Durante os meus
primeiros anos de vida, a Árvore de Natal não fazia parte da decoração
natalícia. O lugar de destaque no aparador que ficava à entrada da sala de
jantar era ocupado pelo presépio. As prendas, quem as trazia, não era o Pai
Natal, pediam-se ao Menino Jesus e eram os pais que as ofereciam… Não sei se
alguma vez acreditei no Pai Natal mas acho que a convivência com os rapazes da minha
rua não foi consentânea com a hipótese de acreditar.
Com o passar dos
anos, a Árvore de Natal foi-se fazendo presente sem contudo nos ser permitido o
prazer de colaborar na sua decoração. Essa tarefa era assumida pela minha mãe
sem qualquer hipótese de ajuda quer da minha parte quer do meu irmão. Hoje
penso que a razão dessa interdição estava relacionada com a fragilidade do
material com que eram feitas as “bolas” de Natal e do seu elevado preço para o
fraco poder económico da família. Apesar da permissão da presença da Árvore de
Natal, as prendas continuaram a ser pedidas ao Menino Jesus… Geralmente não iam
além de umas luvas, um cachecol, um chocolate…
Hoje a Árvore de Natal
faz-se não como outrora em atenção aos filhos já adultos mas para contentamento
e felicidade do meu neto. È gratificante observar o prazer com que o pequenote colabora
na sua decoração! As prendas, essas ainda continuam a ser pedidas ao Pai Natal…
Está na hora de
começar a tarefa de decorar a árvore de natal cá de casa… com a colaboração do
Miguel… obviamente!
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