente não concordo nem discordo da nova data, antes pelo contrário, festejar a oito de Dezembro o Dia da Mãe acabava por roubar protagonismo à muito aclamada “rainha de Portugal”, ou seja, Nossa Senhora da Assunção. Afinal, vendo bem as coisas, trata-se apenas de um dia em que se festeja o que devia ser festejado todos os dias do ano…
É triste mas só se alcança o verdadeiro sentido da Vida senão através de algum sofrimento e da tristeza que daí resulta. É uma aprendizagem que se vai fazendo ao longo de vários anos, mas nunca se aprende…
Mais tarde ou mais cedo há um vazio que se instala e se confunde com a própria vida que não pára para carpir as nossas penas. Então, quando chega esse dia, não resta mais nada senão aceitar a ausência daqueles com que nos habituamos a conviver, seja qual for a crença de cada um…
Fica apenas a triste consolação que, onde quer que se encontrem, estarão sempre presentes em todos os momentos da nossa vida por mais insólitos que possam ser ou parecer.
Há que aceitar a ausência física dos entes que partiram cientes que não voltam mais, com a convicção que o verdadeiro amor nunca morre... !

quinta-feira, 3 de maio de 2018

QUEM SE LEMBRA DO SOL?


Como todos os dias, perscruto no céu a presença dessa estrela chamada Sol. Há dias assim, por mais que se procure, apenas se vê um sol tímido que espreita por entre nuvens, este planeta, no entanto, sei está lá.
Como sempre o Sol nasce e põe-se no horizonte mas só damos por ele através da beleza que encerram os diferentes poentes com que nos brinda. Não fora isso, nem daríamos pela sua presença no firmamento. No entanto, te algumas civilizações mais antigas veneraram o Sol como se de uma divindade tratasse pelos benefícios físicos e morais que fornece ao organismo.
É já um lugar comum dizer-se que o Sol é a fonte de vida de todos os seres vivos mas nunca é demais relembrar que, apesar da enorme distância que vai da Terra ao Sol, a exposição prolongada aos raios solares pode trazer vários prejuízos à nossa saúde.
Detesto que se resuma a um só dia a celebração de eventos que deviam ser lembrados pelo ano fora. Estas datas, eu sei, visam recordar eventos que de outra modo passariam despercebidos. Mas quem se lembra dos benefícios que o Sol pode trazer às nossas vidas?
Quem se lembra da imensa fonte de energia que essa estrela nos dá gratuitamente?
Hoje é Dia do Sol criado pelas Nações Unidas no âmbito da defesa do Ambiente tão importante para nós humanos. Já fez hoje alguma coisa a favor do Ambiente?
Há dias em que, por mais que se procure, se nota mais a ausência do Sol…
Há dias assim.

terça-feira, 1 de maio de 2018

OS POLVOS QUE ANDAM POR AÍ


Há dias em que nem todos os polvos são polvos no sentido real. É só uma questão de gosto ou conveniência, optar por um ou por outro significado.
Em sentido real, este animal dispõe de oito tentáculos que usa a seu belo prazer além de um corpo mole que comanda tudo o resto. Além destas características físicas, ele possui a capacidade peculiar de mudar de cor e até de forma se for preciso com o fim de se adaptar melhor ao ambiente que o cerca.
Está muito em voga, embora já estivesse mais, considerar este animal como o mais inteligente do mundo subaquático o que o torna muito usado e abusado nas mais variadas previsões…
Apesar de possuir todas estas características físicas, não é deste animal que me vou ocupar. Em sentido figurado, fala-se em polvo quando se quer atingir, sem magoar, uma pessoa insaciável, que toma conta de tudo e todo o espaço que o cerca estendendo os seus “tentáculos” por toda a parte… Todos conhecemos gente assim. Não faltam por aí exemplos de polvos em sentido figurado. Eles circulam por toda a parte mais ou menos disfarçados com a finalidade de se adaptarem melhor ao ambiente que os rodeia…
Há dias em que até os polvos, por mais polvos que sejam, se transformam em simpáticos convivas.
Há dias assim.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...