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sábado, 20 de abril de 2013

AS ÁRVORES MORREM DE PÉ


Com a chegada da primavera, toda a Natureza se renova. Da varanda da sala vejo os ramos das árvores” cobrirem-se de pequenas e tenras folhas que reflectem os raios do sol… A grande maioria das árvores do condomínio foi oferecida por mim depois de um longo e penoso período de crescimento em vaso nesta mesma varanda. Recordo o tempo em que, por esta altura, quase todas as varandas se engalanavam das mais variadas e vistosas flores. Com o passar dos anos, as plantas foram envelhecendo acompanhando o envelhecimento dos próprios donos... Já são raras as flores que florescem nas varandas. Há já alguns anos, somente uma laranjeira anã persiste teimosamente em sobreviver na minha varanda até ao dia em que, esgotados os nutrientes da terra do pequeno vaso em que se encontra, venha finalmente a morrer… Será uma morte gloriosa apesar do abandono a que tem sido votada. Gloriosa na mediada em que, apesar do abandono, conseguiu sobreviver por alguns anos e mesmo até a dar frutos... A exemplo destas árvores, é com a mesma dignidade que um dia pretendo partir: "Morto por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores". Esta frase que pertence à peça "As Árvores Morrem de Pé" é dita quase no final pela fabulosa actriz Palmira Bastos e muitas vezes a recordo em alguns momentos cruciais da minha vida...

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