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domingo, 13 de setembro de 2020

O GENTIL PARASITA

O GENTIL PARASITA


Quando se fala em melgas, vem logo ao pensamento esse insecto tão incomodativo e só alguns se lembram do bicho homem uma vez que os vocábulos são iguais em português corrente. Há melgas e melgas, assim como há mar e mar… que, por razões óbvias, prefiro mesmo o mar. Quando me refiro a melga fique, bem claro que vou abordar aqueles indivíduos que se grudam naqueles momentos menos oportunos e sem qualquer discurso atractivo. Em sentido restrito, as melgas adoram esvoaçar pelo quarto logo que se apaga a luz na disposição de dormir. As melgas têm a infeliz mania de preferir a penumbra para passar ao ataque. Ainda por cima, o insecto (chamemos-lhe assim) dispõe duma tromba adequada para sugar o sangue, imprescindível à maturação dos respectivos ovos além de lhe servir de alimento… Felizmente (?) são as fêmeas que picam e não os machos. Além da famigerada tromba, elas dispõem de um par de asas que produz aquele som irritante que todos conhecem e que se faz ouvir sempre que se desliga a luz. Mesmo às escuras elas conseguem encontrar-nos visto que são atraídas pelo calor do corpo e pelo suor. Começa então a caça à melga com as armas disponíveis e a perspectiva de uma noite mal dormida.

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