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sábado, 1 de dezembro de 2018

QUANDO A SAUDADE APERTA


Difícil não é lutar por aquilo que se quer, mas desistir do que se ama.
Há dias em que a saudade aperta mais do que outros e quando ela toma as rédeas e galopa incontrolável pelo passado, lembro-me sempre daquela frase que diz que a saudade além de pernas também deve ter braços, uma vez que aperta…
Dizem, não me lembro mas reconheço, que sempre fui muito inconstante nas emoções que raramente deixo transparecer, agora menos do que no passado.
De vez em quando lá vem aquela saudade das coisas e das pessoas que de algum modo acompanharam a infância, adolescência e mesmo ao longo da vida e que por força do pensamento não é possível esquecer… Por vezes tenho saudades daqueles momentos, bons ou maus, das gargalhadas que dei e até das lágrimas derramadas, de tudo que o passado guardou ciosamente no cofre do tempo.
Há dias em que é difícil comandar a saudade passando ela a dirigir o barco em que navegámos.
Há dias assim.

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