Etiquetas

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

FAZER ANOS A 29 DE FEVEREIRO


Entende-se, de acordo com o calendário gregoriano adoptado pela maioria dos países, que o ano é bissexto sempre que se torne necessário acrescer mais um dia de quatro em quatro anos ao mês de Fevereiro. Esta é a verdade que hoje se aceita de acordo com a velocidade de rotação da Terra...
Contudo, nascer no último dia do mês de Fevereiro em ano bissexto implica, segundo alguns, fazer anos de quatro em quatro anos o que não é bem assim na minha opinião. Se atentarmos apenas na data, é correto pensar-se assim. Tomando o tempo como medida, então a coisa muda de figura. A passagem do tempo indica que um novo ano acarreta um mais um aniversário no tempo de vida. É assim quer se queira quer não, cada ano que passa mais um ano de vida se acumula sobre os ombros desses indivíduos..
Que fazer então ?
Nada que não seja feito já no dia-a-dia. Em cada ano se concretizará mais um aniversário contudo, festejar, há quem festeje a 29, nos anos bissextos e a 1 de Março, nos anos subsequentes já que celebrar no dia anterior traz azar… dizem.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

JURAR A PÉS JUNTOS


Podem jurar-me a pés juntos que uma coisa nada tem a ver com a outra que não acredito. Também não sei porque se jura a pés juntos.
Não se podia ser com os pés em separado?
Sei que não é consolo para ninguém dizer que se trata de uma mera expressão idiomática que não significa grande coisa embora muito usada lá por casa. E lá estou eu a socorrer-me de expressões que ainda deambulam pela velha casa que por sinal já não existe!
Pelo que sei e me foi possível apurar, a expressão “jurar a pés juntos” pretende tomar por verdadeiro o que não passa de uma refinada mentira. Pelo menos, agora já faço ideia do seu significado.
Pondo de parte o aspeto cognitivo e sobretudo o aspeto social, o aspeto físico continua a comandar a vida de cada um apesar de achar que o aspeto social está muito ligado, por variadíssimas razões, ao aspeto físico. Podem “jurar-me a pés juntos” que o aspeto físico não interessa que continuo a achar que interessa e muito.
Do mesmo modo que ser magro não é sinónimo de uma boa saúde, ser gordo também não significa o contrário. Já lá vai o tempo em que ser gordo era sinónimo de beleza e de uma boa saúde do mesmo modo que, o ser magro, era apanágio de pessoas que não se alimentam convenientemente. Segundo consta, considera-se hoje e dia que a constituição física de cada um é uma questão genética e pouco há a fazer. Basta observar  o que se passa num simples restaurante ou cafetaria da moda… A quem entregam a conta?
Ainda bem que assim é, pois a fazer fé na opção do funcionário, nunca se pagaria o consumo.
Voltando aos programas televisivos, atente-se no aspeto físico daqueles que vencem, por qualquer razão. É raro ver um magrinho como vencedor, seja do que for, excetuem-se as provas físicas… Indo para o campo da política os magrinhos ficam a perder. Aí também a beleza anda muito por baixo.
Enfim, cada um é como é. Gordura ou magreza… é tudo uma questão genética, dizem.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

NINGUÉM SABE QUANDO NASCE


Como diz o fado (sabe-se lá), ninguém sabe quando nasce, pro que nasce uma pessoa. Não se escolhe o local nem a hora de nascimento, penso eu. Nesse instante, o que interessa é nascer… Isto sou eu a pensar.
Bem sei que, por esse país fora, há mil recantos de inigualável beleza que ninguém pode nem deve esquecer sobretudo se é a terra onde se nasceu.
Não esqueço a cidade onde nasci à qual me ligam sentimentos, uns positivos, outros nem tanto, mas que o tempo jamais apaga. Foi lá que dei os primeiros passos, onde frequentei as escolas primárias e vivi durante alguns anos. Nasci em plena cidade do Porto, numa freguesia situada no centro da cidade.
Ainda hoje, cada vez que me desloco até lá, redescubro um ou outro pormenor nunca antes visto mas que lá permanece ao dispor para ser desfrutado por um qualquer turista mais aventureiro.
Já não existe a casa onde nasci (nesse tempo nascia-se em casa) e pouco resta da rua que existia em frente e me levava até ao Rio. O tempo e as necessidades urbanísticas alteram tudo. O Largo ainda existe, mais pequeno é certo. Aliás, tudo me parecia mais pequeno do que então era. Não imaginava nesse tempo que era a minha dimensão que variava e não a dimensão das coisas. Estas conservam ao longo do tempo a sua real  e inemutável dimensão.
O Largo, que na altura me parecia uma autêntica floresta, afinal não era mais que um simples canteiro da cidade no dia em que lá voltei em busca de um passado que se perdeu no tempo.
Resumindo, nasci no Porto e isso nem eu nem ninguém pode alterar.
Existem coisas de que gosto e outras, nem tanto. Gosto da Ribeira, das pontes, do Rio que sempre me acompanha, das francesinhas, das tripas, da Foz e sobretudo do mar.
Não gosto muito desse sotaque tão próprio da região e que inexplicavelmente se encontrava ausente na minha família nem tampouco das lembranças que por vezes me assaltam… e de outras coisas que nem ouso descrever.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

CHORAR A RIR...


Está assim estipulado: as lágrimas servem para ilustrar momentos de tristeza enquanto a alegria se festeja com risos ou, melhor, com uma sonora gargalhada. Como para toda a regra há sempre uma excepção, neste caso eu personalizo essa excepção.
Isto não significa que seja sempre assim. Rir e chorar nem sempre resultam de momentos completamente distintos, podem aparecer misturados num mesmo momento… Contudo, chorar a rir nada tem a ver com rir a chorar. Parece que se trata de um simples trocadilho sem qualquer significado mas acaba por se explicar a si próprio conforme os diferentes momentos que a vida nos obriga a atravessar.
É possível chorar de tanto rir. As lágrimas acodem aos olhos de quem ri com vontade e por longos períodos sem precisar da participação de emoções e afectos relacionados. Já o rir a chorar acontece quando se chora por dentro e se pretende camuflar a dor que realmente se sente. É um rir com vontade de chorar…
Embora não tenham chegado ainda a acordo, os cientistas acabam por comprovar este facto. Há pessoas que riem e choram sem motivo aparente, é o que geralmente acontece a quem sofreu recentemente um AVC ou qualquer tumor cerebral não esquecendo o famigerado Alzheimer…

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O QUARTO


Se está a braços com aquela (bendita) hora de mudar de casa ou simplesmente remodelar toda a decoração do quarto, esbarrou certamente com o móvel principal deste espaço que é a cama. Existem no comércio uma infinidade de modelos de cama que vão do dossel aos mais diversos materiais, articuladas ou não, etc. Nessa escolha, convém não perder de vista o estilo que se pretende dar ao quarto, o tamanho e o tipo de móveis já existentes (caso queira aproveitar alguns) bem como a própria luz.
Tirando os aspectos meramente decorativos, a cama e o roupeiro são as peças principais da decoração o que nos leva a crer que a tarefa da escolha fica simplificada mas não muito…
Com efeito, o quarto é a divisão onde o apelo ao conforto e ao descanso é esperado. Actualmente, devido ao exíguo espaço disponível nas nossas casas, o quarto destina-se a outras actividades que eram destinadas a outras zonas. Infelizmente, quem pode considerar outra função do quarto, além de dormir ?
É conhecida a minha preferência pelo branco mas, independentemente dessa preferência, optei por um sommier que, além de facilitar a decisão natural de escolher o tipo de cama, oferece também o conforto que se espera encontrar nesta divisão. Se o sommier seleccionado for do tipo elevatório, melhor ainda. Além de se ganhar mais um espaço para arrumação, fica facilitada a escolha do material e da cor uma vez que se destina ao quarto.
Posto isto, só me resta desejar que este texto tenha contribuído para a sua decisão.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

CELEBREMOS A PÁSCOA


O Carnaval já lá vai e agora ? O que vamos celebrar ?
A questão é pertinente. Que festividade se sucederá à celebração do Carnaval ? Sim, porque somos um povo pobrezinho mas sempre em festa…
Não esquecendo o Domingo de Ramos destinado aos padrinhos, celebremos a Páscoa.
Este ano (2018) a Páscoa calha no primeiro dia de Abril, dia dedicado às mentiras ou Dia dos Bobos como se diz em França que lhe está na origem, ao que se pensa.
Voltando à celebração da Páscoa não é mentira nenhuma dizer que nesta data, os Cristãos e não só, celebram este evento.  Trata-se de um feriado móvel, também conhecido como Domingo da Ressurreição por se comemorar sempre num domingo. Calhou assim. Recorde-se que a ressurreição de Jesus ocorreu três depois que foi crucificado.
Mais uma vez a Igreja camuflou uma festa de origem puramente pagã numa festividade religiosa… Prometo que não vou explorar a origem da Páscoa que se encontra sobejamente documentada na Internet. Direi apenas que, em inglês, a Páscoa se diz Easter em honra da deusa Eoster ou Ostara com o fim de celebrar o início da Primavera.
Desde pequeno tinha instalada uma dúvida acerca dos ovos requintadamente decorados e que se viam em diversas montras comerciais. A par dos ovos, apareciam sempre os coelhos como símbolos da Páscoa o que só contribuía para aumentar as minhas dúvidas. Por mais fofos que sejam os coelhos e por melhor que os ovos sejam decorados, em nada contribuíam para diminuir a minha confusão. Toda a gente sabe que os coelhos não se reproduzem por meio de ovos…!
Agora compreendo que os ovos e os coelhos têm reminiscências pagãs. São afinal mais uma das heranças dos povos germânicos.
No equinócio de primavera era costume oferecer à deusa ovos coloridos e decorados como desejo de uma próspera estação que se avizinha. Vem daí a tradição dos ovos decorados. Quanto aos coelhos, eram um símbolo da fertilidade o que se compreende se atentarmos que se encontram no máximo período de reprodução…
Afinal, com o passar do tempo sempre se encontra uma explicação cabal para tudo… ou talvez não. Depende do ponto de vista.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

NUNCA MAIS...


Por ser Dia de São Valentim, estipulou-se mais uma vez, (manda o comércio) que ocorra hoje Dia dos Namorados. Já manifestei como sou avesso a estes Dias… Primeiro porque não gosto que me imponham um determinado dia para festejar sei lá o quê, depois porque acho que são dias para celebrar todo o ano. Que mundo seria este se tal se verificasse !
Mais uma vez me deixei-me arrastar pela tradição e, na minha inocência, rumei a um centro comercial na intenção de comprar uma prenda alusiva à data. Neste dia é costume oferecer à cara metade e vice versa uma prenda alusiva ao amor e afeição, dos afectos que se manifestam na alegria indescritível que é sentir que se é amado…
O Dia de São Valentim é mais uma das muitas tradições anglo-saxónica assimiladas pelo comércio do nosso país. Por todo o lado se vêem corações insufláveis, saldos alusivos, uma panóplia de “ofertas” ao fiel consumidor.
Por fim, sem grandes dificuldades, lá encontrei a prenda que tinha em mente oferecer à fiel companheira do meu infortúnio. O pior estava para vir. Em cima da hora de jantar revelou-se extremamente difícil sair daquele centro comercial. Era um pára-arranca interminável até chegar à rua… obrigou-me a circular por zonas impróprias mas fim, lá cheguei a casa jurando que nunca mais me apanhariam, neste dia, num centro comercial.
A “tradição” cumpriu-se.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

FESTEJAR O CARNAVAL


Aproxima-se a passos largos mais uma data em que se celebra o Carnaval ou, em bom português, o Entrudo. Este ano, o evento de origem puramente pagã, celebra-se a 13 de Fevereiro.
Mais uma vez, a Igreja se apoderou de uma festa que já era celebrada na antiga Grécia cerca de seiscentos anos antes de Cristo. Naquele tempo, os festejos dirigiam-se exclusivamente aos deuses como agradecimento  das boas colheitas auferidas. Só muito mais tarde foi instituído o Carnaval que marcava a diferença entre o inicio da quaresma e a despedida da carne, ou seja, o começo de um longo período de jejum…
É lamentável que se deixe ao critério dos municípios conceder ou não este dia como “feriado”… O Carnaval, embora seja uma festa facultativa, não deixa ninguém indiferente.
Atualmente o Carnaval conserva muito pouco das antigas tradições religiosas cingindo-se unicamente a uma época que se aproveita para usar coloridas fantasias ao som de “escolas de samba” que desfilam pelas ruas principais, numa triste imitação do que se passa do outro lado do Atlântico.
Nesse aspeto, pouco ou nada mais haveria para dizer. Com efeito, os desfiles carnavalescos são um dos pontos fortes do festejo do Carnaval… Mas isto sou eu a desabafar !
Uma vez que passo o ano mascarado, está na hora de arrancar a máscara e ser apenas eu. E como é Carnaval, “ninguém leva a mal”.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

AMANHÃ É OUTRO DIA


Como um nevoeiro que se instala de mansinho, o cansaço surge assim do nada e toma conta de toda a vida. É uma sensação estranha, de fadiga, de quem está farto dessa luta inglória contra o tempo, a doença, tudo e todos os que circulam por perto. É um cansaço que se nota principalmente naqueles que já experimentaram o silêncio em que o demais é pensamento…
Silenciosamente, lentamente, o cansaço espalha-se por toda a vida. Nota-se em pequenos pormenores tais como nas tarefas mais comuns de todos os dias. Finge-se que não há dores, que nada custa vestir ou despir, tomar banho, falar com quem está mais próximo, que os filhos ainda precisam de nós… até que chega o momento em que fingir, também cansa. E nada tem a ver com noites mal dormidas, stress, como agora se usa rotular este cansaço, com coisa nenhuma…
Hoje nota-se o cansaço. Amanhã, quem sabe ? Amanhã, é outro dia…
Amanhã talvez nem sinta mais cansaço.
Há dias assim.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

TALVEZ FAÇA MAIS FRIO



Talvez este ano faça mais frio, talvez as defesas do organismo andem mais por baixo devido à doença que se instalou, o facto é que nunca tive tanto frio como agora… E nem me refiro à cozinha da casa a qual apelido com toda a propriedade de “pólo norte” visto que não dispõe de aquecimento central... Reconheço que já sou de mim muito friorento mas nada que se compara ao frio que sinto por toda a casa. Devo dizer  que os esquentadores são ligados logo pela manhã e assim permanecem durante todo o dia. Mesmo assim, a casa não passa dos vinte graus Celsius. Qualquer das palavras (friorento, ) serve adjectivar o frio que me atormenta mais do que àqueles que me cercam.
Há quem defenda que o frio não existe. De acordo com as leis da Física ele é fruto apenas da nossa imaginação. As temperaturas baixas que se têm feito sentir em muito contribuíram para a perda de calor que se colou a mim.
Quem não ouviu ainda o velho ditado popular “o frio é psicológico ? Como todo o ditado possui sempre um fundo de verdade…
Se o frio não existe, porque há tanta gente a morrer por hipotermia devido às temperaturas baixas e pelo facto de não se agasalharem convenientemente ? Será que têm agasalhos adequados a esta vaga de frio ?
Assim como o frio e a escuridão, o mal é simplesmente a ausência do bem, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.
É o que acontece com o frio quando não há calor ou a escuridão quando não há luz. (A. Einstein)
Quer exista quer não, o certo é que eu sinto muito frio…

domingo, 4 de fevereiro de 2018

FINJO A FINGIR...


Finjo a fingir…
Fingindo-me  no sono matinal
quieto sem sequer pestanejar,
transformo em bem embora “sinta” o mal
da voz que me acompanha… por falar.

Engano assim a vida, por sinal
a mestra da mentira sempre a rir…!
Finjo que durmo. Dormindo afinal
talvez obrigue a vida a não mentir…
              Jorge Leal

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

AO SOM DA MÚSICA


Há músicas que nos fazem viajar no tempo ora lamentando o tempo que passou, ora desejando que esse tempo não volte mais.
Estou certo de ter já declarado o quanto sou sensível à música. Ela tem por condão transportar-me a outras paragens, outras épocas, outros momentos que guardo bem escondidos na memória.
De tanto ouvir dedilhar na viola, os acordes de “O corcovado” e mais tarde do “Desafinado”, o som foi-me ficando no ouvido. Então, só o som daquela viola era o suficiente para arrancar velhas lembranças que ainda hoje conservo. Talvez por estas ou por outras razões, nutro um carinho muito especial por esse instrumento. Não é de estranhar portanto, que uma lágrima mais teimosa me aflore aos olhos quando ouço, não interessa a interpretação, uma dessas referidas músicas. Mais ainda depois que compreendi cabalmente o sentido da letra escrita por Tom Jobin.
Ainda hoje, passados tanto anos, uma lágrima teima em bailar ao canto do olho quando escuto qualquer uma destas músicas. Estupidamente ou por coincidência, era a musica que tocava na única estação de serviço onde parámos de regresso a casa…
Há dias em que nos deixámos ir levados ao som da música.
Há dias assim.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...