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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

AUTORRETRATO


Não posso dizer que tenha ficado extasiado a olhar a Mona Lisa ou Gioconda como lhe queiram chamar. Ela encontra-se bem guardada no museu do Louvre em Paris onde poderá ser apreciada.
Se não fiquei extasiado, fiquei algo decepcionado face ao tamanho do quadro. Realmente é pequenino, quase insignificante nos seus 77 cm de altura.
Na verdade, chamar-lhe autorretrato não é de todo correto, pode até considerar-se errada esta classificação. Por definição, “autorretrato” é a pintura ou desenho da própria pessoa, feito pela própria pessoa. Ora pouco ou nada se aplica à célebre Mona Lisa se bem que alguns investigadores ponderam seriamente a hipótese do quadro retratar o próprio artista.
Como em qualquer autorretrato espera-se que o artista consiga mostrar além do aspeto físico, o aspecto psicológico captando assim a sua expressão mais profunda e oculta do artista. É com base nestes factores que alguns investigadores defendem que a Mona Lisa é nada mais nada menos do que um autorretrato de Leonardo Da Vinci.
Pondo de parte esta polémica confesso a minha curiosidade e vontade de repousar os olhos sobre essa célebre tela que nem tela é. Na verdade trata-se de uma pintura a óleo sobre madeira de álamo. Foi o que consegui na minha última visita ao Louvre de que nem 1/3 visitei mas qualquer tarefa, por mais humilde que seja, é um autorretrato de quem a executou.
Seja na poesia, literatura, música pintura, arquitectura, ou noutra coisa qualquer, quanto mais se pretende esconder a essência de quem a executou, mais ela se revela mesmo contra a própria vontade.

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