Há dias
em que a vida, apesar de continuar a correr no sentido mais literal da palavra,
à nossa volta tudo se desenrola em slow motion… É assim uma espécie de catarse
libertadora das limitações físicas e psíquicas do quotidiano. Por qualquer insondável
razão deixamos a vida correr como se nada do que acontece à nossa volta tenha a ver connosco. Deixamos de ser actores para sermos apenas espectadores. E
a vida, implacável, continua a correr como um rio turbulento arrastando-nos na
corrente. Apesar de transportados por essa torrente, conseguimos ver o que se
passa à nossa volta nos mínimos pormenores nunca antes observados. Tudo se
passa em slow motion permitindo fixar imagens, gestos, palavras nunca observados
anteriormente no seu ritmo normal…
Há
dias assim…
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