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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

PRISIONEIRO

Poderá alguém sentir-se prisioneiro na própria casa? De momento e nas presentes circunstâncias, é assim que me sinto. Há dias, principalmente dias de chuva, em que apetece ficar no quentinho dos cobertores a ouvir a chuva cair lá fora, sentar no melhor sofá da sala a ler um bom livro ou em frente da TV e assistir aquele filme que sempre se quis ver ou simplesmente ouvir, de olhos fechados, aquelas músicas que nos tocam na alma… E, porque não, ficar simplesmente deambulando pela casa em pijama sem ter a preocupação de se vestir a rigor para enfrentar a tempestade. Claro que todas estas situações se adaptam perfeitamente a um dia de sol em que não apetece sair e tendo a possibilidade de satisfazer tais apetites…!
Quem não invejaria estar no meu lugar? Aliás, só pode ser por inveja que me encontro nesta situação… Sim, porque eu acredito nestas coisas, nomeadamente no poder negativo da inveja…
Contudo, ficar em casa por motivos de saúde, familiares ou psicológicos, tira todo o prazer a estas actividades que, em outras circunstâncias seriam prazerosas… Prisioneiro em minha própria casa, é assim que me sinto. Apesar de ninguém me impedir de sair, de ter um carro medianamente confortável com o depósito atestado de gasóleo, não o posso conduzir porque o músculo da perna esquerda não corresponde aos movimentos necessários para controlar a embraiagem. Todo o prazer de me sentar a ver TV, ler ou ouvir música me é recusado por não me poder sentar devido ao hematoma no glúteo esquerdo… E assim ficarei prisioneiro até que com o tempo o organismo reaja absorvendo o maldito. 

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