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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

O CRUZEIRO

 

Sempre me fez espécie aquele cruzeiro ali “plantado” quase no meio de um acesso a outras regiões, nem tampouco imaginava a proveniência do nome dado a esta região. Aquele padrão afinal acabou por batizar toda uma zona do país com o nome de  Padrão da Légua até ao dia decidi aprofundar a razão da sua presença. A verdade é que o Padrão nem sempre esteve ali, no mesmo lugar. Com a demolição do edifício original e com a posterior venda dos terrenos onde estava implantado, o cruzeiro deslocou-se alguns metros do local original.

Datado do século XVII nele pode ver-se, além da cruz, um Cristo esculpido em pedra assinalando a distância entre este e cruzeiro anterior em cerca de uma légua (cerca de 6 quilómetros), daí chamar-se Cruzeiro do padrão da Légua.

Além de assinalar o início do concelho, é também uma referência para os peregrinos que pretendem percorrer o Caminho Português de São Tiago.

Da janela do meu quarto habituei-me a ver este cruzeiro com o tal Cristo voltado para mim. Depois das obras de remodelação a que o espaço foi sujeito, o cruzeiro acabou mais desafogado livre daquela casa que o ensombrava e quase o engolia.

Cada cruzeiro tem a sua história, uns são marcos de um passado recente outros ficaram a testemunhar a barbárie que habita no ser humano. Este cruzeiro é apenas um padrão que assinala a distância entre cruzeiros e serve para indicar aos peregrinos o caminho da Costa para São Tiago…

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