QUEM NÃO ACREDITA EM BRUXAS?

A frase nem sequer é “nossa” mas nem por isso deixa de andar na boca de muita gente, já faz parte do nosso léxico do dia a dia. Toda a gente diz sinceramente que não acredita em bruxas, pelo menos com aquele aspeto com que se apresentam na literatura infantil mas, como dizem “nuestros hermanos”, que as há, há,… não fique qualquer duvida que apoie esta afirmação.

Por muito que se diga não acreditar em bruxas, não invalida que se acredite em energias, positivas ou negativas, comuns a todos os seres vivos. As energias positivas promovem um ambiente limpo e estável embora nem todos possuam esta capacidade. Infelizmente, as energias negativas são mais frequentes, elas contaminam todo o ambiente… Existem verdadeiros “especialistas” em energias negativas e o pior, é que não sabem que o são… nem conseguem evitar essas energias.

Toda a gente gosta de ter uma casa “arrumada” livre de energias negativas mas isso não chega. Apesar da pouca importância que se atribui à cor, ela consegue contribuir para o equilíbrio entre as tais energias. Basta uma parede pintada de amarelo para ajudar a neutralizar as energias negativas contribuindo assim para a limpar o ambiente.

A MORTE DE UM ANJO

No início de carreira, Virginia Woolf começou por escrever pequenos textos jornalísticos mas, com o tempo, veio a tornar-se uma excelente escritora e, nessa qualidade, deu imensas palestras. Numa dessas palestras, Virgínia contou que quando escrevia, a sombra de um anjo soprava-lhe ao ouvido como escrever para que os seus textos tivessem sucesso.

De tal modo o anjo a perseguia e atormentava que um belo dia decidiu matá-lo. Só assim a sua escrita seria mais autentica …

É obvio que Virgínia não matou ninguém nem nunca existiu o tal anjo.

O anjo era uma figura de retórica que ela usou como mera alusão aos seus próprios fantasmas.

Os anos passaram, a vida deu muitas voltas ao ponto de se pensar que os fantasmas não existiam… Por muito que se queiram ignorar, é durante a infância e mais tarde, na adolescência que travámos conhecimento com os nossos fantasmas. Não todos…

Alguns ficaram não se sabe bem onde até que um dia, sem que nada o previsse, eles surgem do nada como se estivessem sempre ali.

Há quem lhe dê o nome de “medos” mas, seja qual for o nome, todos têm os seus fantasmas e não me venham com essa treta de dizer que não se teme nada nem ninguém pelo que não é preciso matar os fantasmas ou… medos.

Não é verdade que os fantasmas surjam assim do nada, simplesmente estivam adormecidos se bem que uns são mais dorminhocos do que outros mas todos acabam por acordar.

LIÇÕES DE MORAL QUE AS LENDAS NOS DÃO

Seja qual for o destino há quem não se separe do smartphone, tablet ou mesmo do computador. No caso de Pandora, a primeira mulher que os deuses enviaram para a Terra, levava consigo para toda a parte uma caixa da qual desconhecia o conteúdo. Além da caixa, acompanhava-a também uma enorme curiosidade sobre o conteúdo dessa caixa. Um dia, não resistindo mais à curiosidade que a consumia, decidiu abrir a caixa donde saíram todos os males que ainda hoje continuam a assolar a Terra como a presente pandemia que ataca toda a gente.

Como todas as lendas gregas também esta transmite uma lição de moral. Quantas vezes transportamos, não os males do mundo, mas os sentimentos que deviam ter ficado no passado?

Podem não afetar a parte física, mas as emoções estão lá todas, fechadas dentro de uma inseparável caixa que não desperta a menor curiosidade, sabemos muito bem o que ela contém…

Evidentemente que na lenda, ao ver o mal que tinha feito, Pandora fechou rapidamente a caixa. Só que não foi suficientemente rápida para impedir que a Esperança saísse…

MUDAR DE RUMO

Dar “guinadas”, no sentido literal, refere-se a uma mudança súbita de rumo o que nem sempre é verdade, digo eu que sou especialista.

Muitas vezes, em vez de seguir em linha reta, fazem-se curvas desnecessárias que não se pensavam dar. Quanto às outras, as tais que se deviam dar ou que já deviam ter sido dadas é melhor nem falar…

Mudar de rumo subitamente sem razão aparente, continua a ser estranho para muita gente, por isso, não admira que se ouça dizer, Que pena! Era um senhor tão atilado antes de se meter na bebida…

Mudar, com ou sem guinadas, não tem um momento certo, é sempre tempo de mudar, virar a página ou então, em casos extremos, mudar de livro. Existem muitos livros e outros tantos autores que se debruçam sobre o tema onde descrevem certos casos e diferentes assuntos, nem sempre os mais fiáveis.

De qualquer modo, que não sirva de pretexto para excluir o saudável hábito de ler. Os livros levam-nos a conhecer outras mentes, possibilitam novos conhecimentos que de outro modo nunca teríamos oportunidade de conhecer.

QUALQUER QUE SEJA A RELIGIÃO

Não consigo deixar de sorrir quando ouço falar em deus, seja ele qual for, Deus, Maomé, Buda e outros quejandos.

Penso que Deus não existe. O que existe é algo transversal a todas as religiões, uma vez que todas preconizam o amor ao próximo e o próximo pode ser qualquer um de nós… Isso leva-nos a ser mais tolerantes ao ponto de aceitar que cada um se relacione com o seu deus de acordo com a fé e a sua cultura.

Mas atenção, não crer em Deus não significa que Ele não exista. Não acredito em Deus tal como o “pintam” …. Porém, creio que uma “força” divina rege os nossos destinos. Sem excluir a ideia  de que todos adoramos afinal o mesmo deus, independentemente do nome que ele adota, não há religião ou ideologia que o sustenta.

Não acredito em deus tal como já não acredito na paz nem na guerra. O facto é que a injustiça e a guerra alastram-se por todo o globo tal como esta pandemia do coronavírus.

No meio de tudo isto que todos se lembrem que afinal, qualquer que seja a religião, todos amam o mesmo deus, a tal força sobrenatural que rege os nossos destinos.

A VER PASSAR OS AVIÕES

A capacidade de se colocar no lugar do outro antes de julgar além do pouco uso, revela uma enorme inteligência. Colocar-se de ambos os lados é um exercício que exige muito treino e principalmente, muita prática. Estava à janela num desses momentos de introspeção, a vê-los passar no horizonte.

Passavam aos milhares, isto é um exagero, mas passavam de vez em quando numa rota paralela ao edifício. Seguindo essa rota, os motores dos aviões não produzem um mínimo de ruído.

Como entretanto se instalou um “teto” demasiado baixo, a rota dos aviões rodou um ângulo de 90º ficando perpendicular ao prédio. Nesse caso, o ruído dos motores torna-se bastante audível como se os aviões passassem mesmo em cima da cabeça, salvo seja!

Nem era preciso seguir a rota dos aviões para “adivinhar” o tempo que faria no dia seguinte contudo, seguir os aviões no seu percurso é um vício mais forte que a vontade, por isso, permaneci por ali não sei quanto tempo a vê-los aterrar e a ouvi-los descolar…

MUDA A HORA, MUDA A SORTE...

 

Não se pode dizer que seja  complicado andar para trás ou para a frente com os ponteiros do relógio ao sabor dos equinócios, aliás todos os anos acontece o mesmo bailado. Há os que defendem estas mudanças que obrigam ora a adiantar, ora a atrasar os relógios.

Polémicas à parte, não gosto que os dias se tornem mais curtos e consequentemente anoiteça mais cedo! Não gosto da penumbra que se abate sobre tudo e todos nesta época do ano. Acho-a triste não só pelo facto de escurecer mais cedo mas também por obrigar quem estuda ou trabalha a sair já de noite.

Segundo reza a lenda, a mudança da hora deveu-se a Franklin que, no intuito de poupar as velas usadas para iluminação, obrigava as pessoas a deitarem-se mais cedo…. Também há quem atribua este triste hábito à escassez dos recursos energéticos existentes em tempo de guerra. Mas será que uma medida tomada em 1916 ainda faz sentido nos nossos dias?

Quer se goste ou não, ocorreu esta madruga o dia mais longo do ano visto que se “ganha” mais uma hora… de sono. A partir de hoje, os dias vão começar a ficar mais curtos e as noites a chegar mais cedo.

Esta mudança dá-se sempre no último domingo de outubro, quando os ponteiros do relógio marcarem as 02 da manhã, o ponteiro dos minutos deve ser  atrasado para a 01 hora.

VAI MUDAR A HORA

 

Acontece duas vezes por ano, os ponteiros dos relógios andam numa “fona”, ora se atrasam, ora adiantam uma hora…

No próximo domingo e em conformidade com a legislação em vigor, a hora legal vai mudar.  Como sempre, o horário de verão vai terminar no último domingo deste mês. Nesse dia, os relógios devem ser atrasados uma hora às duas da madrugada…

Mudar ou não mudar a hora? São dúvidas que prevalecem em muitas mentes e são fruto de acesa discussão. A polémica continua apesar da falácia de alguns argumentos a favor da saúde da população. Mudar de hora duas vezes por ano, dizem os especialistas,  pode ser bastante nocivo sobretudo para certos grupos da população mais vulneráveis.

Defendido por alguns o argumento da poupança de energia, este mito cai por terra. Segundo estudos realizados em vários países da europa demonstraram que a poupança de energia com o horário de verão era cerca de 0,05%...

Há especialistas que defendem acabar com estas mudanças de hora que trazem beneficio indiscritível ao nosso ritmo biológico. Sabe-se que os episódios de AVC aumentam consideravelmente nos dois dias que antecedem estas mudanças de hora já não falando nos doentes oncológicos cujo aumento ronda os 25%.

Com o horário verão existirão mais horas de luz permitindo assim um maior número de pessoas na rua o que possibilita prolongar o horário de trabalho do comércio…

BODAS, QUAL A ORIGEM?

Como quase todas as palavras do português, o termo “bodas” deriva do latim com o significado de “promessa” seja ela qual for. O termo frequentemente usado no plural, refere-se a qualquer aniversário de casamento seja ele civil, religioso ou união de facto. Em função do tempo de duração, mais valioso e resistente seria o material relacionado…

Ao que se julga, a tradição teve origem na Idade Média como homenagem aos casais que comemoravam 25 ou 50 anos de casamento ganhando uma coroa de prata quem completasse 25 anos de casados e uma coroa de ouro para os que completassem 50 anos.

Ao longo dos anos esta tradição foi-se modificando de acordo com a sociedade e passou a celebrar-se cada aniversário de união.

BODAS DE AZEVICHE

 

O Azeviche também conhecido como Âmbar, é uma gema de cor negra muito usada em joalheria na confeção de diversas joias. Admitindo que nem todos conhecem esta “pedra”, direi apenas que se trata de uma gema fóssil de cor negra.

Atualmente em desuso fora da joalharia, o Azeviche era muito usado para confecionar diversos objetos aos quais se atribuíam poderes de proteção espiritual. Atribuíam-se a esta pedra poderes que lhe conferiam o estatuto de amuleto contra todas as doenças, para afastar pessoas negativas e evitar ataques de magia negra e inveja… Poderosa esta gema que ainda hoje se acredita nos seus poderes…!

Em vésperas de festejar outra boda, a expressão “bodas de Azeviche” que, dita no plural, significa mais um aniversário de casamento que se celebra numa certa data de acordo com o evento e o material com o qual se relaciona.

Ao longo do tempo, as diferentes culturas foram assimilando esta tradição celebrando em cada aniversário de casamento um nome diferente. Chegou a vez de se celebrarem as bodas de azeviche apesar do coronavírus que se instala em qualquer parte e continua a matar por esse mundo fora…

Para mais informação consultar:

http://pensamentosadivinhascoisasminhas.blogspot.com/2012/09/bodas-de-casamento.html

POETAS E POESIA

 

Ninguém é obrigado a gostar. Toda a gente tem direito a gostar ou não gostar de poesia, é uma opinião e, como tal, merece ser respeitada. Se me pedissem agora uma definição de poeta, diria que poeta… é ser poeta. Ser poeta não se explica, ninguém se torna poeta porque se decidiu. Não é poeta quem quer.

Considerando poesia como um aglomerado de versos que podem ou não rimar ou se gosta ou não se gosta, não se compreende o meio termo. Só quem a souber ler e, além de ler, souber interpretá-la, pode firmar que não gosta de poesia . Trata-se de uma forma de expressão que usa uma linguagem muito própria, direi mesmo metafórica.

Sem pretender encontrar uma definição correta de poesia, direi só que poesia… é poesia. Não se define.

Quando não se gosta, a poesia torna-se massuda, chata e sombria.

Poeta ou não, vou tentando rimar sem demonstrar qualquer dor de tal maneira que, citando Pessoa, o poeta é um fingidor, chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.

O QUE DIZEM OS POETAS

 

De nome próprio António Pereira Nobre, mais conhecido como António Nobre, nasceu no Porto e faleceu na Foz do Douro vítima de tuberculose. O poeta, oriundo de uma família abastada, chegou a frequentar a universidade de Coimbra mas, após várias reprovações, foi na Sorbonne em Paris, que se formou em Direito.

Apaixonado por Leça da Palmeira a freguesia rendeu-lhe uma singela homenagem cravando num rochedo (junto à casa de chá da Boa Nova) parte de um poema do poeta…

Estudos mais ou menos recentes já comprovam que um bom livro de poesia é favorece mais a saúde do cérebro do que muitas outras leituras. Com efeito, um bom livro de poesia estimula todo o lado direito do cérebro onde residem as recordações de uma vida. Por meio dessas pesquisas foi possível concluir que o cérebro humano é mais estimulado por palavras desconhecidas do que por outras palavras que já conhece acabando os poetas por dizer coisas que nem eles próprios sabiam…

O MAR AO FUNDO

Observando com mais atenção, constato com alguma surpresa que o mar serve de fundo à quase totalidade das minhas fotografias, desde as mais antigas à mais recentes.

Vendo bem não subsiste grande surpresa visto que o mar exerceu sempre um estranho fascínio. Nem sequer vou tentar esconder o tal fascínio. Perante esta realidade, de que adianta resistir-lhe?

Alguém disse, não sei se é o mar que me leva, ou se o levo dentro de mim. De fato, para onde quer que vá, o mar chama por mim e, por muito que o observe, nunca se mostra da mesma maneira. Varia conforme a hora em que se observa e o dia da semana. Ora exibe uma cor azul turquesa que se funde com o próprio pensamento ora exibe um verde claro ou escuro, conforme está muito ou pouco zangado… Admirando a imensidão do mar ninguém sabe, com certeza,  onde começa e onde acaba.

Às vezes, de vez em quando, o mar assume outras facetas, outras marés como diriam os entendidos mas conservando sempre algo de atrativo na diferença, outro mar dentro do próprio mar.

Quer desperte sereno ou fora de si,  o mar é sempre o mar. É essa a natureza do mar. O mar é assim!

Quantas vezes, ali sentado, passei horas ouvindo o que o mar dizia.

Chorámos, rimos, cantámos. Falou-me do seu destino, do seu fado...

Ele afastou-se calado; Eu afastei-me mais triste, mais doente, mais cansado…  (António Boto)

Sim, por que o mar também fala….

OS TELEFONES

Confesso que nunca gostei daquele aparelho chamado “telefone” que existia nalgumas casas. Com o advento dos telemóveis o aparelho designado por este nome caiu em desuso, mas era lá, no hall da maioria das casas que se instalava frequentemente o dito aparelho, por uma questão de economia.

Por estranho que pareça, ainda há pouco este aparelho, prisioneiro de um fio preso à parede, destinava-se a receber ou emitir as mais diversas mensagens comprovando assim a sua grande utilidade quer social quer profissionalmente. Por mais cores e feitios que lhe fossem atribuídos, não passava de um aparelho frio e sem vontade própria que apenas despertava atenção sempre que “tocava”.

Atualmente, o telefone ainda existe fazendo parte de qualquer “pack” das diferentes operadoras, mas com mais mobilidade, feitios e cores mas a aversão que desperta continua a ser a mesma. Quando toca, ignoro-o por longos períodos de tempo como se, com essa atitude, evitasse a entrada de uma má notícia. Através dele apenas chegam até nós simples palavras, algumas emoções imanadas de parte a parte.

QUE SOTAQUE É O MAIS CORRETO?

Ter ou não ter qualquer sotaque é muito subjetivo, depende do local em que se nasceu e cresceu, do ambiente familiar, dos colegas de infância, do grau de cultura de cada indivíduo,…

A manifestação do inconfundível sotaque nortenho admite, a quem nasceu no sul, pensar que se trata de um indivíduo “parolo” enquanto no norte, o sotaque sulista é olhado pelos autóctones com alguma curiosidade aliada a uma certa desconfiança. Já não me atrevo a falar no sotaque alentejano que, de tão imitado, ganhou estatuto nacional. Não há anedota que não se apoie numa imitação, ainda que grosseira, do sotaque alentejano. Também não menciono o sotaque das ilhas que por vezes difícil é de entender.

Nascido e criado em plena cidade do Porto, era suposto ter algum sotaque. Já não digo o caraterístico sotaque portuense mas, pelo menos, um sotaque. Que me lembre, nenhum familiar apresentava algum sotaque que os ligasse à terra onde nasceram.

Se é verdade que, através do sotaque é possível identificar a terra de nascença nem sempre funciona. De todos, qual é o sotaque mais correto? Nunca perder de vista a língua portuguesa… e os diferentes acordos ortográficos!

UMA AJUDA É SEMPRE BEM VINDA

 

Nem sempre a ajuda que parece ser a melhor é a mais adequada. A simples deslocação para qualquer sítio ou simplesmente atravessar uma rua, apesar de não solicitada, uma ajuda é sempre bem-vinda. Qualquer ajuda, embora não solicitada, é como perguntar a um cego se quer ver! Apesar de mórbida, a questão posta assim, só pode ter como resposta, um “sim”, excluindo a hipótese do talvez. Claro que a maioria dos cegos quer ver. Mas também a resta pode ser um “não” e, nesse caso está tudo resolvido, o cego continua cego e não se fala mais nisso…

Qualquer deslocação exige uma avaliação criteriosa  da ajuda a dar, isto é, se a ajuda é ou não necessária. É uma questão de sensibilidade a verificar caso a caso. Qualquer incapacidade manifesta sempre algumas sequelas visíveis a olho nu, enquanto nuns se carateriza por ligeiras (ou profundas) alterações de postura “normal”,  noutros são tão evidentes que qualquer alteração é logo notada. Em qualquer caso, nunca se deve recusar uma ajuda… quando necessária!

Como diz a lenda: O pior cego é aquele que não quer ver...!

CHORAR... MAS DE ALEGRIA

Chorar a rir não é o mesmo que rir a chorar. Parece um simples trocadilho sem qualquer significado mas acabam por ter diferentes significados em diferentes contextos. Rir e chorar nem sempre andam separados são ditados por momentos perfeitamente distintos, podem traduzir uma mistura de sentimentos…

A experiência diz-nos que é possível chorar de tanto rir. Nessas ocasiões, as lágrimas inundam-nos os olhos, rir com vontade durante muito tempo provoca esta reação e nem é preciso recorrer a qualquer emoção. As lágrimas podem acompanhar momentos de alegria mas também de tristeza, nesses momentos provocam o riso ou uma profunda prostração é o que acontece quando se chora por dentro e se tenta esconder a dor que realmente se sente. É o tal rir com vontade de chorar…

Também há quem ria e chore sem precisar de qualquer motivo aparente, é o que acontece, por exemplo, com os artistas ou a quem sofreu um AVC.

Como todas as regras há sempre uma exceção, o melhor é rir mesmo se vontade ou motivo. Realmente o riso é contagioso, o difícil é parar!

CHAPÉUS HÁ MUITOS...

Como diria Vasco Santana, Chapéus há muitos…

Sem querer ser mais um palerma, há que saber escolher e sobretudo usá-los. O mau uso do chapéu pode arruinar drasticamente a imagem de quem o usa. No primórdios, o chapéu tinha a única finalidade de proteger as cabeças do frio ou do calor mas depressa se tornou indispensável qualquer que fosse a indumentária usada. Nenhum homem se aventurava a sair sem o imprescindível chapéu porém, com o correr do tempo, ele acabou esquecido no guarda-fatos.

Embora fosse usado exclusivamente por homens de idade avançada, com a emancipação da mulher o chapéu masculino tornou-se num acessório de moda usado por ambos os sexos.

Atualmente os chapéus voltaram à ribalta deixando de ser um atributo exclusivamente masculino o seu uso estendeu-se a todas as idades e a qualquer sexo se bem que, à mulher, a moda sempre permitiu usar chapéu em diversos ambientes…

Por estar na moda, hoje há chapéus dos mais  diversos modelos, cores e texturas, usados em qualquer ocasião contudo deve evitar-se o seu uso nos locais de estudo ou de trabalho e, sobretudo, quando se está à mesa… São conceitos muito antigos bem sei, mas que ainda hoje fazem toda a diferença.

DICAS E MAIS DICAS

Dicas… e mais dicas

Encontram-se por todo o lado imensas dicas para iniciar o PC ou tablet em Modo de Segurança mas nem uma sobre aquele momento de difícil escolha opção que é a reforma, mesmo encarada como um tempo propício para dar largas àquelas tarefas e vontades inconfessadas que toda a gente tem. O problema, na minha opinião, está no modo como se encara esse momento que também implica aceitar a idade que se tem.

Na prática, pode optar-se pelo “modo ativo” ou pelo “modo reformado” sendo que não existe compatibilidade entre os dois de forma a fazer-se uma escolha consciente entre eles.

A diferença entre os dois modos acaba por se notar em diversas situações do dia a dia. Enquanto que, no modo ativo a deslocação é feita rapidamente, com toda a facilidade e segurança, em modo reformado, a mesma situação é feita (quando se faz) de forma bastante hesitante e insegura exigindo o dobro do tempo para realizar essa mesma tarefa. O problema é tanto mais grave quanto a maioria das pessoas se encontra em modo ativo e apenas um em modo reformado…

Admitindo que se tratam de modos completamente diferentes torna-se evidente que é inútil tentar conciliar os dois e, para agravar a situação, há os que teimam em permanecer no modo ativo embora tendo atingido a idade do modo reformado.

Enfim, é uma simples escolha, uma opção… não fora aqueles para quem a idade da reforma chegou cedo demais.

SEGUNDA FEIRA, OUTRA VEZ?!

 

Podia dizer que não lhe sinto a falta mas isso seria mentira. Admito que me fazem falta quer a família, os amigos, os conhecidos… enfim tudo e todos. Uns mais do que outros, é evidente. Mas fazem-me falta.

Por vezes os familiares mentem ou então omitem mas os amigos geralmente não mentem… escondem a realidade circundante. Têm dificuldade em mentir e, se por qualquer razão uma mentirinha piedosa lhes assoma aos lábios, fazem aquela cara que revela o que as palavras não dizem.

Em princípio gosto que me digam a verdade sejam eles médicos, familiares ou amigos. Acho que já passei aquela fase que nos permite dizer aquilo que nos vai no pensamento, mesmo que fira os ouvidos de quem escuta.

Apesar da companhia, continuo cegamente a seguir o caminho que tracei mesmo sabendo que não me leva a parte nenhuma.

Termino com esta frase que, embora não seja minha, diz muito daquilo que penso, o fim de semana era sempre uma desilusão, e depois vinha novamente segunda-feira e tudo recomeçava, e a vida era aquilo, não havia mais nada.

MAIS UMA ESTRELA NO CÉU

Mais um ano que passou, assinala-se hoje a tua partida, a nova estrela que apareceu no céu… O tempo passa mas as recordações ficam… foi apenas uma ausência física já que ainda se sente a tua presença. Continuas incansavelmente a levantar-me depois de cada tombo, quem me cura as feridas, quem me abranda as dores com os teus remédios caseiros… És tu quem ainda me conta aquelas histórias inacabadas já mil vezes repetidas mas que consigo recordar palavra a palavra…

Assinala-se neste dia a tua ausência partiste deste mundo onde nada mudou, o trânsito continua caótico, há quem se dirija para as suas tarefas diárias, o vento continua a soprar arrancando as folhas das árvores onde outrora os pássaros chilreavam alegremente,..

O mundo nem deu pela tua ausência. No fundo nada mudou, a mesma saudade, o mesmo medo de não ter feito o que devia, a mesma dor de não ter sabido estar presente quando mais precisavas…

Assinala-se hoje a triste data em que partiste, ficaram no passado aqueles momentos tão banais que nem a nova geração consegue animar …

E SE FOSSE COMIGO?

 

Gostava de ver o programa E Se Fosse Consigo? que passava numa das estações de TV logo após o Jornal da Noite. Não perdia um episódio deste programa a não ser por motivos de força maior. Gostava de ver, não por uma questão de simpatia pela jornalista apresentadora uma vez que nem a conheço mas pelos temas abordados.

O programa, permitia pôr à prova a capacidade de intervenção de cada pessoa em defesa de outrem. Demostrava que afinal não somos deuses para decidir seja o que for.

Colocar-se em ambos os lados da questão, além de revelar inteligência é essencial para fazer uma análise isenta e mais justa. É claro que as situações retratadas eram ficcionadas mas, e se fosse consigo? E se fosse verdade? Qual seria a reação perante estas situações?

Cada situação, por si só, era o bastante para por em evidência o grau de intolerância, preconceito e violência que se aninha no fundo de todos nós.

TÃO PERTO E TÃO LONGE

Embora ande na boca de toda a gente, a distância social recomendada é cada vez menos praticada. O vírus agradece, instala-se e assim e ataca com mais facilidade. Não falo só do Covid-19 mas de todos os vírus, inclusive o da gripe que vem a caminho…

É frequente falar-se na proximidade entre pessoas mas quando se trata de uma recomendação é quando menos se pratica. Manter ou não aquela proximidade tão desejada mas que se impõe, por vezes é difícil já que faz parte dos hábitos dos povos latinos. A proximidade impõe-se como fundamental em qualquer relacionamento e é extensiva a todos os grupos sociais.

O conceito de proximidade tem mudado muito ao longo do tempo, mudança que é considerada por alguns como um ponto positivo mas, como conceito que é, a disseminação do covid-19 alterou-o completamente. Cada um vai-se adaptando como pode à nova realidade embora nem sempre com a mesma velocidade com que o vírus se à propaga.

O distanciamento social bem como o uso (correto) de máscaras  tem vindo a ser implementada paulatinamente pela DGS.

Vamos a ver onde este comportamento nos conduz.

UMA NOVA FASE, SIMPLESMENTE

Raramente saio e, quando saio, é geralmente para ir a uma ou duas das muitas consultas. Numa dessas raras incursões ao exterior, apercebi-me de uma nova fase da vida, a adaptação. Até hoje, tinha canalizado quase toda a energia para recuperar a vida que perdi, uma vida que afinal não volta nunca mais.

É inútil pensar que se pode recuperar o que definitivamente se perdeu. Ressalve-se que, no meio do azar, ficou intacta a noção do que ficou para trás e do que se encontra no presente.

Nesta nova fase, deixou de dar-se tanta importância à opinião dos outros, cada um pensa de acordo com o “mundo” que habita e o ambiente que o rodeia desde que nasceu. Muitas das amizades de outrora não resistiram à mudança e seguiram o seu caminho cada vez mais distante, em compensação, outros ficaram… Não importa, se podem ou querem ficar, aliás todos podem seguir o seu caminho sem que lhe guarde desse facto qualquer rancor.

Chegar até aqui não é fácil e só se atinge abandonando tudo o que passou como se fosse outra vida o que pode ser duro e doloroso… É uma fase que pode demorar alguns anos a alcançar e que nem todos estão prontos para a atingir contudo, é este o caminho a seguir.

OUTROS DIAS

Os dias passam iguais

mas tão diferentes daqueles dias

que já lá vão…!

Todos os dias são diferentes no seu todo

embora pareçam sempre iguais…

Mas há dias que parecem

dias de sol em plena chuva

e dias de chuva cheios de sol…

Há dias em que se fica à espera

que aqueles dias… voltem!

Há dias assim…

AGORA ANDO DEVAGAR...

Cada vez que ouço esta canção lembro-me da antiga pressa em contraste com o ritmo atual. Agora ando devagar porque já tive pressa…

Na verdade, enquanto somos novos e muito menos depois de velhos, ninguém nos avisa que a nossa zona de conforto pode mudar repentinamente, de um momento para o outro. É uma daquelas coisas que toda a gente sabe, mas ninguém quer ouvir. O que dantes parecia moroso, hoje demora uma eternidade e a situação piora quando se adormece com uma certa idade e se acorda com a idade de um idoso…

Pois é, ninguém nos avisa que vamos ficar velhos, mais lentos e que precisámos de algum tempo nos habituarmos à nova realidade!

Há coisas que acontecem depressa demais outras, nunca mais acontecem, o mal está no tempo que se foi… Hoje, por trás da máscara, sorrio quando chego a qualquer lugar só por que consegui lá chegar.

Já não se ouve com tanta frequência esta canção que ainda teima em bailar-me na mente, ando devagar porque já tive pressa e levo este sorriso porque já chorei demais…

Já lá vão os dias em que calcorreava depressa ruas, passadeiras de peões e passeios estreitos mas é preciso continuar em frente.

https://www.youtube.com/watch?v=hOGeQ96fGtU

A CHUVA VEIO PARA FICAR?

 

Embora o dia não esteja muito convidativo para ir até à praia há sempre um shopping que espera por nós apesar de se celebrar mais um dia especial, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.

Apesar das restrições impostas pelo vírus que anda por aí, para a maioria das pessoas é mais um feriado ainda com a sorte de “calhar” logo depois de domingo. Sem escola e sem afazeres profissionais, era improvável ignorar o convite duma ida até à praia.

Em abono  da verdade, ainda há muita gente que conhece a origem deste feriado apesar  da praia que insiste em chamar.

O dia é encarado como um prolongamento das férias de verão com efeitos nefastos no clima mundial mas como as consequências acontecem lá muito ao longe, não merece que se dê muita atenção. Não entrando nem a política, nem politiquices, evitam que se comemore a substituição da monarquia pela República proclamada nos Paços do Concelho de Lisboa na manhã em 5 de Outubro em 1910. No mesmo dia, a família real abandonou Portugal a caminho do exílio no mar da Ericeira. A partir dessa data, Portugal deixou de ser uma Monarquia para ser uma República. Diferenças?

Cada um que responda de acordo com a sua ideologia, respetiva cor e a sua vivência. Mudar é uma necessidade escondida em todos nós, nem que seja mudar e voltar ao mesmo.

Apesar do sol, cabe-me lembrar que hoje é dia cinco de Outubro, feriado que comemora a implantação da República Portuguesa.

ENQUANTO O SOL NÃO VEM

 

Não precisava que investigadores da Universidade de Montreal viessem comprovar que o Sol é uma estrela! Toda a gente sabe, mas agora ficou comprovado, graças ao trabalho desenvolvido por esses investigadores. Ninguém questiona que o Sol é uma estrela e muito menos a sua importância vital para toda a vida. Deus nos livre de pensar sequer numa Terra onde o sol não existisse…!

É graças aos raios ultravioletas do sol que a nossa pele adquire o tom bronzeado quando exposta ao sol. É claro que essa exposição inteligente é maior no verão. Um erro muito comum é pensar que no inverno o sol é inofensivo, a radiação emanada pode este astro é igual à do verão, tornando-se prejudicial para a pele. Perante isto, nunca se deve descurar a proteção que alguns cremes e loções nos oferecem sobretudo quando se praticam atividades ao ar livre.

No entanto, nem sempre o sol é responsável pelo tão desejado bronzeado de verão, é necessário que a vitamina D dê uma ajuda na fixação dos raios solares. Por outras palavras, nem sempre o sol é o bastante para que se adquira aquele tom bronzeado que tanto sacrifício custou a adquirir… É o que vulgarmente se diz, “trabalhar para o bronze”. Este “trabalho” não fica isento de um horário saudável para apanhar banhos de sol…

No caso de ser um defensor desse belo tom de verão durante todo o ano deve recorrer-se a uma receita muito simples para ajudar sem grande “trabalho”: Num liquidificador, misture 2 cenouras (partidas às rodelas) com metade de uma manga e duas laranjas. Prepara assim um sumo que ingerido uma vez por dia permitirá que o tom bronzeado se prolongue por todo o ano.