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terça-feira, 31 de março de 2020

ESCREVER É UM ACTO SOLITÁRIO


A frase, escrever é um ato solitário, de tão estafada é já quase um cliché conhecido de toda a gente. Pessoalmente, devo dizer que estou inteiramente de acordo. Com mais tempo livre devido à quarentena voluntária contra o coronavírus, acabo por investir a maior parte do tempo a tentar escrever.
Ironicamente, apesar de dispor de tanto tempo fechado em casa, falta-me tempo para despender com a minha pessoa. Verifico que antes do aparecimento do covid-19 dispunha de muito mais tempo só para mim na medida em que o maldito vírus vai paralisando não só o país mas toda a Europa.
Nos meus planos de então, reservada todas as manhãs para realizar as pequenas tarefas domésticas e despachar além do correio electrónico efectuar pagamentos pela Internet. Depois de almoço, o tempo restante era destinado à escrita assim, salvaguardando as minhas idas ao ginásio. Se bem o tentei, depressa compreendi que não era possível conciliar a escrita com a  presença aqui em casa de outra pessoa familiar ou assalariado. Não há outra conclusão que não seja escrever é um ato solitário só possível quando a casa se encontra vazia e em completo silêncio isenta de qualquer distrativo de actividade humana.

segunda-feira, 30 de março de 2020

O TAL BOTÃOZINHO QUE DEVIA EQUIPAR TODA A GENTE


As notícias sobre o alastramento da infecção provocada pelo covid-19 nos lares de idosos assusta qualquer um perante esta triste realidade… É certo que, logo à nascença, cada ser humano traz o respectivo prazo de validade comum, creio eu, a todas as “coisas”. Devemos dar atenção às datas de alguns produtos que compramos. Muitos deles exibem um prazo de validade que deve ser respeitado. Felizmente, ao contrário da embalagem e dos produtos que compramos, o nosso prazo de validade é totalmente desconhecido. Não é possível saber qual o último dia da nossa vida o que muito me alegra mas há quem defenda a existência de um botão que ligue ou desligue a vida humana de acordo com a disposição do momento ou quando a viver se torna insuportável. Quer devido aos progressos da medicina, quer à simples teimosia de alguns, prolongar-se o respectivo prazo de validade mesmo na ausência de uma real qualidade de vida…
Acabo por não apoiar a existência do tal botão a não ser quando o próprio carregue no tal botãozinho (eutanásia) … Mesmo nessa hipótese há o perigo do abuso e aproveitamento por parte de terceiros…

domingo, 29 de março de 2020

FIQUE EM CASA


É a frase mais ouvida em todas as redes sociais e outros médias em geral, onde todos os convidados a repetem insistentemente mas nem todo o público que a escuta (?) a pratica. São precisamente os mais idosos, que pertencem ao maior  grupo de risco, que infringem esta medida de contenção… Dou por mim a pensar, pois que contraiam o coronavírus, pois que morram. O mais grave desta situação é que isso iria traduzir-se por uma despesa suplementar ao SNS, mais uma cama que fica ocupada além do perigo de transmitir o tal vírus a indivíduos que permaneciam saudáveis graças ao cumprimento de todas as medidas recomendadas, ou seja, ficar em casa, saindo apenas para trabalhar ou outro motivo de força maior.
Dizer que é fácil ficar em casa é pura utopia. Se é fácil na primeira semana, mais tarde revela-se extremamente difícil qualquer que seja a casa. De uma maneira geral, ela acaba por reflectir a personalidade de quem a habita. Conhecer a casa de alguém é ficar a conhecer intimamente o seu habitante e decorador. Nem todas as casas são iguais, existem casas escuras e soturnas como os pensamentos de quem lá mora ou então claras e luminosas como a alma de quem a habita. É com ela que temos de (com)viver nos dias que correm, é ela quem nos obriga a percorrer um percurso mais ou menos tortuoso ou deslocar em linha recta onde se quer chegar o que não a invalida que se considere triste ou alegre aos olhos de quem lá mora… Tudo depende da forma como foi mobilada. Tal como nós, também a casa envelhece deteriorando-se não só estruturalmente como a própria decoração. À medida que vai envelhecendo é forçoso substituir um ou outro móvel, um ou outro objecto e até repintar as paredes… mas a casa é sempre a mesma.
E não é isso o que acontece connosco?

sábado, 28 de março de 2020

TAL E QUAL COMO UM URSO POLAR


Apesar da primavera já andar por aí, o tempo continua incerto e às vezes chuvoso, em certos dias tem caído aquela chuva miudinha, irritante que parece não querer molhar mas que molha toda a gente. Esse tempo deprime-me, tira-me a vontade seja do que for… a não ser ficar em casa como agora se recomenda a toda a gente o que aumenta ainda mais a minha depressão. Por analogia com o que se passa com outros animais, penso que hibernar é a melhor solução no meu caso. Sempre que vejo qualquer programa sobre ursos polares que se deslocam com a completa naturalidade por regiões geladas, penso que hibernar é o melhor recurso. O metabolismo dos ursos diminui substancialmente durante a estação mais fria parecendo que se encontram num “coma induzido”. Neste caso até se compreende, trata-se de uma questão de sobrevivência que lhes permite ultrapassar o período de maior frio e consequente escassez de alimentos. Não por esta razão mas por que também detesto o frio, pondero se não devia hibernar. Pensando melhor, talvez devesse adoptar o comportamento das andorinhas que fogem do frio encetando longas viagens em busca de paragens mais quentes…
Decididamente, de uma maneira ou doutra, devia era hibernar… como faz o urso polar!

sexta-feira, 27 de março de 2020

LIMÃO CONGELADO


O limão, como toda a gente sabe, é considerado um eficaz agente antimicrobiano contra as infecções bacterianas e fungos. Destrói os parasitas intestinais além de combater a pressão alta, a ansiedade e outros distúrbios nervosos.
Uma receita bem simples é congelar um limão bem lavado. Quando estiver congelado, rale o limão sem precisar de o descascar. O limão assim ralado pode usar-se para polvilhar bebidas, gelados, sopas, cereais, massas, molhos, arroz, peixe,... Ao polvilhar o limão congelado sobre os seus alimentos, está a contribuir para aumentar saúde dos seus comensais.
As cascas do limão que até agora eram deitadas ao lixo, contêm cinco a dez vezes mais vitaminas do que o sumo e são saudáveis na medida em que destroem elementos tóxicos do corpo. Com efeito, o limão destrói as células cancerígenas não provocando os efeitos secundários da quimioterapia. O mais surpreendente em tudo isto é que o sumo do limão, destrói apenas as células cancerígenas sem afetar as células saudáveis.
Porque é que estes factos nos foram ocultados? Talvez porque existem laboratórios interessados em fazer uma versão sintética, que lhes dará mais lucro.

quinta-feira, 26 de março de 2020

LITERATURA "COR DE ROSA"

Retido em casa devido à livre circulação do covid-19, vou tentando adiar o dia de visitar novamente a barbearia. Para tentar remediar este facto vou usando os champôs vendidos na farmácia. Novos tempos que requerem novas rotinas.
Estou convencido de não ter qualquer preconceito relativamente à chamada literatura “cor-de-rosa” embora não seja um consumidor habitual. Estas revistas encontram-se à disposição nas salas de espera de médicos, barbearias e outros locais onde é “obrigatório” esperar…. Qualquer sala de espera disponibiliza esse género de revistas, umas bastante mais antigas a par de outras mais recentes. Em comum, estas revistas dedicam a maior parte do seu espaço aos amores e desamores da gente Vip cá terra… e não só. As notícias são profusamente apoiadas por várias fotos que ilustram esses momentos. Através dessa leitura é possível testemunhar o comportamento de um dado personagem (geralmente do sexo feminino) que relata as delícias ou os horrores de um dado relacionamento… Em qualquer dos casos, vem a propósito a célebre frase de Gabriel Garcia Marquez: “Não chores porque acabou… sorri porque aconteceu”. Seja qual for o tipo de relacionamento, há sempre um motivo para sorrir quanto mais não seja por que nos foi permitido viver esse momento o que, só por si, é uma boa razão para sorrir…!
É óbvio que o sentimento não é geral, depende muito da importância da relação e fundamentalmente da sensibilidade de cada um. Se a experiência foi boa, há que guardar as boas recordações. Pelo contrário, se foi uma má experiência, há que guardar também a aprendizagem de forma a evitar cometer o mesmo erro no futuro.

quarta-feira, 25 de março de 2020

AS VANTAGENS DE SER VELHO


Vive-se num mundo que nos obriga a focar a vida toda no “esgravatar” diário na tentativa de sobreviver… Deste modo, pouco tempo sobra para observar tanto o que é belo como o que nos desagrada à nossa volta.
No meio deste emaranhado de sentimentos, há sempre um ou mais momentos de acalmia que permitem apreciar a beleza de um por do sol, a cor intensa de uma flor, a beleza que transborda do riso de uma criança, a sorte que nos permitiu encontrar aquela pessoa especial que se encontra ao nosso lado… por outro lado, nada impede de reparar em tudo que nos desagrada como a miséria e a doença que nos assalta a cada passo…
O instinto de sobrevivência do ser humano faz com que os nossos olhos só vejam o que lhes convém à nossa volta como a miséria e a doença e, quando visionados, são rapidamente “esquecidos”. Pouco há a fazer, dizemos ara nós próprios, é uma característica natureza humana considerada normal até certo ponto, uma consequência da sociedade que criamos na qual vivemos…
Constatando que há muito poucas vantagens em envelhecer, uma delas que só se adquire com a idade, dispõe-se de mais tempo para observar com atenção tudo o que se passa à nossa volta.

terça-feira, 24 de março de 2020

A MELHOR FORMA DE CUMPRIMENTAR


Agora que o vírus covid-19 circula livremente graças aos mais velhos que ainda não acreditam que se trata de uma pandemia universal que já matou muita gente. Bastava que um desconhecido infectado abandonasse a sua casa e circulasse por entre a gente na marginal para que infectasse toda a família dos que com ele se cruzaram no regresso a casa. Cada infectado levaria para dentro de casa o covid-19 que mais  vai infectar o resto da família. Mesmo ficando em casa, a existência do covid-19, obriga-nos a alterar muitas das rotinas que se revelaram eficazes até agora. O covid-19 obriga a que muitas das rotina se alterem e outras se adaptem à nova realidade dos nossos tempos. Entre as várias rotinas a alterar está a maneira como nos cumprimentámos. Acabaram-se os abraços, os apertos de mão e os beijinhos, aquele contacto essencial a quem se quer bem…
Até ao momento em que surgiu este vírus, sempre que se encontrava alguém, amigo ou conhecido, a primeira pergunta que se fazia era “Tudo bem?” seguido dos tais beijos ou apertos de mão. A expressão banalizou-se não só nas redes sociais mas sempre que se encontrava alguém conhecido. Não passa de uma simples pergunta mas passou a ser um cumprimento entre familiares e gente conhecida. Na verdade, a pergunta faz-se mais por hábito ou educação do que por um verdadeiro interesse pela saúde ou bem-estar de quem se cumprimenta. A esta saudação, correspondia a resposta, “tudo bem, e contigo...?”. Que outra resposta poderia ser? Uma resposta simples revelava-se mais fácil do que desenrolar uma série de maleitas ou, pior ainda, um rol de infortúnios?
Às vezes é mais fácil dizer que se está tudo bem do que enumerar todas as razões que explicam por que não está…

segunda-feira, 23 de março de 2020

O VÍRUS QUE POR AÍ ANDA


A declaração pelo PR do estado de emergência a partir das zero horas da passada quinta-feira não surpreendeu ninguém. Era espectável que a Assembleia aprovasse por maioria esta medida.
Vivem-se tempos de mudança, adaptação e criatividade devido à rápida propagação e perigosidade deste vírus. Até agora era presença obrigatória nos postos de trabalho tanto de colaboradores como de trabalhadores que agora trabalham em casa via Internet e pelo que sei, com maior rendimento. Esse facto contribui para um menor  fluxo de trânsito nas nossa ruas. O silêncio instala-se por toda a parte como se o tempo parasse… Mas nem tudo é negativo, pode ser que finalmente os bancos tomem consciência que só existem devido aos seus “clientes” (grandes ou pequenos) e os tratem a partir de agora com mais consideração.
A propagação incontrolada do covid-19 tem efeitos benéficos quando vistos por outro prisma pouco explorado, a diminuição da intensidade do trânsito bem como a diminuta circulação de barcos de recreio, automóveis e aviões contribui substancialmente para a diminuição da poluição da atmosférica. Paralelamente, o açambarcamento de bens essenciais, leva ao menor consumo de carne e atmosfera agradece…

domingo, 22 de março de 2020

UMA FOLHA DO DIÁRIO


Quinta 19/03 – Noite mal dormida por causa de uma melga que me acordou às quatro da manhã. O ruído característico e o facto de tapar a cabeça com a roupa da cama, fez com que só adormecesse pela manhã mas como a empregada conseguiu chegar cá, levantei-me.
Mais um dia fechado em casa. Nada que viesse alterar substancialmente a rotina diária. Afinal já raramente saía, só a convite dos meus amigos. Foi declarado o Estado de Emergência a partir da primeira hora de quinta feira mas a maior parte das medidas já as cumpria muito antes das medidas de contenção por uma questão de higiene pessoal, por isso, desde domingo quando me isolei voluntariamente em casa não senti grandes mudanças. De todas as medidas de emergência a que mais me custa a cumprir é a limitação da livre circulação. É sempre assim, quando privados de alguma coisa ou de alguém é que se lhe dá valor.

sábado, 21 de março de 2020

QUARENTENA DECRETADA


Quando as autoridades suspeitavam que houvesse a bordo um portador de alguma doença infecciosa, o navio era obrigado a permanecer ao largo por um período de 40 dias. Esta era a realidade na idade média. Devido a este facto tristemente actual, continua a usar-se a designação de quarentena para o período de isolamento dos indivíduos portadores de covid-19, sem esquecer outros agentes patogénicos.
Noutra situação, não há quem não tivesse sentido já a estranha sensação de ser votado ao ostracismo (de quarentena) pelos amigos ou familiares devido a qualquer “quezília”, mais ou menos grave.
Este período que nos obriga a permanecer em casa em isolamento, conforme a gravidade dos casos, concluímos a futilidade de qualquer desavença entre familiares, amigos, colegas de trabalho,… só o orgulho de parte a parte impede de ser dado o primeiro passo tendo em vista a ansiada conciliação. Graças a ele acabam cada qual no seu canto a remoer os motivos que supostamente justificam a existência dessa “quarentena” e o tempo inexoravelmente vai passando…
Quando o amor é forte, se a inteligência prevalece e se a amizade é sólida,… não há razão que justifique a imposição dessa “quarentena”. No contexto actual, a quarentena é para cumprir, principalmente pelos grupos de grande risco (maiores de 70 anos e portadores de doença) ou sob suspeição de infecção.

sexta-feira, 20 de março de 2020

A PRIMAVERA ESTÁ A CHEGAR...


Agora que a Primavera se instalou recordo, contra a minha vontade, mas muito a propósito os versos de Pessoa, Quando vier a Primavera, se eu já estiver morto, as flores florirão da mesma maneira e as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim. 
A primavera traz-nos à memória imagens de campos em flor, o chilrear dos passarinhos,… Mas há também o inverso. Quando a primavera regressa traz consigo aquela estranha tendência dos velhos que teimam em morrer recusando-se a participar na regeneração da Natureza. Enfim, manias dos mais velhos mas que há que respeitar… Descansem os meus amigos porque não tenho o mínimo interesse em encetar a tal “viagem” sem regresso. A elevada taxa de mortalidade que se verifica entre os idosos, fica a dever-se talvez a uma falta de vontade para colaborar na tal renovação da natureza… Como friorento assumido, é com prazer que sinto a chegada da primavera e deixo essa longa viagem sem regresso para mais tarde. Aliás nunca percebi como como fui capaz de antecipar o meu nascimento! Estou convencido que a culpa fica a dever-se ao cansaço que uma gravidez serôdia não me deu outra hipótese de nascer que não fosse aquela data. Acho que a Primavera nunca me perdoou, por isso, às vezes tarda em chegar...

quinta-feira, 19 de março de 2020

ESTE PAÍS NÃO É PARA VELHOS


A frase de Cormac McCarthy já divulgada em livro e em filme, infelizmente nunca foi tão actual como nos dias que correm. Perante a pandemia do corona vírus que levou à declaração do estado de emergência, a frase perdeu sentido, em alternância devia dizer-se este mundo não é para velhos… Tem-se verificado através de dados estatísticos, que este vírus prefere os mais velhos o que se compreende devido à menor resistência a doenças infeciosas por causa do enfraquecimento do sistema imunitário.
O envelhecimento da população a nível mundial não é novidade, trata-se de uma realidade incontornável das sociedades actuais devido ao progresso da medicina, à qualidade dos cuidados paliativos e às medidas alimentares implementadas. A baixa taxa de natalidade, está na origem de uma população cada vez mais velha.
O aumento de longevidade só faz sentido quando acompanhada por uma qualidade de vida a vários níveis caso contrário, o idoso é confrontado com a possibilidade de ser internado num dos muitos “lares de idosos” que por aí proliferam.
Envelhecer com dignidade não é fácil. Quando as forças faltam e a saúde teima em fugir, só restam ao idoso duas opções, continuar a viver apesar da solidão ou, em casos extremos,  ser internado num desses “lares” atendendo à vontade dos familiares…

quarta-feira, 18 de março de 2020

ERRAR É HUMANO


Nunca é demais alertar que este é um blog de ideias soltas. Muito do que escrevo não se baseia em nada de concreto… Escrevo simplesmente porque sinto ou observo, num determinado momento, muito do que publico fruto de um sentimento produzido por esse momento que convém não esquecer faz já parte do passado…
Há uma frase que traduz integralmente o meu pensamento, Ama-me quando menos mereço pois é quando mais preciso. Pela sua simplicidade, dá que pensar… Atentando seriamente sobre este provérbio norueguês é possível compreender como é estúpida a qualquer intolerância relativamente aos erros dos outros e principalmente, perante os próprios erros. Por muito absurdo que pareça, é frequente manifestar-se mais intolerância para com aqueles que se ama do que com todos os outros. Esta intolerância é tanto mais cruel quanto mais atinge o próprio, ao ponto de se transformar no seu pior dos inimigo…
Se a própria natureza nos concede a possibilidade de errar, por que não permitirmo-nos estar errado !?
E não é nessas ocasiões que mais precisámos ?

terça-feira, 17 de março de 2020

VÍRUS E BACTÉRIAS


O convid-19 destronou todas as outras doenças e está na ordem do dia em todas as redes sociais e programas de TV. Até agora, alguns médicos prescreviam antibióticos para debelar infecções provocadas por vírus. Os antibióticos são completamente ineficazes no combate contra os vírus. O procedimento desses médicos compreende-se na medida em que os vírus, ao enfraquecerem o sistema imunológico, abrem portas para que as bactérias penetrem no organismo humano provocando doenças, muitas vezes fatais. Contudo, bactérias e vírus são completamente diferentes. Enquanto as bactérias são organismos autossuficientes, isto é, produzem tudo aquilo que precisam,  os vírus são apenas umas simples partículas causadoras de infecções como a gripe comum, o HIV, o sarampo, etc. Mas tanto as bactérias como os vírus são capazes de causar doenças, permanecendo invisíveis a olho nu. Por este motivo, há muitos cientistas não os consideram como seres vivos… Apenas sobrevivem injectando o material que os constituem nas células de outros seres vivos, neste caso, o ser humano. Esse material, obriga essas células a produzir um sem número de vírus até explodir…
No entanto, cada vírus só ataca uma determinada célula e aqui reside a perigosidade deste coronavírus. Contra estes vírus e bactérias a ciência já produz vacinas que se têm revelado eficazes. Tratando-se de um vírus desconhecido, a vacina tomada contra a gripe não atua sobre esta terrível pandemia.

segunda-feira, 16 de março de 2020

A DOENÇA DE ALZHEIMER


Faz sempre pena ver alguém que se conheceu cheio de vida totalmente dependente de qualquer cuidador… Cada vez que me esqueço de qualquer coisa, penso nesse alemão, o tal de Alzheimer tão temido pela doença a que deu o nome. Pensando bem, desde muito novo que manifesto grande dificuldade de orientação quer a nível espacial como temporal. É o que se chama em linguagem popular, “perder o Norte com facilidade…” Atendendo a estas características, permito-me afastar qualquer hipótese de Alzheimer que sempre me preocupa.
De acordo com o artigo (Dr. Marques Canhoto) que circula nas redes sociais, é incalculável o número de pessoas de todas as idades que já apresentam os primeiros sintomas desta doença. Este médico aponta como principais causas desta doença o estilo de vida, a ansiedade crónica, os distúrbios do sono, estimulantes como a cafeína e outros medicamentos…
Evidentemente que não é de desprezar como fator preponderante, a hereditariedade…  A doença de Alzheimer, diz o mesmo médico, é uma doença que reflete o isolamento do espírito de quem se torna solitário por opção.
 Descansa-me o facto de não haver historial de nenhum caso desta doença na família nem me identificar com a maioria dos sintomas de tão devastadora doença.

domingo, 15 de março de 2020

MUDA O CLIMA....

Ouvir falar no Coronavírus, ou melhor, no covid-19, de manhã até à noite em todas as redes sociais, destronou outra das grandes preocupações da humanidade, as alterações climáticas… Como o próprio nome indica, consistem em mudanças do clima terrestre de que depende todo o planeta. Estas alterações do clima que já atingem grande parte do planeta, deviam ser uma das grandes preocupações de todos nós. A preocupação de muito poucos, tem evidentemente consequências a nível económico, social e ambiental e aqui reside o maior obstáculo para a respetiva implementação. A pandemia do coronavírus, ao menos, tem servido como tema para preencher todos os noticiários e não só…
Há pouco tempo, por incrível que pareça, realizou-se mais uma cimeira do clima sob o lema Muda o Clima. Muda Tudo. Com efeito, as alterações do clima terão como consequência a escassez  de água potável, inundação de várias regiões, fogos generalizados além da suspeita sobre a maior parte dos alimentos. O aumento generalizado da temperatura já se traduz através do degelo de grandes regiões e da ameaça de extinção de algumas espécies. Com efeito, quando muda o clima, tudo muda…
A esta preocupação de todos nós, veio juntar-se uma outra, a livre circulação do coronavírus que impôs determinadas medidas de contenção com as quais concordo na íntegra. Só pecam por tardias.

sábado, 14 de março de 2020

SEXTA-FEIRA, DIA 13

Pronto, já passou! Passou mais uma sexta feira igual a tantas outras apenas com a diferença de o dia coincidir com o décimo terceiro dia do mês. Dizem que é um dia aziago, tudo pode acontecer e o melhor é suspender “grandes” decisões da nossa vida.
Felizmente, nem todos acreditam… São crenças que nos acompanham desde tenra idade deixando ao critério de uma força sobrenatural qualquer conseguir afastar a má sorte relacionada… 
Embora não se concorde com muitas destas superstições existem outras que, por estarem fortemente enraizadas, não se consegue fugir apesar de serem encaradas à luz da cultura actual. Ainda hoje, apesar de inconscientemente, batemos três vezes na madeira para afastar a desgraça ou quando uma orelha aquece mais do que a outra, atribui-se o facto a alguém que está a falar (mal ou bem) de si.
Quem nunca ouviu dizer que, neste dia, dá azar passar por um gato preto, passar por baixo de uma escada, quebrar um espelho, desperdiçar sal, abrir o guarda-chuva dentro de casa, apontar para as estrelas, pousar a carteira no chão (esta é para as senhoras), varrer os pés de uma pessoa, cruzar facas ou qualquer objecto cortante, etc.
As superstições não são de agora, existiram sempre ao longo da História e estão presentes em todos os povos. São crenças que se propagam de geração em geração porque várias vezes as ouvimos dizer aos nossos pais ou avós como sendo eficazes para afastar qualquer mal.

sexta-feira, 13 de março de 2020

O QUE UM BOM CONDUTOR DEVE SABER


Já houve um tempo em que bastava “arrumar” o carro num lugar exíguo, fazer uma inversão de marcha mais ou menos bem feita, conduzir razoavelmente e, evidentemente, nunca deixar o motor da viatura desligar-se (ir abaixo). Eram requisitos suficientes para ser licenciado a conduzir. Actualmente, pelo que tenho observado, esses requisitos não chegam. É preciso possuir também um curso (completo) de adivinhação… Nunca se sabe se o veículo que circula à nossa frente vai virar à esquerda, à direita ou seguir em frente além de raramente indicarem que vão ultrapassar, tudo isto, sem assinalar devidamente estas manobras. Quem convive na estrada com estes veículos só lhe resta adivinhar o que o outro condutor irá fazer.
Existem em todos os carros, mesmo nos modelos mais antigos, umas luzinhas destinadas a esse fim mas pouco utilizadas pela maioria dos condutores. Compreende-se assim o estranho fenómeno das tais lampadazinhas nunca precisarem de ser substituídas enquanto as outras sofrem uma ou mais substituições conforme a antiguidade do veículo. Com a crise que atinge toda a gente nos dias que correm, torna-se compreensível poupar…
Nesse tempo (que já lá vai) também era proibido estacionar em cima dos passeios, em segunda fila ou inverter a marcha nas ruas de maior movimento,… basta observar o comportamento de alguns condutores nas vias situadas à nossa volta.

quinta-feira, 12 de março de 2020

# A ORIGEM DO NOME DOS MESES


Tendo em vista evitar tornar-me enfadonho, decidi dividir o tema em duas partes. Como já disse, o calendário gregoriano que hoje se adopta na maioria dos países, na Roma antiga, tinha apenas dez meses de Março a Dezembro. Ao tempo de Numa Pompílio este o acrescentou-lhe os meses de Janeiro e Fevereiro, de modo a perfazer o tempo em falta…
Já me referi a Janeiro que deve o seu nome a Jano, deus romano. Decorrido mais um mês, tempo que a Lua demora a efectuar uma volta completa ao redor da Terra, entra-se em Fevereiro que os romanos dedicavam a rituais de purificação, daí ser-lhe atribuído o nome de februum. Este nome significa, por este motivo, purificar.
A seguir vem Março que, como todos sabem, deve o seu nome a Marte, deus da guerra.
Segue-se Abril no calendário. Há que afirme que o termo deriva de aperire (Abrir) enquanto outros acham que o nome vem de aprilis em homenagem à deusa Vénus…
Maio deve este nome muito a propósito a duas deusas, Maia e Flora.
Entra a segui Junho, termo que deriva do nome de outra deusa, Juno a protectora da família.
Julho, denominado quintilis por ser o quinto mês do calendário romano, mais tarde mudou de nome, em homenagem a Julius César.
Por ser o sexto mês do antigo calendário ao mês de Agosto foi dado o nome de sexitilis  também mais tarde rebaptizado em homenagem ao imperador Augustus.
O nome de Setembro deve-se ao termo septem que quer dizer sete.
Pela mesma razão, a Outubro foi atribuído este nome por ser o oitavo, octo, mês do ano. O mesmo sucedeu com os meses de Novembro (novem) e Dezembro (decem).

quarta-feira, 11 de março de 2020

A ORIGEM DO NOME DOS MESES


Como incansável pensador, deu-me para pensar na origem do estranho nome dos meses. Tudo tem uma explicação e, o que por vezes parece complicado, tem uma explicação muito simples. Nesse caso, está o nome dos meses, nome que provém, como sempre, do latim. Na Roma antiga, o calendário começava no equinócio de Primavera. Com efeito, sobravam 61 dias de inverno… Posteriormente, o calendário que tinha início no mês de Março, sofreu a primeira reforma (713 a.C.) sendo-lhe adicionados os meses de “Januarius” e “Februarius” ficando assim com um total de 355 dias.
O mês de Julho ficou a dever-se ao imperador Júlio César a introdução do mês de Julho que sonhava ter um mês com o seu nome. Mais tarde, o imperador Augusto, não lhe quis ficar atrás e introduziu no calendário o mês de Agosto. Deste modo, Setembro (sétimo mês) passou a ser o nono, Outubro (oitavo) passou a décimo, Novembro (nono) passou a ser o décimo primeiro e Dezembro de (décimo) passou a décimo segundo.
Perdido entre tantos calendários, não esqueço que o principal objetivo era explicar a origem do nome dos meses. Começando pelo de mês Janeiro, por ser o primeiro do ano, o nome deriva do latim jeruarius ou “januarius”, consagrado ao deus Jano. Este deus era representado com dois rostos opostos de modo a olhar o passado e o futuro simultaneamente.

terça-feira, 10 de março de 2020

UM PAÍS DE FAZ DE CONTA


A nomenclatura tem variado ao longo do tempo conforme a moda do momento, as condições socioeconómicas além de outras características. Já foi chamada de “geração rasca”, mais tarde, “geração à rasca” e mais recentemente geração X, Y,… e por aí fora.
Se tivesse que escolher um rótulo que assentasse perfeitamente na geração atual, em sentido lato diria que vivemos não uma geração mas uma sociedade de faz de conta. O “faz de conta” começa logo em casa com os pais a fazerem de conta que educam os filhos… Por sua vez, os filhos fazem de conta que estudam, que respeitam e obedecem aos pais… O faz de conta estende-se depois à própria escola em que os professores fazem de conta que educam e ensinam enquanto os alunos fazem de conta que aprendem… Há empresas onde, os respectivos funcionários, fazem de conta que trabalham e os empresários fingem que aplicam os lucros tendo em vista o desenvolvimento da empresa em que os gestores fazem de conta que não são corruptos… e o povo faz de conta que acredita!
Também os governantes fazem de conta que estão preocupados com o futuro do país enquanto os deputados fazem de conta que defendem o interesse do povo relegando para segundo plano os interesses pessoais…

segunda-feira, 9 de março de 2020

OS MILAGRES DO LIMÃO


Os milagres do limão!
As cascas do limão que até agora eram deitadas ao lixo, contêm cinco a dez vezes mais vitaminas do que o sumo. Elas são saudáveis na medida em que destroem os elementos tóxicos do corpo. Tanto o limão como a casca são considerados agentes antimicrobianos contra infecções provocadas por bactérias e fungos. É eficaz contra parasitas internos, regula a pressão sanguínea, é um poderoso antidepressivo pois combate os distúrbios nervosos.
Ao polvilhar o limão congelado (ralado) sobre qualquer alimento, além de o tornar mais saudável eles ganham um novo sabor diferente de tudo que talvez tenha conhecido antes. Experimente polvilhar as suas bebidas, gelados, sopas, cereais, massas, molhos, arroz, peixe, whisky... a lista é interminável.
O limão é um fruto milagroso, mata as células cancerígenas. É 10 mil vezes mais forte do que a quimioterapia. O limão é uma solução comprovada para todas as variantes do cancro.
Porque não são divulgados estes factos? Porque existem laboratórios interessados em fazer uma versão sintética, que lhes dá mais lucro. Resultados obtidos através de várias experiências revelaram que o limão destrói as células malignas de 12 tipos de cancro, incluindo o do cólon, da mama, da próstata, pulmão e pâncreas... E o mais surpreendente é que, este tipo de terapia, não só destrói as células cancerígenas como não afecta as células saudáveis.

sábado, 7 de março de 2020

DO QUE A MÚSICA É CAPAZ

É permitido dizer que a música toca a todos. Ela provoca diferentes emoções através de uma linguagem muito própria. Ela emociona quem a escuta mas nunca é odiada quer por uns, quer por outros.
Toda a gente já sentiu aquela estranha sensação de uma música que baila na nossa mente durante todo o dia, acorda-se com ela e continua lá até à hora de deitar… já Darwin se mostrou perplexo perante a capacidade musical do ser humano! É escusado tentar explicar esta estranha aptidão. São muitos os que já tentaram, pensadores, cientistas mas poucos o conseguiram. Por alguma razão a música provoca diferentes sentimentos quando se escutam os últimos êxitos musicais e os êxitos mais antigos…
As sensações que a musica desperta em cada um são diferentes tais como a alegria, tristeza, medo ou mesmo aborrecimento mas, de uma maneira geral, “mexe” com todos que a escutam de acordo com a respectiva cultura, vivência e sensibilidade. A música tem destas “coisas”, ao escutar certas músicas somos transportados a momentos do passado despertando sensações que se julgavam perdidas no tempo.

sexta-feira, 6 de março de 2020

A PRODIGIOSA MENTE HUMANA


O cérebro é a “coisa” mais complexa de todo o Universo. Dos cerca de 86 biliões de neurónios que possui, poucos são usados para o que gastam pouca energia, 20 watts aproximadamente. Mesmo assim, este prodigioso órgão consegue fazer coisas que nem a melhor inteligência artificial é capaz de fazer! Ao cérebro chegam todos os sinais como a dor, a temperatura ou a fome mas de lá partem também todas as ordens necessárias para executar as tarefas inerentes ao bom funcionamento do corpo humano. Podia supor-se que se vive aprisionado pelo cérebro mas qualquer prisão, nunca é bem-vinda e quando se trata do cérebro, provoca imensa dor que só o próprio pode avaliar mas que também só ele tem o poder de se libertar. Existem como se sabe imensas barreiras físicas que aprisionam o ser humano mas, efectivamente, a maior prisão é a própria mente… Quando se dá azo a ideias limitantes todo o espaço envolvente contribui para que se esqueçam outras tantas oportunidades de ser feliz!
A redução da mobilidade depende principalmente de qualquer lesão cerebral mas, outras doenças ou doses elevadas de um medicamento tomado para aliviar as dores ou os sintomas da doença podem contribuir. Apesar da redução perdida ou reduzida não é impeditiva que se faça a vida de todos os dias. O corpo pode estar preso mas a mente não. Ela ensaia voos cada vez mais altos de forma a ficar mais perto dos que ama.

quinta-feira, 5 de março de 2020

O CALADO É O MELHOR


Há dias em que ficar calado não é nada fácil, principalmente quando o assunto requer a nossa imprescindível opinião… Mas ficar calado exige uma aprendizagem que se adquire depois de muitos anos de treino. Sempre ouvi dizer que, quando não se tem nada para dizer, é melhor ficar calado. Pessoalmente, essa é uma das minhas qualidades inatas o que não requer muito treino. Admito sem qualquer constrangimento, que muita gente não me considere uma boa companhia… Não alimento conversas quando o assunto não me interessa, não sei contar anedotas, não participo em discussões clubisticas e consequentemente não comento resultado dos jogos…
Perante estes eventos, prefiro ficar calado. Qualquer palavra dita em tais momentos pode ser ignorada mas fere profundamente a quem é dirigida…
Há momentos assim em que mais vale ficar calado por maior que seja o sacrifício. Há também ocasiões em que se esquecem todas as regras e se tenta participar na conversa…
Há dias em que mais vale ficar calado, mesmo correndo o risco de parecer atrasado mental, do que abrir a boca e dizer coisas sem interesse.
Há dias assim.

quarta-feira, 4 de março de 2020

CELEBRAR ANIVERSÁRIOS


Há dias em que se pensa de maneira absolutamente ao contrário do que já se pensou, o que não significa estar perante uma pessoa dita inconstante. Atribuir essa responsabilidade a alguém é a atitude mais cómoda mas não de todo eficaz. Reagindo assim apenas se confrontam os problemas de sempre só que vistos numa outra perspectiva. É lícito dizer que mudar de atitude durante a vida é natural e até normal. Só os burros não mudam… dizia um célebre político português.
Pensei, durante vários anos, que celebrar qualquer aniversário era, quando muito, um ato patético sem qualquer interesse. Segundo esta opinião, festejar um aniversário não passava de um hábito estranho que evitava ser olhado como alguém que foge às patéticas regras sociais…
Os anos passaram, a vida deu as suas habituais cambalhotas e a gente aprende que afinal festejar um aniversário é importante, não só porque muita gente os festeja mas porque cada ano que passa é mais uma vitória a somar a muitas outras. Celebrar um aniversário não é apenas um pretexto para reunir à volta da mesa familiares e amigos, é um dia diferente que assinala a nossa presença e lembrar mais dos ausentes…
Há dias em que se muda a tradicional maneira de pensar.
Há dias assim.

terça-feira, 3 de março de 2020

DEFICIÊNCIA E DEFICIENTES


Existem diferentes graus de deficiência que varia com o indivíduo e a forma como enfrenta essa mesma deficiência. Deficiente é o termo que se usa regularmente quando se quer rotular quem é diferente. No entanto, qualquer perda original ou adquirida que limite a liberdade de cada um pode ser apelidada de deficiência segundo este conceito. Existe uma panóplia muito variada dos ditos deficientes que vão desde os profundos, passando pelos moderados, até aos temporários, não contando com aqueles que se fingem de deficientes para ocupar lugares de estacionamento destinados a quem é de facto deficiente…
Os deficientes profundos tornam-se visíveis através das próteses ou da falta das capacidades que os acompanham. Quanto aos deficientes moderados, é mais difícil visiona-los. São indivíduos aparentemente perfeitamente “normais” mas que lutam diariamente contra as suas limitações. Muitas vezes, estes indivíduos já experimentaram uma vida “normal” o que exige um longo período de adaptação que nem todos conseguem ultrapassar.
Numa primeira fase, qualquer deficiente acha que tudo lhe é devido, desde atravessar a rua a seu belo prazer até circular em qualquer local sem contar com a respectiva relação com os restantes familiares. No que toca a direitos e deveres, tanto uns como outros  se confundem sendo impossível separá-los.

segunda-feira, 2 de março de 2020

O ESCRITOR E A ESCRITA


Até à data, nunca tivemos o que se pode considerar uma relação muito simpática ao nível intelectual, está claro. Nada de pessoal, apenas uma inexplicável antipatia. Sempre o achei meio alienado nas respectivas declarações em diversos órgãos de comunicação. Atendendo a algumas dessas declarações, acabei por elimina-lo da pequena lista dos meus escritores preferidos, apenas por esse motivo e nada mais.
Há tempos veio parar-me às mãos, já nem sei como, um dos seus livros “Os meus problemas”. Indiferente à natureza dos seus problemas, como sempre, dispus-me a lê-lo até ao fim. Em boa hora o fiz. O homem possui aquele british humour tão do meu agrado mas tão raro de encontrar nos outros, o que é sinónimo de  quem possui uma inteligência refinada.
Efectivamente, o homem é um excelente contador de histórias, e serve-se das palavras com mestria para expressar as suas ideias. Deste modo consegue exprimir muitas das suas opiniões que partilho mas, porque são opiniões, nem sempre as verbalizo. Às vezes, até coincidem com as minhas…!
Se ele consegue divulgar através de um livro um conjunto de crónicas que traduzem a sua opinião, por que não eu? Isto sou eu a pensar.
Com a leitura deste livro acabei por fazer as pazes com este escritor.

domingo, 1 de março de 2020

ESTÁ NA HORA DE MUDAR


As escolas de diferentes níveis etários pertencentes a uma determinada região agrupam-se nos chamados Agrupamentos  enquanto os respectivos professores tentam impingir, sem grande sucesso, meia dúzia de conceitos a alguns alunos minimamente interessados e a outros tantos sem grande capacidade ou condições físicas e familiares para os entender. É tempo de abandonar a escola dita inclusiva e pensar mais numa escola selectiva como acontece já nalguns países que experimentam outro género de ensino baseando nas correntes pedagógicas já nossas conhecidas mas sobretudo em Erasmus. Tais escolas visam preparar as suas crianças para se tornarem no futuro "cidadãos do mundo". Esses sistemas de ensino assentam na compreensão e na abertura da mente a diferentes culturas. Claro que para alcançar estes objectivos é necessária também uma mudança radical dos programas dando especial relevo a matérias como Aritmética, Leitura, Cidadania, Computação, Línguas e o resto do tempo dedicado à brincadeira…
Com o sistema ensino que vigora nas nossas escolas que tipo de competências se desenvolvem na juventude escolar?
Está na hora de mudar.
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