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sábado, 29 de fevereiro de 2020

HÁ COISAS QUE SE DIZEM...


Ninguém se pode gabar de não ter dito impensadamente, ou não, qualquer coisa que quem a escuta interpreta com um sentido completamente diferente da intenção com que foram proferidas. Isso é frequente em muitos meios de comunicação que extraem do texto as frases que lhes interessam.
Existem também outras frases que qualquer situação, uma simples música trazem à memória momentos que o tempo levou. A intenção com que foram ditas não têm um interesse muito relevante. São frases simples mas que ficam gravadas na nossa memória como se vem mais tarde a comprovar.
Não é preciso ser muito inteligente para acatar tais sentenças mas que ficam gravadas para sempre na nossa memória.  Nesse sentido, uma empresa americana (tinha que ser) testou a inteligência emocional de várias pessoas tendo concluído que a inteligência social estava ausente na maioria das pessoas, o que não admira observando a conduta diária de algumas pessoas. É precisamente nas pequenas coisas do dia a dia que se nota a falta da IS.
Apesar de tudo há coisas que se dizem mas que as pessoas inteligentes evitam dizer…

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

PALAVRÕES E A SAÚDE


Encontram-se em qualquer língua, fazem parte do léxico local os chamados palavrões. Não é por acaso que eles existem e podem ser encontrados em qualquer língua sendo uma prática corrente desde. A comprovar-se através de vários e sérios estudos que um sonoro palavrão interage com a saúde física e mental de qualquer indivíduo.
Não sou um adepto ferrenho do recurso frequente ao palavrão como suporte à linguagem verbal o que não significa sentir um enorme prazer ao dizer um sonoro palavrão vindo bem cá de dentro mas… só em certas e determinadas situações.
Os palavrões ainda hoje são vistos como expressões pouco ortodoxas que violam tanto os códigos morais como cívicos. Contudo, alegre-se quem recorre ao palavrão, segundo estudos realizados numa Universidade do Reino Unido, dizer palavrões ajuda a aliviar a dor. Mas atenção! Isto só funciona em pessoas que não os dizem habitualmente. Talvez por essa razão dá resultado dizer um ou vários palavrões seguidos quando algo corre mal…
Fica assim provado que dizer palavrões produz não apenas uma reação emocional, mas também física que contribui para diminuir a ansiedade e a dor…

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

UM CLIMA MAIIS "AMENO"


A chuva voltou e não veio sozinha. Com ela trouxe o meu amigo frio.
Farto de chuva, do frio, deste clima só anseio por um país de clima quente. Quando o frio aperta, só me vem à ideia Dubai. Não deixa de ser estranho, até para mim, a escolha por um emirado que só conheço através do cinema e de fotografia… As imagens mostram uma cidade onde tudo está bem o que nem sempre corresponde à verdade, basta dar-se ao trabalho de analisar em pormenor todo o envolvente desta cidade. Obviamente, depois da pesquisa que fiz, encontrei algumas razões que justificam a minha preferência. Talvez a razão fundamental seja o clima…A peregrina ideia de um clima onde predomina um calor tórrido nem sempre corresponde à verdade. Em pleno inverno a temperatura oscila entre os 23º de máxima e os 14ºC de mínima… durante  a noite. O ideal para quem gosta do calor.
Além  do clima, a arquitectura arrojada dos edifícios atrai-me irremediavelmente… A estes atractivos podia acrescentar o apoio das infraestruturas dedicadas ao lazer e à qualidade de vida…
É possível que o imaginário desta cidade provenha da leitura do livro “As mil e uma noites”, do “Ali babá e os 40 ladrões” que, de algum modo, acabaram por me influenciar…
Claro que há outras razões, principalmente a nível cultural, que afastam muito boa gente destes países mas o clima seduz-me.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

UM ESTRANHO RITUAL


Ao deparar com um queijo flamengo sobre o balcão da cozinha, fui transportado a outra época, a outros tempos que recordo com saudade. O sentimento não se devia ao queijo mas daquela segurança que dava a presença dos pais como uma guarda avançada entre mim e a própria morte… Pela ordem natural da vida, eles deviam partir primeiro o que me permitia pensar ingenuamente que a minha hora ainda vinha longe…
Naquele tempo, havia o curioso ritual, à laia de sobremesa, de degustar uma ou mais fatias de queijo. Toda a mesa  se reunia à volta do queijo. Depois do jantar e da “sobremesa”, havia sempre lugar para um cafezinho instantâneo ao qual era adicionado um “cheirinho” de bagaço adquirido directamente ao lavrador… Presumo que a preferência pelo queijo flamengo em detrimento do queijo da serra venha daí. Estou mesmo convencido que a escolha deste tipo de queijo para sobremesa não se devia ao meu gosto mas porque o queijo flamengo, nesse tempo, era mais em conta.
Os anos passaram, casei, fui pai e mais tarde avô e acabei por ficar na linha da frente… Pelo menos, quero acreditar que deste modo, consigo entrepor-me à restante família…

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

FARTO DE CHUVA


Farto de chuva, granizo, vento forte e ondas alterosas além do frio, não admira que sejam bem-vindos os raros dias de sol com que a natureza nos brindou esta semana. Observando o que se passa pelo resto do mundo, já nem me atrevo a reclamar embora nada me impeça de sonhar… De tal modo detesto este tempo chuvoso tão normal para a estação que se atravessa, que resolvi (em sonho) falar com São Pedro sobre o frio e todas as calamidades que assolam o planeta… e lá estava o tal velhinho que, segundo São Mateus, se tornou responsável pelo tempo e pela entrada no céu…
Olhando com mais atenção, vi que lhe  pendiam à cinta diversas chaves que lhe permitiam regular o tempo e abrir e fechar as portas celestiais… Aproveitei para dizer: Sabe, vim aqui por causa do tempo… E pensas que não sei? Respondeu. Isto aqui está um caos, não tenho mãos a medir.
Porque não pede ajuda aos anjos? Ao que ele respondeu: Não querem sujar as asas, fingem que estão muito ocupados além de fazerem uma ventania infernal quando batem as asas… Só então compreendi a origem  daquele vento tão forte de que assola diversas regiões do globo e que alimenta e propaga vários fogos…
Despedi-me então do santo que me disse, vai, vai, ainda é cedo para atravessares estes portões,… nem sei se algum dia o terás. Sem mais palavras, acenei-lhe um adeus apresado e acordei nesse momento num país tão castigado pela chuva e das rajadas de vento provocadas pelos anjos…

domingo, 23 de fevereiro de 2020

A VERGONHA TOCA A TODOS


Todos devíamos ter vergonha depois de ler os relatos contidos nos livros de Maria F. Mónica enquanto pais, encarregados de educação e até governantes não fora o comodismo de uns e a incompetência de outros já que todos somos educadores … Estes livros deveriam ser de leitura obrigatória, pelo menos para os pais.
A maior vergonha, para quem a tem, recai principalmente nos governantes e não me refiro apenas aos actuais visto que o Sistema de Ensino tem vindo a degradar-se, desde a década de setenta.
Não admira pois que defenda e aprecie os livros desta escritora pela frontalidade e sobretudo pela coragem com que exprime a sua opinião. Comungo de quase todas as suas teorias, como professor aposentado posso garantir que são fidedignos os relatos inseridos no livro porque eu próprio, tive oportunidade de viver situações em tudo semelhantes. Foi por esse motivo que optei pelo estatuto actual porque gosto de leccionar, não suporto é a má educação…
Existirá algum pai, encarregado de educação ou responsável pelo ensino que desconheça o que se passa nas salas de aula? É provável que usam a técnica da avestruz,  esperar que o problema passe. Só que os problemas não desaparecem de um dia para o outro e cada vez mais se avolumam. Apesar de ser a atitude mais cómoda não quer dizer que seja a mais correta e faz da escola actual um autêntico “armazém” de crianças.
Conscientes de que o Ensino está mal, falta coragem para o alterar, aos governantes e aos pais por ignorarem do que são capazes os seus educandos em sala de aula.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

A JUSTIÇA TARDA...


É comum ouvir dizer-se que a justiça tarda mas não falha a propósito deste ou daquele desaire que se abate sobre quem o merece. O contrário também se verifica no dia-a-dia. Há criminosos que escapam a tudo uma vez que segundo a Lei portuguesa prescrevem, na melhor das hipóteses, ao fim de cinco anos… Esta demora, acaba por não beneficiar ninguém uma vez que a imagem que fica é a de impunidade daqueles que cometem crimes que lesam o país e o cidadão comum.
Não querendo entrar na vertente teológica da palavra na qual acredito creio que a justiça tarda mas nunca falha. É um facto que tarda… basta ver os casos de políticos e anônimos cidadãos que se arrastam pelos tribunais há longos anos e que acabam convenientemente por prescrever com a consequente libertação dos criminosos. A culpa deste facto, se é que a culpa cabe a alguém, será dos baixos salários dos magistrados, da falta de funcionários nos diferentes níveis da advocacia, do poder económico que se sobrepõe à maioria de outros poderes ou outro motivo que só não menciono por desconhecimento… Mas que a justiça falha, não se pode duvidar.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A SAÚDE É FUNDAMENTAL


Não é novidade para ninguém e, por experiência própria, que sem saúde tudo deixa de ter interesse. Não importa mais o dinheiro, os problemas do dia a dia, a felicidade ou a falta dela, …
No seu percurso incontrolável, a vida teima em relembrar que a saúde é, sem dúvida, o único meio de alcançar a felicidade. Para compreender a importância da saúde, basta comparar o efeito que provocam as mesmas situações quando se goza de boa saúde ou quando se está doente… A felicidade não é directamente proporcional às situações do dia a dia mas está relacionadas com o nosso estado de saúde. Com uma saúde precária ou na ausência dela, todos os valores se alteram de forma que perante todos os bens materiais se revela a nossa indiferença. Mesmo as emoções que antes eram gratificantes, passam a segundo plano devido à doença.
O maior erro que se comete durante a vida é colocar a saúde num plano inferior seja do que for, trabalho, lazer, bebida, gastronomia ou outro hábito qualquer que nos proporcione um prazer efémero…
Nada se sobrepõe à saúde para alcançar a felicidade.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A LIBERDADE DE CADA UM...


De acordo com uma velha lenda Sioux relativamente aos apaixonados, “Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão a rastejar como também, cedo ou tarde, começarão a magoar-se mutuamente.” Com a sua velha sabedoria, para que o amor perdure, estes índios aconselham que se voe juntos, mas nunca amarrados. Conceda-se a liberdade a quem se ama para que eles possam voar com as próprias asas.
Muito se tem escrito e falado sobre a importância da liberdade do ser humano ao nível social entenda-se liberdade num sentido mais restrito. A liberdade de cada um, embora custe admitir, começa em nós próprios e só depois poderá vir do ambiente familiar e reflectir-se no ambiente social como se tem verificado. A liberdade é de tal forma importante que a maior punição que se pode atribuir a qualquer indivíduo, é privá-lo da sua liberdade.
Actualmente, vivem-se momentos de incerteza quer a nível climático, económico e social sendo frequente confundir-se a liberdade de quem mais se ama impedindo-os de levar a vida que desejam. É óbvio que não se quer o mal de quem se ama, atitude que só se compreende com a finalidade de os proteger. É inegável que a toda a hora se condescende em relação à liberdade dos nossos filhos mas, no que se refere ao companheiro(a), o caso muda de figura…

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

OS BENEFÍCIOS DO CAFÉ


O café é uma das bebidas de maior consumo mundialmente. Recorre-se a ele com frequência simplesmente pelo prazer que proporciona, por conseguir manter acordado o mais dorminhoco ou simplesmente como pretexto para um agradável convívio, Além de ser um eficaz estimulante mental, também possui outras qualidades que fazem bem à saúde quando tomado com moderação como acontece com outros produtos alimentares.
Seja qual for o motivo, gosto, vício ou medicinais, penso que a maior qualidade do café é aproximar pessoas considerando-se por isso um eficaz aglutinador de pessoas. Se outras qualidades não tivesse, ele serve para “por a conversa em dia”, fazer novos amigos, conviver com os mais antigos e os mais recentes.
Muitas vezes utilizado apenas com o pretexto para uma pausa no trabalho, o café é muito mais do que isso. A velha frase “apareçam para tomar um cafezinho” serve apenas de pretexto para um saudável convívio e para passar a mensagem, gosto de vocês, da vossa companhia,…

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

VIVER CADA MOMENTO


É já um cliché considerar que a vida é feita de momentos, só que há momentos bons, momentos maus e outros, assim, assim…
Efectivamente, a vida é mesmo um conjunto desses momentos quer se queira ou não admitir. Podem passar-se dias, semanas, meses e até anos de plena felicidade mas, de permeio, vão surgir seguramente, alguns momentos infelizes em que tudo o que é mau acontece. Pode mesmo suceder que num único dia surjam momentos bons intercalados ou seguidos de momentos menos bons. São momentos vividos com o secreto desejo de que passem depressa…
Por muito rápido que aconteçam, parece que duram uma eternidade contudo, há sempre um momento em que é impossível que a “coisa” piore mais, só pode seguir-se uma fase boa, pelo menos, melhor. Perante qualquer fase boa, são possíveis duas atitudes, viver um dia de cada vez sem pensar no futuro ou aceitar o momento como uma fase passageira, que forçosamente terá que ter um fim. Nada pode ser tão bom que não acabe nem tão mau que dure sempre

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

A IMPORTÂNCIA DO NOME


Existem algumas culturas orientais que acreditam que, para cada bebé, existe uma função que lhe é destinada, daí a importância do nome. Por outro lado, há os versos da velha canção que diz, Diz que a sorte das pessoas, sempre ouvi vem do nome que elas têm. Coisas más ou coisas boas, vem daí…
De acordo com estes versos, é inegável a importância do nome que nos acompanhará por toda  a vida… Sem pretender alimentar qualquer polémica, recordo frequentemente a história que sempre ouvi relativamente ao meu nome. Por altura do baptizado a minha madrinha, mãe de um único filho varão chamado Eugénio, pretendia este nome para o seu afilhado embora não fosse do total agrado da mãe da criança. Nesse dia em que ficaria definido o nome a dar à criança, o meu irmão que brincava por perto levantou-se e pondo a mão na minha cabeça, disse com uma vozita autoritária: “Ete menino é joginho”. Perante a surpresa da madrinha e o embaraço da mãe, ambas resolveram testar de novo a atribuição do nome e mais uma vez a cena se repetiu. Perante esse facto, livrei-me de me chamar Eugénio mas carrego este nome que me foi atribuído pelo meu irmão. Onde foi buscar este nome, não sei já que não havia ninguém na família ou na vizinhança com tal nome!? Relativamente à importância do nome dos indivíduos, Saramago escreveu o seguinte, “Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens”.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

ESCAPADINHA DE 3 DIAS


Não é preciso meter férias nem partir de casa muito cedo. Foi o que fizemos numa semana mais prolongada rumo a Coimbra. Claro que parámos o tempo necessário para almoçar. Em Coimbra ficámos hospedados no Hotel da Quinta das Lágrimas que recorda os amores de Pedro e Inês. A quinta em volta do palácio oferece inúmeros recantos e sítios de interesse a visitar entre eles a Fonte das Lágrimas e a Fonte dos Amores rodeadas por uma frondosa vegetação devidamente identificada. Do nosso quarto, virado para a quinta, desfrutava-se uma paisagem nocturna a não perder para quem aprecia o contacto com a Natureza.
Na manhã seguinte partimos em direcção a Foz do Arelho não sem antes fazer uma breve visita ao Jardim Botânico e marginal da cidade de Coimbra. No percurso, parámos em Porto de Mós, simpática vila que ainda não conhecia. O Castelo muito bem conservado é digno de uma visita mais detalhada. Na Foz do Arelho ficámos hospedados no Inatel num quarto virado para a Lagoa de Óbidos. É óbvio que (re)visitámos Óbidos, essa vila portuguesa onde bebe a característica ginjinha em copo de chocolate. Aconselho que se visite mesmo a Foz dessa Lagoa pouco distante do centro da vila. No dia seguinte fomos almoçar a Peniche que já conhecíamos focando essencialmente o Forte e os seus anexos… Depois de almoço em Peniche regressámos à Foz do Arelho. Jantámos mesmo na foz onde acaba a estrada num dos inúmeros restaurantes que ali existem.
Hotel - Quarto no Palácio
Vegetação devidamente identificada
Porto de Mos - Um desvio obrigatório
Óbidos, visita obrigatória
Peniche - visita ao Forte
Foz do Arelho - imperdvel

sábado, 15 de fevereiro de 2020

DIA DE SÃO VALENTIM


Está assim estipulado quer pelo comércio, católicos e leigos que o dia de São Valentim seja celebrado no dia 14 de Fevereiro de todos os anos. Quase toda a gente celebra esta data como o Dia dos Namorados a exemplo do que se passa em muitos países. A Igreja Católica retirou este santo, se é que existiu, do calendário em 1969 mas até hoje continua a celebrar-se por múltiplos fatores. A mesma Igreja admite que existem mais dois santos com o mesmo nome (São Valentim e São Valentim de Treni)… vá-se lá saber qual dos santos a Igreja Católica comemora? Para baralhar ainda mais, ambos foram padres, foram mártires e viveram mais ou menos na mesma época…
Mesmo assim, apesar da dúvida persistir, o dia de São Valentim continua a comemorar-se em quase todo o mundo a 14 de Fevereiro.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

MÃE... É MÃE


Era uma senhora muito prendada, especialmente vocacionada para os ditados populares que citava a propósito de qualquer coisa e que inventava caso não existissem. Crescer no seio deste ambiente familiar, era inevitável que herdasse algumas das suas inúmeras “qualidades”.
Estou consciente do quanto pode ser irritante conviver com um citador de adágios populares, por isso, embora me visitem frequentemente, nem sempre os verbalizo. O gosto por adágios parece ser uma das características do povo português, não admira portanto que recorra a eles amiudadas vezes!
Surpreendeu-me ouvir alguém citar um adágio popular “O que os olhos não veem o coração não sente” durante uma conversava, sorri por simpatia como quem concorda mas não podia estar mais em desacordo. Quando há uma forte e constante ligação entre dois seres, principalmente entre mãe e filho, é normal que a mãe se aperceba do mal que se aproxima do sangue do seu sangue. Só quem já sentiu aquela angústia repentina, aquele mal estar que aparece de repente sem qualquer explicação, compreende essa estranha sensação que antecede algo de muito grave que está para acontecer ou já aconteceu…
Os olhos podem não ver mas o coração sente (ou pressente) … não reste a mínima dúvida!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

COMO PARAR DE PENSAR


Há pensamentos que nos assaltam mesmo involuntariamente. Quando menos se espera lá estão eles a recordar cenas do passado ou acontecimentos mais recentes. Muitos são agradáveis, por isso, não nos damos ao trabalho de os afastar… Outros recordam geralmente o que foi e não devia ser feito. Enfim, pensamentos negativos que mais valia deixar de pensar!
Mas como fazer para parar de pensar? Desde tenra idade que fomos ensinados a pensar, muito antes de falar. O hábito de pensar está de tal modo interiorizado que, às vezes, de tanto pensar quase se deixa de falar… O hábito de pensar é um verdadeiro milagre. Basta pensar em qualquer coisa para imediatamente a conseguimos imaginar. Mas, do mesmo modo que somos exímios pensadores somos completamente incapazes de parar o pensamento!
Os pensamentos invadem a mente de forma incontrolável mesmo aqueles que se pretendiam evitar… Quanto mais indesejados,  mais nos invadem a mente. Pensar é como respirar, é um ato involuntário que se repete enquanto há vida. Por mais que se afastem determinados pensamentos, mais eles teimam em tomar conta da mente…

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

DEUS NÃO DORME...


Porquê eu? Porquê a mim? São questões frequentes a quem a vida gosta de pregar uma das suas partidas favoritas. Não admira que em vários momentos tenha ouvido ou formulado uma destas questões.
Pensando bem, acabei por me reconciliar com esse ser divino a quem se atribui a única responsabilidade de tudo que de bom e mau sucede nesta vida. Na verdade, basta deter-se um pouco a pensar para concluir que quase todos os acontecimentos ocorridos em diferentes momentos, são inteiramente da nossa responsabilidade. É impossível  que Deus comande, embora creia que o possa fazer, tudo e todos durante a vida e de todas as vidas…
É normal que quando confrontados com algum acontecimento menos bom se formulem as seguintes questões: Porquê eu? Porquê a mim?...
Se a doença nos assalta é porque a “máquina” falhou ou porque a tratámos mal… Os acontecimentos surgem por que têm que acontecer e nem sequer sabemos chegámos a saber qual a razão…
Deus não comanda todos esses factores. É difícil portanto acreditar em milagres…

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ESTAR SÓ NÃO É SOLIDÃO


Estar só não é o mesmo que solidão. Há um mundo de diferenças entre os dois termos. De vez em quando, gosto de ficar só. Não por ter feito uma escapadinha junto ao mar conforme gosto mas devido a exigências familiares. A mulher de visita ao Lar em Viseu, o filho a trabalhar lá longe, a filha com o marido e filhos… e eu aqui, só.
Ainda pensei aproveitar para saborear o silêncio e a paz que uma casa deserta oferece mas o sol lá fora teimava em brilhar num céu azul num apelo insistente a uma incursão ao exterior. Fiz-lhe a vontade.
Começa aqui o velho dilema, Onde ir, o que fazer…?
Por que não reservar o resto da manhã para uma sessão de ginásio?
Mas não. Depois de almoço, não resisti ao passeio pela marginal desfrutando da calmaria da paisagem de inverno ensolarada. E com estas atividades esgotou-se assim o meu dia a sós… comigo.
Ficar só não significa forçosamente sentir-se só. Ficar a sós proporciona momentos de encontro connosco que não são de desprezar. Esses momentos de introspecção são fundamentais para “arrumar a casa”. Através deste processo é possível separar aquilo que realmente interessa daquilo que não tem qualquer interesse preservar…

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

O CENTENÁRIO


Quem não conhece, pelo menos de nome, essa figura incontornável que divulgou e projectou o fado por todo o mundo?
Nem sempre fui um acérrimo apreciador desse género de música o “fado” agora reconhecido mundialmente como Património Imaterial da Humanidade. Foi a voz e a interpretação de Amália que me fez gostar de fado que divulgou, mais tarde, cantando os grandes poetas nacionais.
Este ano que ainda agora começou, comemoram-se 100 anos do nascimento de Amália Rodrigues. Com efeito, sabe-se que a fadista nasceu em Julho cuja data exacta se desconhece por completo. Só mais tarde, a 23 de julho a fadista foi registada. Como ela gostava dizer, nasceu "no tempo das cerejas" embora sempre considerasse ter nascido no primeiro dia do mês de Julho.
Quer se goste ou não de fado, Amália era detentora de uma voz e de uma forma de cantar que acabava toda a gente contribuindo assim para imortalizar tanto o fado como outros géneros de música.
No dia 6 de Outubro de 1999 a figura incontornável da fadista abandonou-nos fisicamente mas a sua voz ecoará eternamente para quem gosta de fado.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

O SEU MELHOR AMIGO


Sem querer com isto encetar uma discussão teológica, estar ou não estar só, permite-me afirmar que mesmo sem ninguém por perto, nunca estamos sós.
Na verdade nunca estamos sós, é uma verdade insofismável já que podemos sempre contar com a nossa companhia… Pode não haver ninguém por perto mas, quer se queira ou não, estamos sempre presentes em todos os momentos, em qualquer lugar, em qualquer situação…
É bom que não se esqueça que, em qualquer situação, somos o melhor amigo sempre pronto a dar uma palavra de amiga quando é preciso, que desculpa sempre os nossos erros mas também não se furta a um elogio para as escolhas acertadas,…
Perante estes exemplos e permitido afirmar que somos garantidamente o nosso melhor amigo. Contrariamente, também podemos ser o nosso pior inimigo se  recorrermos com frequência à autocrítica, evidenciando os nossos defeitos mais graves,…
Só quem não gosta de si pode sentir-se só o que demonstra uma baixa autoestima. É fundamental aprender a “estar só” sem sentir o peso da solidão. Está sempre disponível a nossa melhor companhia, mesmo não estando presentes aqueles de quem mais se gosta.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

CORONAVÍRUS


É impossível ignorar esse “mal” que agora anda na boca de todos os apresentadores televisivos, jornais e revistas que não deixam esquecer este surto surgido na China mas que já se transformou numa epidemia. Só não lhe chamo pandemia porque ainda existem algumas regiões do globo onde o vírus não entrou…
O facto em si não é novo, de tempos a tempos o nosso planeta é assolado por esses pequenos seres que se vão adaptando de forma a poder atacar o ser humano. Recorde-se a peste negra, a cólera, a tuberculose, a varíola, a gripe espanhola, o tifo, a febre amarela, o sarampo, a malária, para só citar algumas doenças infecciosas que já causaram até hoje milhões de mortos. Repare-se que à data em que essas doenças deflagraram, o ser humano não dispunha das “armas” que hoje possui mas também não havia tanta facilidade de deslocação como existem actualmente o que torna difícil senão erradicar esta doença, impedir ao menos a sua propagação…
Já não bastava o HIV que, segundo a OMS, já matou mais de 22 milhões de indivíduos, veio agora o Coronavírus cujos “tentáculos” já se estendem por várias regiões do globo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

REVIVALISMO


Não sei quando nem como nasceu esta paixão por automóveis, só sei que desde criança despontou em mim o gosto pela estética desses veículos em geral. Não é exagero afirmar que desde tenra idade, esta paixão se revelou (como revela a foto junta).
Esta paixão não pretende, de modo nenhum, impressionar ou dizer abertamente relacionar directamente o status social do indivíduo. Adoro automóveis pela sua estética mas também pelo prazer de os conduzir. Obviamente, nessa idade, não identificava ainda marcas nem modelos e brincava com carrinhos de plástico acabado de surgir no mercado que me eram oferecidos. Mais tarde, em plena adolescência, vários modelos automóveis povoavam os meus sonhos e que, na inocência própria da idade, jurava que um dia iria possuir quando fosse “grande”… Não sabia nessa idade que qualquer modelos estava destinado a ter um curto período de vida e que, quando “fosse grande”, já teriam sido substituídos por novos modelos…
Porém, nesse tempo, a minha paixão recaía no célebre Citroen ID pela sua tecnologia inovadora e estética arrojada para a época. Outro dos meus carros de sonho era o Ford Mustang que pensava adquirir seguramente mais tarde já para não falar no Jaguare…
Nesse tempo o revivalismo no que se refere a automóveis ainda não estava na moda. Apesar dessa moda, os novos modelos imitando os antigos em nada se comparam aos originais. Mesmo assim, seriam modelos que adquiria pela sua beleza estética bastante melhorada e principalmente por fazerem parte do meu imaginário…

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

TAREFAS MATINAIS


Todos os dias ao acordar deparo-me com as mesmas tarefas que se repetem ao deitar. Cada dia começa sempre da mesma maneira, lavar, fazer a barba, vestir, calçar,… o que exige alguma técnica e dispêndio de muita energia. Com o cair da noite, esperam-me as mesmas tarefas com excepção de fazer a barba.
O tempo dedicado a cada uma destas tarefas não se conta pelos relógios convencionais mas sim pelo relógio biológico a que ninguém foge. Todos têm em si um relógio biológico que só espera ser regulado de acordo com as circunstâncias e o gosto de cada um. Há quem prefira a noite para estudar, trabalhar ou para se divertir enquanto outros preferem o dia para executar as mesmas tarefas. Gostos não se discutem, foi assim que me ensinaram. O problema surge apenas quando se tenta alterar o tal relógio biológico impondo outro ritmo de vida.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

AO VIRAR DA ESQUINA


Tudo pode acontecer ao virar da esquina. Ali, naquela esquina, há encontros e desencontros atraídos para lá como se ela fosse um imã que os atrai… Naquela esquina tudo pode acontecer ao mais comum do ser humano, desde as palavras mais doces às mais amargas, atos e sensações. Tudo se passa naquela esquina como se a vida se detivesse ali com medo do que encontraria ao virar da esquina.
Tudo na vida acontece ali naquela esquina bem como também tudo pode acontecer ao virar da esquina. A felicidade pode estar do outro lado mas também a desilusão e a morte …
A vida não é uma reta no nosso pequeno universo, há sempre uma esquina em cada rua que se convém evitar. Até que chegue um dia em que, a coberto da coragem, dobra-se a esquina e, para nossa surpresa, afinal não se passa nada para lá, não há vida, não existe nada… O virar da esquina é o nada!
Na vida de todos nós há uma esquina onde tudo pode começar mas também onde tudo pode acabar.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

SUGESTÃO DE FIM-DE-SEMANA


Muito conhecida graças a um actual programa televisivo, cabe-lhe a vantagem de me reportar até ao primeiro ano em dei aulas na inesquecível cidade de Chaves. Da curta estadia, nesta altura, recordo os colegas de pensão, simultaneamente colegas de Liceu. Uma dessas colegas precisou de ir urgentemente a casa situada em Soure e, como único colega com viatura, vi-me na obrigação de lhe dar boleia. Foi aí que tomei contacto com a EN2. Esta estrada, uma espécie de espinha dorsal do nosso país, percorria o interior desde Chaves até Faro, ao contrário da EN1 que unia pelo litoral o Porto a Lisboa… Antes da construção desenfreada de autoestradas, a EN2 era muito utilizada nomeadamente por professores que nesse tempo, percorriam o país de lés a lés.
Devido aos requisitos de uma à condução segura e pela viagem ter sido efectuada em plena noite não pude apreciar devidamente a bela paisagem envolvente dessa estrada.
Hoje, com mais tempo e apreciador de belas paisagens, recomendo vivamente esse percurso rumo onde lhe der mais jeito…

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