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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

PERFECIONISTA? ATÉ QUE PONTO?


Isto de ser perfecionista não facilita nada a vida, antes pelo contrário, só complica. Como o próprio nome indica, o perfecionista pretende realizar todas as tarefas na perfeição, que não haja falhas nem erros qualquer que seja a tarefa. Quando isso acontece, e tem de acontecer, é um motivo mais do que suficiente para se sentir frustrado. O perfecionista exige demasiado das coisas e das pessoas que o rodeiam. Para ele ninguém é perfeito. Mas a perfeição não existe e quanto mais se procura maior é a probabilidade de mergulhar na dor e frustração.
É mais ou menos esta a ideia que se tem do perfecionista, o tal que não concebe o erro, que pretende ser o melhor em tudo o que faz.
Convém não esquecer que há diversos graus de perfeccionismo, sendo considerado um comportamento “normal” quando o indivíduo se empenha em realizar na perfeição as tarefas que lhe competem ou “neurótico” se a pessoa demonstra um comportamento compulsivo ao ponto de repetir n vezes a mesma actividade. Digamos que me situo entre o estado normal e o neurótico… Não chego ao ponto de repetir as actividades que me competem mas complica-me ver diversos papeis espalhados pela casa, corrigir a simetria de alguns objectos, distribuir por tamanho os diferentes talheres na máquina de lavar, ver algum objecto fora do local habitual, etc.
É demasiado simplista considerar o perfeccionismo como uma patologia a ser combatida por todos os meios não esquecendo que muito boa gente o inclui nos transtornos comportamentais…
Nem tudo é condenável num perfecionista, o facto de não conviver bem com o erro, torna-os disciplinados, determinados e persistentes, características muito apreciadas tanto na vida pessoal como profissional.
Contudo, tal comportamento não permite que o perfecionista consiga descansar a mente levando-o, nalguns casos, ao desenvolvimento das tais compulsões…

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