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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O ESTRANHO DOM DE ADIVINHAR


Poupar seja que energia for é um ato louvável por parte de toda a gente. A iniciativa cabe a cada um de nós e é a forma de deixar um planeta mais sustentável aos nossos filhos e netos. Essa poupança começa nas próprias casas onde os diferentes aparelhos domésticos consomem energia eléctrica. Pode dizer-se que tudo à nossa volta consome energia e economizar tanto por motivos económicos como ambientais torna-se cada vez mais urgente.
Até aqui creio que estamos todos de acordo, é preciso poupar energia.
Agora que viajo mais como pendura do que condutor, dá-me para reparar nos “piscas”, ou melhor, na ausência desses preciosos auxiliares de mudança de direcção. Estudos comprovam e disso sou testemunha (embora silenciosa) que quase metade dos condutores não faz “pisca” quando muda de direcção
Lamentavelmente ainda não consegui adquiri o dom da adivinhação pelo que tenho que prever quando algum condutor muda de direcção embora continue a fazer um grande esforço nesse sentido…
O uso dos “piscas”, como vulgarmente são apelidados os indicadores de mudança de direção, além de ser um ato de cortesia e direi mesmo de respeito pelos outros condutores é também outra forma de economia. Economiza-se nas multas de trânsito, na conta da oficina quando há chapa batida e outras ocasiões com origem na ausência dos tais “piscas”.
Quero crer que, além da distracção de muitos condutores, existem outros que defendem a não utilização dos piscas como uma forma de economia do sistema eléctrico do veículo. Nada mais errado, comparado com o custo inicial do veículo, os “piscas” não representam um acréscimo significativo do consumo.
Por favor, usem os “piscas” enquanto estou continuo a praticar a difícil arte da adivinhação…
Segundo o Código da Estrada, a falta de sinalização quando o condutor pretender reduzir a velocidade, parar, estacionar, mudar de direção ou de via de trânsito é uma infração que pode levar ao pagamento de uma coima até 300 euros”.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

JÁ LÁ VAI FEVEREIRO


Mais um dia e lá se vai Fevereiro, um mês menor em termos de dias mas igual em vencimentos e por consequência dias de trabalho. Por tudo isso, deixá-lo ir. Acrescente-se que 2019 não é um ano bissexto senão teríamos mais um dia… de trabalho.
Os dias e as noites sucedem-se inexoravelmente a um ritmo relacionado com o tempo necessário (365 dias ou 5 horas, 48 minutos, e 48 segundos) para que a Terra complete uma volta completa em torno do sol. Como esse “tempo” não batia certo, foi necessário realizar de quatro em quatro anos um pequeno acerto acrescentando-se mais um aos 28 dias atribuídos a Fevereiro… A culpa destas mexidas, se é que alguém tem culpa, é da Lua, do sol ou de quem quer que seja.
O calendário gregoriano, que ainda hoje nos rege, sofreu bastantes alterações (e confusões) até chegar aos 28 ou 29 dias atuais de Fevereiro.
Os anos passam (demasiado) depressa enquanto que o tempo que necessário para concretizar aqueles momentos tão ansiados…!
Com efeito, poucas coisas são mais relativas do que o tempo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


O elevado número de vítimas de violência doméstica com tendência a aumentar, pode atribuir-se às mais variadas causas. A violência, seja ela qual for, não escolhe extractos sociais, idade, orientação sexual, religião ou companheirismo. Todos podem ser vítimas de algum tipo de violência que engloba diversos comportamentos tais como o emocional, social ou o que é mais comum, o físico. Do mesmo modo, na base deste tipo de comportamentos, podem estar diversas e variadas causas como o uso e abuso de bebidas alcoólicas, o desemprego com as respectivas consequências, os ciúmes e sobretudo vergonha. O homem, a quem se atribui o maior protagonismo, foi educado para (co)mandar o que o faz rejeitar outra forma de agir quando impedido de actuar.
Na base de qualquer comportamento violento, na minha opinião, está sempre a falta de apoio familiar. Com efeito, é na família que se forma toda a estrutura do indivíduo, a contribuição da escola já vai tarde para a formação do indivíduo como pessoa.
Não se trata de mais um problema social ou jurídico, por isso não se resolve com a detenção do indivíduo violento. Dependendo da gravidade, a violência doméstica e não só, origina diversos problemas
Geralmente, a violência doméstica manifesta-se quando qualquer relacionamento acaba e não é aceite por uma das partes. Não é fácil aceitar o fim de qualquer relacionamento mas, quando o indivíduo possui uma forte formação moral, consegue superá-la com mais ou menos dor….
É aqui que, muitas vezes, entra a vergonha de ser “deixado”, de aceitar que o relacionamento, seja ele qual for, chegou ao fim.
Além das causas do foro psicológico, qualquer relacionamento acaba sempre devido à incompatibilidade de interesses de ambas as partes.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

DEMITIR ESTÁ NA MODA


Tudo acontece de acordo com a moda e, como tudo que é efémero, o que agora a sociedade considera normal, amanhã pode não ser.
A demissão ou desligamento, como lhe queiram chamar, faz parte da actual democracia caracterizada pela corrupção o que não surpreende quando os juízes decidem de bíblia na mão… É verdade que, como qualquer outro profissional que se contrata, devia permanecer no cargo (remunerado) até ser demitido o que pode acontecer a qualquer um e a todo o momento. A coisa torna-se grave quando estão em jogo grandes somas com a agravante de serem dinheiros públicos. Está-se mesmo a ver quem vai pagar esses desmandos económicos…
Por falta de “provas” eles (sempre os mesmos) continuam por aí ou quando muito, são demitidos do cargo que ocupam. O facto é que nada lhes acontece a não ser a famigerada demissão em vez de serem obrigados a repor parte do que desviaram do erário público.
Está na moda pedir a demissão de políticos, banqueiros, autarcas,… por tudo e por nada sem que lhe seja exigida a reposição monetária do valor desviado!
Substituir um indivíduo por outro (igual ou pior) não resolve nada mas, como está na moda, há que exigir-se a respectiva demissão.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

CHOVEM CONVITES


É comum definir-se como deficiência a ausência de qualquer estrutura psíquica ou fisiológica. De acordo com esta definição, torna-se difícil classificar aqueles que o são daqueles que não são deficientes. Aliás, um grande número de pessoas apresenta alguma deficiência (auditiva, visual, física e, nos casos mais graves, intelectual) sem o saber… Convém dizer que muitos dos deficientes físicos parecem uma pessoa normal, evidenciando a mesma personalidade, a mesma forma de pensar e de agir que já existia antes da respectiva lesão. O que os faz diferentes é a forma de locomoção, de segurar um copo, caneca ou uma simples esferográfica… Estes pequenos (grandes) gestos fazem toda a diferença. Perante esta dificuldade, em Esparta eram mais radicais lançando qualquer criança portadora de deficiência do alto do monte Taigeto. De acordo com esta realidade, permita-se o desabafo: ainda bem que não nasci em Esparta…!
Então qual o grupo a que pertence aqueles que nasceram saudáveis daqueles que adquiram mais tarde alguma anomalia…?
Não é expectável que um indivíduo “normal” conviva alegremente com o portador de alguma deficiência. A sociedade actual, apesar de parecer receptiva, não está preparada para uma integração efectiva destes indivíduos. Basta olhar à volta para entender que na prática isso não se verifica.
Perante esta sociedade, o portador de deficiência é como se não existisse, deixando o parceiro de vida numa espécie de viuvez parcial. Contudo, ficar sozinho em casa enquanto outros se divertem pode não ser a melhor opção. Sair com mais frequência, permitir que se recebam convites para qualquer evento é menos frustrante do que permanecer em casa enquanto os convites “chovem” de todo o lado para quem é normal… É triste verificar que os convites que (nunca foram muitos) começam a escassear, o que é normal atendendo à sociedade em que se vive.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

ANIVERSÁRIOS


Celebra-se hoje mais uma vez um aniversário…  O tempo passa, como já disse, são já tantos os anos em que se festejou esta data…!
Mas nem tudo é negativo em fazer anos. Com o passar dos tempo fica-se mais forte, acumulam-se conhecimentos incalculáveis, riqueza(?), felicidade e, na melhor das hipóteses, algumas pessoas ficam apenas… mais velhas.
Perante esta realidade insofismável que é mais um aniversário, falta desejar de todo o coração um Feliz Aniversário!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

AS SOBREMESAS LÁ DE CASA


A presença de um queijo de bola sobre o balcão da cozinha, transportou-me a outra época porventura mais feliz. Não havia refeição, nesse tempo, que não terminasse com uma boa sobremesa. E por boa sobremesa entenda-se um bom e saboroso queijo.
Acreditando na mitologia, deve-se a Aristeu (filho de Apolo) a descoberta do primeiro queijo sem desprezo da lenda que atribui a descoberta  acidental do primeiro queijo a um mercador árabe quando atravessava o deserto. Ao certo não se sabe a quem atribuir a descoberta desse alimento tão apreciado extensivo a todos os comensais. Qualquer que seja a sua origem, pouco importa.
Embora o queijo de bola fosse o mais frequente atendendo à sua textura e sabor, era o queijo da serra (serra da Estrela) o mais apreciado mas, por razões económicas, nem sempre estava presente à sobremesa.
Recordo ainda, já que se fala em queijos, as frequentes viagens à Galiza que na qualidade de pendura e sempre com má cara, começavam com as habituais compras (vantajosas nesse tempo) e finalizavam com a aquisição do célebre queijo de mama (queijo Tetilla) como era conhecido lá em casa. Por razões óbvias, o queijo deve o seu nome à semelhança com o órgão feminino que pretende imitar. É um queijo de vaca muito apreciado graças à sua textura e sabor.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

ADIAR PARA AMANHÃ


Há dias em que se deixa para amanhã o que se podia ou devia fazer hoje. São dias ou simples momentos que garantidamente já surgiram na vida de toda a gente. Esses momentos que se deviam evitar alinham com a falta de vontade em continuar a realizar algo não muito agradável, que pode ser uma simples tarefa, uma decisão ou um projecto de vida que pode alterar irremediavelmente o futuro …
Na melhor das hipóteses, adia-se uma tarefa qualquer que se devia realizar agora e que, por falta de tempo ou por outra razão, fica para fazer amanhã. Esta reacção não é preocupante, desde que não se torne um hábito ou mecanismo de defesa. Tal como dizia Oscar Wilde, nunca se deve deixar para amanhã o que se pode fazer… depois de amanhã.
Há momentos que se transformam em dias e vai-se adiando aquele pensamento que entretanto fugiu.
Há dias assim…

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ESTAR NA MODA


Não é fácil estar na moda porque esta varia ao longo do tempo e conforme as estações do Ano se bem que regresse, muitas vezes, ao modelo original.
Com o ano a começar, chegam as novas tendências e como tal, a alimentação não podia ser excepção. Estou a lembrar-me dos peixes gordos pouco recomendáveis numa dieta que se queria saudável, a carne vermelha versus carne branca e outros alimentos que de momento não recordo..
Como todas as modas, esta também é variável e portanto passageira não se pondo em causa a pesquisa que está na base destas escolhas.
Com alguma frequência a lista de alimentos saudáveis originam a flutuação dos stocks nos supermercados mantendo sempre o benefício da dúvida do utente. Não significa que não se confie na ciência (e nos cientistas) mas, como moda que é, também é variável… O que hoje é prejudicial à nossa saúde, amanhã pode ser benéfico e vice-versa.
O melhor é manter-se atento e informado… e seguir a moda.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

SÓ SE MORRE UMA VEZ


Há momentos únicos na vida como nascer, morrer… e casar, não necessariamente por esta ordem. São momentos que não se repetem por isso são únicos. De facto, são momentos que ocorrem uma única vez na vida de cada um. É verdade que se pode realizar mais do que um casamento (contando com o divorcio) mas cada ato, por si, é um ato único…
Atendendo aos factos, é verdade que só se morre uma vez no entanto somos obrigados a viver todos os dias.  A vida já é demasiado curta e com regras que cheguem para se colocarem ainda limites quaisquer que sejam os objectivos.
Viver a vida da maneira como ela se apresenta e sem restrições, impostas muitas vezes pela sociedade, é a regra.
Há momentos na vida em que só se pára para reflectir…
Há dias assim.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

NÃO HÁ AMOR COMO O PRIMEIRO


É um ditado fortemente enraizado no dia-a-dia dos portugueses.  Talvez por ser o primeiro, é o que mais se recorda por variadíssimas razões… Depende das boas ou más recordações que ficaram desse amor.
É normal atribuir-se grande importância ao primeiro amor, já que os amores são na essência todos diferentes. Tanto faz ser o primeiro, o segundo, o terceiro ou outros amores, todos conquistam um lugar que lhe compete na memória de toda a gente. Uns mais intensos, outros menos mas todos deixaram alguma lembrança…
No Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim, é costume trocar mensagens, presentes ou cartas (com menos frequência) que, julgo eu, deveriam prolongar-se ao longo do ano de forma a manter acesa a chama da paixão e a bem do comércio.
Apesar de tudo, continua a festejar-se e cada vez mais, a 14 de Fevereiro o dia em que Valentim foi decapitado por amor. Este dia comemora-se em quase todo o mundo (embora em diferentes datas) que surgiu para homenagear São Valentim mas,  qual…?
Actualmente a Igreja Católica, mais uma vez no intuito de fazer esquecer outras festividades pagãs, venera três santos com o mesmo nome… portanto não sei bem qual deles é o homenageado. O que importa é que alguém lucre com este festejo…!
Depois deste, prepara-se o Carnaval que o tempo é curto para tantas comemorações.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O RISO DA PRINCESA


A esta distância que já não sei se é longa ou demasiado curta, consigo ouvir as gargalhadas da Princesa ao ver um dos seus filhos (o mais novo) casar com Meghan Markle na capela de St. George, em Windsor. Ela que subverteu todos os protocolos e abandonou a monarquia deve ter soltado uma boa gargalhada.
Não é uma gargalhada solta e sonora como é comum ouvir-se, ela não era dada a grandes gargalhadas, era mais um sorriso que dizia tudo sem dizer nada…era um sorriso que mansamente ia conquistando tudo e todos à sua volta.
A Princesa do Povo, como ficou conhecida por querer estar próximo das pessoas, falar com elas, beijar, abraçar… independentemente dos vírus e bactérias que pudessem transportar. Com esta imagem misto de timidez e de mistério, a Princesa do Povo conquistou toda a gente, mesmo aqueles que não gostam de monarquias. Essa maneira de estar tão natural deu um novo alento a uma monarquia cinzenta que voltou a estar no centro das atenções mundiais. Devido a esta maneira de ser como esposa e mãe e mulher, mudou o mundo que nunca mais foi o mesmo.
Recentemente, numa entrevista que deu, William revelou que ainda hoje consegue ouvir o riso da mãe…, segundo ele, “existem momentos em que sente a presença da mãe”… Falava do seu casamento.
William não esta só, ao fim destes anos ainda consigo ouvir o riso de Diana…

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

O TEMPO PASSA...!


Não fora a insistência com que o comercial passa na TV, era natural que a data passa-se despercebida. Com efeito, este ano assinalam-se vinte anos que desapareceu a grande Diva do Fado cuja voz nunca se silenciou. Este mês assinalam-se 20 que a fadista morreu. O tempo passa… depressa. É uma (justíssima) homenagem visto que Amália nos deixou a 6 de Outubro com 79 anos de idade. Deve-se à sua inconfundível voz a projecção que o Fado teve como canção por todo o mundo. Parece que foi ontem que assisti, através da TV, ao funeral de Amália Rodrigues…!
A frase que é já um cliché, traduz perfeitamente o meu sentimento. Os anos passam demasiado depressa… mas as horas e os minutos arrastam-se lentamente ao longo dos anos, sobretudo quando se espera que algo de bom aconteça.
Já que não é possível parar o tempo, não resta outra alternativa que não seja aceita-lo, paulatinamente o tempo vai passando mas passa e não é possível voltar atrás para remediar o que está feito.
Há que acreditar que o passar do tempo pode ter um lado positivo na medida em que permite um melhor conhecimento de nós próprios… E como não há outro remédio senão aceitar o passar do tempo e, qualquer que seja a idade, existem fases boas e fases más mas todas têm que ser vividas.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

COM O PINGO NO NARIZ...


Mais que um adorno, o nariz desempenha importantes funções que nunca é demais recordar Embora pareça mais um, este órgão apresenta algumas funções específicas e imprescindíveis à nossa sobrevivência.
Basicamente o nariz aquece (ou arrefece) o ar que se respira cuidando que chegue aos pulmões nas melhores condições. Para isso, além de regular a temperatura, humidifica e filtra o ar que se respira. Além destas importantes funções, cabe-lhe a responsabilidade de um dos principais sentidos, o olfacto.
Durante muito tempo andei convencido que a causa dos meus espirros era da responsabilidade de algum produto químico usado na cozinha. Afinal estava enganado. Depois de alguma leitura, concluí que a responsabilidade era causada pela mudanças de temperatura. Esta mudança é a principal responsável pelo desenvolvimento de muitas doenças respiratórias entre elas, a alergia ao frio. Diga-se que incompreensivelmente, a cozinha não dispõe de aquecimento central.
A diferença brusca da temperatura ambiente, afecta toda a gente, particularmente os idosos e crianças. Quando esta alteração é muito rápida, o organismo não tem tempo de se adaptar o que explica o desencadear de crises de alergia, asma, enfisema, renite, sinusite e bronquite…
São de evitar tanto quanto possível estas diferenças bruscas de temperatura. Só assim nos lembramos destas e muitas outras doenças…

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

ENTRE SESSÕES


Entre dar sangue para análises, consultas e sessões de fisiatria o tempo restante é quase inexistente para escrever… daí estar tão “calado” por estas bandas. O que dantes se fazia num ápice, agora demora uma eternidade. O tempo é assim, caprichoso e corre ao ritmo de cada um conforme a fatia que lhe quer (pode) dar.
Os anos passam céleres mas as horas são lentas e dos minutos, nem se fala!
E quando se contam em termos do que se gosta e pretende parecem ainda mais lentas. Nesse marasmo de horas, minutos e segundos, resta esperar, esperar o que nunca acontece por essa visita que se impõe até ao ginásio onde finjo ser normal que sei que não sou nem jamais serei e ao qual, pouco e pouco, me vou habituando.
Em jeito de justificação cá estou a mostrar que ainda estou vivo e volto aqui para o mostrar.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

DAR E RECEBER


Quantas vezes nos oferecem coisas por obrigação ou só por que se atravessa uma época em que é “obrigatório” oferecer. Então procura-se algo que não pese muito no orçamento, quer tenha ou não alguma coisa a ver com a pessoa que se pretende homenagear. É o que acontece na maioria das vezes.
O que interessa é oferecer qualquer coisa e é muito cansativo arranjar algo que se relacione com a pessoa a obsequiar.
Convenhamos que não é fácil desencantar algo relacionado com a pessoa ou profissional em questão. Muitas vezes isso acontece fora de época, naquela altura do ano em que não é suposto oferecer-se coisa nenhuma…
Acontece que surgem determinados dias em que é forçoso presentear alguém que mal se conhece ou de quem não se gosta muito. Nessas ocasiões, compra-se qualquer coisa e já está. A nossa obrigação foi cumprida e podemos abandonar airosamente a festa… quando a há.
No entanto há imensas coisas que se podem que provocam aquela alegria que muitas vezes se busca infrutiferamente. Nada causa mais prazer do que dar sem esperar receber seja o que for.
Bem sei que a vida é cheia de pensamento negativos e recheada de pessoas ainda mais negativas mas, nada consegue anular o prazer que se sente ao dar seja o que for, sem esperar nada em troca.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

AS MALEITAS


Quando se fala em maleitas muita gente não sabe nem sonha do que se está a falar. Eu sei por que cresci no meio delas. Naquele tempo, falar em maleita era o mesmo que falar em doença e ninguém está livre de uma doença qualquer. A doença é caprichosa, às vezes ataca mesmo indivíduos que à primeira vista parecem saudáveis.
As maleitas ou doenças como aqui devem ser entendidas, têm as mais diversas origens que nem me atrevo a explorar. Fala-se em doença sempre que um órgão do nosso corpo apresenta qualquer distúrbio ou quando as funções mentais não correspondem aos padrões normais. Em memória de tempos idos, prefiro chamar-lhe maleitas. Conforme já disse, cresci no meio delas.
Não é preciso dar muitas voltas para saber se se está doente, basta não ter saúde… Verdade de La Palice que muito se adequa ao tema em questão.
Qualquer mania ou vício pode ser considerado doença. A mania de comprar camisas ou sapatos é uma verdadeira doença que reconheço pessoalmente. Dependendo do contexto, a doença atacar qualquer um nas suas múltiplas formas.
Estas e outras doenças ocupam o tempo de vários cientistas oriundos de vários países que procuram debelar ou minimizar o efeito de diversas maleitas. Que a sua pesquisa seja frutífera e a curto prazo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

AI DOS POETAS


Há quem não goste mas também há quem os idolatre… Há de tudo e, com o devido respeito que merecem essas opiniões, os poetas lá vão sobrevivendo…
Conforme já assumi, adoro Fernando Pessoa mas também admito que haja quem não goste, maneiras diferentes de ver o mundo.
Em declarações recentes, António Lobo Antunes dizia “Fernando Pessoa aborrece-me até à morte” mas, também há quem goste pouco de Lobo Antunes. Ainda há pouco, num programa televisivo, um certo humorista fazia humor à custa deste celebrado escritor… Confesso que Lobo Antunes não é dos meus escritores preferidos, já gostei mais.
Numa entrevista recente o escritor dizia que “Num livro mau, a pessoa escreve aquilo que quer escrever. Num livro Bom a pessoa escreve aquilo que o livro quer que seja escrito”. Analisando bem, esta e outras frases, fica-se a perceber que se trata de um indivíduo inteligente embora discorde desta declaração.
Quer se queira quer não, o gostar de qualquer texto depende muito do nome do autor… Neste ponto concordo com Lobo Antunes quando defende que os livros deveriam ser publicados sem o nome dos autores.” Mas ai dos poetas e das respectivas poesias…! Escrever poesia é uma actividade necessária ao crescimento interior e, como em todas as actividades, o que se faz com paixão custa menos do que aquilo que se faz por obrigação.
Há dias em que se entende melhor as almas dos poetas (Ler também).
Há dias assim…           

sábado, 2 de fevereiro de 2019

VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA


Depois das notícias do corpo do menino que foi resgatado, dos tumultos que se alastraram às ruas de Lisboa e do regresso do JJ após ser despedido lá nas “arábias”, resta aos média esperar que algo aconteça para equilibrar audiências.
Já se sabe que quem vai pagar directa ou indirectamente esses caixotes do lixo e outras tantas viaturas incendiadas, as pilhagens subsequentes, as montras partidas e outros atos de vandalismo é quem paga obrigatoriamente os respectivos impostos…
A violência de uma só parte gera violência de outra parte e enquanto uma delas não desistir os actos de violência prolongam-se no tempo.
Neste e noutros casos semelhantes, tomo quase sempre o partido da polícia. É difícil manter a calma quando se recebem insultos dirigidos a quem se ama. É preciso reconhecer que a polícia está ali a desempenhar uma função impedindo o acesso a determinados locais e manter a ordem e segurança dos manifestantes. Também é verdade que a polícia está ali mais à mão e é contra ela que se dirige a fúria acumulada nalguns corações…
É verdade que muitos polícias matam, muitas vezes em legítima defesa. Também é verdade que muitos matam gratuitamente, é o matar só por matar. Outros não matam, morrem e desses pouco ou nada se diz!
Todos os dias, a toda a hora lidamos com a violência. Ela encontra-se no trânsito, dirige-se contra crianças e adultos…
O triste aumento do número de mortes que se verificam nos confrontos policiais com os civis (muitas vezes inocentes) deve ser devidamente apurado ouvindo sempre as duas partes não esquecendo que a violência gera mais violência. É preciso parar.
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