Há dias que a luzinha com o símbolo de uma bomba de
combustível se tinha ligado no tablier do carro. Como habitualmente, olhei nas
não lhe prestei especial atenção para não se habituar a beber logo que lhe dá a
sede. Acho um descaramento que depois de percorrer uns míseros quatrocentos e
tal quilómetros com 40€, estar a pedir outra vez mais combustível… Mas o meu
carro é mesmo assim, e não desiste apesar da minha tentativa de lhe ignorar o
pedido. Como ainda são uns quilómetros de casa até ao ginásio, lá fiz a vontade
ao “bicho” e passei pelo posto de abastecimento mais próximo de casa. Dei-lhe a
beber mais 40€ de gasóleo e dirigi-me à caixa para pagar. Há quem não o faça
mas ainda mantenho esse velho hábito de pagar. Quando ia mesmo a chegar à porta de entrada no posto, a senhora que estava a abastecer no carro atrás
da minha viatura dá uma corridinha e consegue entrar à minha frente. É aqui que
decido trocar o termo “senhora” por “gaja”. Ainda se ela estivesse com
pressa para ir trabalhar até podia desculpar a falta de civismo mas não.
Ainda se permitiu, nas calmas, comprar uma revista e encetar uma longa conversa
com a operadora de caixa do posto. E eu atrás dela a bufar e a passar o peso do
corpo de uma perna para a outra. A “cabra”, aqui volto a trocar de termo, não
se apercebeu (ou fez de conta) da minha impaciência e por fim, lá se foi embora.
Paguei apressadamente a tempo de entrar no carro primeiro que a dita criatura.
Quando já estava a arrancar para finalmente me dirigir ao ginásio, não é que a
gaja arranca com toda a velocidade e me ultrapassa… Só me ocorreu o comentário
PQP.
Sem comentários:
Enviar um comentário