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quinta-feira, 30 de março de 2017

UMA QUESTÃO DE DATAS

A polémica está instalada, qual a melhor data para as eleições autárquicas?
Qual a data que traria mais votos a cada um dos partidos, 24 de Setembro, 01 ou 08 de Outubro? Pergunto eu.
Pode parecer de somenos importância a data das próximas eleições autárquicas, mas quem pensa assim está redondamente enganado. Pelo menos, essa é a opinião de António Costa (Publico, 04/03/17).
Parece, no entanto, haver um certo entendimento quanto à data das eleições por parte de Teresa Leal Coelho e Assunção Cristas. PSD e CDS uniram-se em volta de 01 de outubro. Quanto a Catarina Martins, talvez, antes pelo contrário, vamos a ver…  E ficámos sem saber qual a data mais provável das eleições autárquicas. O mesmo não se passa relativamente ao busto ora implantado no aeroporto da Madeira, ou deverei dizer aeroporto CR7? O nome mudou, pronto e daí? Não mudaram o nome do aeroporto para Sá Carneiro? Não é por aí que virá a “epidemia” ao país… Já o mesmo não se pode dizer do referido busto. Valha-me Deus!
Não lhe reconheço grandes parecenças com o original a não ser nos dentes… Não esqueço que o referido autor do busto revelou ter despendido a fazê-lo 15 dos seus preciosos dias. Mesmo assim, valha-me Deus!

quarta-feira, 29 de março de 2017

EXISTEM MIL MOTIVOS PARA CHORAR

Ou é de mim, do tempo, do pensamento, da doença ou por que sim, ando mais chorão. Noto isso, quando assisto às séries de televisão. Qualquer coisa me faz chorar e às vezes nem sei bem porquê. Sei que se pode chorar de raiva, de medo, de decepção, de felicidade (por que não!) ou por outras emoções. Eu choro… por que sim.
Ou é de mim ou vejo “as coisas”, a própria vida de maneira diferente. Não sei.
O que sei, com toda a certeza, é que ando mais chorão. Choro quando confrontado com o sofrimento alheio ou o próprio sentimento, de saudade, por um passado que não volta, por ti, por mim e, sobretudo, choro por que me apetece chorar.
Um homem não chora, diziam-me em pequeno, e com esta mesma frase despoletavam em mim o choro, sempre contido, sempre só meu.
Seja por que motivo for, ando mais chorão. Uma música (sobretudo a letra), um poste no F.B., uma saudade que aperta, tudo me serve de pretexto para chorar.
Dizem que é normal chorar quando a sensibilidade nos acompanha. Na verdade, chora-se por ser frágil ou forte, ser odiado ou amado ou por outros motivos que não alcanço.
Enfim, existem mil motivos para chorar e outros tantos para ficar calado.… Só é preciso encontrar um motivo.

terça-feira, 28 de março de 2017

NA SENDA DOS DIAS PERDIDOS

Continuando a saga e não esquecendo que hoje é dia Mundial de qualquer coisa, que amanhã será dia Nacional de outra coisa qualquer e por aí fora, aqui estou eu a escrever novamente sobre o dia internacional.
Já dediquei algumas linhas aos “dias internacionais de …” mas nunca é demais referenciá-los. Que fique bem claro que não sou contra os tais dias, só que entendo que devem prolongar-se pelo ano fora, sem data marcada.
Chegou finalmente o dia de não fazer nada (pena que não sela Mundial), nem sessões nem consultas… nada. Ao “dia de não fazer nada” eu ergo bem alto um hino, o meu hino. Nunca esta canção fez mais sentido do que no momento presente.
Todos os dias serão dias internacionais de …. Basta um homem querer.

domingo, 26 de março de 2017

SAIR DEFINITIVAMENTE... DE QUALQUER COISA

Definitivamente este não é um blog de cariz político nem eu queria que fosse. Nele não encontrarão resposta e muito menos soluções para os problemas que afligem a sociedade actual, se é que existem.
Convenhamos que, embora seja um blogue de pensamentos (do momento), não é possível fugir ao pensamento de cariz político. Não é possível circular por este mundo sem que se tenha uma opinião sobre política.
Aqueles que me acusam de não seguir uma linha política definida, respondo que não tenho nem pretendo seguir essa linha. “Corto” a direito, como costumo dizer. Não sigo nenhuma linha de pensamento político. Na verdade, não tenho uma linha política definida. Sigo o meu instinto e o que me parece mais correto e melhor para a sociedade portuguesa em geral.
Estão neste caso os resultados obtidos e confirmados pelo INE. Já perceberam que me refiro ao Défice Excessivo de Portugal (PDE) que ficou pelos 2,1% do PIB. Trata-se de uma estimativa bastante optimista visto que a meta prevista pelo Governo era de 2,4%. Perante esta notícia foram dados os parabéns ao executivo que ninguém nega, contudo ninguém (ressalve-se aqui Marcelo R. de Sousa) se refere aos cinco anos de sacrifício dos portugueses. Quem está de parabéns e o povo português que se privou de tanto e afinal por tão pouco…

O povo português está de parabéns pelo muito que se sacrificou para chegar a estes resultados.

sábado, 25 de março de 2017

EQUILÍBRIO OU A FALTA DELE

Há dias em que embora tente manter o equilíbrio, sem grande sucesso, diga-se, nada resulta afinal. Refiro-me ao equilíbrio propriamente dito, não no sentido figurado. No sentido real, em que o corpo tenta manter-se em pé, sem cair, a coisa não é fácil e as tentativas nem sempre resultam. Por outras palavras, falo de ataxia, termo usado para o estranho fenómeno do equilíbrio, ou a falta dele.
Hoje foi um dia de desequilíbrio total. A todo o custo tentei e Deus sabe como tentei embora caísse para todo o lado. Cada um desenvolve as suas próprias estratégias para se manter em equilíbrio e eu desenvolvi as minhas. Apesar das inúmeras tentativas de aplicação das referidas estratégias, não consegui evitar os ameaços de quedas que não se chegaram a concretizar.
Melhores dias virão…. Esperemos que venham. Nem sempre aceito com esta passividade aparente a presente condição. Tenho os meus momentos de raiva contra tudo e contra todos.
Afinal há dias de chuva (como hoje) intercalados de um sol pleno.
Há dias assim.

segunda-feira, 20 de março de 2017

A INVEJA PODE MATAR

A inveja mata mais do que qualquer outra doença, o que nos leva a pensar na inveja como sendo uma doença. Se não é doença é, pelo menos, um sentimento muito feio que deve a ser banido do nosso vocabulário.
Investigando o significado da palavra nos dicionários disponibilizados online, encontra-se invariavelmente a definição de “desejo de possuir o que o outro tem” o que diz muito pouco ou mesmo nada sobre “inveja”. Contudo, inveja não é nada que não “passe pela cabeça” do cidadão mais pacífico do Universo.
Se pensava, como eu, que nunca teve inveja de nada nem de ninguém, então o melhor é continuar a ler esta mensagem.
Será que nunca sentiu inveja do que quer que fosse, em momento algum?
Por se tratar de um sentimento inerente a todo o ser humano e uma das emoções mais antigas (e destrutivas) do planeta, o invejoso não se contenta com o facto de o outro ficar privado do que a muito (ou nenhum) custo conquistou. Pelo contrário, o invejoso pode ficar extremamente satisfeito com o mal dos outros, isto é, com o que de mal pode advir daquilo que conseguiu conquistar. Reside aí o principal problema.
A par da inveja vem sempre o sentimento de culpa por se permitir um sentimento tão mesquinho. Enfim, analisando um sentimento tão simples como a “inveja”, vêm sempre outros sentimentos que pensávamos adormecidos em nós.
Sentir inveja é humano, mas por que não os ficarmos (como dizem os brasileiros) pela inveja branca ao contrário da pura inveja?
Neste sentido, a inveja pode matar, senão controlada…

domingo, 19 de março de 2017

QUEM SOU?

Por que se celebra mais um dia, o Dia do Pai, impõe-se uma reflexão mais atenta sobre o próprio dia. Viajando pelas redes sociais, só encontro referências ao “melhor pai do mundo”. Ainda bem que assim é. Por mim, continuo à espera de saber do pai que, como toda a gente, certamente tive.
Entre pai, avô, companheiro, amante, amigo, ou seja, lá o que for, continuo sem saber quem realmente sou. Se para ser pai, segundo a definição, basta ter um ou mais filhos, então serei apenas pai. Mas se ser Pai significa ter amor para dar, então não posso deixar de homenagear aquele que me criou e fez de mim o que hoje sou. Ser pai é aquele que cria e educa uma criança que não gerou, mas que adoptou quando casou com a mãe deles … Esse é o Pai.
Ser pai é muito mais do que poderia aqui dizer, é o sorriso sempre aberto fora de horas, o oceano dos sonhos que ficaram por sonhar, o calor do abraço que acalma e acarinha e o beijo, aquele beijo que não termina nunca …
Ser Pai, é tudo isto. Enfim, ser Pai não existe.
Posso não saber quem sou, mas uma coisa é certa, um destes papeis, cabe-me a mim.
Feliz Dia do Pai.

sexta-feira, 17 de março de 2017

O MEDO DO QUE VIRÁ

Ter medo, seja do que for, é natural. Pode surgir, pelo menos, de duas maneiras diferentes. Ora nos protege de uma hipotética ameaça à nossa integridade física, o que é bastante útil, ora assume a sua forma mais negativa já que funciona como um entrave à realização de muita coisa na vida…
Quantas vezes esquecemos o velho ditado, quando Deus fecha uma porta, abre sempre uma janela. Isto quer dizer, que quando permite a perda do que realmente amávamos, é por que nos quer dar algo melhor …  E aqui começa a minha discordância e consequente descrença na Fé e no próprio Deus…
Recordo tudo a que fui poupado, desde a cirurgia cardiotorácica até à cirurgia renal passando pela das cataratas e pergunto-me, que mais me estará reservado? Uma coisa, tem sido pior do que a outra. Sinto por perto o medo do que virá a seguir.
O melhor é seguir em frente já que, como diz o outro, o pior medo é aquele que sentimos por nós próprios.

quarta-feira, 15 de março de 2017

A MINHA ESTRANHA RELAÇÃO COM O MAR

O mar tem destas coisas. Ou se ama ou se odeia. Estranha é a relação que mantenho com o mar. Fico pelo amor não correspondido ou mal compreendido.
Quantas vezes fiquei ali, junto às ondas, escutando o ruído que elas fazem ao espraiam-se na areia molhada! Quantas vezes caminhei ao longo da praia apreciando a imensidão do oceano, sem parar um momento para “escutar” o que o mar tinha para me dizer.
Foram inúmeras as vezes em que ouvi o mar com ouvidos de gente crescida, de homem feito e não com os ouvidos pouco ou nada poluídos de criança! O mar tem uma forma muito especial de falar. Não se escuta com ouvidos de gente, mas com os ouvidos da alma. Os mesmos ouvidos que embora confundidos com emoções dizem aquelas coisas que preferíamos não ouvir…
Tudo corria normal, só que nesse dia parei. Parei por que estava cansado de fingir-me forte, por que o caminho acabava ali ou por que sim, parei. Ali sentado, de frente para o mar, olhos nos olhos, rezei. Desta vez, não existia nada nem ninguém para escutar, apenas eu, o mar e aquela oração que jamais repetirei.
O mar tem destas coisas, quer pelas suas lendas ou magias, faz-nos rezar.
Há dias assim.

segunda-feira, 13 de março de 2017

INDIFERENÇA


Se falo, ninguém responde.
Se choro, ninguém consola
a dor que no rosto se esconde…
em levantando a gola.

domingo, 12 de março de 2017

SÍMBOLOS DE ANIVERSÁRIO

A vida e a morte andam sempre de braço dado. Embora não pareça e queiram fazer-nos crer o contrário, é pura mentira. Na realidade a vida e a morte dão-se bem e por que se dão bem, não nos apercebemos que andam e vão para todo o lado de braço dado, mesmo sem saberem…
Sempre que se aproxima (mais) um aniversário, sente-se a presença da morte quando afinal apenas se deseja festejar a vida. É aí que nos apercebemos que a vida anda de braço dado com a morte. Desde que nascemos, carregamos no coração a morte que um dia, de mansinho ou com violência, há-de chegar.
Ao celebrar mais um aniversário não nos damos conta de que as velas, além de simbolizarem o tempo que passou, simbolizam também a vida e a morte. Ora acesas, ora apagadas, não permitem que se ignore o sopro da vida em plena morte…
O bolo tem a forma redonda em homenagem a Artemisa, deusa da Lua e da Fecundidade não esquecendo que, actualmente, podem encontrar-se várias formas.
É geral o costume de festejar o aniversário na presença de amigos numa tentativa vã de afastar a morte.
Não esquecer a prenda. Essa oferta significa, além de encorajada pelo comércio, o amor (perdido) entre mãe e filho, apenas interrompido pelo corte do cordão umbilical.

sábado, 11 de março de 2017

QUEM ME LEVA...

Não digo “quem me leva os meus fantasmas”(1) como diz a canção de Pedro Abrunhosa, mas quem me leva daqui para fora! Pois é.
Hoje apetecia-me sair sem rumo, sem horário, sem destino. Sair só por sair e ficar onde quer que fosse (de preferência cinco estrelas) desde que seja confortável.
Recordo, com saudade, velhos tempos em que pegaria na família e no carro e lá ia eu… sempre condicionado pelo horário escolar, é verdade. Hoje não existe calendário escolar, sou conduzido, não conduzo. Já não “pego” nada nem ninguém, sou “apenas” condicionado pelas consultas e sessões de fisioterapia…
Ainda não conduzo, por isso, não me perguntem onde quero ir (como se eu soubesse)!
Hoje gostava de sair sem rumo, sem horário, sem destino….

Quem me leva onde não vou… mas quereria ir.

quinta-feira, 9 de março de 2017

A MÃO QUE NÃO COMANDO

Já que assumi centrar algumas (muitas) das acções deste blogue, vou continuar a falar de mim, pelo menos na primeira pessoa.
Hoje vou falar desta mão, daquela mão que na maioria das vezes não comando. Aquela mão que parece animada de vontade própria. Se lhe dou uma tarefa tão simples como escrever, mostra-se incapaz de obedecer. Torna-se independente garatujando alguma coisa que nem eu consigo entender.
Nunca sei quando posso contar com ela. Por vezes, periclitante é certo, chama o elevador outras, agride-me com alguma força (não muita) ou arranha-me com as respectivas unhas… Às vezes torna-se útil como quando fecha a porta do carro ou quando ajuda a outra mão nas tarefas mais simples do dia-a-dia.
Não tem só um lado mau. Às vezes, como se pode constatar, torna-se útil…
Esta mão faz o que quer e sobra-lhe tempo, demasiado para o meu gosto, mas chega de dizer mal desta mão, que faria eu sem esta mão?
Agora vai perguntar de que mão estou eu a falar? Toca a adivinhar…

quarta-feira, 8 de março de 2017

DIA INTERNACIONAL DO HOMEM

Não é que concorde com os “Dias Internacionais de…” e já por várias vezes o manifestei. Estes dias, apenas servem fins comerciais, mas isso não é para aqui chamado….
Perante tanto frenesim em comemorar o “Dia internacional da Mulher”, achei por bem recordar que existe o “Dia Internacional do Homem”. Pois é, se não sabiam ficam agora a saber, o homem também tem o seu Dia Internacional que se celebra a 19 de Novembro.
Apesar de não ser feriado nem tão badalado como o Dia Internacional da Mulher, há que festejar o Dia Internacional do Homem.
Até lá, Feliz dia internacional da Mulher.

Beijos a todas as mulheres, Feliz Dia!

domingo, 5 de março de 2017

EM BUSCA DOS SABORES PERDIDOS

As dezasseis horas aproximavam-se vertiginosamente do relógio da sala e principalmente, do meu estômago. Podia dizer-se que todo o meu ser retinia com fome. Tinha fome. E, porque tinha fome, dirigi-me à cozinha, zona onde logicamente encontraria algo para comer.
Antes de partir, deixou pão de regueifa, bola de carne (fiambre), frutos secos (mais propriamente amendoins), néctar de fruta sobre o balcão e bananas na fruteira. Foi aí que me apercebi que nada tinha o mesmo sabor. Os amendoins não sabiam ao mesmo nem o pão, nem tudo o resto. Enfim, nada tinha o mesmo sabor.
Estudos recentes mostraram que afinal as pessoas sentem mais através dos diferentes receptores que têm no nariz do que com as glândulas gustativas! Admitindo como a premissa como verdadeira, o sabor dos alimentos depende da experiência anterior que se tem, da crença religiosa, da herança genética ou até da cultura do indivíduo o que significa que cada indivíduo reage de maneira diferente a um mesmo estímulo gustativo.
Fiquei ali a admirar o pão de regueifa, os frutos secos, a bola de carne, a banana e os néctares de fruta ao mesmo tempo que pensava no respectivo sabor. As coisas pareciam ter adquirido outros sabores! A coisa piora quando se está habituado a um determinado sabor e depois sai outro…
Há dias em que mais vale procurar os sabores perdidos de um passado que não volta.
Há dias assim.

sábado, 4 de março de 2017

MAIS UM ANIVERSÁRIO

Há quem goste (e gostos não se discutem) de soprar as velas do bolo, cantar os “Happy birthday Say To You” (em Português), beber uma taça de champanhe. Pelo contrário, há quem prefira pura e simplesmente ignorar esse dia ou ocasião, o que depende muito da personalidade de cada um. Eu pertenço, sem grande dúvida, ao segundo grupo, isto é, não gosto de festejar. Na impossibilidade de dar os Parabéns a quem os merece e parafraseando o poeta, “nem sequer fui eu que me pari”.
São já sessenta e nove primaveras carregadas de geada e neve em profusão. Geada da vida e neve dos dias maus… mas são sessenta e nove primaveras. Bem ou mal, trambolhão aqui e acolá, vim até aqui. Há que festejar. Festejemos então os trambolhões, as quedas, a geada e a neve que teima em cair.
Festejemos não só as 69 primaveras que atravessei, mas todas os escolhos que me foram colocados no caminho. Diz-se que festeja quem tem uma óptima auto-estima e claro, família e amigos para festejar.
Há dias em que me apetece festejar todos os meus aniversários e outros… não.
Há dias assim.
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