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segunda-feira, 14 de maio de 2018

AFINAL, QUEM GANHOU?


Independentemente do Euro Festival, do cantor ou da delegação vencedora, afinal quem “ganhou” foi a tolerância. É evidente que me refiro a essa mulher barbuda chamada Conchita. Com efeito, foi esse o nome artístico adoptado por Thomas Neuwirth mas isso pouco importa. Quem ganhou este ou outros festivais em anos anteriores, foi essa mulher de barba rija… O que realmente se ganhou graças a Conchita não tem preço, não é mensurável. Dêem-se as voltas que se queiram dar, acaba-se sempre na incontornável “tolerância”.
Afinal ganhou a coragem de ser diferente.
Não se pense que a vitória de Conchita na Áustria foi isenta de polémica. Esta vitória provocou efeitos negativos sobretudo em alguns países mais a leste sob pena de transformar este Festival  “num viveiro de sodomia”, diziam.
Eu sei que já vai tarde, afinal venceu o Euro Festival em 2014 mas nunca é demais falar e praticar a tolerância. Quem é tolerante normalmente aceita a opinião e o comportamento dos que são ou querem ser diferentes. Acho mesmo que é uma das condições essenciais para a vida em sociedade. É assim a tolerância tão escassa mais a leste… o que não admira atendendo à origem latina da palavra. Tolerância traduz-se por um comportamento que exige muita condescendência perante a diferença. O que não se pode mudar ou é impossível impedir, combate-se com tolerância.
Hoje em dia fala-se muito em tolerância alimentar, bastante em tolerância social e muito em tolerância religiosa mas falar, não chega. É preciso agir.
O mundo conturbado em que vivemos giraria mais facilmente se algumas pessoas manifestassem uma certa compreensão sobre o direito que assiste a quem quer ser diferente, de exercer aquilo em que acreditam.

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