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terça-feira, 3 de setembro de 2019

NADA NOS PERTENCE


Voltar a falar em desapego é natural que provoque alguma estranheza ou então a pretensa ignorância desse assunto.
O desapego, para quem se “agarra” demasiado às coisas, não é fácil, embora compreenda a real dificuldade dos que inventam mil razões que justificam tal comportamento.
O apego, seja às coisas, às pessoas, ao passado só atrasam o inexorável percurso da vida mas nunca o impedem… É expectável que a vida fique mais leve e por isso mais fácil de levar para quem consiga “largar” coisas, pessoas e situações.
Pensando bem, afinal nada nos pertence desde que nascemos. Tudo o que nos é dado é por empréstimo a curto, médio ou a longo prazo de modo a viver esta vida que até pode ser curta, porém tudo ficará do outro lado. Nem mesmo o próprio corpo nos pertence… até esse, com mais ou menos mazelas, é um empréstimo e cá ficará.
As coisas quebram-se, passam de moda, as pessoas vão e veem sem que possamos intervir nesse bailado, o passado ficou lá atrás impossível de recuperar… É assim, quer se queira ou não, todos os dias se pratica o desapego.
Pois, se é fácil falar em desapego, mais difícil ainda é praticá-lo. Mas praticar o desapego não quer dizer largar tudo o que preenche a existência que assim fica mais pobre. Praticar o desapego é não ter demasiada “pena” do que se vai perdendo ao longo do percurso.

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