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sexta-feira, 29 de abril de 2016

MOMENTOS DE PAUSA

De vez em quando, a vida obriga a alguns momentos de pausa. Umas vezes para retomar o fôlego e seguir em frente outras, além do necessário descanso, para fazer a escolha de novos caminhos.  Há ainda aquelas pausas destinadas a uma análise sobre o caminho percorrido de forma a decidir continuar ou mudar radicalmente de rumo.
Seja por que motivo for, as pausas são necessárias à estabilização do tão precioso equilíbrio interior.
Na correria dos nossos dias nem sempre há a oportunidade de parar para refletir nas decisões a tomar, por isso se cometem os maiores erros nas escolhas acabando-se por viver em plena desarmonia física e mental.
Sempre que a vida o exigir, faça uma pausa e, se necessário, mude radicalmente de caminho senão, siga em frente contra ventos e tempestades…

quinta-feira, 28 de abril de 2016

POR MENORES QUE SEJAM OS PORMENORES

Há quem considere os pormenores de somenos importância em qualquer contexto. Seja pela sua pouca importância ou por temerem que possam prejudicar a objetividade do julgamento ao focar a atenção no acessório em detrimento do essencial, os pormenores são pouco valorizados.
Gosto de estar atento aos pormenores porque sempre me transmitem uma qualquer mensagem, boa ou má. Em determinadas circunstâncias, os pormenores falam por si. Através dos pormenores, quer seja na decoração de uma casa, no modo de vestir ou na forma de estar na vida ou num relacionamento é possível fazer uma ideia, embora que vaga, da personalidade de uma pessoa.
Por menores que sejam os pormenores, eles estão muitas vezes na base de grandes mudanças. São eles que fazem toda a diferença na avaliação de determinadas situações e momentos da nossa vida pondo a nu a fragilidade das relações humanas.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

VIAJAR DE COMBOIO, UMA VERDADEIRA AVENTURA

Desde pequeno tenho um certo fetiche por comboios. Adorava viajar de comboio e observar todas aquelas manobras que decorrem nas estações principais. Por necessidade urgente de me deslocar a Lisboa para visitar o meu filho internado de urgência no HSM, decidi fazer a viagem no Alfa Pendular. O que poderia ser uma vulgar e confortável viagem, torna-se quase um verdadeiro suplicio. Escolher a carruagem Conforto não significa necessariamente que ele esteja presente. Toda a viagem (salvo raríssimas excepções) é acompanhada de uma desconfortável trepidação e um balançar constante. A culpa de todo este desconforto não se pode atribuir às carruagens de certo modo confortáveis, mas ao mau estado das linhas férreas. Fica-se com a nítida sensação de que não estão preparadas para comboios de alta velocidade. Fazer a viagem Porto-Lisboa nestas condições por quarenta e alguns euros torna-se cansativo e mesmo caro.
Depois desta experiência negativa, achei que não sairia prejudicado se regressasse no Intercidades. Assim fiz. Foi pior a emenda do que o soneto, como é costume dizer. Toda a viagem é sujeita a um violento sacolejar com o inconveniente de parar em várias estações além de alguns troços do percurso feitos a uma velocidade baixíssima…
Francamente não sei a quem atribuir a culpa de tanto desconforto nem a quem cabe a responsabilidade da actualização das linhas. É pena porque as carruagens até são confortáveis e agradáveis à vista.

terça-feira, 26 de abril de 2016

A VIAJAR COM A DOR

Embalado ao som do rodado da carruagem nos carris e do zumbido irritante do ar condicionado mesmo ao lado do outro lado do corredor, deixei a mente divagar saltitando por entre os problemas que me afectam no momento. Dum lado e doutro da carruagem a paisagem foge a uma velocidade vertiginosa. Não sei para onde vai, apenas sei o meu destino e por que vou. Sinto já a impotência de quem nada pode fazer para aliviar a dor e o sofrimento de um filho agarrado pela doença. Levo apenas a presença de quem não se quer ausente. Nada mais posso fazer o que é já motivo de sobra para este sentimento de impotência.
Fecho os olhos para não ver as imagens projectadas em pensamento. Chegam até mim as vozes distantes de quem está próximo. Não sei o que dizem nem me interessa. Não me interessam as vidas nem os seus problemas. Quando se está em sofrimento, físico ou moral, tornamo-nos egoístas, pelo menos, comigo assim acontece.
A paisagem continua a correr em sentido contrário ao deslocamento do comboio. Viajo de costas para o meu destino como se quisesse virar as costas aos problemas. Naquela modorra anestesiante provocada pelo som constante do atrito das rodas nos carris, guardo o secreto desejo de que a viagem não termine nunca.
Lá fora, a paisagem continua a correr para trás recusando-se a acompanhar o comboio que começa a abrandar a marcha. Por fim, detém-se.
Esta viagem chegou ao fim. A minha continua… até quando?

sexta-feira, 22 de abril de 2016

MAIS UM ADEUS (MUITO SENTIDO)

I never meant to cause you any pain
I only wanted one time to see you laughing
I only want to see you laughing in the purple rain
purple rain, purple rain
I only want to see you bathing in the purple rain


quarta-feira, 20 de abril de 2016

HINO AO SOL

Bem-vindo qualquer que seja a tua cor desde o rubro sol poente ao amarelo sol do meio dia passando por todas as cores.
Bem-vindo sol que me aqueces quando o frio do medo, da doença, solidão ou desespero me gelam a alma.
Bem-vindo sol que iluminas o meu caminho e me fazes ver quando dele me desvio.
Bem-vinda seja a tua companhia quando todas as outras falham ou estão distantes.
Como quem sente a ausência de um amigo eu saúdo o teu regresso. Ainda que seja por um dia ou apenas umas horas, que sejas bem-vindo.
Que sejas sempre bem-vindo.

terça-feira, 19 de abril de 2016

DO CONTRA

Isto de seguir modas, opiniões, ordens ou conselhos só porque sim nunca foi a minha praia. A minha já longa existência tem sido pautada por um sólido sentido de justiça e pela fidelidade aquilo que gosto, rejeitando o que não gosto. Poder-se-á então dizer que sou do contra de acordo com a sua definição mais popular, que nos diz que estar do contra consiste em recusar seguir modas, opiniões, exemplos, ou seja o que for desde que, na sua essência, não tenham qualquer fundamento lógico.
Desde muito novo me habituei a ouvir, da boca de meus pais, a frase: “Este é do contra”.
Numa retrospetiva do que já vivi, chego à conclusão de que efectivamente sempre tenho sido do contra.
Quem como eu seja minimamente dotado de algum senso crítico e liberdade de pensamento, não admira que se recuse a fazer seja o que for só porque todos os outros fazem.
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaço)
E cruzo os braços,
E nunca vou
por ali... (José Régio)
Não surpreende que, tal como disse o poeta, eu também diga: Não, eu não vou por aí.

domingo, 17 de abril de 2016

LOBO BOM, BANCO MAU

No meu tempo de criança contava-se a história do “Capuchinho Vermelho e o Lobo Mau”. Segundo reza a história, o Capuchinho Vermelho ia levar à avó alguns bolos e um pote de mel quando o lobo mau lhe apareceu ao caminho. Apesar da recomendação da mãe para que não falasse com estranhos, o capuchinho deu trela ao lobo pois até que lhe pareceu muito simpático. Todo o lobo mau tem um ar simpático por isso a história se tem repetido ao longo dos tempos…
Ao chegar a casa da avó, o lobo que já tinha comido a avó, comeu-a também. Era um lobo de muito sustento e não fazia distinção entre novas e velhas…. Comia todas que lhe apareciam pela frente. Enfim, uma história pouco recomendável para as crianças mais pequenas.
Sempre que se fala em banco bom e banco mau, vem à baila esta história do Capuchinho Vermelho a ser comido pelo lobo mau. Recentemente, António Costa sugeriu a criação de um gigantesco “banco mau” (não confundir com o Lobo Mau) que teria como função ficar com os ativos tóxicos da banca nacional. Apesar das boas intenções, também me parece que este banco mau, a exemplo de outros e, tal como o lobo mau, vai acabar por comer os inocentes Capuchinhos Vermelhos que somos afinal todos nós.

sábado, 16 de abril de 2016

INTROSPECÇÃO

Há dias de sol que mais parecem dias de chuva e dias de chuva que mais parecem dias de sol. Há ainda aqueles que nem sim nem não. Nem chove, nem faz sol. São o que eu chamo de dias cinzentos. Apesar de tudo, prefiro estes dias sem sol aos dias de chuva.
Tal como insinuei logo no início do texto, um dia de sol pode ser tão tristonho quanto um dia de chuva. Tudo depende do estado de espírito de cada um e das contingências da vida. Hoje foi um daqueles dias cinzentos que convidam à introspeção através de memórias visuais e auditivas. Pior do que os dias de chuva, são estes dias cinzentos e frios que convidam a um olhar para dentro de nós e nos propiciam uma leitura mais profunda de um qualquer (res)sentimento, afeto ou problema e nos convidam a uma boa leitura ou à escrita e, principalmente, a consolidar pensamentos vagos em periclitantes certezas…
Há dias assim.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

AS COISAS NUNCA SÃO O QUE PARECEM

No intuito de enviar para a ADSE algumas receitas não comparticipadas, dirigi-me bem cedo a um Espaço do Cidadão relativamente perto de casa. Digo bem cedo porque contava encontrar uma funcionária que a experiência nos habituou a esperar que seja lenta, distraída, pouco hábil com o sistema informático e, consequentemente, encontrar uma longa fila de espera. Nada disso aconteceu. Fui atendido de imediato por uma jovem simpática, sorriso nos lábios, atenta à minha dificuldade em preencher o documento de entrega. Atendimento 5 estrelas.
De facto, quantas vezes idealizamos coisas que mais tarde se vieram a revelar total ou parcialmente diferentes do que imaginávamos?
As coisas nunca são o que são ou o que parecem ser. Já dizia alguém que desconheço: “As coisas que realizamos, nunca são tão belas quanto as que sonhamos”. De outro modo, pode dizer-se que as coisas nunca são como a gente quer o que significa que nunca ficam ou acontecem tal como as idealizamos.
Falar de coisas num sentido mais lato, aplica-se também a sentimentos, emoções… e outras coisas…

quarta-feira, 13 de abril de 2016

MAIS UM BEIJO

Porque hoje é dia do beijo, cá estou outra vez a declarar-me avesso a estes dias que têm sempre por trás uma forte componente comercial. Não só me irrita esta componente consumista como me desgosta principalmente a hipocrisia que arrasta alguns pacatos e honestos cidadãos a celebrar o dia, só porque este é o dia, com um beijo que apenas repete um hábito pouco habitual…
Note-se que não tenho nada contra o beijo, acredito mesmo que além de prazeroso é até muito saudável. Está cientificamente comprovado que através do beijo são libertadas no organismo as endorfinas cujo efeito é cerca de 200 vezes superior ao da morfina…!
Por este e por outros motivos toca a beijar não apenas neste, mas em todos os dias do ano, por amor, por amizade e porque sim.

terça-feira, 12 de abril de 2016

MEMÓRIAS DE UM CÃO

Hoje foi um mau dia. Sinto-o no cheiro. Sim porque de cheiros percebo eu. Já quando ele mostra os dentes naquilo que os humanos chamam de sorriso fico sempre apreensivo. Não sei se é o tal sorriso dos humanos se ele vai morder a dona. Nós, os cães, mostramos os dentes para ameaçar e se não resulta, podemos mesmo morder.
Hoje foi um dia mau, sinto-o no cheiro, por isso hoje não há sorrisos e se o dono mostrar os dentes é seguramente para morder a dona ou as crianças.
Está na hora do jantar. Como sempre as crianças são as últimas a sentar à mesa. Eles não sentem o cheiro e não sabem que hoje foi um dia mau. É pena que os humanos sejam tão limitados no que respeita ao faro! Receio que aquelas risadas acabem mal. O dono hoje está sem paciência e ainda algum vai ficar de castigo.
Como sempre sento-me no chão ao lado do dono. Ninguém entendeu até hoje como o mosaico deste chão é frio e o sacrifício que faço para permanecer ali sentado à espera que caia um osso ou um naco de carne da refeição dos humanos. Por hábito, abano a cauda aí uma três vezes, mas hoje ninguém repara nem me dirige ao menos o olhar. Como todos os cães, compreendo e não guardo ressentimentos, hoje está a ser um dia mau… para todos. Mesmo assim, sou um sortudo. Pior foi o que aconteceu ao cão do vizinho. Contou-me o mais novo que os pais abandonaram o cão na autoestrada certamente para morrer atropelado. Naquele dia o pequenote não parava de chorar agarrado ao meu pescoço. Tinha aquele cheiro agridoce que tem o sofrimento dos humanos por isso lhe lambi a cara algumas vezes. Acho que nunca vai perdoar ao pai ter abandonado o buldogue na autoestrada… Isto é o que eu acho, mas os cães não têm direito de opinião.
Sigo para a sala atrás do dono. Abano a cauda embora hoje ninguém repare em mim. Precisava de ir à rua fazer as minhas necessidades, mas hoje está a ser um dia mau. Se calhar ninguém me vai levar à rua e lá terei que fazer no chão. Estou mesmo a ouvir os gritos da dona: cão porco, foste mau.

domingo, 10 de abril de 2016

NÓS POR CÁ... TUDO BEM

Se dúvidas houvesse, depois do escândalo designado “Papéis do Panamá” ficámos a saber que vivemos num país tão pobre que quase nem figurávamos na lista dos envolvidos no esquema das offshore. Após o escândalo ter rebentado, logo surgiram nomes sonantes como o de Vladimir Putin, Petro Poroshenko (Ucrânia), Sigmundur
Gunnlaugssonde (Islândia), etc. Nós por cá, temos o Idalécio isto para que não se diga que não há fuga aos impostos em Portugal. Até nisso somos pobres! E pensava eu que vivia num país povoado por evasores fiscais!
Divulgada que foi parte da lista dos designados “Papeis do Panamá” não aparece o nome de nenhum ministro ou ex-ministro (primeiro ou não) ou outro nome de destacado político português, … nada. Só temos o Idalécio, porra! Até nisto somos pobres.
Caso não venha a ser divulgado o nome de nenhuma destacada figura pública portuguesa, devia erguer-se uma estátua ao Idalécio, no mínimo, dar-lhe o nome de rua, por nos ter representado neste mediático escândalo.
Aqui para nós que poucos leem, confesso que cheguei a recear que o meu nome viesse a aparecer na célebre lista, isto por ter adquirido um panamá no Corte Inglês. Mais tarde, para meu alívio, verifiquei que o dito foi feito no Equador... Que alívio!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

UMA CERTA AUSÊNCIA

Não é que não pense porque esse, o pensamento, ninguém consegue parar. Tenho é falta de tempo. Quem é que acredita que um aposentado tem falta de tempo?! Ninguém mas acreditem ou não, essa é a verdade. Na verdade, tempo arranja-se sempre, haja vontade. Sempre se arranja um tempinho seja para o que for desde que a tarefa nos agrade. O que tem faltado é aquele recolhimento que me é tão necessário para fazer escorrer para o papel o que me vai no pensamento. E são tantas as emoções que fervilham cá dentro! Umas vezes emocionam-me, outras indignam-me e fazem-me zangar, outras ainda me enternecem. São estas últimas que mais têm prevalecido com a presença mais assídua dos netos.
Claro que os netos e afazeres familiares não são desculpa para tudo. Outros afazeres têm impedido que reine aquela paz tão necessária à escrita. Paciência, valha-nos que tem sido por uma boa causa. 

quinta-feira, 7 de abril de 2016

UM PAR DE BOFETADAS... QUEM AS MERECE?

A polémica está instalada e quem tem um mínimo de ética e educação indignou-se e permanece indignado enquanto nada for feito em prol da reparação deste acto inqualificável. Refiro-me obviamente às recentes declarações do ministro da Cultura (o m minúsculo não é erro ortográfico, mas intencional). O dito “senhor”, que por ironia desempenha o cargo de ministro da Cultura, prometeu um par de bofetadas a Augusto Seabra segundo escreveu no seu facebook e tudo por este ter dito que o ministro não tinha qualificações para o lugar. Pelos vistos, afinal não tem mesmo…
De um ministro da cultura o mínimo que se pode exigir é que tenha “cultura”, subentenda-se “educação”. Ninguém pode dar o que não tem.
É triste que este senhor, ocupando o cargo que ocupa, não tenha a capacidade de reagir às críticas a que está sujeito de uma forma civilizada que não seja a violência…
São estes os políticos que temos.

terça-feira, 5 de abril de 2016

DEUS NOS LIVRE DE BOCAS ABERTAS

Quem me lê (salvo seja) regularmente sabe do meu gosto peculiar por provérbios. Talvez por ser filho de uma senhora conhecedora de um vasto leque de provérbios populares, eles ficaram-me gravados na memória e curiosamente, há sempre um que ilustra na perfeição qualquer acontecimento do quotidiano.
A propósito da minha propensão para o bocejar contínuo em determinados ambientes, vem-me sempre à memória a frase popular “Deus nos livre de bocas abertas e de maus vizinhos ao pé da porta” frequentemente repetida por minha mãe. Nesse tempo nunca lhe compreendi muito bem o sentido. Lá os maus vizinhos ao pé da porta, ainda se compreende a necessidade de os evitar, mas nunca entendi que as “bocas abertas” fossem tão perigosas ao ponto de ser necessário evitá-las.
Para compreender o poderá estar na causa do bocejo é necessário entender que para além do corpo físico nós somos consciência que habita esse mesmo corpo. Dessa composição resulta energia também designada por aura. Bocejar, para além do seu carácter fisiológico (sono, fome, fadiga …), tem essa componente espiritual que não se pode ignorar. O acto contínuo de bocejar significa que a nossa aura ou energia está a tentar um equilíbrio entre as energias (positivas e energias) circundantes daí que alguns cientistas defendam que o bocejar é contagiante.
Entrar num shopping, loja ou outro ambiente onde circula muita gente e começar a bocejar, significa que a energia positiva está a ser “sugada” por aquele ambiente onde geralmente se acumulam energias negativas. 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

ÀS VEZES TAMBÉM ME ZANGO

Às vezes zango-me… zango-me com Deus mas também com o diabo. O que quer dizer que me zango com toda a gente. Não significa que seja um ser irascível, antes pelo contrário, quem me conhece considera-me um ser afável, amigo do seu amigo, etc., etc., enfim, só qualidades. Claro que não é verdade até porque às vezes também me zango… Volta e meia, ando zangado com Deus embora ele me persiga e me faça voltar ao bom caminho, seja isso o que for… Permitam-me aqui uma inconfidência, estou convencido que Ele não me liga nenhuma e que afinal quem me apoia e orienta é uma luzinha que tenho lá em cima. Mas quando me zango, digo sempre que é com Deus.
Zango-me com Deus quando assisto às atrocidades que se abatem sobre as crianças como a doença, fome, frio, violência, …. Zango-me quando não me poupa à dor, à doença e limitações que ela me impõe… Mas como não quero ser injusto, também me zango com o diabo por proteger tantos corruptos que há neste país, por ter o poder de reverter o que Deus faz, por fazer falir os nossos projectos (leia-se: boas intenções) de mudar o rumo às nossas vidas…
Às vezes, também me zango, por isso, não acreditem no meu ar afável e pacífico. Isso é fruto de um enorme e longo treino de autocontrole.

domingo, 3 de abril de 2016

NEM AUSENTE NEM DISTANTE

Há alguns dias apenas escrevia eu aqui que a ausência de quem gostamos tem a vantagem de nos fazer perceber a falta que nos faz a sua amizade.
Por motivos de saúde, uma nossa amiga foi forçada a ausentar-se do ambiente familiar e da roda de amigos de que orgulhosamente fazemos parte. A propósito das ausências, dizia eu, não há ausência na distância e é verdade, porque ela esteve sempre presente quer em pensamento, à distância de um telefonema ou de uma breve visita.
Mesmo assim, sentimos-lhe a falta para partilhar sentimentos, receios e planos do dia a dia. Sentimos a falta das nossas viagens de fim de semana, da partilha de momentos alegres, das loucuras e ataques de riso desses momentos e até dos silêncios.
A nossa amiga voltou. Seja bem-vinda, que a recuperação seja breve

sexta-feira, 1 de abril de 2016

HÁ DIAS DE PAZ E DIAS DE GUERRA

Há dias de sol e dias de chuva. Há dias de paz como há dias de guerra… Todas as guerras são de evitar, mas a pior é a que se desenrola dentro de cada um de nós. Não estar em paz consigo mesmo desencadeia uma série de guerras entre o bem e o mal, entre o querer e o não querer, o ser e o não ser, amar ou odiar… Quem está em guerra com o mundo não pode ser feliz porque só a paz traz felicidade. Acredite que o mundo não está contra si. Provavelmente você é que está contra o mundo…
Num dia de sol primaveril parece que todas as nossas guerras fazem tréguas e a paz lampeja nos olhos de quem nos cruzamos na rua, nos transportes, nas viaturas...
Hoje finalmente o sol primaveril conseguiu brilhar.
Há dias assim.
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