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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O CARRO ESTÁ TOLO?

Há dias, talvez mais momentos, em que me sinto de novo criança… É o resultado de nunca o ter sido na devida idade… Sempre me foi exigido e, por natureza, um comportamento assaz adulto durante a minha infância e adolescência. Hoje permito-me, com a ajuda e conivência do Miguel, voltar a ser criança… Actualmente a nossa brincadeira favorita é imaginar que o nosso carro fala… e os disparates que ele diz…! Todos os dias pela manhã ou ao fim de tarde quando o vou buscar ao JI, ele me pergunta: O carro hoje está tolo? Sim, o carro (que sou eu a falar) hoje e sempre está e esteve tolo…
Que nunca ninguém, em momento algum, nos surpreenda perante o disparate, o riso franco, o faz de conta… senão serei segura e imediatamente internado no hospital Magalhães Lemos onde, felizmente, terei uma grande cunha que me permitirá a cumplicidade do Miguel perante os meus disparates…
O tempo passa depressa e cada momento perdido fica lá para trás inalcançável…
Um dia somos crianças… no outro, somos adultos e não há como voltar atrás…

domingo, 29 de setembro de 2013

VACINA PARA A GRIPE

Foi amplamente divulgado através dos diferentes canais televisivos de que a vacina para a gripe estará disponível a partir da próxima terça-feira. Todos os anos recorro com maior ou menor sucesso a este método preventivo contra a gripe até porque pertenço a um grupo de risco devido aos meus problemas cardiovasculares. Sendo uma vacina que não faz parte do PNV não é gratuita nem recomendada para toda a população. É apenas gratuita para grávidas, maiores de 65 anos e outros grupos de risco, tais como: portadores de doenças crónicas pulmonares (asma incluída), cardíacas, renais, hepáticas, diabetes e outras doenças que, pelas suas características, provocam diminuição da resistência às infecções (ex: SIDA e cancro).
Daqui se pode inferir que não se deve tomar esta vacina a seu bel-prazer sem ser receitada por um médico de acordo com seu caso específico.
É bom saber que o facto de tomar esta vacina não impede, em alguns casos pontuais, que se contraia a “gripe”. Nada de confundir uma simples constipação (sobre a qual a vacina não tem algum efeito) de uma verdadeira “gripe”. Daí que muitos indivíduos manifestem alguma descrença relativamente à vacina.
Existem variadíssimas razões para que esta vacina falhe na prevenção conta a gripe. A principal, é a falência da previsão sobre a principal estirpe do vírus que irá propagar-se no inverso do ano para o qual ela foi preparada. Com efeito, o vírus da gripe tem a enorme capacidade de mutação…
Se pertence a algum dos grupos de risco, trate de adquirir gratuitamente a vacina junto do seu Centro de Saúde. É o que irei fazer em breve.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

PARA ONDE FOI O OUTONO?!

Para onde foi o Outono? Ainda mal chegou e já foi substituído pelo Inverno…!?
Onde param aqueles dias de Outono que eu tanto gosto?!
Definitivamente não gosto destes dias de chuva, cinzentos, tristes,… Para completar o quadro ainda troveja…! Grande partida me pregou o Outono ao retirar-se desta maneira sub-reptícia…
Não encontro outras palavras que melhor traduzam o meu estado de alma do que este verso:
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai (neve) chuva na Natureza
e cai no meu coração.
Que me desculpe Augusto Gil a troca da neve pela chuva… é só uma questão de estado físico da matéria e condições climatéricas…

NUM DIA, SOMOS CRIANÇAS... NO OUTRO...

“O que eu dava para poder voltar atrás!”
Quantas vezes já ouvi isto…!?
Pois eu, não dava nada para voltar atrás. Não digo que, pontualmente, não mudasse alguma coisa no meu passado…
Hoje decidi entrar no jogo: O que eu daria para…e foi aí que me lembrei daquele homem que foi o meu pai! O que eu daria para ter realmente conhecido esse homem! Talvez tivesse compreendido o desamor, a falta de paciência para os filhos devido ao cansaço de um dia exaustivo de trabalho…, talvez tivesse compreendido e perdoado a falta do miminho concretizado através dos rebuçados da régua,…
Um dia, somos crianças e não compreendemos a falta dos rebuçados da Régua... no outro, somos adultos e lamentámos os momentos perdidos, as palavras soltas...
Um dia, somos crianças inconsequentes no que dizemos ou fazemos... no outro, somos adultos e nos arrependemos do que foi feito ou ficou dito...
Por isso, nunca prometam nada, porque as pessoas mudam, as condições de vida alteram-se, os momentos passam e as promessas quebram-se…

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

LUGARES DE NOSTALGIA

Há lugares que despertam em nós aquela sensação dolorosa que envolve a saudade de momentos felizes, ou não, ali vividos no passado… É aquilo a que eu chamo nostalgia dos lugares. Convém não confundir nostalgia com saudade. É mil vezes preferível sentir saudade do que nostalgia. A saudade pode ser colmatada por uma revisitação de um lugar, pessoa ou coisa enquanto a nostalgia aumenta ao revisitar a causa que a originou…
Frequentemente a nostalgia está relacionada com o sentimento de perda de uma época que não voltará mais… Nem sempre este sentimento tem por base os tais momentos felizes ou infelizes vividos nesses lugares. Pede-se sentir nostalgia de locais nunca antes visitados… Tenho essa experiência… Sejam lugares conhecidos ou não, portadores de lembranças felizes ou infelizes, esses lugares sempre nos transmitem aquela sensação envolta num misto de tristeza e saudade,… que por vezes se manifesta com tal intensidade que chega a ser fisicamente dolorosa. Pode-se evitar esses lugares movidos pelo instinto de sobrevivência, ou então, voltar com alguma frequência não por puro masoquismo mas em busca de algo que por lá ficou…

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O DILÚVIO INTERIOR

Nova semana de escolinha (JI) para o Miguel depois do interregno do fim-de-semana. Como era de esperar, nova sessão de choro de alguns meninos (e de algumas mães também) mas o Miguel não… Aguentou estoicamente o recomeço sem verter uma lágrima… Não deixa de ser curioso que, sendo o ser humano o detentor exclusivo da extraordinária capacidade de chorar, se esforce tanto por conter esse dilúvio interior, por inúmeras e variadas razões, … Pode levar dias, meses, anos a encher a “albufeira” da nossa alma mas chega sempre um dia… aquele dia em que o “dique” rebenta… Eu me interrogo se merece a pena todo esse esforço e sacrifício de conter a todo custo esse manancial de amargura ao invés de o deixar resolver-se naturalmente através das benditas lágrimas… Mas nem sempre é o momento nem o local próprio nem o sexo adequado (homem não chora)…. O orgulho, o sentido de conveniência ou a simples necessidade de privacidade para exteriorizar os nossos sentimentos, levam-nos a percorrer diferentes níveis até chegar à dita resolução. Perante um acontecimento funesto há o período de aturdimento… a incredibilidade de que tal possa ter acontecido… Segue-se o período de aceitação da realidade… e logo depois, a tomada de consciência de que tal facto aconteceu, é real e imutável o que gera dor, tristeza, nostalgia (ou seja lá o que for). Forma-se então um nó na garganta, as lágrimas acodem aos olhos e rolam em torrente alcançando a liberdade há muito desejada…
Há dias assim…

domingo, 22 de setembro de 2013

UM OUTONO DE OUTROS TEMPOS

O Outono começa hoje às 21h44. Não sei se já disse mas, correndo o risco de me repetir, confesso que se trata da minha Estação do Ano preferida… Gosto daqueles dias de sol outonal, das folhas das árvores exibindo vários matizes que vão desde o castanho, amarelo e encarnado, daquela paz que vem do silêncio que reina nos jardins da cidade que nem o riso ou os gritos das crianças quebram por já se encontrarem nos Jardins de Infância e respectivas escolas… É essa paz que me agrada tão necessária à mudança do ritmo alucinante das férias de Verão.
Hoje, dei por mim a recordar as minhas tardes de adolescente passadas no jardim da rotunda da Boavista (Praça Mouzinho de Albuquerque). Este jardim, por ficar a dois passos do apartamento onde vivia com os meus pais, era o meu poiso preferido para escrever, estudar ou simplesmente permanecer em plena contemplação da Natureza. Apesar de rodeado por um trânsito intenso (já nessa época, a década de sessenta), consegue ainda hoje ser um pequeno paraíso de calma em pleno coração da cidade. Era, por isso mesmo, tanto do meu agrado. Ao mesmo tempo, tão perto e tão longe do bulício da cidade do qual não me consigo desligar definitivamente…

AINDA NOS RESTA O CÉU...

Apercebo-me, ao fim de alguns anos, que no dia-a-dia, o meu olhar se fixa principalmente ao nível do chão. Isto deve-se, penso eu, ao uso de lentes progressivas nos óculos no intuito de visionar os diversos “obstáculos” que se encontram no meu percurso (buracos nos passeios, degraus, dejetos caninos por todo o lado, …). Devido a esta tomada de consciência surpreendi-me e a contemplar o belo céu azul do nosso país. Apesar dos edifícios e das ruas estreitas, há sempre uma nesga de céu que nos é permitido contemplar. Constato que a vida ficou menos sombria com esta minha atitude de contemplar o mais possível o céu e dar menos atenção ao chão que piso. Até o “astral” beneficia da elevação do olhar para o céu… Experimentem! Desde já aviso que não cura todas as dores… mas ajuda.
Num momento em que a vida, a crise, ou seja lá que raio for, teima em tirar tudo que nos dá prazer por meio dos cortes nas pensões, aumento de preços e impostos,… uma coisa nos consola… apesar de tudo, ainda nos resta o céu…!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A PRIMEIRA SEMANA...

Só agora me apercebo que chegou ao fim a primeira semana de aulas. Foi uma semana de grande tensão, devido às exigências de adaptação a novos horários e a novos ambientes, físicos e humanos… Durante toda a semana pairou na atmosfera familiar alguma ansiedade e um não sei quê de tristeza…
Enfim, a semana de aulas acabou. Do mal, o menos, parece que nada de grave aconteceu… Ufff
Dizem que a primeira semana é a pior e que as seguintes serão apenas uma acomodação à nova realidade… Assim o espero. O ser humano tem a extraordinária capacidade de se adaptar às mais duras realidades… Há que encarar o presente e enfrentar o futuro sem falsas ilusões.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

PRIMEIRO DIA DE AULAS

O tão esperado e, de algum modo, receado dia… chegou na passada segunda-feira. Não digo “finalmente”, como é frequente ouvir da boca de alguns pais, porque foi com alguma apreensão que vi chegar o primeiro dia de aulas do Miguel. Foram muitas as dúvidas que me assaltaram e estou certo que também à mãe galinha que, por acaso, é minha filha. Será que se vai adaptar? Será que vai gostar da escola? Será…
Nesse dia, estava presente quase toda a família mais próxima (só faltou o pai que estava a trabalhar). O Miguel lá estava como sempre ao meu lado. Parecia feliz ou simplesmente resignado ao destino comum a todas aquelas crianças ali presentes…
Há dias em que por mais beijos e abraços que se receba o sentimento de solidão é maior.
Há dias assim…

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A RAZÃO POR QUE (NÃO) ESCREVO

Há inúmeras razões (já por mim explicitadas) para justificar o motivo que me leva a escrever mas nenhuma até agora, que explique por que não escrevo. Não se trata de falta de inspiração ou tempo. De facto, agora tenho imenso tempo para pensar e levo uma existência relativamente calma. Como me limito a transcrever os meus pensamentos não é relevante a inspiração para me levar a escrever… Quanto aos pensamentos, eles brotam ininterruptamente fornecendo-me inúmeros temas sobre os quais escrever… Talvez eles andem um pouco baralhados, confusos, dispersos ou mais concentrados num único tema demasiado pessoal e de pouco interesse para quem os lê… Talvez não haja até nenhum motivo para não escrever a não ser o simples facto de que não me apetece…
Há dias em que o ócio mental se sobrepõe à necessidade de escrever…
Há dias assim…

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A DOR QUE SE ESCONDE ATRÁS DA RAIVA

Não sou muito de reparar no semblante das pessoas que se cruzam comigo na rua mas sempre me chama a atenção o semblante carregado que algumas pessoas apresentam. Uma expressão facial composta pela testa franzida e lábios cerrados e olhar duro... Foi com uma dessas pessoas que cruzei hoje no meu percurso matinal. Aquele ar zangado não me era dirigido, certamente tinha sido afivelado no rosto logo ao sair de casa pela manhã ou mesmo antes, quem sabe…
Muita gente apresenta essa expressão facial. Faz-me pena. São pessoas que não estão bem consigo próprias, que estão contra o mundo. Essa gente não pode ser feliz. Esse semblante zangado de raiva contida e que durante muito tempo considerava apanágio de gente antipática, traduz afinal o medo que sentem e, como qualquer outro animal, passam ao ataque. Estou convencido que o pavor que origina o sentimento do medo leve a pessoa a sentir também muita dor.
Em suma, sob a raiva há a dor e sob essa dor há o medo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CHAPÉUS HÁ MUITOS...

Já me assumi com viciado em sapatos perante os meus amigos. Reconheço que compro compulsivamente pares de sapatos de que não tenho real necessidade. Tenho o bom senso de os comprar quando são artigos de saldo mas, mesmo assim, acabo por gastar uma parte considerável das economias em sapatos. Até há pouco tempo pensava que este vício era próprio das mulheres e por isso me sentia um pouco constrangido em assumi-lo.
Através de entrevistas e revistas de moda verifico que existem muitos homens que, como eu, apreciam calçar um sapato de bom gosto, confortável e de uma boa marca.
Já não me bastava esta mania dos sapatos, agora virei-me para os chapéus… Não que alguém me tenha dito que me ficavam bem… ainda ninguém teve essa amabilidade ou serão os meus amigos demasiado honestos para me mentir…
Consegui passar a época de saldos sem comprar um único par de sapatos… O que constitui motivo de preocupação. Será que por ter recalcado o vicio de sapatos o transferi para o vício dos chapéus…?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O RUÍDO E O SILÊNCIO

Há dias em que apetece ficar em silêncio. Habitualmente, quando estou em casa sozinho, ligo a TV ou coloco um CD apenas para quebrar o silêncio. Geralmente vou desenvolvo outras tarefas e mal escuto o som da TV ou do CD… Eles estão ligados apenas para evitar o silêncio (ou a sensação de solidão…?). Ontem optei por ficar em silêncio durante a maior parte do dia. Com a casa só para mim, ao contrário do que seria habitual, dei por mim a apreciar (quase me atrevia a dizer, degustar) o silêncio…
Diz-me a experiência que o silêncio pode ser intimidador. A maioria das pessoas não está preparada para o enfrentar. Senão vejamos o que acontece numa roda de amigos em que todos conversam animadamente mas de repente todos se calam… Gera-se um silêncio constrangedor e não tarda que um deles diga uma frase ou uma piada apenas no intuito de quebrar o silêncio.
É pena que as pessoas evitarem a todo o custo o silêncio. Ele é necessário para a saúde mental descansando a mente e permitindo dar mais atenção aos nossos pensamentos, sentimentos e desejos mais profundos…
No nosso dia-a-dia vivemos rodeados de vários tipos de ruído: das palavras, dos automóveis dos telemóveis, das obras, da TV ou da rádio…
Por isso mesmo, a mente reclama um pouco de silêncio para escapar a esse aturdimento gerado pelo ruído.
Assim como a tristeza é necessária para conhecer a felicidade, também o ruído é necessário para apreciar o silêncio.

Há dias assim…

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

REGRESSO ÀS AULAS

Quando a gente pensa que tudo ficou para trás e já pertence ao passado, eis que tudo volta de novo e se repete. Refiro-me àquela angustiazinha do primeiro dia de aulas. Isto do ponto de vista dos pais. Mas tenho ainda bem presente o meu primeiro dia de aulas, a ansiedade perante o desconhecido, a sensação de enjoo que não permitia saborear o pequeno-almoço… Mais tarde (muito mais), como pai, de novo a mesma angústia proveniente da incerteza de saber se a minha filhota se iria adaptar bem à escola, ao convívio com os colegas e à nova professora… E claro, como pai de um segundo filho, voltei a reviver a mesma angústia aquando do primeiro dia de aulas do meu filho. Embora mais extravertido do que a irmã, nem por isso deixei de me preocupar tanto ou mais do que me preocupei com a irmã. E a coisa não se ficou por aqui. A cada ano, a cada ciclo de escolaridade, a cada ingresso na faculdade, os fantasmas do passado voltavam a assolar-me…
Enfim, filhos criados, há que respirar de alívio e enterrar aquela já velha angústia que dava um friozinho na barriga… Mas não. Eis que a maldita se levanta e volta a atacar. Ainda não é esta semana mas para a próxima, entra o meu neto na pré-primária numa escola desconhecida com coleguinhas que não conhece nem, obviamente a educadora. Ainda não será esta semana mas já começo a sentir aquela angustia antes, durante o percurso para a escola e, principalmente, quando “abandonamos” aquele ser que nos é tão querido em mãos estranhas… E nem quero lembrar a dor que se segue à angústia quando a criança nos olha com aquela carinha como que a pedir socorro fazendo-nos sentir remorsos por a abandonarmos ao seu destino…

domingo, 8 de setembro de 2013

REVIVER O PASSADO

Já escrevi e postei aqui inúmeros pensamentos quer na forma de prosa, poesia ou simples crónicas. Se me perguntassem de qual eu gosto mais, não hesitaria em escolher “ALI HAVIA COISA DO DIABO”. Não por estar particularmente bem escrito ou por se tratar de um tema super-interessante  Desconfio que a minha escolha tem tudo a ver com um certo saudosismo e também porque agora me sobra o tempo para recordar o passado. Desde aquela célebre cirurgia cardiotorácica, pela primeira vez, tomei consciência da minha condição de simples mortal embora este facto, não se tenha revelado particularmente assustador pois nunca temi a morte… Embora nunca me pudesse considerar um católico praticante e por tal motivo nunca me tivesse preocupado com aquilo que muitos católicos consideram pecados, comecei a enumerar e a lamentar tudo aquilo que nunca fizera e mais ainda os motivos que me levaram a não o fazer… Sobretudo a valorizar o tempo de forma a não o “perder” inutilmente, principalmente com coisas com as quais não se obtém o mínimo prazer.
Mas o que eu queria referir neste revivalismo do passado, é o saudosismo quer dos locais da minha infância bem como dos personagens que de uma maneira ou doutra marcaram a minha infância. Daí a minha escolha do tal post – “ALI HAVIA COISA DO DIABO”.
Ainda hoje, o meu prato preferido continua a ser ovos estrelados com batata frita e foi precisamente o que preparei para o meu jantar de hoje. A explicação para este meu peculiar gosto gastronómico baseia-se nos tempos passados em casa da minha tia Rosa, uma segunda mãe para mim. Embora mulher de um ourives mas de fracos recursos económicos, criava galinhas e coelhos no seu quintal sito à praça Dr. Tiotónio Pereira. Ovos com batatas fritas era o prato mais comum lá em casa visto os ovos serem os das próprias galinhas…

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

OS PRIVILEGIADOS

Hoje apercebi-me (mais uma vez) do quanto o ser humano é ingrato e insatisfeito. Sempre olhando e invejando os que têm mais ao invés de saborear e agradecer o que alcançou comparativamente aos que têm menos. O ser humano é assim, eu incluído obviamente, sempre insatisfeito aspirando sempre a mais impedindo-se assim de usufruir a felicidade do que já alcançou…
Mas lá vem um dia ou outro que nos apercebemos do quanto somos afortunados perante a confrontação de situações ou mesmo de determinadas mensagens. Hoje, para mim, foi esse dia. Bastou que me viesse parar “às mãos” um provérbio africano e, através dele, constatar que afinal sou um ser privilegiado…
Diz o provérbio:
Ao longo da minha já longa existência… já tive oportunidade de encontrar estes três tipos de pessoas… Mas quantos de nós poderão afirmar o mesmo? Encontrar pessoas que mudaram a nossa vida… Não é difícil. Encontrar pessoas que prejudicaram a nossa vida… Facílimo! Mas encontrar pessoas que são e serão a nossa vida… Só privilegiados.
Há dias em que, nem que seja por breves momentos, tomámos consciência do quanto somos afortunados…
Há dias assim…!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

SOBREPOPULAÇÃO

Decorrente da leitura do último livro de Dan Brown, senti a necessidade de me informar e tomar consciência do problema da superpopulação mundial. Mito ou realidade, a preocupação com este problema baseia-se na teoria do economista britânico Thomas Malthus. Formulada pela primeira vez em 1798, esta teoria previa um apocalipse de fome e guerra se a população humana não parasse de crescer. A teoria Malthusiana previa que a população mundial cresceria segundo uma progressão geométrica, enquanto a capacidade de produzir alimentos cresceria apenas segundo uma progressão aritmética. Daí, poderia concluir-se que num futuro próximo, iria haver falta de alimentos a nível mundial. Passados dois séculos depois da sua formulação, esta previsão não se confirmou. Mas a teoria malthusiana continua aliciar muitos adeptos a nível mundial.
Segundo as mais recentes projeções que a ONU realiza a cada dois anos, teremos 8 bilhões de habitantes em 2025, 9,3 bilhões em 2050 e 10,1 bilhões em 2100. Contudo, nas últimas revisões verifica-se uma diminuição acentuada da fertilidade humana quer por razões fisiológicas, quer devido à crise económica a nível mundial. Por outro lado, uma taxa de mortalidade elevada devido a doenças como por exemplo a Sida além de catástrofes naturais que dizimam um número considerável da população de uma dada região. Em resumo, o que se está a verificar é um claro abrandamento do crescimento da população mundial.
É insofismável que a população mundial irá continuar a crescer em termos numéricos, mas de um modo muito mais lento do que era previsível. Não há razão, portanto, para preocupações desta índole.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ESCAPADINHA ÀS ILHAS CIES

Dentro do espírito deste blog aqui fica mais uma sugestão para um fim-de-semana bem passado sem ser dispendioso. As ilhas Cíes formam um arquipélago, situadas na Ria de Vigo, foram declaradas parque natural em 1980. Estas ilhas, como é óbvio, são apenas acessíveis por barco. A viagem é rápida, cerca de 45 minutos por um preço módico de 16€ por adulto, ida e volta. Há diversos ferrys a fazer a travessia ao longo do dia com partida do porto de Vigo. Convém comprar os bilhetes pela Internet embora o possa fazer no local.
Partimos do porto de Vigo às 12:15 já que o nosso objectivo era fazer um picnic. O dia estava lindo e o mar calmo.
Aportamos à ilha do Norte (ou Monte Agudo). Esta ilha está ligada à ilha do Meio (ou de Faro) pela praia de Roda.
Esta praia foi eleita pelo jornal britânico The Guardian como a número um no Top de praias mundial. A partir do ancoradouro existem diversos percursos pedestres à escolha do visitante.
Optamos por seguir a rota Del Faro da Porta. Atravessamos a praia de Roda para a ilha do Meio até ao parque de campismo. Nestas ilhas não existem hoteis nem carros e nem sequer caixotes do lixo. A meio caminho do farol, paramos para fazer o nosso picnic.
Depois de almoço e sob um sol tórrido (convém não esquecer os chapéus), dirigimo-nos para o farol. Percurso pedregoso, sinuoso e sempre a subir… Estava indicado 1,2 km mas estou com a sensação de ter caminhado mais de 5 km…
A praia de Roda foi ficando lá em baixo depois de iniciada a longa subida para o farol...
Ao longe a ilha do Sul só acessível por barco particular.
Depois de uma árdua subida lá consegui chegar ao sopé do farol.
Mas ainda me esperava uma íngreme subida em zig-zag...
Valeu a pena o sacrifício pela paisagem que de lá se desfruta. O Miguel recorreu às cavalitas do pai mas lá se aguentou grande parte do percurso de mão dada comigo. Mais uma vez se revelou o meu fiel e querido amigo…
Depois da descida, bem mais fácil, ainda deu tempo para um mergulho na praia de Roda. E assim se esgotou o tempo para o regresso às 18:15.
A longa fila para o regresso a Vigo...
Ao longe a praia da Roda, vai ficando cada vez mais longe... Até breve.



SENSAÇÃO DE VAZIO

Estou em crer que não há quem, em algum dia, não tenha sentido aquela sensação de vazio aquando da ausência de alguém. Não importa se essa ausência é temporária ou definitiva. A sensação de vazio é a mesma… Obviamente que é condição sine qua non que esse alguém tenha tido ou tenha uma importância relevante na vida de quem sente esse vazio.
No teatro da nossa vida, cada personagem ocupa um determinado lugar conforme a sua importância. Se algum desses personagens parte, por qualquer razão, o seu lugar fica vazio e aí sentimos essa sensação que ainda não é saudade mas mais uma falta…
Na tentativa vã de preencher esse vazio, há quem aceite relacionamentos que à partida se prevê não terem qualquer futuro, outros, gastam somas consideráveis em compras das quais não tinham a menor necessidade, outros ainda, aceitam convites para locais onde nunca pensariam visitar ou conviver com pessoas com as quais não tinham a menor afinidade…
Na verdade, não há maneira de nos livramos da sensação de vazio mas podemos decidir como viver com ela. Há quem se entregue a essa angustiante sensação de vazio fazendo da sua vida um mar de lamentações ou aceitar o facto de que ninguém pode ocupar o lugar de quem partiu… Como acontece no teatro, os lugares estão marcados no bilhete de ingresso e cada um ocupa o lugar correspondente…
A nós, compete-nos continuar a representação do papel da nossa vida. The show must go on…

terça-feira, 3 de setembro de 2013

RIR É O MELHOR REMÉDIO

Todos nós, em determinados momentos da nossa vida, perante acontecimentos cómicos ou em diálogo com outras pessoas, já nos “escangalhamos” a rir. Não me refiro aquele sorriso politicamente correcto mas a uma boa e sonora gargalhada… Se seguida de muitas outras, tanto melhor! Está provado clinicamente que um simples sorriso promove a contração de vinte e oito músculos da face, o que faz aumentar a produção de serotoninas e endorfinas. Estes neurotransmissores são uma fonte de prazer e bem-estar. É com base nestes efeitos que assenta a tão propalada terapia do riso ou risoterapia muito em voga nos nossos dias. Não duvido destes efeitos até porque se baseiam em dados científicos. Estes dias, passados no Algarve na companhia dos nossos amigos e parceiros dos célebres almoços de domingo, foram dias de boa disposição. Houve muito riso, muito disparate e muita gargalhada o que, sem dúvida, contribuiu para a boa disposição e o gozo pleno dos mergulhos na piscina, das marchas no areal da praia, dos almoços e jantares no “China”…

Estão comprovados os efeitos benéficos da risoterapia… Venham mais sessões de terapia do riso.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

JANTAR FAMILIAR

De regresso a casa mas ainda com uma semana de férias para gozar, nós e minha encontrámo-nos num jantar no restaurante Caximar em Vila do Conde. Foi uma óptima escolha do meu genro e filha. Comemos um arroz de marisco delicioso regado por uma sangria branca. Para o Miguelito, bifinhos com champignon com batata frita que ele adora. Foi um reencontro para matar saudades e até o bom tempo nos brindou com um magnífico pôr-do-sol…

Para acabar a noite, uma visita à Feira Gastronómica de Vila do Conde. Quem adorou foi o Miguel por dois motivos. O miminho e atenção dos avós e o seu novo brinquedo que ele adorou: uma espécie de lanterna que projecta efeitos luminosos no chão ou outras superfícies menos recomendadas…

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