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domingo, 2 de fevereiro de 2014

SEMPRE DE PARTIDA

O perigo ou a vantagem (depende do ponto de vista) está precisamente aí, na hipótese de não voltar… Pelo contrário, como prezo acima de tudo a minha independência, nada faço para reter coisas ou pessoas que, por algum motivo, entraram na minha vida. Como dizia John Lennon, “Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem, é porque nunca as possuí.”
Aprendi de muito novo a estar sempre preparado para partir. A aprendizagem começou no momento da separação dos meus pais o que implicou deixar (sem grande saudade, diga-se) a casa onde literalmente nasci. Para trás ficaram os amigos de infância, a escola, o largo onde brincava… Mais tarde percorri o país de norte a sul na minha profissão de professor. No final de cada ano lá regressava a casa para de novo partir para outra escola, outra localidade. Habituei-me a não me prender às coisas nem às terras, sempre de MALAS FEITAS, pronto a partir...
O tempo passou mas todas estas vivências ajudaram a construir a pessoa que hoje sou… sempre de partida… Por isso não coleciono nada, não guardo papeis nem mágoas… Só em segredo, muito em segredo, guardo saudades que nunca conto a ninguém…

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