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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

TREMER DE FRIO


Tremer pode ter muitas causas e uma delas é o frio mas também pode ser sinónimo de  medo ou outras causas que alertam para algo que não está bem com o nosso corpo.
A principal causa que nos faz tremer como varas verdes, na ausência de qualquer doença que o justifique, é evidentemente o frio. É ele o responsável por aquela sensação constante de quem vive cheio de frio e com as mãos geladas…
Tremer até pode ser benéfico, a contração muscular faz com que o corpo aumente a sua temperatura. Mas essa “tremideira” involuntária pode ser uma reação do corpo a outras doenças, menos ao frio. Convém por isso estar atento a esse tremor. Há doenças que se manifestam através do tremor acompanhadas ou não de problemas de equilíbrio. São doenças neurológicas mas muitas vezes indiciam simplesmente momentos de ansiedade ou o efeito secundário de alguns medicamentos…
Tremer, inclusivamente de frio, acentua-se com o avançar da idade e quando tudo está bem, pode considerar-se mesmo normal.
Abstraindo-nos de doenças, a perda de gordura que nos protege contra o frio, pode ser uma explicação para esse tremer  constante.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

POR UM MOMENTO DE GLÓRIA


Não sei (não sabe ninguém) do que se é capaz para sair do anonimato. Desde o acenar por trás do/a apresentador/a à chamada feita lá para casa, tudo é válido desde que se apareça na TV. O que importa é aparecer no pequeno ecrã (com cara de parvo ou com a cara que Deus lhe deu), acenar para a cara metade, amigo ou outro familiar que se encontre do outro lado.
E quem pode, em determinado momento da sua vida, dizer que já não sentiu uma forte vontade de sair do anonimato?
Ver no pequeno ecrã a nossa cara, mesmo em plano secundário, provoca aquela sensação que se sobrepõe a quem está a apresentar o programa. É evidente que estou a falar desses programas em directo, transmitidos a partir de várias regiões do nosso país e com os mais diversos apresentadores.
Não deixa de ser curioso constatar que aparecer no pequeno ecrã, mais que a fama que (inconsciente) se persegue, ocasiona finalmente o reconhecimento de alguém, que se atingiram os objectivos pessoais e profissionais… Mas aparecer na televisão a acenar de telemóvel colado à orelha não significa ser famoso.
Na vida, para chegar a esse efémero momento de fama é preciso saber parar para refletir, o que permite prosseguir rumo a outros destinos e outras vitórias.
Antigamente, aparecer na televisão, estava reservado a destacadas figuras políticas e apenas a alguns artistas que actuavam sem cachet mas assim alcançavam o tal momento de fama além de se promoverem deste modo. Actualmente, com o recurso aos “directos”, esta atitude está ao alcance de qualquer um fazer aquelas figuras tristes que nos é dado observar…

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

VEM AÍ O GABRIEL


Está aí a depressão chamada Gabriel mas não veio só. Trouxe consigo a chuva, neve nas terras altas e vento forte que vão afectar o nosso país até ao próximo fim de semana. De acordo com o IPMA, além do agravamento causado pelos elementos do clima já descritos, as temperaturas mínimas vão oscilar entre um e os nove graus Centígrados. Quanto às máximas vão estar compreendidas entre os nove e os 19º C esperados no Algarve…
Perante este cenário, não se pode considerar que o frio já lá vai.
Mas nem tudo é mau. Há sempre um lado positivo em qualquer coisa que ocorra na vida apesar de muito procurada e nem sempre encontrada.
Tudo isto por que Gabriel foi  o nome atribuído a um arcanjo considerado como Príncipe da Igreja, portador de boas novas, promovendo grandes mudanças. Com esta perspetiva, aceita-se a intempérie que o rodeia e, como  ainda estamos no primeiro mês do ano, guarda-se a secreta esperança de que tal aconteça.
Apesar de tudo, sejas bem vindo Gabriel…!

domingo, 27 de janeiro de 2019

NÃO É FÁCIL DIZER ADEUS


Seja ao que for, não é fácil dizer adeus. Isso implica enfrentar com muita coragem o desapego daquilo que já foi ou ainda é importante para nós.
Mais tarde ou mais cedo, surge na vida a necessidade de dizer adeus seja ao que for, pôr pontos finais, fechar etapas, encerrar capítulos… É necessário estar preparado para essa eventualidade o que não acontece de ânimo leve. Ou se nasce já “desapegado” ou então não é fácil desfazer-se daquilo que ainda vale a pena, compreender que está na hora de iniciar uma nova fase na nossa vida.
Dizer adeus não é fácil, assumo essa dificuldade excepto aos que já nascem com esse dom. Para esses, é fácil desfazer-se (o tal desapego) de tudo e de todos, compreender que nada nos foi dado definitivamente, apenas emprestado.
Para esses, dizer adeus é assim uma espécie de libertação daquela tristeza que se sente ao ver partir o que se pensava ser para sempre.

sábado, 26 de janeiro de 2019

SÓ QUANDO FALTA É QUE SE LHE DÁ VALOR


É tão normal abrir a torneira e vê-la jorrar sem qualquer problema que ficamos perplexos quando ela falta. Aliás, só quando nos falta compreendemos a imensa e terrível importância da água. E pensar que grande parte da população mundial se debate com o problema da falta de água (já não digo potável) !
Na verdade, estima-se que o ser humano pode viver cerca de 200 dias sem comer mas, sem beber aguenta pouco mais de 36 horas. Aqui cabe refletir na importância  da água. O estado de saúde de qualquer indivíduo depende da presença ou ausência desse precioso líquido. Tudo isto dá-nos uma ideia da importância da água para os seres humanos mas também para todos os seres vivos que habitam o planeta. Cerca de 60% do peso corporal humano deve-se à presença de água. É inegável que a falta de água é indispensável à sobrevivência de animais e vegetais.
Devido aos inúmeros desmandos da atividade humana, a água começa a escassear devido aos incêndios, poluição dos rios, desenfreada produção industrial, etc. Todos os dias se é testemunha do vazar para os rios, lagos ou águas subterrâneas, detritos tóxicos produzidos pelas indústrias locais.
Também as cidades contribuem para a diminuição da infiltração da água no solo com o asfalto das autoestradas, o cimento dos edifícios que, deste modo, impede o abastecimento dos cursos de água subterrâneos, tornando-se cada vez mais escassa.
Cabe a todos nós poupar a água que, infelizmente, se vem tornando cada vez mais num líquido precioso.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

EM DEFESA DA POESIA


Ou não fosse eu um poeta (*) que não defendesse a poesia… Estudos mais ou menos recentes defendem que um bom livro de poesia faz mais pelo seu cérebro que muitos livros de autoajuda que por aí circulam. De facto, um bom livro de poesia e isso depende do gosto de cada um, activa o lado direito do cérebro onde se alojam as lembranças autobiográficas do indivíduo.
Através destas pesquisas, sabe-se que o cérebro humano fica mais activo quando se detém em palavras que não conhece ou em frases mais complicadas na sua estrutura. Isso é precisamente o que faz a poesia. Ela ajuda a reflectir sobre diversos temas e a intendê-los numa outra perspectiva
(*)
Tive um amor e perdi-o,
tive um sonho que acabou.
Fui as velas de um navio
que nenhum vento enfunou

Fui as velas de um navio
parado no alto-mar.
Tive um amor e perdi-o,
jamais o vou encontrar…

Tive um sonho, despertei
perdido numa ilusão.
Tive um amor que perdi
por que perdi nem eu sei…
Bate inútil coração
sem saber que já morri.

Não sei bem por que razão
tive um amor e perdi-o
fechado na minha mão…

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A VIDA DÁ MUITAS VOLTAS


Dizem os antigos e eles têm sempre razão (?), que depois do Natal, um saltinho de pardal. Com esta expressão queriam dizer que os dias começam pouco a pouco a aumentar e implicitamente, as noites a diminuir…
Tomando por exemplo o que se passa cá por casa, a geração mais nova não concorda nada com este ditado popular. Para o entender e respeitar é necessário compreender que os povos mais antigos regulavam as suas vidas por estas expressões todas elas feitas de sabedoria e experiência acumulada…
Assumo que o tempo, às vezes, dá muitas voltas e o que ontem era tradição, hoje já não é e estas expressões populares perdem muito da realidade. Neste caso, salvo qualquer alteração do eixo da Terra, os dias vão começar a ficar maiores o que se verifica já, no nosso país, a partir das 17 horas.
Falando em provérbios, há um outro do qual eu gosto mais e que repito de mim para mim Janeiro fora, mais uma hora.
Face à vaga de frio que se faz sentir por todo o país, é normal que se ande preocupado com o tempo que nos faz tremer a toda a hora, apesar do aquecimento central ligado e das contas chorudas do gás. É sabido que o frio diminui a eficácia  do sistema imunitário deixando espaço para os vírus mais activos permitindo o aparecimento e a propagação de doenças infecciosas.
É certo que o organismo consegue adaptar-se a pequenas amplitudes térmicas que, além de variarem ao longo do dia, variam também com a idade. Pela sua fragilidade as crianças e os idosos são os que mais sofrem com estas variações características do inverno. A escassa gordura subcutânea que se verifica nos idosos explica este tremer de frio enquanto se espera por dias mais ensolarados com temperaturas amenas. Até lá, vai-se tremendo de frio, dizendo mal e particularmente deste inverno…

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

DE REPENTE


Não sei de onde nem como veio aqui parar, nem tampouco conheço o seu autor (Elaine Matos?). O facto é que ficou aqui gravado e quando o releio, o texto parece meu, isto é, podia ter sido eu a escreve-lo.
Quando o releio em certos momentos este pequeno texto, parece uma oração, uma conduta de vida que se deve seguir, por isso o partilho na esperança que o adotem também como conduta de vida.

De repente, tudo vai ficando tão simples que até assusta.
A gente vai perdendo necessidades, vai reduzindo a bagagem.
As opiniões dos outros, são realmente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós; não têm importância.
Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada. E, isso não faz a menor falta.
Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado e sim a vida que cada um escolheu experimentar.
Por fim entendemos que tudo o que importa é ter paz e sossego, é viver sem medo, é fazer o que alegra o coração naquele momento.
E só.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

UMA PONTINHA DE INVEJA


Agora dá-me para observar os outros, uns recorrem às muletas, outros ao andarilho, outros ainda na falta de um membro ou na melhor das hipóteses com algum engessado… Só posso concluir que há sempre uma situação pior que pede um agradecimento sincero.
Mas existe também o outro lado. Ver a facilidade com que alguns idosos se deslocam como se fossem jovens, não consigo evitar uma pontinha de inveja…
Há que aceitar que nada nem ninguém voltará a ser o mesmo. O tempo passou, a vida deu as suas voltas… Mas a vida segue sempre em frente e não há outra alternativa que não seja seguir com ela.
Quer se queira, que não, as mudanças surgirão e por mais que se tente ou pense que se controla  tudo, é a vida que comenda. De repente, como se desse ouvidos aos nossos desejos, o universo tudo faz para satisfazer os nossos desejos sem permitir que se compreenda o que aconteceu no passado e que vai acontecer no futuro.
Tudo muda, devagar mas muda. A vida muda, nós próprios mudamos e essa mudança, súbita ou não, é normal que cause alguma desorientação a tal ponto que se fica sem saber o que fazer nem mesmo para onde ir. No entanto, essa mudança é necessária. Só deste modo se compreende que imitar os outros não contribui minimamente para a nossa felicidade, só assim se avalia o que é realmente importante nesta vida.
Só depois de bater com a cabeça nas paredes (salvo seja) da vida surgirão as respostas há muito procuradas. Existem diversos caminhos para a felicidade, é preciso descobrir qual deles conduz ao fim que nos propomos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

RIR É O MELHOR REMÉDIO


Falar em contágio leva-nos logo a pensar em doenças que se transmitem de pessoa para pessoa. No caso mais vulgar da gripe, ela pode transmitir-se através de objetos contaminados ou de um simples aperto de mão…
O contágio não é a única manifestação da doença humana, há outras manifestações que não são consideradas doenças pelo benefícios que trazem ao organismo. É o caso do riso.
Além dos benefícios para saúde, o riso também é contagioso, propaga-se através de uma única pessoa a todos os circundantes. É o principal responsável da bem conhecida sensação de bem-estar, ajudando a prevenir o aparecimento de inúmeras doenças
De facto, observar simplesmente alguém a rir desencadeia uma reacção semelhante em quem a vê (*). A explicação é fácil e responsabilizam-se os chamados Neurónios Espelhos. Diferentes investigadores tem-se dedicado ao estudo destas reacções e concluíram que os mesmos neurónios são activados em quem executava uma determinada tarefa como em quem a ela assiste.
Celebrou-se na passada sexta feira o dia internacional do riso mas não é por esse motivo que se deve rodear de gente bem disposta. É uma preocupação constante nos restantes dias do ano.
O dia mais negro pode transformar-se num maravilhoso dia de sol através do riso.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

FALTA DE INSPIRAÇÃO


Há dias em que a criatividade e a falta de inspiração andam de mãos dadas e instalam-se como quem veio para ficar…
Quando se fala em inspiração, vem-nos logo à ideia aquele impulso que conduz espontaneamente à pintura ou ao desenho mas, porque não alargar este conceito a outras áreas  como cantar, tocar, fotografar e escrever…? Por tudo isto é conveniente traduzir esse impulso como uma “inspiração artística”. Como vimos, a inspiração abrange diferentes áreas e não importa de onde vem mas pelo prazer que proporciona a quem a usa como forma de se exprimir. E quando a inspiração não vem, anda perdida por aí?
É a chamada “falta de inspiração”, recurso de quem não tem algo importante a dizer. Qualquer escritor vai buscar ideias de qualquer a qualquer banal situação do dia a dia como uma música, um livro, um filme ou pensamentos que ocorrem enquanto se efectuam tarefas diárias…
Toda esta conversa para dizer que tenho andado arredado deste blog devido à tal “falta de inspiração”, não porque os temas não surjam em catadupa mas, devido ao seu cariz político, mantenho-os propositadamente afastados.
Quem se pode gabar de não atravessar alguns momentos de completa falta de inspiração? Para que se sinta inspirado é preciso recolher ao mundo interior onde se encontram múltiplos assuntos para partilhar. Contudo é inevitável que em certos momentos surja a tão temida falta de inspiração ocasionada por diversos motivos que não interessa agora aprofundar.
Há dias em que o ecrã do computador permanece desesperadamente em branco e, na nossa mente, não surgem novas ideias que mereçam ser partilhadas.
Há dias assim.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

A GUERRA ENTRE NORTE E SUL


Há dias em que se torna difícil contornar e não entrar no campo da política. Por muito que se tente acaba-se sempre por “roçar” esse campo.
Tenho assistido (via TV) à “guerra” interna de um certo partido que afinal e na minha opinião se resume à velha guerra entre Norte e Sul… digam o que disserem, na origem desta guerra está a localização geográfica. É uma “guerra” que já vem de longos anos embora permaneça convenientemente adormecida, sono do qual só desperta de tempos a tempos de acordo com os acontecimentos. Não é apenas de uma guerra socioeconómica ou mesmo política. Esta guerra desencadeada pelas actuais declarações dos representantes políticos de um mesmo partido mas em representação de regiões diferentes..
A diferença entre Norte e Sul sempre existiu embora em estado latente. É verdade que a gente do Norte tem uma filosofia de vida e de trabalho muito diferente dos povos do Sul. Enquanto que no sul só se trabalha tendo em vista a parte económica que dá acesso ao lazer, no norte trabalha-se para produzir riqueza para o país e, porque não assumi-lo, riqueza pessoal É um preconceito muito arreigado na população e de difícil oposição.
Apesar de ter nascido em terras de Espinho, um dos políticos representa o Sul enquanto o outro, nascido no Porto, representa o Norte. Uma vez que Lisboa e o Porto estão na berra não só pelo emprenhadoríssimo mas pela segurança que oferecem ao visitante e a quem se quer instalar por aqui, a presente guerra já não se justifica. É tempo de acabar com preconceitos. Afinal não se verifica por cá o mesmo preconceito em relação aos africanos e até aos brasileiros?
Deixemo-nos de preconceitos ou acabamos por ser mais uma província de Espanha ou, na pior das hipóteses, um protectorado de outro país qualquer.
Há dias em que se pensa mais no que está por trás daquilo que nos mostram.
Há dias assim.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

A PERGUNTA CERTA


São múltiplas as perguntas que diariamente nos passam pela mente. Todas elas gritam por respostas que muitas vezes não queremos ou, na sua maioria, não sabemos dar.
A verdade é que não existe uma resposta certa para esta ou aquela questão que de momento nos atormenta a mente. Muitas dessas perguntas ficam sem resposta à espera de um momento que forneça a melhor.
Não existe a resposta certa assim como não existe uma pergunta correta. São meras palavras que devidamente analisadas podem dizer muito sobre a mente da pessoa em questão. O facto é que até hoje ninguém conseguiu desvendar totalmente a mente humana.
Para quê então procurar uma resposta certa para tanta pergunta?
Muitas vezes a resposta certa está mesmo ali ao lado só que não se quer ver,  outras vezes não se sabe a resposta certa sobretudo quando ocorre um acontecimento imprevisto.
Além de misteriosa, a mente humana sabe o que faz e para onde vai… Digo novamente que nada acontece por acaso, tudo tem um fim que nem sempre merece ser descortinado.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

AS TAREFAS QUE NINGUÉM VÊ


Estima-se que existam em Portugal milhares de dependentes e igual número de cuidadores que ninguém se preocupou em ensinar nem remunerar o que se traduz numa enorme economia para o Estado. Apesar de amplamente discutido no Parlamento, o Estatuto do Cuidador Informal, não foi contemplado no OE para 2019.
Por definição, cuidador é aquele que cuida de alguém que pode ser ou não um familiar seu. Ser cuidador, seja de quem for, não é tarefa fácil. Conforme o grau de dependência, cabe ao cuidador preparar refeições, ajudar o seu dependente quando é preciso, auxiliar diariamente na higiene pessoal, prestar apoio nocturno, etc. tudo isto sem receber qualquer preparação nem remuneração…
Como já disse, não é cuidador quem quer mas quem sabe cuidar.
Embora existam diferentes tipos, o cuidador temporário depois de ajudar o seu dependente a sarar, vai-se retirando pouco a pouco de modo a provar ao seu dependente que não precisa no futuro mais de apoio.
Como o nome indica, o cuidador presencial oferece apenas a sua presença assumindo todas as tarefas que estavam a cargo do seu dependente. O facto de se limitar a estar presente e conforme a autonomia do dependente, sobra-lhe tempo para tratar da sua vida pessoal.
O cuidador informal, no meu entender, engloba todos os tipos de cuidadores mas, mais uma vez, permanece esquecido encerrando em casa as tarefas e a exaustão que ninguém vê.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

PARABÉNS A VOCÊ...


Há quem não goste de festejar a data de nascimento, uma opção a respeitar. Festejar implica mais um ano de vida, ser o alvo principal de toda a sorte de comemorações. Mesmo assim, conheço pouca gente que não gosta de festejar o próprio aniversário mas é uma opção a respeitar.
Perde-se no tempo este costume. Crê-se que já era celebrado 3000 a.C. nas antigas civilizações Gregas e Egípcias mas, só para pessoas importantes…. Mais tarde, com o nascimento de Cristo, a igreja católica passou também a festejar este costume que acabou por se generalizar.
Certamente já concluíram que não me refiro ao meu aniversário, ainda faltam alguns meses. Festejou-se o aniversário de Tintim que na passada quinta feira fez 90 anos. Pessoalmente encaro este assunto da mesma maneira que foi descrita no poema de João de Deus magistralmente recitada pela voz que ainda agora ecoa nos meus ouvidos.
Podia ter nascido Rato ou, pior ainda, Víbora de acordo com um outro calendário mas quis o destino que nascesse sob o signo de Peixes, apenas por uma questão de calendário mas não há aniversário sem que um bolo decorado por umas quantas velinhas de acordo com a idade do aniversariante acompanhado pela tradicional canção “Parabéns a Você”. Canção que ficou a dever-se às americanas Mildred e Patrícia Hill que criaram em 1875 a melodia “Good Morning to All”. O tão apreciado bolo e as velas de aniversário chegaram até nós através da antiga Grécia onde serviam para homenagear Artemis. Segundo a lenda, era por este meio que a deusa se exprimia.
Atualmente fazer anos com saúde e tendo à volta da mesa aquelas pessoas de quem se gosta é o maior presente que se pode esperar e o mais apreciado.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

PALAVRAS SOLTAS AO VENTO


É tão fácil dizer “amo-te”!  São só palavras que se podem repetir as vezes que for necessário e em diversos contextos. Difícil é demonstrar por meio de actos o verdadeiro amor. E não é preciso agir de forma inédita e bombástica, qualquer coisa serve por mais simples que possa parecer. Um pequeno gesto em benefício de outrem desde que provoque de novo aquele brilho num olhar apagado pelas funestas nuances da vida, é o bastante.
Qualquer coisa serve como fazer palhaçadas na hora ou num lugar menos próprio, arrancar gargalhadas a desproposito, também pode servir. Ouvir, ouvir aquela canção entediante ou o desabafo de quem pretende ser ouvido, ser todo ouvidos perante aquela história de vida já mil vezes repetida… também serve.
Dar-se, dar-se sem reservas, sem esperar qualquer retorno é fundamental, é um dos pequenos gestos através dos quais o amor se manifesta.
É destes pequenos gestos que pouco a pouco se constrói aquele amor que sobrevive para lá do tempo e das voltas que a vida possa dar…

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

ESTRANHA ATRACÇÃO


Desde que Isaac Newton fez passar a luz branca através de um prisma em 1666, já lá vão alguns anitos.
Por ser uma cor que prende facilmente o olhar mais distraído, o vermelho é a cor predominante na decoração. A cor está presente desde as cadeiras da sala até à colcha da cama passando por numerosos e variados objectos decorativos.
Dizem que gostar de vermelho é indício de uma pessoa extrovertida e de fortes convicções, características que nem sempre correspondem à verdade. Contudo é inegável que as cores exercem uma grande influência tanto no comportamento físico, mental e até emocional dos indivíduos. Não é à toa que se escolhem determinadas cores de acordo com o espaço a decorar.
A comprová-lo, está o efeito que o vermelho exerce no cérebro humano. Previamente a agitarem a minha tranquilidade cerebral, nunca senti ou então não reparei no efeito do vermelho sobre o cérebro humano. A atração desta cor que se faz sentir principalmente pela manhã que me obriga muitas vezes a sentar na cama para não cair…
Habitualmente sou um pouco cético relativamente à Teoria das Cores mas a estranha atracção do vermelho faz-me pensar que certamente existirá alguma relação entre o comportamento cerebral e as diferentes cores.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

ASSIM NASCE UMA CANÇÃO


Ouve-se, ou se gosta ou não se gosta e pronto. Umas vezes é a letra que nos toca de perto, outras é a melodia que mexe com a sensibilidade de cada um. É o que acontece com a maioria das canções cujos autores nos merecem geralmente pouca atenção. É o que acontece com a célebre canção que recebeu, em português, o nome de Noite Feliz.
Nos dias que antecedem o Natal e mesmo durante o ano, a canção mora na cabeça de muito boa gente (falo por mim) sem qualquer preocupação em conhecer quem compôs a música e muito menos a letra.
A velhinha canção, cuja data é anterior a 1818, foi apresentada ao público em plena missa do galo na pequena aldeia de Oberndorf na Áustria. Com efeito, foi na igrejinha de São Nicolau que se ouviu pela primeira vez a canção “Stille Nacht” que deixou uma impressão muito favorável em todos os presentes.
São muitas as histórias que se contam sobre o nascimento desta canção mas infelizmente nem todas verdadeiras. A letra que evoca o nascimento de Jesus, ficou a dever-se ao pároco José Mhor  Mais tarde, Franz Gruber compôs a música que ainda hoje baila nos ouvidos de toda a gente.
A comprovar tudo o que foi dito, está a imagem dos dois coautores nos vitrais da pequena igreja de São Nicolau que podem ser apreciados durante todo o ano por quem se deslocar até lá.
No mês de Dezembro de cada ano, o túmulo de Gruber encontra-se decorado muito justamente, com uma enorme árvore de natal.



segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

TROCAS A QUANTO OBRIGAS


Repito o que já disse, a vida é feita de momentos e mantenho a mesma opinião se disser que um desses momentos implica trocas. Entenda-se por “trocas” a substituição de qualquer bem por outro que pode ser melhor ou pior.
A vida, durante o seu percurso, obriga a fazer trocas nem sempre no melhor sentido. Trocam-se os filhos pelo trabalho, os netos pela doença, a companhia… sabe-se lá por quê e outras coisas senão menos importantes como trocar de emprego, de turno, de carro, de casa, de personalidade, de palavras, etc. Uma infinidade de trocas que nos permitem seguir em frente.
E quando damos conta já os filhos casaram , os netos cresceram o emprego esgotou-se na reforma… O que era importante, como o emprego, perde toda a prioridade assim como outras coisas para as quais se vive e luta.
Chega um momento em que se recordam as coisas más ou que ficaram por fazer, essas acompanham-no para onde quer que vá.

sábado, 5 de janeiro de 2019

PARA QUE SERVEM OS AMIGOS?


Não me canso de dizer que a vida é feita de bons e maus momentos mas, sobretudo nos maus, quem permanece a seu lado?
Não chega ser amigo, é preciso ter Amigos em todos os momentos e é quando se está mais em baixo que se aprecia mais a sua presença.
Costuma dizer-se que o melhor presente é estar presente, e é uma grande verdade. Podemos “dar-nos bem” com muita gente nos diferentes contextos da vida mas os amigos são diferentes. Une-os aquela afinidade que vem lá do fundo. Eles entram inesperadamente na nossa vida vindos não se sabe bem de onde, no preciso momento em que uma simples palavra consegue dar a coragem necessária para continuar em frente.
A canção “That´s What Friends Are For“ embora seja uma das minhas preferidas, não posso concordar integralmente com a letra. Penso que os Amigos servem para muito mais. Obrigam-nos a largar aquele egoísmo presente em quase toda a gente, obrigam-nos a fazer sacrifícios quando menos apetece só para lhes ser agradável, partilham sentimentos e silêncios que só eles sabem traduzir por alegria ou tristeza e em troca, fica-se sinceramente triste nos momentos de tristeza e alegre nos momentos de sucesso.
Está provado e não duvido que os amigos são importantes para um perfeito equilíbrio emocional. Só quem tem Amigos pode entender essa partilha de ideias, o riso ou o choro que se avizinha e que só acontece… entre Amigos.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

MAIS VALE SÓ...


Há dias em que a solidão pesa mais e nem se discute se a companhia é boa ou má. Na verdade, as companhias são sempre bem vindas e por piores que sejam, são sempre… uma companhia.
É importante estar acompanhado em certas ocasiões embora nem todas se agradeçam. Diz o ditado que mais vale só que mal acompanhado o que nem sempre é verdade.
Admitamos cá para nós que às vezes apetece estar só. São momentos que convidam à reflexão, tão necessários para prosseguir na jornada que a vida nos impõe. Vendo bem, nunca se está completamente só, basta a própria companhia para nunca estar completamente só…
Mais tarde ou mais cedo surge aquele momento em que se põe em dúvida tudo o que ficou para trás. Mal ou bem resolvido (se é que está), ficou no passado e que por isso não pode ser alterado, apenas serve como lição para o futuro.
Independentemente da companhia e do momento, é conveniente reflectir, pensar e compreender aquelas questões que teimosamente afloram ao pensamento.
Há dias de sol e dias para reflectir…
Há dias assim.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

SUPERSTIÇÃO E TRADIÇÃO


Não sou muito dado a superstições e poucas tradições. Pelo menos, penso que não sou supersticioso. Apesar de não ter ou pensar que não tenho qualquer superstição, elas fazem parte do dia a dia de toda a gente e obrigam-nos a conviver intimamente com algumas delas. Pensando assim, lá vou aderindo ou fingindo aderir a algumas superstições que, em algum momento, se transformam numa tradição familiar.
Convenhamos que algumas superstições são tão estranhas que não se compreende como foi possível alguém aderir a elas… O facto é que elas atravessaram gerações desde a sua origem até chegar aos nossos dias.
Passar o ano, que já por si é uma superstição, com roupa interior de cor azul é outra superstição muito enraizada em muita gente que afirma não ser supersticiosa. Posso dizer que nunca fui vítima desta superstição nem era tradição na nossa família. Este ano, por superstição ou tradição, usei uns boxers de cor azul. A bem dizer eram umas riscas azuis muito fininhas que intercalavam com umas riscas brancas da mesma dimensão mas que no conjunto davam um aspecto de cor azul aos bóxeres. Se me perguntarem agora se sou supersticioso, direi como tanta gente e enfaticamente que não sou. De uma forma consciente ou inconscientemente, são muitas as superstições que povoam o nosso dia a dia. No entanto, embora pareçam estranhas, todas as superstições têm uma explicação que por vezes se confunde com uma tradição e que por isso não tem explicação.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

PONTOS DE VISTA


Tudo depende do ponto de vista com que se encaram os factos. Há quem considere 2018 como um ano mau enquanto outros o consideram um bom ano senão excelente. Como já disse, tudo depende da forma como se olha, da forma com que se analisa qualquer facto o que resume o ano que findou ao ponto de vista de cada um.
Sob o ponto de vista político e social não há dúvida de que o ano foi mau. Já sob o ponto de vista pessoal, o ano em si encerrou momentos excelentes senão menos bons o que fez dele para muita gente um ano bom em diversos sentidos.
Nem tudo é completamente errado assim como nem tudo é completamente certo, depende do ponto de vista com que se observa. Quantas vezes seguindo caminhos completamente errados se desemboca em locais que se vieram a revelar mais tarde perfeitamente certos e vice-versa. Por isso deixei de escolher os caminhos! Antes pelo contrário, prefiro seguir pelos que parecem errados à primeira vista e que sempre desembocam em alguma parte, geralmente no local certo para aquela ocasião específica…
Tudo depende do ponto de vista. Pessoalmente, 2018 foi mais um ano de recuperação em que a autonomia prevaleceu sobre todas as outras coisas.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

SEGUINDO AS TRADIÇÕES


Segundo a tradição, é em festa e com muita alegria que deve ser a despedida do Ano velho (2018) e se deve abraçar o Novo Ano que chegou. A alegria, nem sempre consentânea com a data, não impediu que no início do ano se tenha formulado o secreto desejo de que o Novo Ano nos traga momentos mais felizes independentemente dos já vividos.
Com a chegada de um novo ano renovam-se aqueles votos de esperança, amor e fraternidade que se vão diluindo à medida que o ano avança. Costuma também prometer-se realizar aquelas promessas que se fizeram num momento de euforia para melhorar a própria vida e a dos que nos cercam. Promessas que nunca chegarão a ser cumpridas na íntegra apesar das boas intenções com que foram formuladas.
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