Já todos os partidos
políticos se agitam na perspectiva de elegerem um deputado ao Parlamento
Europeu nas próximas eleições agendadas para 25 de maio. Os deputados eleitos
pelo povo português (não lhe invejo a sorte) irão sacrificar-se a bem do país e
deste seu povo ingrato e mal-agradecido. Os mártires eleitos pelos diversos
partidos, além de serem obrigados a deixar o país, abandonam também as respectivas
famílias por um período de 5 anos. Por lá terão de andar em inúmeras reuniões e
sessões de trabalho fazendo um esforço inglório para se manterem acordados
durante as mesmas. Mas isso, ninguém agradece. Dá até dó! Se for preciso, este
povo ingrato, ainda é capaz de criticar os subsídios e subvenções a que os
desgraçados têm direito. Para que conste e não restem dúvidas, transcrevo a
seguir a bagatela dos subsídios e subvenções atribuídos (publicados pela
revista Visão) a estes verdadeiros mártires:
Subsídio mensal: o vencimento bruto de um eurodeputado são €7 956,87; após imposto comunitário
e contribuição para seguro, desce para €6 200,72, sobre os quais os
Estados-membros podem aplicar impostos nacionais;
Subsídio "de estadia": são €304 para cobrir despesas (de alojamento e despesas
conexas) por cada dia que os deputados compareçam em reuniões oficiais, desde
que assinem um registo de presença. Pela comparência em reuniões fora da UE,
recebem €152 (mais reembolso das despesas de alojamento).
Despesas de viagem: os
deputados têm direito ao reembolso do custo das viagens para participar nas
reuniões plenárias (em Bruxelas ou Estrasburgo) ou outras, decorrentes do
exercício do cargo, mediante apresentação dos recibos ou a €0,50 por km (a que
acrescem outras despesas de viagem), se a viagem for efetuada em automóvel
privado.
Subsídio para despesas gerais: são €4 299
mensais, para "cobrir despesas no Estado-membro de eleição", como,
por exemplo, os custos de gestão de um gabinete, telefone, correio ou
material informático;
Despesas com pessoal: os
deputados podem escolher o seu staff e, para tal, têm disponível um máximo de
€21 209 mensais, pagos diretamente aos colaboradores. Um quarto deste orçamento
(no máximo) pode ser usado para pagar serviços, como a realização de estudos
técnicos.
Escola
Europeia: os filhos dos deputados têm acesso
à Escola Europeia, que podem frequentar gratuitamente, com total equivalência
ao sistema de ensino português.
Pensão: os antigos deputados têm direito a
uma pensão de aposentação, ao atingirem 63 anos. A pensão ascende a 3,5% do
subsídio por cada ano de mandato, até ao limite máximo de 70% do vencimento.
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Digam lá se
estes pequenos benefícios compensam os grandes sacrifícios que lhes irão ser
exigidos…! Muito me admira que ainda existam candidatos a estas eleições!!!
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