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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

APROVEITAR BEM OS FERIÁDOS

Com a proximidade de um mês recheado de feriados, mal parecia não lhe dedicar um pouco do meu tempo. Desde aquela época em que o primeiro-ministro comunicou oficialmente a reposição dos quatro feriados que tinham sido retirados do calendário, embora esse tempo vá muito longe, ainda reside na memória de alguns.

Não tenho nada contra os feriados, nem tão pouco a favor, mas reconheço que são dias muito bem vindos, especialmente para quem trabalha e se ficam próximo dum fim de semana… é ouro sobre azul.

Um feriado a meio da semana devia ser aproveitado para descansar da azafama diária no entanto, o que se verifica, é uma corrida aos shoppings para “passear”… apesar de o sol que pode brilhar lá fora. Será então que os portugueses aproveitam integralmente os feriados? Se o orçamento familiar não permite umas justas miniférias, ficar em casa também é uma boa opção no sentido em que permite realizar algumas tarefas sempre adiadas por falta de tempo ou então dedica-lo a concretizar a levar a cabo outras atividades como, por exemplo, uma caminhada à beira mar, ler um livro, comer fora e, na pior das hipóteses, meter a família no carro e ir apenas tomar um café junto ao mar. O importante é aproveitar bem estes dias da maneira que lhe der mais gosto. Feriados há muitos ao longo do ano, mas a vida é só uma…

domingo, 29 de novembro de 2020

ESPERTEZA SALOIA

De uma maneira geral atribui-se à expressão “esperteza saloia” um sentido pejorativo que além de injusto, não corresponde inteiramente à verdade. Nada nos leva a crer que os saloios sejam menos ou pouco espertos, antes pelo contrário…

Cada vez que olho as diferentes bebidas (espumantes e aperitivos) intactos por oferecidas em diversas ocasiões festivas, a expressão “esperteza saloia” é a que frequentemente me ocorre.

É normal que se confunda esperteza com inteligência, mesmo aqueles que defendem que esperteza é também uma forma de inteligência. Esta confusão entre um termo e outro dá origem a atitudes e comportamentos pouco ortodoxos. Inteligência evidencia a rara capacidade de aprender, mesmo através do erro, enquanto a tal “esperteza” é um atributo daqueles que agem com uma certa manha destinada a enganar os outros em benefício próprio.

Sempre achei que a expressão “esperteza saloia” era adequada para designar aqueles que, usando de uma certa astúcia, ultrapassam tudo e todos mesmo os que aguardam ordeiramente a sua vez de serem atendidos.

sábado, 28 de novembro de 2020

AVISO IMPORTANTE

É natural que já tenham lido muitos dos “pensamentos” publicados alguns deles na totalidade outros só parcialmente. Alguns dos textos que achei mais interessantes foram remasterizados, (o termo não se aplica só à música), isto é, foram alvo de uma melhoria substancial e sofreram também uma adaptação aos dias que vamos vivendo.

Reescrever um texto, respeitando o seu conteúdo não defrauda, penso eu, quem ainda dispõe da paciência e tempo necessário para ler.

Note-se que a maioria dos textos, além da preocupação de os adaptar á atualidade, alternam com textos completamente novos. Este exercício de atualização e reformulação só foi possível graças às novas tecnologias que tornaram possível a sua otimização. 

Agradeço a paciência dos meus leitores.

Muito obrigado

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

AFINAL, NUNCA SE É VELHO

À medida que se vai envelhecendo é normal que se verifique uma certa decadência a nível cerebral. Qualquer tarefa, seja ela qual for, necessita da contribuição do hemisfério direito durante a fase de aprendizagem mas depois, ultrapassada esta fase, quando a tarefa se torna rotineira, passa a socorrer-se ao hemisfério esquerdo, responsável pelas tarefas que já foram aprendidas e consolidadas.

Ora, estudos mais ou menos recentes, vieram contrariar o que então se pensava. Esses estudos demonstraram que o cérebro não degenera com a idade, pelo contrário, desenvolve-se de acordo com a atividade realizada. Com efeito, ao longo da vida acumulam-se capacidades que mais tarde vão permitir que se enfrentem situações desconhecidas com alguma confiança recorrendo apenas à experiência acumulada durante a vida.

À medida que se envelhece, a actividade mental é regida por “rotinas” que acabam por ter um lado positivo na medida em que permitem pronta resolução de  problemas mais complicados que vão surgindo durante a vida. Apesar disso, não é de descurar a estimulação cognitiva que, conjuntamente com o estilo de vida, contribui para evitar que o cérebro degenere com a idade.

Afinal, nunca se é velho, o que acontece, é que temos muitas juventudes acumuladas

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O NOVO NORMAL

Detesto ouvir dizer que se espera que tudo volte ao “normal” em vez de admitir que já vivemos um “novo normal”. De repente, sem qualquer aviso prévio, tudo mudou, hábitos ancestrais, comportamentos, em suma, a própria vida. A mudança instalou-se paulatinamente, alterou muitos dos comportamentos e hábitos arreigados que se pensavam imutáveis.

Ao que se sabe até à data, a mudança é irreversível e desconhece-se ainda se veio para o pior ou para melhor. O futuro o dirá.

Uma coisa é certa, voltar à tal vidinha de antigamente não vai ser possível, que não se espere que a vida volte a ser como era antes da pandemia ter fustigado todo o globo.

Por outro lado, o novo normal pressupõe uma adaptação nem sempre fácil à uma nova realidade e às condições que da vida atual ainda nos permite.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

ATOS DE VIOLÊNCIA

A pandemia teve este efeito, fez com que o mundo parasse em vários aspetos mas a violência aumentou o que não admira visto as pessoas estarem mais em contacto umas com as outras.

Posso conceber um ato isolado de violência quando praticado contra uma instituição, instalações militares ou políticas…, mas não admito quando atingem a população civil completamente inocente e indefesa. Aliás, qualquer tipo de violência, física ou psicológica, é alvo de reprovação da minha parte.

No entanto, todos os dias e a toda a hora, somos confrontados com notícias sobre o número de mortos e de infetados vítimas de alguma forma da atual pandemia o que faz com que se esqueça o drama de populações em fuga e mortes ocorridas nessa fuga de guerras em países onde falta tudo ou condições mínimas de sobrevivência. Não me conformo também com as vítimas inocentes decorrentes de atentados terroristas que nos surpreendem em qualquer canto do globo. Não posso evitar de pensar que espécie de “lucro” pode advir de tais atos além do número de mortos?! Que vantagem pode advir do pânico e do medo de populações inocentes?

Por mais que ouça, leia e escute qualquer notícia sobre o assunto, não encontro uma explicação que justifique um só destes atos onde se jogam interesses puramente políticos e económicos. Não sei, não disponho de uma bola de cristal, que me indique como solucionar este problema mundial e que parece não dar tréguas.

E a vida continua após qualquer um desses atentados ou da pandemia como se nada fosse… Tudo acaba por ser esquecido exceto para a família das vítimas.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

REGRESSAR ONDE JÁ SE FOI FELIZ

É costume dizer-se que “nunca se deve voltar ao sítio onde já fomos muito felizes”. Depois de muito pensar, atrevo-me a discordar. Acho que devemos voltar, sim, imensas vezes, tantas quantas nos der na gana…

Voltar aos mesmos lugares onde já fomos felizes é um risco, mas é um risco calculado. Lá, esperam-nos emoções, momentos que ficaram guardados na nossa memória, todo um passado que se sabe que não volta mas também onde se encontra uma presença que embora virtual ocupou sempre o seu espaço mental…

Voltar, é a palavra de ordem. Mas voltar não é garantia de insofrimento, recuperam apenas o tempo em que já fomos felizes! Mas atenção, por mais que se tente não é possível recuperar os mesmos sentimentos do passado.

Enfim, voltar aos mesmos locais onde se foi feliz é muito relativo, depende entre outros fatores, das circunstâncias em que se dá o tal regresso. Deve voltar-se com outra disposição, outros sentidos, sem esperar que o passado regresse. Desengane-se quem vai aos mesmos locais em busca do passado. Pode voltar-se sem esperar sentir o que já se sentiu.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

SÓ ALGUNS DEIXAM SAUDADE

Há pessoas que, quando partem, deixam uma saudade indiscritível enquanto que outras, perante a morte deixa-nos completamente indiferentes,…

Geralmente são pessoas mal resolvidas, por isso, mal amadas deixando atrás de si aquela sensação designada habitualmente por rancor. Apesar dessa sensação, há muita gente que, se partisse hoje, silenciosamente e sem dar nas vistas, não deixariam saudade nem se daria pela sua falta.

Deus sabe (também não se pode saber tudo), que não sou rancoroso, nem sequer mereço um elogio por não o ser. É uma qualidade que não figura no reduzido rol das minhas qualidades que só se adquirem no decorrer da vida. É triste mas é verdade, há pessoas que se recordam com muita saudade e outras que só muito tempo depois se toma conhecimento que já partiram. Noutros tempos, sempre que alguém partia assim de repente, era vulgar dizer-se que foi um arzinho que lhe deu isto quando a medicina não dispunha ainda de outra resposta mais convincente. A expressão significava que esse alguém tinha sido vítima de uma doença para a qual a medicina ainda não possuía resposta. O tal “arzinho” tanto podia ser uma doença súbita, ataque, velhice ou simplesmente o cansaço de viver…

Há dias em que a saudade de algumas pessoas aperta mais enquanto que outras, … nem por isso.

Há dias assim.

domingo, 22 de novembro de 2020

ATRAVÉS DE UMA JANELA... MESMO FECHADA

A paz que se respira através duma janela mesmo fechada vem de dentro, mas a paisagem também ajuda. Ajuda a distância, a vastidão do espaço, o céu ainda azul onde se recortam no horizonte alguns edifícios desde os mais altos aos mais humildes…

Tudo ajuda, sobretudo o silêncio, escutar apenas lá muito ao longe os sons característicos da cidade que só o chilrear da passarada consegue abafar.

Mesmo fechada, qualquer janela emoldura uma paisagem através da qual se consegue respirar a paz que vem lá de fora e que se anseia cá dentro… Podia ficar ali uma eternidade se não fosse o chamamento das lides caseiras, se não fosse uma cidade estranha, se o comboio não apitasse ao passar, se…

É esta a magia daquela janela, uma janela comum a todas as casas através das quais se consegue respirar a paz… mesmo estando fechada.

sábado, 21 de novembro de 2020

A INVEJA TAMBÉM MATA?

A inveja, mais do que qualquer outra doença, pode matar o que nos leva a pensar que a inveja é também uma doença. Quem se recusar a aceitar esta ideia tem que admitir, pelo menos, que se trata de um sentimento a excluir no dia a dia. Mas será que nunca se invejou alguém, mesmo por um só momento?

Mesmo aqueles que dizem que nunca invejaram seja quem ou o que for, é um sentimento muito comum a todo o ser humano que o leva a desejar “possuir o que o outro tem”. Claro que se perguntasse à maioria da população se não é invejoso, quase todos iriam diriam que nunca invejaram nada nem de ninguém!

Considerando que se trata de um sentimento muito vulgar, embora em diferentes graus, o invejoso não se contenta apenas quando alguém fica privado daquilo de que mais gosta mas, também rejubila quando o mesmo mal atinja profundamente o seu inimigo. O invejoso “profissional” é aquele que não só fica satisfeito com o mal dos outros, é preciso que seja um mal profundo.

Sentir um pouco de inveja controlada é humano ao contrário daquela inveja profunda e constante! Não ignorar que, além da inveja, existem outras emoções prejudiciais ao bom funcionamento do organismo. Sobre isto, dizem os cientistas, a inveja pode matar quando não é eficazmente controlada.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

EM TEMPOS DE PANDEMIA

Há dias em que nos fechámos a qualquer interferência exterior contornando assim tudo o que possa influenciar a concentração necessária a uma autoanalise o que por vezes além de difícil, pode até ser desagradável. Ao fechar-se ao exterior, esta atitude leva-nos inevitavelmente a uma profunda e continuada introspeção que além de dolorosa pode até ser dececionante, depende do que se deixou no passado. É compreensível portanto que a maioria das pessoas evitem a todo o custo fechar-se sobre si próprios.

Seja qual for o motivo, há certos dias em que não apetece abrir o coração quer em sentido figurado quer literalmente. Já basta quando se é obrigado por motivos de saúde… qualquer que seja o motivo, há coisas que não apetece repetir.

Aqui para nós, admito que em boa hora decidiram abrir o coração, Uma vez aberto, a maior parte dos medos, tabus e preconceitos que se encontravam aprisionados acabam por sair permitindo assim uma melhor capacidade de análise perante a vida.

Contudo, há dias em que  não apetece encetar esse exercício …

Há dias assim.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O DIA DO HOMEM TAMBÉM EXISTE

Toda a gente sabe em que data se celebra o Dia Internacional da mulher mas nem todos sabem, talvez devido a ser pouco celebrado, que também existe um dia consagrado ao homem. Sem pretender entrar em confronto direto com o dia da mulher, foi uma surpresa descobrir que também existe um Dia Internacional do Homem…!

Não fique a ideia de que a data existe como retaliação ou piada de mau gosto ao justamente e muito celebrado dia da mulher. O dia do homem existe e comemora-se em Portugal a 19 de Novembro. Apesar de não ser hábito celebrar, o Dia Internacional do Homem a data já não é nova, remonta a 1999 sob proposta do Dr. Jerome Teelucksingh. A escolha do dia (de triste memória), não foi consensual daí que este dia se celebre em diferentes meses conforme o país, em Portugal passou a celebra-se a 19 de novembro. Aliás, Portugal orgulha-se de ter sido um dos 70 países que aderiram a esta escolha que tem por objetivo incentivar a contribuição do homem à saudável coexistência entre géneros e ao combate de qualquer espécie de machismo ainda tão presente nas sociedades atuais sobretudo por falta de instrução…

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

UMA COISA É CONTAR, OUTRA COISA É VIVER

Há coisas que só se sentem quando se vivenciam plenamente. Só  quem vive determinadas situações é possível senti-las no seu total. Uma coisa é viver uma dada situação, outra é imaginar. A imaginação fornece apenas uma pálida ideia da situação real.

Deus (a tal força divina) sabe que não desejo mal a ninguém, tomara que todos encontrassem a sua felicidade isenta de qualquer doença mas desejar que um dia, um só dia, o mesmo mal acometesse aqueles que só conseguem imaginar, penso que não deixarei de ser quem sou… Neste momento, entenda-se que por “mal” se considera tudo aquilo que não se deseja,… incluindo a doença.

Nos dias atribulados que se vivem hoje é difícil repartir a atenção para além do vencimento ao fim do mês e dos alimentos que se põem na mesa, o que é natural, não havendo um mínimo de disponibilidade para pensar em doenças…

Quando se é novo há todo um mundo de emoções que se anseiam experimentar e que tardam em acontecer. Quando crescemos parece que essa ânsia desaparece e o resto perde prioridade. Mais tarde, quando se envelhece, há dias em que a felicidade consiste em vivê-los,… um de cada vez.

Há dias assim.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

A PANDEMIA E O CORONAVÍRUS

Há eventos cujo resultado estava já decidido à partida, nem precisavam de se realizar… Reunidos no Olimpo os deuses já decidiram quem merece vencer e tudo se conjuga para que o vencedor seja o preferido dos deuses mas, nem sempre, a vontade dos deuses prevalece. Então, a sua cólera não conhece limites como a teimosia e tenacidade do covid-19 ousou alterar os seus desígnios.

A disseminação desse vírus por todo o globo e o aumento diário dos infetados prova que nem sempre a tentativa dos deuses atinja não só aqueles que ainda não aprenderam a perder como os vendedores. Bem se diz que quem não sabe ganhar também não sabe perder!

No fundo, tenho pena daqueles que não acreditam na perigosidade deste vírus e dos mais velhos que lhe sofrem as consequências…

Os deuses não previram que o vírus se espalhasse tão rapidamente por todo o globo…

Há dias em que mesmo um vírus se escapa à vontade dos deuses.

Há dias assim.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O ASPETO NÃO É TUDO

Desde sempre, como a maioria das pessoas, fui treinado para julgar pelo aspeto de um indivíduo. Avaliar as diferenças que existem entre a aparência de uma pessoa e aquilo que ela realmente é exige um trabalho que nem todos tencionam empreender. Como se pode ler num dos meus livros preferidos sobre a aparência, o essencial é invisível aos olhos. Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a essência. Efetivamente, quem vê para além do aspeto físico, surpreende-se com a verdadeira essência de cada um. A aparência não é mais do que o aspeto com que alguém se apresenta aos nossos olhos, quase sempre enganadora.

Por mais que se diga que a aparência não conta no dia a dia, comprova-se infelizmente que ela tem muita importância embora dependa de muitos fatores. Existem estudos que comprovam a importância da aparência perante o olhar dos outros. Apes de não ser o fator principal, a aparência acaba por ter muita importância na hora de decidir em qualquer campo da atividade humana.

Convenhamos que se gastam muitas horas para manter uma aparência o mais agradável possível a quem nos vê, o que nem sempre se consegue… Se não consegue melhorar, ela ajuda e muito a elevar a auto estima.

domingo, 15 de novembro de 2020

IDEIA PEREGRINA

Não sei quem teve essa ideia peregrina de que as salas deviam situar-se nas traseiras dos edifícios. Talvez devido à proximidade da cozinha mas existem outras maneiras de projetar…

Situar as salas nas traseiras, implica colocar os quartos na fachada principal, zona muito mais barulhenta e com maior movimento. Mas é o que se verifica na maioria dos casos. Desconheço mesmo se existe alguma legislação neste sentido, o que não faz de mim um acérrimo defensor desta localização.

Num edifício com orientação nascente-poente, logo havia a sala de situar-se a nascente! Vivendo muito de perto esta situação visto tomar como exemplo a minha própria sala, posso manifestar a minha discordância de tal localização.

Esta situação faz com que se localizem os quartos no local destinado à sala. Na minha opinião, devia ser muito bem pensada a implantação dos edifícios antes de projetar a respetiva sala.

Estou convicto de que os problemas que existem relativamente à localização das várias divisões, escadaria de acesso aos diferentes andares e elevadores poderiam ser facilmente contornados no papel.

Tratando-se de problemas contornáveis, logo não impeditivos de alterar a presente localização das várias divisões.

É, na sala, o local destinado a receber os nossos amigos, o local de trabalho, onde vemos TV ou… simplesmente relaxámos.

sábado, 14 de novembro de 2020

BARALHAR E VOLTAR A DAR

Confesso que ando um pouco baralhado o que é normal em plena pandemia e o excesso de notícias sobre o covid-19. Mas não são só essas notícias negativas que me afligem. Concretamente, não posso evitar uma certa frustração ao não desconhecer afinal qual o acordo ortográfico que ando a seguir. Esta frustração advém da discrepância entre os dois acordos seguidos por diferentes programas de computador que uso para escrever e publicar o que escrevinho.

Se, neste momento, tivesse que dizer qual o acordo ortográfico que sigo, ficava sem palavras. Como abordo diferentes temas no Word, quando passo para o primitivo Blog confrontava-me com diferentes ortografias… Depois que foi atualizado (obrigatoriamente), o Blog este passou a aceitar tudo o que escrevo em Word sem assinalar erro…

Efetivamente, o AO99 tem dado comigo em doido sempre que abordo qualquer tema. Não é que, nalguns casos, não esteja de acordo com o bendito AO no que diz respeito a alguns assentos, omissão de letras que não se leem, etc. Mas no que respeita a certas palavras bem como alguns assentos, não concordo…

Não é fácil estabelecer regras que abranjam todas as situações, por isso continuo a escrever como me dá na gana e como aprendi sem me preocupar concretamente com qualquer acordo ortográfico.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

UM DIA DE SORTE

Nem sempre acontece mas às vezes o dia 13 coincide com a sexta-feira. Quando tal acontece, renascem e libertam-se antigas superstições relacionadas com esta coincidência. Uma delas recomenda que não se deve começar nada neste dia. Seja o que for estará condenado ao fracasso por ter sido iniciado num dia de azar.

Para os cristãos, a maldição relaciona-se com a crucificação de Cristo que segundo se crê, ocorreu numa sexta feira… dia treze. Mas já em tempos remotos o número 13 foi sinónimo de azar. A maioria dos povos culpou este número todos os azares que acontecem na vida. Os cristãos, por exemplo, relacionam o azar ao facto de serem treze os apóstolos presentes na  Última Ceia. Daí que mesmo hoje se evite sentar à mesa 13 pessoas, diz a superstição que o azar tanto toca aos comensais como a quem os convidou…

Enfim, cada povo encontra uma razão, conhecida ou desconhecida, para evitar o número 13 e superstições não se explicam, contudo passam de geração em geração,… é sempre um azar que convém evitar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A CAMINHO DE FÁTIMA

Não é a primeira vez que me deparo com alguns indivíduos de mochila às costas e colete refletor caminhando ao longo da berma da estrada transformada em rua. Comecei por estranhar a sua presença nesse roteiro pouco atento que ando a estas datas do calendário litúrgico mas depois percebi-me que se tratavam de romeiros a caminho de Fátima. O facto em si nada tinha de estranho visto estar próximo o dia treze… Estranha é a minha reação sempre que os vejo passar que me leva a desejar acompanhar essa vossa caminhada!

Durante todo o ano é comum avistar esses romeiros que em geral se dirigem a Santiago e sempre penso, que bom seria acompanha-los nessa caminhada… Este pensamento é provável que se pense estar perante um desejo secreto e de uma pontinha de inveja… claro que admito tratar-se de um misto de os dois sentimentos uma vez que não admite qualquer tipo de cariz religioso.

Essa pontinha de inveja dura o breve espaço de tempo que os romeiros demoram a passar enquanto eu permaneço a vê-los passar…

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

HÁ COISAS QUE NÃO SE EXPLICAM

Há coisas que não se explicam por mais que sejam ditas até porque ninguém vai entender. São coisas que só quem passou por elas as entende e não é por falta de palavras ou capacidade para as definir, é mais uma questão de sensibilidade. Cada um sente da maneira que sente, isto é, à sua maneira. Acabo por dar razão a quem diz que, há coisas que não se explicam, sentem-se.

Às vezes assalta-nos a tentação de explicar algumas coisas como se fosse possível alguém sentir na mesma proporção o que se sente. Decididamente há coisas que não se explicam como não se explicam sentimentos, gestos ou sorrisos. Com certeza já se experimentou um sentimento de frustração e o desespero de não conseguir explicar certos atos tão naturais. Os sentimentos não se medem como qualquer outra qualquer grandeza. Por isso, só se podem imaginar mas ninguém saberá a verdadeira dimensão dos sentimentos.

Os sentimentos não são mensuráveis. Surgem de forma inesperada com diferentes intensidades e em diferentes ocasiões.

Há dias em que certas coisas acontecem porque têm de acontecer. Não se explicam nem se medem.

Há dias assim.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

RECORDAR É VIVER... SERÁ?

Há recordações que fazem doer mas que incompreensivelmente a gente teima em reviver. Tal atitude podia considerar-se uma espécie de masoquismo já que não há desculpa que justifique este comportamento. Não tenho uma formação académica que me permita compreender determinados comportamentos humanos que poderiam explicar a tal teimosia atendendo a que ninguém, no seu perfeito juízo, possa extrair algum prazer ao mortificar-se desta maneira.

Recordações que por vezes magoam são frequentes e muito gente, apesar da dúvida, considera normal. Tal comportamento só se pode compreender atendendo que o ser humano deixa a emoção dominar a razão.

Como seres racionais, é suposto termos a capacidade de controlar as emoções negativas contudo, esta tentativa, revela-se impotente perante recordações que fazem doer.

Por ironia do destino, sempre que ouço o “desafinado” em qualquer parte, assaltam-me as tais recordações que fazem doer numa atitude de perfeito masoquismo, já que ainda hoje me emociona.

Há dias em que as emoções comandam a razão!

Há dias assim.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

QUEM ME DIZ ONDE É A ESTRADA...?

Onde me leva esta estrada…?  Não sei. Mesmo que soubesse, é por aí que eu vou… Essa é a única certeza.

Há estradas que se percorrem devido seguem à beleza da paisagem que as ladeia, mesmo que não conduza a parte nenhuma ou alcance o “destino” traçado por alguém ou ainda, mais modernamente, pelo GPS que naquela voz um tanto irritante indica para seguir em frente na próxima rotunda… Perante esta insistência, segue-se em frente na ansia de chegar à bendita rotunda que nunca se alcança ou, quando se alcança, a voz insiste para seguir sempre em frente… na chegar à próxima rotunda.

E assim, orientados por aquela voz, lá vamos seguindo em frente incapazes de alterar o rumo que traçado como um destino fatal que se é obrigado a seguir. Virar à esquerda ou à direita, está fora de questão, depende de outros fatores tais como a beleza da paisagem… ou do destino que se pretende alcançar.

Há estradas assim que desembocam em locais paradisíacos, cheios de sol e calor enquanto outras só nos levam pelo meio de tempestades, estradas sinuosas onde, em cada curva, espreitam velhos fantasmas bem nossos conhecidos. Citando o poeta, Quem me leva os meus fantasmas? Quem me diz onde é a estrada?

Há dias assim em que mudar de rumo implica desarranjar completamente o rumo acostumado mesmo que sabendo que a “estrada” não conduz, a parte nenhuma…

Há dias assim.

domingo, 8 de novembro de 2020

...MAUS VIZINHOS AO PÉ DA PORTA

A vaca que vivia na minha casa de banho mudou-se. Na verdade, o animal a que chamo “vaca”, literalmente não existe. Era apenas um ruído do autoclismo que fazia lembrar uma vaca a mugir. Desde que um técnico lhe tratou da “saúde” deixou de se fazer ouvir mas, para piorar a situação, o animal mudou de andar… Se estivéssemos na Índia a vaca, como animal sagrado, podia circular livremente pelas praças, ruas, lojas e centros comerciais, podia até comer os alimentos expostos para venda! Contudo, esta “vaca” que vivia fechada e sossegada na casa de banho já não mora lá. Mudou-se.

Agora que se foi, deixou a saudade desse som que foi substituído por pelo ruido vindo da vizinhança… A vaca que vivia cá por casa, já não vive enquanto que o tal animal, além de outros nomes, já chamaram de  louco,… a mim não chamaram nada. Só pensaram.

Como os outros vizinhos não se manifestam, o defeito auditivo deve ser meu ou então concluíram que sai mais barato comprar o leite no supermercado do que ter uma vaca fechada em casa.

sábado, 7 de novembro de 2020

ASSIM VAI O MUNDO

Não vai longe o tempo em que qualquer noticiário abria com uma notícia sobre futebol. Atualmente, não é o futebol que tem a primazia dos noticiários, esta foi atribuída ao covid-19 e mais tarde às eleições nos EU. As notícias são comunicadas em altos brados pelo locutor de serviço como se fossem um abanão para os mais distraídos. Apesar de proclamada em altos brados, por mais grave que seja, a notícia acaba por não causar aquele impacto que era suposto visto não se referir ao desporto principal. Por outro lado, as notícias sobre ajuntamentos, o uso correto da máscara e outras medidas de prevenção contra o coronavírus, apesar de um número ilimitado, pouco interessam à maioria da população, sobretudo aos mais novos que depois, um pouco de forma inconsciente, transportam o vírus até ao ambiente familiar e não só.

As notícias que dantes ajudavam a preencher os noticiários tais como o aquecimento global do planeta, a fome no mundo, o drama dos migrantes,… ficaram em standby sob o ponto de vista das audiências. O interesse económico sobrepõe-se à saúde publica. Por trás de cada trabalhador há, pelo menos, uma família que depende economicamente desse vencimento e tratando-se de um empresário há imensos empregos em risco de despedimento.

Haja saúde e educação que são os alicerces de qualquer sociedade…

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

BELEZA FEMININA

Só com muito boa vontade podia dizer-se que era uma beleza porque de facto nunca foi. Com aquele cabelo revolto com uma madeixa esverdeada jamais se enquadrava no modelo clássico da beleza feminina. Em tempos, ainda me recordo, cantava uma canção desconhecida numa língua estranha… Felizmente perdeu a “voz” não por falta de pilha, mas por uma avaria qualquer não identificada.

Não posso deixar de referir o mau gosto daquela roupinha com que a vestiram num estilo punk totalmente fora de moda.

Apesar daquele aspeto um tanto ambíguo, era a boneca preferida da pequenita embora não fossem as bonecas o seu brinquedo preferido.

Para dizer a verdade, nunca achei muita graça aquela boneca considerando que não devia grande coisa à beleza de acordo com o conceito então em vigor e que em tempos oferecemos à nossa filha. É claro que não é possível corresponder totalmente a qualquer conceito de beleza mas, de qualquer modo, impõe-se um certo sentido estético que não se deve ignorar. Evidentemente que ninguém se fez além de que, desde tenra idade, fomos treinados para ajuizar a beleza segundo um determinado esses conceito…

Como dizia Einstein no seu tempo, “Todas as pessoas são génios. No entanto, se avaliarmos um peixe através da sua habilidade em escalar árvores, ele vai passar o resto da vida convencido de que é um idiota.” Tudo depende do modelo de comparação.

Tendo em vista rentabilizar todas as potencialidades que nos foram dadas à nascença, é fundamental deixar de lado comparações. Cada um é como é e, com este “material”, constrói-se a personalidade de cada indivíduo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

SEJA O QUE FOR, POUCO IMPORTA

Não importa se a história não condiz com a “careta”, seja ela qual for. Também não importa o que aconteceu quer seja hoje, ontem ou amanhã, seja o que for, pertence já ao passado.

Também o provérbio não é bem assim, deveria ser mais “não diz a cara com a careta”, mas isso também não importa… A chuva miudinha que tem persistido em cair alternada com dias de sol outonal, também não importa. Estou numa de não me importar com coisa nenhuma. Decidi viver o momento presente (como se isso fosse possível…!).

Pensando bem, o presente é apenas o presente, uma fração de segundo do que aconteceu agora porque na fração seguinte, já é passado. E quem se importa com o passado? Esse género de preocupações não me parecem muito saudáveis.

O passado não volta nem se altera, por isso, o que foi feito, está feito. Se foi bom, recorda-se, se foi mau, é para esquecer guardando sempre a lição que a experiência nos deixou.

O que é, pois, o tempo? Se ninguém mo pergunta, sei o que é; mas se quero explicá-lo a quem mo pergunta, não sei: no entanto, digo com segurança que sei que, se nada se passasse, não existiria o tempo passado, e, se nada adviesse, não existiria o tempo futuro, e, se nada existisse, não existiria o tempo presente. (Santo Agostinho)

Confuso? Deixe lá, isso também não importa…

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A OUVIR O SILENCIO

Gosto do silêncio, principalmente quando escrevo, mas também gosto de ficar em silêncio sem fazer nada a ouvir o ruído do trânsito muito ao longe, o chilrear dos pássaros lá fora empoleirados nos ramos das árvores, o som esporádico das vozes dos mais pequenos a brincar no relvado das traseiras, o toque do sino da igreja,…

Gosto do silêncio, mas não de todos os silêncios. Há silêncios que trazem a paz e acalmia qualquer que seja o estado de espírito, mas também há silêncios carregados do desconforto caraterístico das recordações, de cenas antigas que se pretendiam esquecer.

Embora goste muito do silêncio, alterno esses raros momentos com a música que deixo invadir o meu espaço fazendo-o encolher.

Apesar dos silêncios, posso sempre contar também com a “minha” música que, por sua vez, também precisa de silêncio. Assim, qualquer melodia tem um maior impacto quando se escutam os “silêncios” que existem na própria música…

terça-feira, 3 de novembro de 2020

O MEDO DO QUE VIRÁ

Até é bom ter medo, é ele que nos protege de possíveis agressões  preservando assim a nossa integridade física o que já por si é bastante útil. Ter medo, seja do que for, é uma reação normal que não envergonha ninguém. Porém, em excesso, esse sentimento assume a sua forma negativa ao impedir que se realizem muitas das tarefas que tínhamos em mente.

A paragem forçada a que nos obrigou esta pandemia seu tempo para refletir sobre a inutilidade de certos comportamentos e permitiu que alguns acreditassem que nada de grave lhes aconteceria… Esqueceram que muitas vezes o velho ditado que diz, quando Deus fecha uma porta, abre sempre uma janela se aplica a vários casos. Nem sempre significa que ao permitir a perda de algo que se ama muito, como a vida, seja por que Deus nos queira dar algo melhor… Nessa circunstância martela-me a mente a duvida que faz vacilar da minha fé… Não esqueço todos os traumas a que fui sujeito que findaram com a extração de um tumor no cérebro que felizmente se rebelou benigno. Como consequência é lógico perguntar, o que mais me estará reservado?

Este é um momento que parecia favorável a um aumento da fé contudo, o medo do que virá a seguir já que uma coisa tem sido pior do que a outra, tolhe qualquer reação da minha parte.

Só vejo um caminho, seguir sempre em frente já que, como alguém disse, o pior medo é aquele que sentimos por nós próprios.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

OS NOSSOS MEDOS

Quando se é novo, é costume ter medo do escuro, dos monstros que vivem debaixo da cama, do desconhecido, enfim, tem-se medos que hoje parecem pequeninos mas que então eram enormes. Conforme se vai crescendo, os medos crescem também e crescem tanto que parecem enormes.

Tal como toda a gente, mesmo aqueles que negam que os têm, o medo é universal. Aliás, ter medo não devia envergonhar ninguém. Trata-se de um sentimento normal e até saudável na medida em que nos protege de qualquer perigo real.

Excluindo a necessidade de definir “medo”, direi apenas que é um sentimento comum a toda a gente. Daí que toda a gente alberga no seu íntimo os próprios medos, sejam eles quais forem.

De entre todos, e são muitos, o pior medo é aquele que sentimos de nós próprios, o medo das emoções e da própria reação perante determinadas situações… É um medo real que se aprende a controlar.

domingo, 1 de novembro de 2020

DIA DE TODOS OS SANTOS

Grande parte da sociedade atual desconhece o verdadeiro significado deste dia caraterizado por um ambiente muito próprio que é impossível esquecer. O primeiro dia de Novembro, dia de Todos os Santos, não é apenas mais um feriado, um pretexto para uma escapadinha (entre conselhos…) quando o tempo o permite. É um dia destinado à reflexão embora se olhe de lado para a morte, como se ela estivesse lá muito ao longe!

Além de evocar todos os santos, este é um dia de homenagem a todos os que já partiram mas que ainda vivem na nossa memória.

Confesso a minha ignorância sobre o simbolismo deste dia. Durante muitos anos andei convencido que se tratava de um dia sem outro significado que não fosse o velho costume de enfeitar as campas de familiares e amigos embora só no dia seguinte se comemore o dia dos Fieis Defuntos. Nesse dia, embora a legislação não o contemple, devia ser destinado a recordar e orar por aqueles que já partiram.

Hoje sei que se trata de dois dias completamente diferentes embora complementares. Como sempre, a igreja cristianizou o evento muito celebrado nos países anglo-saxónicos que lhe estão na origem. Nestes países, sob o nome de Halloween, acreditava-se que as almas dos mortos erravam pela Terra de acordo como se comportaram durante a vida… e as crenças não se discutem.

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