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terça-feira, 29 de agosto de 2017

ANDAR SEM NORTE

Andar desnorteado nem sempre significa andar sem Norte. Pode-se andar desnorteado sem deixar de ter um Norte, perdido no caminho, na direção a tomar. É nisto que reside a minha discordância com o significado atribuído ao termo.
Concordar ou não com a definição a dar é assunto secundário. O principal, e isso nada tem a ver com a definição, é andar desnorteado. E é assim que me sinto neste momento.
Sempre ouvi dizer que andar desnorteado significa estar confuso ou, o que dá no mesmo, que não se tem a certeza do que se afirma… Sem pretender fazer concorrência ao livro (à venda desde maio), “Qui a tué Lady Di?”, atrevo-me a optar pela hipótese de estar perante um atentado e não de um acidente.
Já lá vão (quase) vinte anos e ainda pouco se sabe sobre o acidente que vitimou a princesa e o seu namorado Dodi Al-Fayed. Passaram-se vinte anos que morreu a “princesa do povo” e ainda se fala em dor e consternação de quem ficou e a admirava. Há mortes assim.
Há pouco, foi muito badalado o motorista de serviço, Colin Tebbutt, que prometia declarações esclarecedoras sobre o que não tem explicação. A morte de Lady Di deve-se a um conjunto de factores sem explicação.
Não esqueço que, nessa noite, Colin Tebbutt foi substituído por Henri Paul que apresentava 1,81 g de álcool no sangue.
A Colin resta apenas o sentimento de culpa por não estar ao volante daquela viatura... a mesma que embateu num dos pilares do túnel D'Alma.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

UMA GUINADA NA VIDA

Dar guinadas nem sempre significa mudar de rumo, digo eu que sou literalmente especialista em guinadas. Não se trata aqui de dar guinadas em sentido literal, mas às outras, as chamadas guinadas que nunca deveriam ser dadas ou que há muito era preciso dar…
Guinar, isto é, mudar subitamente o rumo normal da própria vida é algo que se impõe e quase sempre dá sinais. O pior é não estar receptivo a esses sinais, dando preferência à chamada zona de conforto.
Toda a gente conhece pessoas assim. Pessoas insatisfeitas com a vida e que, talvez por isso, reclamam por tudo e por nada.
Do mesmo modo, existem muitos livros e inúmeros autores que se debruçam sobre o assunto. Uma preciosa ajuda (para quem gosta pouco de ler) está na Internet onde se encontra resposta para tudo embora nem sempre a mais adequada. Permito-me sugerir o saudável hábito de ler. Por meio dos livros, é possível contactar com outras mentes e adquirir novos conhecimentos que, de outro modo, não teríamos acesso. Claro que é preciso compreendê-los. Não chega apenas “ler”. Mas isso é outra “guerra” que deixo para outros escritos.
Voltando ao mesmo, está sempre na hora de mudar…. É um virar de página ou, em casos extremos, por que não mudar de livro…

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

PARTILHO SÓ OS MEUS

Quem me vir a criticar sem dó nem piedade amigos e conhecidos, até pode pensar que não tenho defeitos. Mas tenho e não são poucos.
Perfilho como meus os defeitos que são meus. Os outros, que procurem outro “pai” que é como quem diz, vão chamar pai a outro.
Agradeço comovidamente a quem ainda acredita que não tenho defeitos. Penso que chegam os dedos da mão para os contar. Mas, claro, sou eu a pensar.
Tenho defeitos e carrego com eles sem complexos. Quem tem defeitos e os assume, tem cem anos de perdão, dizem…
Já dei por mim a criticar defeitos que eu próprio possuo, mas como não são bonitos, o melhor é não os concretizar. Afinal, ninguém é perfeito. Já é uma qualidade saber e reconhecer que se tem defeitos. Assumo que os tenho (desde que não prejudiquem ninguém).
Toda a gente carrega consigo algum defeito na medida em que possui imensas qualidades. A questão é procurar. Ninguém é destituído de defeitos e qualidades.
Quem pensa não ter não defeitos não tem mais nada ou então, o que é mais grave, simplesmente não existe.
É dessa mistura de sentimentos, qualidades e defeitos, que se faz a personalidade de cada um.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

MALDITO AGOSTO

Quem me conhece minimamente, não se admira ao ouvir-me dizer que não gosto do mês de Agosto. Não me perguntem porquê, mas não gosto.
Certamente que já me debrucei sobre esta repulsa e não encontrei um só motivo que o justifique. Se ainda estivesse no activo, talvez pensasse melhor, contudo lembro-me que mesmo nesse tempo não gostava do mês de Agosto. Talvez por não gostar de ventania e Agosto, por natureza, ser o mês das nortadas, por não existir este mês até César Augusto se lembrar de o inventar ou então, porque detesto multidões…. Seja qual for o motivo, não gosto deste mês.
Bem diz o povo, que tem sempre razão…, Agosto é mês de desgosto. Basta recordar que, durante este mês foram lançadas sobre Hiroxima e Nagasaki as bombas tristemente célebres que destruíram cidades e muitas vidas humanas. Foi também durante Agosto que tiveram início as duas guerras mundiais cada qual na sua data. Lembro-me, entre outros motivos, que foi durante o mês de Agosto que se deu a construção do muro de Berlim bem como a morte da princesa Diana…. Já nem menciono o comércio e as repartições encerrados durante o mês…. Motivos mais do que suficientes para não gostar de Agosto.
Desde os romanos até aos nossos dias o mês de Agosto foi temido por muito boa gente. Ainda hoje algumas mulheres não casam no oitavo mês do ano já que, durante este mês, partiam as naus em busca de novas terras…. O que justifica o ditado casar em Agosto sinal de desgosto.
Motivos não faltam para não gostar do mês de Agosto… 

sábado, 19 de agosto de 2017

NÃO SEI MAIS NADA

Houve um tempo em que pensava saber tudo sobre o que se encontrava sob o Céu. Pensava eu que já não existiam mais segredos a desvendar, que tudo sabia. Estava enganado.
Numa época em que se descobrem novos sistemas e, no mínimo, novos planetas, não sei mais o que existe sobre mim e ainda menos sob os meus pés. Confesso-me bastante baralhado quanto a isso. Há bem pouco tempo descobriram mais um sistema composto por sete planetas em tudo semelhantes à Terra… E já não falo a nível do Universo…!
Que hei de então dizer do que se passa debaixo dos meus pés? Aí a coisa complica-se. Tsunamis, os recentes incêndios e todos os movimentos da Crusta Terrestre, deixam-me completamente baratinado.
Não sei mais para onde ir, em quem confiar, que caminho seguir…. Há um aproveitamento das condições adversas da própria natureza e que nada têm a ver com a política (ou terão?) nem com outra coisa que não seja a própria política. É preciso “eliminar” na origem o próprio mal e continuar a luta contra os fogos.
Hoje, correndo o risco de imitar o poeta, direi só sei que nada sei.
Há dias assim.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

AFINAL, PARA QUE FOI FEITO O HOMEM?

Os ventos (fortes) que assolaram a Madeira durante vários dias deixaram muita gente pendurada no aeroporto hoje chamado CR7. É claro que lamento os que fazem regularmente a viagem de ida e volta, sobretudo em trabalho, e também quem vê umas férias estragadas à data de deixar a ilha. Não haja dúvida que me fazem pena.
Por motivos óbvios não gosto da Madeira…. Ao ver, através da TV, aquela gente que dorme no chão e as pessoas que passam horas a pé por falta de lugares sentados, só posso concluir: o Homem não foi feito para voar.
Seguramente, o Homem não foi feito para voar mesmo entendendo o voo com ajuda mecânica, como é o caso das aeronaves. Não me atrevo a explorar sequer o voo biológico que deixo aos animais ditos irracionais. O voo dos humanos, estou em crer, é fruto duma vontade férrea de imitar outros seres da Natureza. Só pode ser. Perante as tragédias que se abatem sobre vítimas inocentes dos fogos e não só, posso concluir: o Homem não foi feito para voar.
Se não foi feito para voar, tão pouco foi feito para viver na água. 
Que que dizer então do que se passa debaixo dos nossos pés? Que mundos encerram os oceanos, os rios e os mares?
Perante as gentes que abandonam as suas terras e se fazem ao mar, que posso eu dizer?
O Homem não foi feito para voar nem tampouco para viver na a água.

sábado, 12 de agosto de 2017

MAIS VALE CAIR EM GRAÇA...

Existe um ditado que diz “Mais vale cair em graça do que ser engraçado”, e é bem verdade. Toda a gente testemunha casos de alguém que atinge um tal estado de graça que acaba por cair nas boas graças de outrem…. Há casos desses no trabalho, mas também a nível familiar…
Tomando como ponto assente que não me refiro a graça no sentido que se dá (ou dava) ao nome de baptismo de uma qualquer pessoa. Estamos fartos, mas fartos, de ouvir a célebre pergunta “Qual é a sua graça?”
Também não me refiro ao nome próprio que ainda hoje persiste em ser dado às criancinhas…
Não é destas “graças” que me ocupo. Dedico parte do meu tempo ao lado teológico do termo, se quisermos, ao lado sobrenatural que o termo encerra. Não é todos os dias que admitimos como graça viver mais um dia…! Na realidade, não é todos os dias que damos graças...! E devíamos. Devíamos dar graças por mais um dia que nos é concebido viver com vê grande.
Dar graças, quanto mais não seja por tudo que já foi e pelo que é…. Não forçosamente por esta ordem.
Tão depressa esquecemos essas simples bênçãos, essas graças, que encarámos como normais, quase como algo que nos é devido.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

OS MÉDICOS TAMBÉM MORREM

Esta semana fui surpreendido com a noticia da morte do meu médico de família. Foram só duas consultas, mas foi o bastante para fazer dele mais que um médico, um amigo. Era assim que o via, sempre risonho e sobretudo, muito optimista quanto ao meu estado de saúde. Nunca chegámos a falar nisso, mas sempre se mostrou muito optimista, mais do que seria recomendável no meu estado actual, mas por isso ainda gostava mais dele como médico.
É compreensível o meu espanto perante esta realidade. Não foi tanto quem me deu a notícia ou o fato em si. O que me deixou mudo de espanto foi ter de admitir, por incrível que pareça, que os médicos também morrem.
No nosso entender, meros pacientes, os médicos não morrem. Nós podemos passar por esta vida, mas eles não. Ficam não para contar como foi, nunca contam, permanecem mudos pelo juramento de Hipócrates.
Apesar de todas essas razões, os médicos dispõem de outros recursos, tratamentos médicos, que não são acessíveis ao comum dos mortais. Enfim, os médicos não gostam dessa ideia peregrina que é morrer.
Na realidade, embora disponham de múltiplos tratamentos, raramente se submetem a eles. E morrem, morrem serenamente. Encaram de forma realista a possibilidade de morrer. A serenidade com que encaram este fato talvez se deva à consciência do que vai acontecer. Partem e, para nosso espanto, partem suavemente, de uma forma quase submissa.
É compreensível pois o meu espanto: afinal os médicos também morrem…!

terça-feira, 8 de agosto de 2017

ESPERO... SENTADO

Porque estou sentado?
Para descansar, talvez… ou porque é tradição, esperar sentado?
Não sei. Seja qual for o motivo, espero sentado. (Não vá ficar cansado…). Espero.
Nem eu sei bem o que espero. E, enquanto espero, esboço um sorriso. Dantes, antigamente, diria que era o meu sorriso número três. Agora tenho apenas um sorriso, este. Mais uma coisa que a Vida me ensinou…  além de esperar sentado.
Ah, esqueci de referir que me tornei um Expert na difícil Arte de esperar. Depois de tanto esperar por internamentos e consultas em hospitais, não admira que me tenha tornado expert na arte de esperar.
Mas estava eu a dizer que esperava sentado por um acontecimento extraordinário e inesperado (ou talvez não). Confesso não me interessarem explicações. Quero apenas voltar para onde não há regresso…
É pedir muito? É o que peço. Não me importa que, com os conhecimentos que dispomos actualmente, não haja explicação para o meu pedido.
Quando me dizem que estou melhor, que tenho bom aspeto, esboço um sorriso. Que outra coisa posso fazer?
Permaneço sentado. Aqui que ninguém me lê, posso dizer que me cansa estar muito tempo a pé. Às vezes, muito raramente, apetece-me seguir pelo caminho mais fácil… É que dá um trabalhão doido manter-me vivo. Mas tem que ser. Não me perguntem porquê, apenas sei que tem de ser. Esboço um sorriso. Enquanto espero olho para o céu, sabendo que há uma coisa que ainda não lhes disse: agora acredito que os milagres podem acontecer.

sábado, 5 de agosto de 2017

QUANDO O SOL NÃO CHEGA

Nem era preciso o estudo de investigadores da Universidade de Montreal para provar que o Sol é uma estrela do tipo solar. Toda a gente sabe isso, mas ficou assim provado graças a esses investigadores.
Ninguém discute que o Sol é uma estrela e muito menos a sua importância para a própria vida na Terra. Deus nos livre pensar na Terra na ausência do sol…!
Graças aos raios ultravioletas invisíveis a olho nu, o sol é responsável pelo tom dourado que a pele adquire quando exposta ao astro-rei. É claro que essa exposição é maior e mais frequente no verão, mas pensar que lá por ser inverno o sol é inofensivo, é um erro muito comum. A radiação emanada pelo sol pode ser igual à do verão, tornando-se prejudicial para a pele. Não devemos descurar a protecção obtida através de cremes protectores sempre que praticarmos actividades ao ar livre.
No entanto, nem sempre o sol é o bastante para que a pele adquira o tão desejado tom bronzeado de verão. Por outras palavras, direi que nem sempre o sol chega para conferir o tom bronzeado que leva horas a adquirir… É o que vulgarmente se diz “trabalhar para o bronze”.
Nesse caso, é sempre bom recorrer a uma boa receita para favorecer o tão almejado tom bronzeado sem grande “trabalho”.
Receita:
Num liquidificador, misture 2 cenouras (partidas em pedaços) com metade de uma manga e duas laranjas.
Prepare um sumo com estes alimentos e beba pelo menos um copo por dia.
Ao fim do verão verá que adquire o tom bronzeado que sempre quis.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

HOMENAGEM AOS AVÓS

Bem sei que o Dia dos Avós já lá vai, celebra-se a 26 de Julho.  É importante que se saiba que a data foi escolhida pelo papa Paulo VI como homenagem aos pais de Maria (Ana e Joaquim), avós de Jesus. Eu continuo a dizer e a pensar que todos os dias são dias, basta a gente querer.
Numa época em que o conceito de família tem sofrido algumas alterações, o papel dos avós tem-se adaptado à nova realidade ao longo dos tempos. De uma maneira ou doutra, os avós têm conseguido estar presentes cuidando e substituindo os pais quando ausentes.
Há avós mais ocupados do que outros, por isso compreendo e não exijo que todos reajam do mesmo modo, mas há sempre lugar (nos nossos corações) para os nossos pequenotes. Não seja esta mais uma desculpa para o não desempenho do papel fundamental dos avós na transmissão de valores, conhecimentos e até crenças.
A maior parte de nós guarda com saudade as histórias de encantar e os ensinamentos dos nossos avós e ainda bem que guardam estas recordações!
Haja saúde e bem-estar, condições fundamentais para acompanhar de perto os nossos pequenos. De acordo com os dados fornecidos por “Caring for Children in Europe”, Portugal é o país da União Europeia que dedica mais tempo (cerca de 30 horas semanais) aos respetivos netos. Não resta qualquer dúvida, sobretudo a quem os tem, que o convívio entre avós e netos é uma fonte de saúde para ambas as partes. Cá para nós, esta relação traz mais benefícios aos avós do que aos netos na medida em que evita o risco de depressão. Os avós que não cuidam dos seus netos, está provado, são mais propensos a problemas de saúde.
De uma forma geral, o convívio entre avós e netos além de favorecer a saúde psicológica, também favorece o convívio na medida em que permite o intercâmbio de saberes. Deste modo, os avós continuam a sentir-se úteis e válidos durante mais tempo.
Tomar conta dos netos exige alguns sacrifícios é certo, quer nível físico, quer  emocional, mas favorece uma boa saúde para ambas as partes. Fala um avô babado.
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