Tão depressa
chegou o dia da partida como demorou em chegar o dia do regresso. O nosso
imigrante (neste país) emigrou de novo para o país de acolhimento.
Na mão,
levava apenas uma mala e na mala, além de algumas peças de vestuário, ia a
saudade e a vontade de ficar… A viola, que por acaso também tem, ficou em casa
que a vida não está para cantigas. Por isso, não faz falta nem cá nem lá…
No
aeroporto, às cinco da madrugada a despedir-se, apenas nós, os dois velhotes. A
notícia não será dada em qualquer telejornal nem irá ser publicada qualquer fotografia
nos jornais. Apenas fica aqui o testemunho de mais um emigrante que partiu em
busca de melhor sorte…
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