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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

COMO SABER ONDE SE NASCEU

Ter ou não ter sotaque é muito subjectivo e nem merecia aqui ser referenciado Até por que ter sotaque depende essencialmente do local onde cada um se encontra. No sul, a manifestação de um inconfundível sotaque nortenho leva a pensar-se num indivíduo “parolo”. Já no norte, o sotaque sulista é olhado pelos autóctones com uma certa… direi, curiosidade.
De tão imitado, já se perdeu no tempo e no espaço, o sotaque alentejano. Não há anedota sobre alentejanos que não implique uma imitação, ainda que grosseira, do sotaque alentejano.
No meu caso, nascido e criado em plena cidade do Porto, era suposto ter algum sotaque. Já não digo o característico sotaque portuense mas, pelo menos, um sotaque. Estranhamente, sou de uma família sem sotaque. Penso eu! Que me lembre, nenhum dos meus pais ou irmãos apresentavam algum sotaque que os ligasse à terra onde nasceram.
Se é verdade que, através do sotaque é possível identificar a terra de nascença ou onde cada um foi criado nem sempre isso funciona.

domingo, 29 de outubro de 2017

ESCAPADINHA NO PARADOR DE BAIONA

Como não há duas sem três, ao terceiro quarto acertámos. A reserva foi feita através de um site especializado para um deficiente motor. Se calhar foi esse o mal. O primeiro quarto, com um WC perfeitamente adaptado, dava para a piscina. Pensando no ruído das vozes das criancinhas, foi pedido outro quarto. O novo quarto dava para um pátio interior e o WC dispunha de uma banheira para a qual era preciso subir. Servindo-se do meu problema em subir e descer escadas e comprometendo-se a pagar mais, foi-nos atribuído um quarto virado para o mar com WC adaptado.
Enfim, reservar quarto só a partir do 33, seja em que piso for. Fora esse pequeno pormenor, gostei da estadia e recomendo o Parador de Baiona um pouco envelhecido mas bem conservado, até pela simpatia e paciência das recepcionistas.
Uma estadia neste Parador dá para descansar ou conviver intensamente além de oferecer uma vista deslumbrante sobre o mar.
Se quer andar, está no sítio certa, pode deslocar-se ao longo da muralha (como eu fiz) ou pelo passadiço que se encontra mais abaixo.
Em direcção à cidade propriamente dita há imensos restaurantes onde se pode degustar por preços bastante acessíveis os pratos típicos da Galiza. Ao mesmo tempo pode passear-se pelas ruas da pequena cidade, vale a pena.
A caminho da cidade existem imensos restaurantes a preços acessíveis
Escadas que conduzem a um mirante sobre o mar

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

MUDA A HORA, MUDA A SORTE, MUDA A VIDA

Não é que seja muito complicado andar para trás ou para a frente com os ponteiros do relógio, aliás, todos os anos se faz isso com a maior facilidade, mesmo assim atrevo-me a explicar como se faz. Já agora não se esqueça que este ano o fenómeno dá-se por volta do último domingo de Outubro. Nessa data, às 02:00 horas deve atrasar-se o relógio para as 01:00 hora.
À muitos anos, diz-nos a tradição que os relógios se devem atrasar uma hora no solstício de inverno. Pelo facto é expectável ouvir dizer que se trata do dia mais longo (25 horas) do ano já que se “ganha” uma hora… de sono. A partir daqui, os dias começam a ficar mais curtos e a anoitecer mais cedo para mal dos meus pecados.
Não gosto que os dias se tornem mais curtos e com isso constatar que anoitece mais cedo! Não gosto do escuro que se abate sobre todas as coisas nesta época do ano. Acho a época triste não só pelo facto de escurecer mais cedo mas por obrigar quem trabalha  a sair dos empregos já de noite.
A favor da mudança da hora devo dizer que a medida não é recente, já tem alguns anitos. Começou em 1794 na voz de  Benjamin Franklin com o intuito de poupar nas velas uma vez que empurrava mais cedo as pessoas para a cama …. Tal medida porém, foi implementada só em 1916 para poupar os parcos recursos energéticos existentes em tempo de guerra. Mas será que uma medida implementada em 1916 ainda faz sentido nos nossos dias?
A dúvida persiste.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A DOCE REVOLTA

Há dias em que a revolta se faz sentir, está mais presente nas coisas do dia-a-dia. São apenas dias, momentos… ocasiões, mas existem. A minha vida (ou como lhe queiram chamar) resume-se a comer, ir ao ginásio no intuito de baixar o colesterol, fazer análises e ler. De tanto criticar este e outros livros fica a pensar-se que não faço outra coisa senão ler. Com efeito, dedico à leitura as últimas horas do (meu) dia ou da tarde, quando me deixam. Aliás as restantes horas reparto-as como já disse. Podem perguntar-me onde isso me leva, que responderei: a parte nenhuma, pelo menos de momento. E não me venham com resultados práticos nem com outras teorias sobre a minha maneira de ser e de estar. Se existem progressos, a mim se deve, ao não baixar os braços perante a adversidade, à revolta que me assalta a toda a hora.
Há dias assim em que a revolta prevalece… felizmente são apenas dias, momentos, ocasiões.
Há dias assim.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O OUTRO CAMINHO

Sem querer entrar por caminhos mais obscuros, o conhecimento do “caminho” é essencial já que possibilita a compreensão deste e doutros percursos de vida. Além disso,  quem faria a apologia do Caminho da Mão Esquerda? Note-se que esta é a mão da razão por oposição à mão direita dedicada à emoção…
Quando se deixa à mão direita as tarefas ditas finas, a mão esquerda tem tendência a torna-se preguiçosa, já que se destina a executar as tarefas consideradas menores. Como mera ajudante da mão direita, corre-se o perigo de a pensar dispensável. Ora isso não é verdade. Basta um momento para perceber a importância da mão esquerda ao impedi-la de colaborar nas tarefas mais elementares do dia-a-dia.
É verdade que, com as duas mãos com que Deus nos brindou, deixa-se para a mão direita a maior parte do trabalho. Com ela desempenhamos (quase) todas as tarefas diárias deixando para segundo plano a mão esquerda. Ora isto também é errado. Hoje sou apologista de treinar a mão esquerda no desempenho de todas as tarefas que, em princípio, estão destinadas à mão direita. Estou a pensar na escrita que considero essencial e no caso de ferimento grave ou outro impedimento embora temporário, há que treinar a outra mão na execução dessas tarefas.
Não esquecendo que o uso de uma ou outra mão depende dos hemisférios, direito ou esquerdo, do cérebro, há muitos cientistas que defendem o uso da outra mão para melhorar a inteligência cognitiva, criatividade e até o pensamento abstrato.
Vamos então treinar a mão oposta à que é costume usar no desempenho das tarefas do dia-a-dia.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

BODAS DE ESMERALDA

Não é todos os dias que se celebram as bodas de um casamento, sejam elas quais forem. A poucos dias de celebrar as Bodas de Esmeralda, interrogo-me por que motivo passei em branco as Bodas de Mármore. A justificação é simples, estava internado e, embora não esquecesse a data, em momento algum deixei de pensar em a celebrar.
Mea-culpa então às bodas de Mármore e prossigamos com a celebração das chamadas Bodas de Esmeralda.
E porquê Esmeralda…?
Por mais voltas que dê à cabeça, não consigo encontrar uma resposta satisfatória para divulgar aqui esta data. Acho que não é fundamental o “material” que caracteriza a boda, o que importa é celebrar, de preferência… todos os dias.
Como uma imagem vale mais que mil palavras, aqui fica uma fotografia da celebração de outras bodas, um outro tempo que já não volta…
A esses  tempos de outrora os meus sinceros sorrisos… de hoje.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

BENDITA CHUVA

Afinal a tão desejada e ansiada chuva veio só ao fim da tarde. Uma chuvinha fraca, hesitante que não deu para quase nada. Tanta gente de nariz no ar com o intuito de a ver chegar e ela lá veio envergonhada e hesitante. Talvez a vergonha seja devido ao facto de chegar tão atrasada,  de ser tão necessária para acabar com os fogos que devastam o país e sobretudo vidas humanas que se perderam.
Já aqui tive oportunidade de dizer que detesto a chuva no que sou apoiado pela nossa fiel empregada. O frio aguenta-se, com mais uma ou duas camisolas, mas a chuva… detesto.
Por esse motivo, nunca me imaginei a fazer a apologia da chuva mas, atendendo às contingências actuais,  desejo-a com todas as forças do meu ser. Diziam que chegava no princípio da semana e trazia consigo a reboque o já ansiado outono. Pois que venha. Depois dos dias de verão que a antecederam com temperaturas a rondar os 30.º é normal que a deseje.
Que venha a chuva para acabar com os incêndios e as mortes que lhe estão associadas, que venha a chuva para arrefecer as mãos criminosas que os acendem e reacendem, que venha a chuva e encha as albufeiras à míngua de água que lhe humedeça as margens, que venha a chuva para que não apareçam mais peixes mortos por tudo quanto é sitio…
Que venha a chuva… já.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

E SE FOSSE COMIGO?

Gosto de ver E Se Fosse Consigo?, não perco um programa a não ser por motivos de força maior. Gosto de ver, não por simpatia para com a jornalista que nem conheço, mas pelos temas que aborda. Este programa, na opinião de quem gosta de desafios, merece ser visto pelos motivos já apontados.
Da autoria da jornalista Conceição Lino, o programa permite por à prova a nossa capacidade de intervenção em defesa do próximo. As situações retratadas são ficcionadas evidentemente mas, mesmo assim põe-se a pergunta: e se fosse comigo? Como seria a sua reacção perante tais situações?
Embora ficcionadas, estas situações são o bastante para que se tome consciência daquele grau de intolerância, preconceito e mesmo violência que existe em cada um de nós.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

SUPERSTICIOSO, EU?

Se dia 13 já é mau, calhar a uma sexta-feira, ainda é pior. Nem me teria apercebido que o dia 13 calhava a uma sexta-feira, não fora a fisioterapeuta referir-se ao facto. Dá azar, diz a crença popular.
Há imensas teorias que justificam o azar relacionado com o número 13. Estas teorias têm por base o número de pessoas presentes na última ceia ou porque (dizem) Jesus Cristo foi crucificado a uma sexta-feira. Reunindo estas datas num só dia pode imaginar-se o mal que daí pode advir.
Seja qual for o motivo e porque não sou supersticioso, gosto das sextas-feiras. É o último dia de fisioterapia e o primeiro da minha breve liberdade.  Às vezes a sexta-feira é melhor do que o sábado e com o domingo nem se compara porque, à medida que o domingo morre, a segunda fica mais perto e à espreita…
Como ponto de partida de uma nova semana de trabalho, não pode ser considerado um dia simpático. Atendendo à sua situação, logo a seguir a um fim de semana, a eterna segunda-feira espera pacientemente por nós onde quer que vá e onde quer que se encontre. E há sempre uma segunda-feira que espera por si.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A PARTE MELHOR

É sempre difícil tomar uma posição e muito discutível qualquer opção que se tome a esse respeito. Não sei qual das partes é a melhor, tudo depende do sexo, da idade, da cor, etc. e o que pode parecer verdade, às vezes não é. E não me refiro apenas à parte do corpo que se opõe à parte ventral, vulgarmente designada por nádegas ou traseiro…
É sempre muito subjectivo optar pela parte melhor, cada um sabe de si. Se é difícil falar do ser humano o que gera confusões, é ainda mais difícil falar das “coisas” pelo seu abstractismo. As coisas devem ser observadas de diferentes ângulos mas, qualquer que seja o ângulo, todas apresentam invariavelmente uma parte da frente e uma parte de trás. O modo de ver a vida é que varia e tudo depende da forma como a vivemos. Neste momento lembro-me sempre da história do macaco…
Passo a contar em breves palavras visto que nem todos receberam o respectivo e-mail.
Uma vez um macaco vendo um peixe no seu mundo debaixo de água, pensando que ele se estava a afogar, retirou-o. Fora da água, o peixe morreu.
Moral da história: É preciso entender o mundo do outro.
Aqui se expõem diferentes concepções da mesma realidade. Insistir em ver só a parte da frente de qualquer coisa é um erro que muitos de nós cometemos.
Acredite-se ou não, a lei do livre arbítrio permite-nos fazer da vida o que quisermos desde que se assumam as consequências das nossas escolhas.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

NADA - O LIVRO

Logo que nascemos estamos condenados a morrer, é esta uma verdade insofismável que Janne Teller explora ao longo de todo o livro.
Enervado com o livro anterior, iniciei uma leitura mais amena e sobretudo mais rápida. Não admira pois que esteja aqui a fazer uma crítica a um novo livro. Até à data nunca tinha lido NADA desta autora mas, como estava em sétimo lugar no Top de Vendas, veio comigo para casa.
A história é curta, conta-se em poucas palavras, contudo não é isso que interessa nem o que o leitor pretende saber. Aliás, uma das características da autora é escrever histórias curtas como esta. Por outro lado, o facto de anunciar cobrir uma variedade enorme de questões filosóficas, o livro acabou por me atrair.
Quanto à obra, o personagem principal (Pierre Anthon), sentado sobre uma ameixeira, declara a quem o quer ouvir que vai dar um (novo) sentido à vida enquanto atira ameixas a quem segue o caminho das aulas. Aqui entram os seus colegas da turma do 7A decididos a trazer o rapaz para baixo para o que fazem uma monte de “coisas” que realmente importam a cada um e à sociedade em geral. A certa altura a escolha recai sobre o que de mais tétrico se pode considerar. Dá que pensar!
Não é tanto a história em si que interessa mas os problemas existenciais que ela levanta.
Confesso que, através da leitura da sinopse, estava à espera de mais. Talvez não tenha gostado tanto por se destinar, como todas as suas obras, a jovens adultos…?
O sétimo lugar no top de vendas, quanto a mim, acaba por ser merecido.
Assaz premiada, terei que lhe dar lugar na minha pequena biblioteca já que adquiri o livro…

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

SEGUNDA-FEIRA... OUTRA VEZ

Podia dizer que não lhe sinto a falta mas isso seria pura e incomensurável mentira. Admito que me fazem falta quer a família, quer amigos, conhecidos… tudo e todos. Uns mais que outros, evidentemente. Mas fazem-me falta.
Contudo, apesar de bem acompanhado, sigo milimetricamente o caminho por mim traçado embora sabendo que não me conduz a parte nenhuma. Não é tanto por teimosia mas pela impossibilidade de acreditar a cem por cento no que me dizem as  vozes que me cercam. Por vezes os familiares mentem ou então omitem a realidade. O mesmo sucede com os amigos, pese embora com menos frequência. Os amigos, geralmente não mentem. É-lhes difícil mentir e, se uma mentira piedosa lhes aflora aos lábios, fazem aquela “carinha” que revela tudo o que as palavras não dizem. Por outro lado, os familiares dispõem de muito mais tempo, logo adquirem um traquejo que lhes permite mentir com um sorriso nos lábios.
Em princípio exijo que me digam a verdade, médicos, amigos, familiares… tudo e todos. Acho que já ultrapassei aquela fase, quer pela doença, quer pela idade, em que é permitido dizer sem rodeios aquilo que se pensa e também ouvir o que deve ser ouvido. Digamos que já ultrapassei a fase que Freud designaria de frustração sexual tendo-me fixado na frustração existencial, no puro vazio. Deste modo, desperdiço os meus dias entre consultas e sessões terapêuticas contentando-me a pensar (cada vez mais) nos “velhos” amigos que se eclipsaram um a um.
Termino com uma frase que não é minha mas que traduz tudo o que penso:
Um dia era igual ao outro. E, se bem que pensássemos todos os dias no fim de semana, o fim de semana era sempre uma desilusão, e depois vinha novamente segunda-feira e tudo recomeçava, e a vida era aquilo, não havia mais nada. 

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

NÃO SOU LOIRO...

“Não é para me gabar, mas sempre tive motivos de sobra para me considerar um ídolo das meninas”… lá do Instituto. Isto apesar de não ser forte, loiro nem jogar basquetebol, embora continuasse a ser alto. Ainda hoje não sei a que atribuir tal atracção mas era um facto que não se pode negar. Nessa altura já me branqueavam as têmporas a exemplo do que acontecia na minha família, mas continuava escorreito… e alto.
Por algum ou todos esses predicados, era um ídolo e, diga-se à luz dos dias atuais, muito parvo, também.
Tudo isso morreu na dura prática da vida que se lhe seguiu de tal modo que esqueci a existência dessa fase dourada da minha (outra) vida. Por quantas vidas passei? Já lhe perdi a conta… Só sei que hoje, apesar de tudo, sou muito diferente do que já fui.
Há pouco tempo ainda, preso numa cadeira de rodas, “disparava” em todas as direcções a amargura que me ia na alma. Logo a mim que sempre tive uma vida activa e a quem o tempo negou a habituação necessária a uma nova realidade!
Os dias passaram, um outro outono voltou e eu continuo a tentar (Deus sabe como estou a tentar) retomar a vida no ponto em que a deixei aceitando as limitações que a realidade presente me impõe…

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A MÃO PREGUIÇOSA

De repente apercebi-me da impossibilidade de voltar a pintar. Aconteceu quando observava esta mão, que por ser a direita, estava destinada às tarefas mais ousadas do dia-a-dia. Agora que declarou independência só faz o que lhe apetece.
Evidentemente que me recordo dos artistas que pintam com o pé ou com a boca o que considero difícil e para quem vai toda a minha admiração. Mas não é caso, não penso vir a pintar com o pé e muito menos com a boca. Contudo, uma coisa a vida me ensinou, nunca digas desta água não beberei
Tenho que agradecer conservar a mão que muitos gostariam de conservar, mesmo sendo independente da vontade. De momento, tenho uma mão preguiçosa, diria sem exageros que é uma mão do contra. Quando digo que vá para a direita, ela vai para a esquerda , independentemente da política, convém esclarecer. Em abono da verdade tenho que reconhecer que já ajuda muito embora de vez em quando faça aquilo que lhe apetece fazer, principalmente no que diz respeito a bater em mim… É uma mão que não comando mas quem sou eu para comandar seja o que for?
De momento, não estou a pensar dar-lhe um pincel para a mão, ainda por cima a mão direita! Mas quem sabe, a obra prima que daí resultaria?
Seja como for, não me arrependo de ter iniciado já a oferta de duas jarras que pintei para o quarto dos netos. Agora só falta oferecer aos amigos alguma obra-prima. Não é que não tenha já andado a procurar pela casa.. O que resta está tão danificado (pelos dentinhos afiados dos filhos) que me falta a coragem para oferecer.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

BOFETADA SEM MÃO

Durante muito tempo andei convencido de que “bofetada sem mão” era o mesmo que “bofetada de luva branca ou de pelica” só que a segunda expressão era mais sofisticada. Cheguei mesmo a corrigir, na linguagem falada, uma frase por outra, já que ambas tinham o mesmo significado. Não sei se é assim mas vou continuar a usar a expressão “bofetada sem mão” por ser a mais ouvida lá em casa. Muitas vezes ouvi esta expressão a propósito dos falsos amigos que deambulavam pela nossa sala e se tornou por isso, na minha preferida.
Uma bofetada sem mão, no momento presente, era aparecer limpo de bactérias, enjoos e vertigens perante a família em particular. Continuo à espera dessa célebre bofetada…
Com o andar dos anos, senão esclareci a minha dúvida, estou de acordo com a definição: Bofetada sem mão é quando se quer insultar alguém duma forma educada, não deixando de ser um  enxovalho ainda que de forma metafórica, bem à maneira da minha mãe. Muitas vezes, e ainda bem que isso acontece, a pessoa visada nem sempre se apercebe de que está a ser atingida mas o enxovalho, o insulto, está lá.
E agora a pergunta que se impõe: Quanta vezes foi atingido pela célebre bofetada sem mão?
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