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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

NINGUÉM ESCOLHE NEM DIA NEM HORA

 

Não se escolhe o local, nem o dia nem a hora e muito menos o futuro,… Não se escolhe nada. Como lê na letra de um fado muito divulgado, ninguém sabe quando nasce, para o que nasce uma pessoa. Quando chega a hora, penso eu, o que interessa é nascer.

À cidade escolhida (?) para nascer, o tempo vai buscar memórias longínquas ou mais recentes cada vez mais frequência.

Foi lá, nesse lugar, onde aprendi a dar os primeiros passos, frequentei a escola primária e morei durante alguns anos.

Olho com tristeza a decadência dos edifícios que ainda se mantêm de pé, a destruição das ruas que calcorreei, a casa em que literalmente nasci…

O tempo e as necessidades urbanísticas alteram tudo. O Largo ainda lá está mas, como tudo, parece mais pequeno de acordo com o meu pequeno mundo. Nesse tempo não imaginava que a minha pequenez se devia ao facto da diminuta dimensão pelo que é natural que o Largo, que parecia uma autêntica floresta, não era afinal um mero canteiro da grande cidade.

Recordo ainda as escadas onde, em loucas correrias, chegava à Ribeira, a ponte, o Rio, a Foz lá muito ao longe, o mar…

Enfim, algumas coisas deixaram saudade enquanto outras, nem por isso.

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