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domingo, 29 de março de 2015

RAZÃO E EMOÇÃO

Na vida de qualquer indivíduo surgem sempre momentos em que é preciso tomar decisões. É normal sentir-se angustiado e indeciso, perante a necessidade de tomar uma decisão de importância vital para a vida profissional ou sentimental. Depois da escolha feita, acontece por vezes não se conseguir dizer por que razão se tomou uma atitude em detrimento de outra. Parece que a escolha foi feita ao acaso. Mas nenhuma escolha é feita por acaso. Há sempre uma razão por trás das nossas atitudes embora às vezes se teime em não a querer ver… Em qualquer circunstância, optar pela decisão mais correcta não é fácil e acaba sempre por ser influenciada pela razão ou pela emoção… Muitas vezes são as emoções que tomam conta das nossas relações fazendo-nos agir independentemente da razão o que nem sempre é sensato…
Entre a razão e a emoção vai uma distância que varia conforme a circunstância, o sexo e o ambiente em que se foi criado. Conforme prevaleça um ou outro sentimento, assim nos conduzem por caminhos opostos.
O ideal em qualquer situação será encontrar um equilíbrio estável entre razão e emoção o que nem sempre acontece.

sexta-feira, 27 de março de 2015

OS NOSSOS DIAS

São dias azuis ou dias cinzentos, dias de festa ou dias de luto, dias de alegria ou dias de tristeza, dias de riso ou dias de choro,… dias de sol ou dias de chuva mas, como diz o poeta, um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem; cada um é como é. A vida é feita de todos esses dias numa mesma sequência ou intercalados. São eles que, no seu conjunto, compõem a vida de todos nós. Em cada dia, em cada momento coexistem, alegria e tristeza, riso e choro, sol e chuva e, como diz o poeta Ambos existem; cada um é como é. Cada um é que sabe o “tempo” que lhe faz na alma… A chuva está aí de volta e parece que nos esperam dias azuis que poderão ser até dias de neura, dias de luto, dias de choro mas, apesar de tudo, dias de vida…!
Há dias assim…

quinta-feira, 26 de março de 2015

DATAS QUE NOS MARCAM

Certas datas por mais que as queiramos esquecer marcam a nossa vida para sempre. Umas pela positiva, deixam-nos saudade e outras pela negativa que não nos deixam nenhuma saudade, mas que apesar de tudo ficam gravadas na nossa memória...
Terça-feira, dia 24, fomos surpreendidos com a notícia da queda do Airbus 320 que levava 150 pessoas a bordo, quando fazia a ligação entre Barcelona e Dusseldorf. Esta notícia, profusamente divulgada em todos os noticiários, deixou-nos aturdidos e quase incrédulos como foi possível tal coisa acontecer… Não é a primeira vez que somos confrontados com a notícia da queda de um avião mas, por nos tocar mais de perto, este desastre consternou profundamente a população da maioria dos países Europeus. Por já ter vivido uma experiência de perda semelhante, este desastre tocou-me particularmente…
A queda do Airbus 320 ocorreu terça-feira pelas 10h da manhã mas a data que para sempre marcará as nossas memórias vai ser o dia 25 de Março por ser um dia de perda, de grande tristeza, em que familiares e amigos irão sentir aquela sensação de vazio e desorientação que se segue a qualquer perda seja ela qual for…
Por este e por outros motivos o dia 25 de Março ficará para sempre marcado na minha memória e na daqueles que sofreram a perda de alguém que lhes era próximo…
Há dias de tristeza que ficam marcados na nossa memória por uma qualquer perda mas ficam também as recordações e… a saudade!
Há dias assim…

SÃO ASSIM OS POETAS

O poeta morreu… Viva o poeta!
O poeta morreu mas não haverá choros nem lágrimas, nem ninguém a acompanhar… porque os poetas não têm destino nem morte… Os poetas morrem tantas vezes durante a vida que se tornam imortais.
São assim os poetas, choram, riem, sofrem em silêncio… sem ninguém se aperceber...
Mais uma estrela se apagou no firmamento da poesia… mas os poetas não morrem, perduram na mensagem dos seus versos e enquanto houver poetas a poesia sobrevive para além do tempo e de quem a criou.
O poeta morreu… Viva o poeta!

quarta-feira, 25 de março de 2015

A MORTE DO POETA

Realiza-se hoje o funeral do poeta Herberto Hélder. Tal como viveu, assim serão as cerimónias da despedida, discretas e envoltas em secretismo.
Não são conhecidas as causas da morte, a morte tão presente nos últimos poemas contidos na obra – “A morte sem mestre”. Talvez as causas nunca venham a ser conhecidas do grande público… Eu sei amigo, ou penso que sei, só não sei porque partiste sem ao menos te despedires… São assim os poetas, os verdadeiros, vivem em silêncio e partem sem se despedir…

terça-feira, 24 de março de 2015

O TEMPO QUE FAZ

Se é verdade que o tempo tem influência no nosso estado de espírito, não é menos verdade que, às vezes, não tem influência nenhuma. Com isto não quero dizer que não acredite na influência do tempo na nossa disposição. Há estudos feitos que comprovam os efeitos do clima ao nível físico e psíquico. Existe mesmo uma ciência – biometeorologia – que tem como objectivo esse estudo.
Todos sabemos como é deprimente um dia de chuva e a euforia e bem-estar que nos dá um dia radioso de sol… Mas nem sempre é assim. Não é obrigatório ficar mal-humorado num dia de chuva e bem-humorado num dia de sol. Basta um qualquer problema de saúde, profissional ou sentimental e nem o mais radioso dia de sol nos faz ficar de bom humor… Pelo contrário, nem o pior dia de tempestade consegue estragar o bom humor quando num grupo de amigos reina a alegria e a boa disposição.
A crença de que somos mais felizes nos dias quentes de sol e menos felizes em dias cinzentos de chuva e frio faz com que se faça esse tipo de associação entre clima e estado de espírito.
O tempo que faz não é o mais importante, o que importa é o que se sente…

ÀS VEZES FALO COM DEUS

Às vezes falo com Deus. Não sei se Ele me escuta e nem sempre “vejo” ou ouço respostas… mas falo. Não sou um crente fervoroso, a minha fé oscila qual carrossel, tem altos e baixos como a própria vida… Apesar da minha pouca e inconstante fé, da minha revolta ou indiferença, às vezes falo com Deus…
Não é fácil confiar e manter a fé quando se espera uma “resposta” que às vezes tarda em chegar… Dizem que quando Deus fecha uma porta, Ele (quase sempre) abre uma janela… o que é preciso é olhar com atenção através dela… olhar com olhos de ver, com os olhos da alma que tudo vêm para além do que é visível… Por essa janela, precisamente e só através dela, será possível descortinar qual o caminho a seguir, o caminho que nos leva… não onde queremos ir mas onde é preciso estar!

segunda-feira, 23 de março de 2015

DON(A)O DE CASA

Por força das circunstâncias, tornei-me “dono de casa”. Não a tempo inteiro, graças a Deus, mas durante boa parte do dia. Mesmo com a ajuda de uma empregada doméstica duas manhãs por semana, cuidar da casa e às vezes dos netos, não é tarefa fácil. Só quem passa por esta experiência consegue avaliar e ter uma justa percepção do que é ser dona de casa a tempo inteiro. Embora a “profissão” esteja a ser invadida pelo sexo masculino, ela tem sido tradicionalmente desempenhada pela mulher por falta de opção ou por vocação o que nem sempre acontece… Passar por esta experiência, embora ao de leve, ajudou-me a compreender e a valorizar esta desprestigiada “profissão” sem horários de trabalho nem direito a férias e muito menos a um salário… E ainda por cima sujeita a ouvir comentários do género: Dona de casa…? Que sorte, não faz nenhum…!
Presto as minhas homenagens a todas as donas de casa principalmente, às que o são a tempo inteiro.

domingo, 22 de março de 2015

OUVIR O SILÊNCIO

Há dias em que o silêncio pesa como chumbo, parece até que nos devora… Nesses dias liga-se o rádio, a televisão, trauteia-se uma canção ou falámos em voz alta na tentativa de abafar o silêncio… Qualquer coisa serve, desde que permita uma fuga de si mesmo. O principal é impedir que se escute o silêncio…
Contudo, o silêncio até pode ser uma ótima companhia, como se fosse uma “música” de fundo que embala o correr dos pensamentos… Há dias em que o ruído pode ser ensurdecedor. O mínimo ruído quebra o fluxo de energia positiva que ajuda a limpar a alma e nos impede de ouvir o que nos diz na sua imensa sabedoria.
Há dias assim…

sábado, 21 de março de 2015

DIA MUNDIAL DA POESIA

Por que hoje é o Dia Mundial da Poesia, em jeito de homenagem a Fernando Pessoa, deixo aqui o meu poema – Se eu soubesse…

Ai se Fernando soubesse
o que Pessoa sabia…
Ai se eu um dia pudesse
saber o que ele sabia,
eu não seria poeta,
ou que poeta seria!

Ai se a vida me ensinasse
a viver o dia-a-dia…
Eu não seria poeta,
ou que poeta seria…!
                         Jorge Leal

sexta-feira, 20 de março de 2015

ECLIPSES

Hoje foi dia de eclipse (total) do sol como já tinha referido na minha publicação (ESTÁ QUASE A CHEGAR). Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa, o fenómeno teve início às 07h59 e terminou às 10h08, tendo o seu ponto máximo às 9h01.
Sendo a Lua infinitamente mais pequena do que o Sol, ao interpor-se entre a Terra e o Sol conseguiu oculta-lo completamente… Até o astro rei pode ser eclipsado por um pequeno corpo celeste como a Lua…! Este fenómeno faz-nos pensar que também, ao nível das relações interpessoais, por mais importante que uma pessoa seja, basta uma palavra, uma atitude, um determinado comportamento para que seja completa ou parcialmente eclipsado aos olhos de quem com ela convive. Pena que nem sempre as pessoas dão a devida atenção a esses pormenores que lhes parecem insignificantes e com esse descuido correm o risco de ser eclipsados aos olhos daqueles de quem mais gostam…

CHEGOU A PRIMAVERA

Se não acordou a tempo de observar o eclipse do Sol, até porque as condições atmosféricas não foram as melhores, não se esqueça de saudar a chegada da Primavera. Ela chega precisamente às 22h45 por isso ainda vai muito a tempo de a receber de braços abertos porque a vida continua, o Sol já voltou a brilhar… Receba então a Primavera de preferência com um lindo bouquet como este… ela vai adorar.

quinta-feira, 19 de março de 2015

ONDE ESTARÁS AGORA?

Porque hoje é Dia do Pai, talvez por isso, procuro em vão na minha lembrança o colo que tanto desejei quando criança, o calor do teu afago, o som da tua voz que me confortasse no desgosto… e me chamasse – filho! Nem sequer posso dizer que recordo o pai que nunca tive, nem saudade de quem nunca me amou…
Onde estarás agora já que não te encontro nas minhas memórias de menino…?
Não sei onde estarás, só sei que ainda hoje te procuro no pai que tento ser…
Eu sei que nunca fui o filho que sonhavas e que, na escuridão da sombra de outro filho, nunca me conseguiste ver. Mas eu via-te e mais do que isso, sentia a ausência do teu carinho, do colo, do abraço... que sempre me acompanhou.
Talvez um dia me afagues os cabelos agora brancos e, a partir desse momento, possamos ser como pai e filho… que nunca fui!

quarta-feira, 18 de março de 2015

SORRIR, DEVIA SER OBRIGATÓRIO

Todos os dias de manhã me deparo com gente mal-encarada no percurso pedestre que faço de minha casa até ao café da esquina. Bem sei que é gente que se dirige ao trabalho numa empresa sediada no fim da rua e que, talvez por isso, passam cabisbaixas, rosto fechado, sem olhar sequer para aqueles com quem se cruzam... Talvez o meu rosto exprima o mesmo semblante carrancudo à falta de um sorriso a acompanhar um “Bom dia” quase sempre omisso… Na verdade, à excepção do porteiro ou algum vizinho, não dou um “bom dia” e muito menos um sorriso a quem comigo se cruza. Sorrir para um desconhecido pode ser, na nossa sociedade, mal interpretado e talvez por isso as pessoas não sorriem para quem não conhecem. A capacidade de sorrir bem como a de falar, é inata e exclusiva da espécie humana, e tão pouco uso fazemos dela…! Contudo, trata-se do único gesto universalmente compreendido independentemente da idade, estrato social, crença ou cor da pele sendo por isso, um excelente meio de comunicação. Além disso, vários estudos científicos comprovaram que sorrir baixa a pressão arterial, reduz o stress, produz o relaxamento muscular e fortalece o sistema imunológico. De facto, sorrir põe em movimento 12 músculos da face, enquanto uma boa gargalhada movimenta 24… Por aqui se pode concluir que ao tonificar os músculos faciais o sorriso retarda o envelhecimento. Além disso, andar sempre carrancudo fingindo, ou não, que tudo está bem, não leva a lado nenhum. Sorrir, nem que seja um sorriso amarelo, faz bem à saúde, por isso, devia ser obrigatório.
“Sempre que possível, dê um sorriso a um estranho na rua. Pode ser o único gesto de amor que ele verá no dia.” (Papa Francisco)

terça-feira, 17 de março de 2015

ESTÁ NA HORA DE LHE DAR A VOLTA

Enquanto nas nossas escolas tentámos impingir meia dúzia de tretas a alunos minimamente interessados e a outros tantos sem capacidade para as assimilar, no Japão está a ser testado um projecto-piloto chamado "Mudança Corajosa" (Futoji no henko) com base nos programas educacionais: Erasmus, Grundtvig, Monnet, Ashoka e Comenius. Este revolucionário projecto treina as crianças como "cidadãos do mundo".
Nas escolas onde está a ser implementado não existe o culto à bandeira, não se canta o hino, não se vangloriam heróis inventados pela história. Os alunos já não acreditam na superioridade do seu país relativamente aos outros. Já não vão à guerra para defender os interesses económicos de grupos poderosos, disfarçados de "patriotismo"…
O enfoque deste sistema de ensino está na compreensão e aceitação das diferentes culturas com seus horizontes globais e não de cunho nacional.
O programa baseia-se nos seguintes conceitos:
- Zero patriotismo.
- Zero supérfluos.
- Zero tarefas.
E apenas 5 matérias, que são:
1. Aritmética voltada para negócios. Operações básicas e uso comercial de calculadoras.
2. LeituraLêem diariamente uma folha de um livro (escolha livre) que têm de acabar de ler numa semana.
3. Cidadania. Entender a cidadania como o pleno respeito pela lei, coragem cívica, ética, respeito às regras de convivência, tolerância, altruísmo e respeito à ecologia.
4. Computação.  Office, Internet, redes sociais e negócios on-line.
5. Línguas, alfabetos, culturas e religiões: japonês, inglês, chinês e árabe, com visitas de intercâmbio de famílias em cada país durante o verão.
Como resultado, aos 18 anos terão jovens que:
- Falam quatro idiomas, conhecem quatro culturas, quatro alfabetos e quatro religiões.
- São expert no uso de computadores.
- Lêem 52 livros por ano.
- Respeitam a lei, a ecologia e a convivência.
- Dominam a Matemática Empresarial.
(Adaptado de um texto de Francisco Javier Abad Vélez Decano Facultad de Negocios y Ciencias Empresariales)
E nós por cá, que competências desenvolvemos nos nossos jovens de 18 anos?
Está na hora de dar a volta ao nosso decrépito Sistema de Ensino.

segunda-feira, 16 de março de 2015

ESTÁ QUASE A CHEGAR...

Março é realmente um mês pleno de acontecimentos relevantes. Senão vejamos: a começar pelo meu aniversário, não esquecendo o Dia do Pai no dia 19, chega também a primavera, precisamente às 22h45 do dia 20. Porquê dia 20 e às 22h45? Simplesmente porque é o exacto instante em que o sol vai cruzar o equador celeste. Obviamente, porque estamos em Março, estou a referir-me ao equinócio da primavera no hemisfério norte.
Embora não seja a minha estação do ano preferida, (prefiro o outono) não deixo de saudar os primeiros raios de sol mais quentes, o desabrochar das flores e o perfume que paira no ar. Espero que a primavera nos traga muito sol já que de chuva estou farto.
A primavera chega dia 20 e ficará connosco cerca de 92 dias até ao Solstício de verão que ocorrerá a 21 de Junho pelas 17h38.
Outro acontecimento a não perder, até porque só voltará a ocorrer em 2026, é o eclipse total do sol no dia 20. Terá o seu início às 07h59 e termina às 10h08, sendo o seu máximo atingido às 9h01, conforme informação do Observatório Astronómico de Lisboa, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Outra coisa que muito me agrada neste mês é a mudança da hora dia 29, último domingo de Março. Neste dia, adianta-se o relógio uma hora para se entrar no horário de verão. O facto de os dias ficarem maiores, contribui sem dúvida para a alegria e boa disposição geral e para a minha em particular.

domingo, 15 de março de 2015

A PRINCESA DORMIU CÁ EM CASA

A nossa princesa hoje dormiu cá em casa mas quem não dormiu fui eu… Diga-se em abono da verdade que também ela pouco dormiu. Acordava quase de hora a hora a chorar sabe-se lá porquê! Talvez fossem dores de barriga, saudades dos pais,… a sonhar com monstros ou com o príncipe encantado…? Sim porque ainda não lhe disse, nem sei se algum dia lhe direi, que o príncipe encantado não existe. Talvez seja ela a descobrir que, tal como o Pai Natal, o Príncipe encantado não existe e muito menos os príncipes desencantados… Mas por enquanto, ela tem só 8 mesitos e não convém dar-lhe esse desgosto. Deixá-la crescer na doce ilusão de que existem príncipes encantados.
Com o tempo todos acabámos por entender que não existe ninguém perfeito. Na realidade, todos temos defeitos e qualidades… mas ninguém encaixa no estereótipo do príncipe perfeito.

sexta-feira, 13 de março de 2015

TRISTEZAS NÃO PAGAM DÍVIDAS

É comum na psicologia actual catalogar as emoções em positivas e negativas. Grande número dos psicólogos consideram emoções positivas: a alegria, a felicidade, a euforia,… Como emoções negativas dão como exemplo a tristeza, raiva, ódio, cólera, ira, rancor, desespero, medo, luto,…
Diz o povo, sempre pronto a inventar um aforismo para cada situação que “tristezas não pagam dívidas”. Se é certo que não pagam dívidas, não é menos verdade que não é assim tão fácil bani-las do pensamento nem deixar de as sentir. De facto existem por esse mundo cibernético fora múltiplos e doutos conselhos para aceitar ou banir as emoções negativas. Tudo muito correcto, coerente e lógico. Mas pôr em prática essas teorias é outra questão. Pode fingir-se que resulta e que essas emoções foram sublimadas mas lá no fundo, continua tudo igual. Certo, certo, é que emoções negativas geram pensamentos negros, enquanto as positivas produzem pensamentos luminosos e a interpretação dos pensamentos geram emoções…
Em dias de pensamentos negros, cinzentos ou menos claros, convidativos ao isolamento, melhor será falar pouco e nada escrever. Por isso mesmo, hoje fico por aqui…

quarta-feira, 11 de março de 2015

ESTÃO A CHEGAR AS"ANDORINHAS"

Com a temperatura a subir e o sol a brilhar, as "andorinhas " começam a chegar. Chegam em bandos de dois, três ou quatro, monopolizam os aparelhos e passadeiras como se não existisse mais ninguém a não ser eles na sua fúria desenfreada de recuperar o tempo perdido. Chegam com a proximidade do verão, permanecem durante dois ou três meses e partem a meio ou no fim do verão, daí que lhes chame "andorinhas"... Estou a falar da conhecida "corrida aos ginásios" com o principal e único objectivo de ganhar massa muscular para exibir nas praias e não só... O que os "andorinhas" desconhecem é que fazer musculação não se resume a levantar pesos. Existem outras actividades que contribuem para o aumento de massa muscular embora em menor escala. Tendo em vista o aumento de massa muscular, é conveniente começar pelo treino de força e intercalar ou finalizar com exercícios aeróbicos, como a corrida. Começando pela musculação terá mais energia para o levantamento de pesos. Uma boa pratica é também variar os exercícios de modo a sair da zona de conforto o que vai fazer com que os músculos se desenvolvam mais.
Para os iniciados o mais correcto é começar os exercícios com pouco peso e um maior número de repetições. Com o passar do tempo pode aumentar o peso diminuindo o número de repetições.

terça-feira, 10 de março de 2015

MORTE ANUNCIADA

Há muito que andava a dar sinais de que algo não estava bem mas lá se ia aguentando. Começou por precisar de amparo para o monitor porque a mola já não aguentava o seu peso depois começou a manifestar sinais de cansaço desligando-se a meio de um trabalho... Até que pifou de vez. Bem tentava iniciar o Windows mas sem resultado. Enfim, sinais de velhice de longos anos de trabalho. Com muito esforço e persistência consegui instalar um backup do sistema só que deparei com um problema: o Google não consegue abrir nenhuma página.
Decididamente achei que era altura de adquirir um novo portátil que me permitisse continuar a escrever os meus textos além de poder fazer diferentes operações pela Interne-te: pagamentos, transferências, preenchimento de declarações de impostos,...
Para o efeito desloquei-me à Fnac para fazer uma prospecção do que existe no mercado. A escolha revelou-se bem mais difícil do que eu pensava. Existem imensos modelos com diferentes características e preços... Fiquei indeciso e vou pensar melhor numa boa escolha de acordo com as minhas "tarefas".
Depois de centenas de actualizações o velho portátil lá conseguiu arrancar mas continua periclitante... É urgente passá-lo à reforma.

sexta-feira, 6 de março de 2015

UM CHEIRINHO A PRIMAVERA

É recorrente dizer-se que o tempo passa depressa. Vem isto a propósito de estarmos a alguns dias apenas da primavera. No jardim do condomínio as mimosas começaram já a florir anunciando a chegada da primavera. São sempre as primeiras flores a desabrochar por aqui. Em breve, a manter-se estes lindos dias de sol e temperatura amena, outras flores irão atapetar a berma das estradas, campos e jardins. Por toda a parte já se sente literalmente um cheirinho a primavera… é o odor intenso das mimosas a florir.
Bendito mês de março, o mês das flores…
A propósito transcrevo um poema de Alberto Caeiro (heterónimo de Fernando Pessoa)

Quando Vier a Primavera
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim. 

Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma

Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é. 

quinta-feira, 5 de março de 2015

NÃO ME IMPORTA FAZER ANOS

Não me importa fazer anos
o que eu não quero é envelhecer.
Envelhecer no sentido de perder
as minhas faculdades mentais e físicas…
Mais uma ruga, não importa
nem mais um cabelo branco
(como se fosse possível…!).
Não, não me importa fazer anos.
Quantos mais anos melhor…!
O que eu não quero mesmo
é “envelhecer”…
no sentido de ficar velho.

P.S. Há um pequeno erro de cálculo... veja se descobre

quarta-feira, 4 de março de 2015

GOSTAR OU NÃO GOSTAR

Isto de gostar ou não gostar tem muito que se lhe diga, ou talvez não. Há coisas que não têm explicação e gostar é uma delas. Nunca me preocupei muito em descobrir a razão ou razões que fazem o meu neto gostar particularmente de mim. Contenta-me saber (sentir) que gosta. O mesmo começa a acontecer com a nossa princesinha… Não se trata apenas de presunção, não. O sorriso rasgado que lhe ilumina o pequeno rosto e o constante revirar a cabeça para me localizar onde quer que eu esteja, são indícios de que começa já alguma empatia especial pelo avô. Confesso que há reciprocidade nesse sentimento. O mais certo é nunca nenhum dos dois vir a ser capaz de definir claramente por que gostam do avô assim como eu também não o sei dizer.
Se perguntarmos a alguém porque gosta de outra pessoa ou de alguma coisa, o provável é obtermos como resposta um monte de explicações que afinal não explicam coisa nenhuma… Sobre um objecto poderão dizer-nos que é pela cor, a forma, o valor sentimental ou monetário,… Sobre uma determinada pessoa poderemos ouvir razões como, a cor dos olhos, a simpatia, o cheiro, a maneira de estar, o charme, o físico,… God!!!! O físico…! Isso não é gostar, é atracção física, é puro impulso sexual…!
Quando se gosta de alguém, mas gostar mesmo a sério, não há explicação possível. Gosta-se porque se gosta. Nem sempre se encontram as razões fundamentais que nos fazem gostar ou não gostar de alguém.

segunda-feira, 2 de março de 2015

PORQUE HOJE É SEGUNDA-FEIRA

O facto de hoje ser segunda-feira não me aquece nem arrefece. Com esta sentença corro o risco de perder a totalidade dos meus já poucos leitores ou provocar os mais indignados comentários. Socialmente é inaceitável dizer que se gosta ou mesmo que se é indiferente à segunda-feira. As manifestações contra este dia proliferam por toda a parte, na TV, na rádio, nas redes sociais, nas conversas… Todos manifestam a mesma ansiedade pela sexta-feira. Parece que a vida se faz apenas entre sexta e domingo… Então e os outros dias?
Já estou a ouvir vozes discordantes de quem me conhece e lê estes posts – pois falas assim porque já estás aposentado. A verdade é que sempre encarei a segunda-feira como encaro os outros dias da semana. O que efectivamente faz a diferença é o que acontece em cada um desses dias. Podem ficar assinalados por bons ou maus momentos o que faz deles dias bons ou dias maus.
Hoje é segunda-feira, nada a fazer que altere esta realidade, por isso, sorria, deixe de lado essa cara séria de segunda-feira…
Por motivos pessoais, não deixo de sorrir… porque hoje, é segunda-feira.

domingo, 1 de março de 2015

PORQUE HOJE É DOMINGO

Ao Domingo raramente saio de casa por vários motivos. São os centros comerciais completamente atulhados de gente que deambula por ali sem a mínima intenção de comprar seja o que for, as estradas ficam entupidas de condutores (os rolhas) que só tiram o carro da garagem no dia do Senhor, os restaurantes sobrelotados por famílias completas cuja prole nem sempre se comporta da forma mais civilizada…
Se o domingo chega num dia de sol, não foi o caso hoje, as praias e jardins públicos são invadidos por uma vaga enorme de gente…
Como detesto multidões, chega mesmo a ser uma fobia, raramente saio de casa ao domingo. O percurso mais longo a que me atrevo é ir a pé até ao café da esquina para tomar o pequeno-almoço. O resto do dia é passado em casa com a minha mulher a trabalhar e eu a escrever, a ler ou a ouvir música.
Raramente saio ao domingo como já disse mas hoje até saí. É assim de quando em vez quando os amigos nos desafiam para um almoço complementado pela voltinha dos tristes, o que não impede que se passe um bom domingo em boa companhia.
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