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segunda-feira, 29 de junho de 2015

DO ALTO DA MINHA JANELA

Do alto da minha janela,
contemplo o mundo lá em baixo e o mundo contempla-me a mim… Quer queira, quer não, ficámos assim fatalmente unidos. E que todas as janelas, portas e postigos permitam esta união entre os dois mundos!
Do alto desta janela,
observo outras janelas. Olho aquele ali que se refresca na janela em frente… Não admira! Num país em que o frio e a chuva estão presentes durante quase todo o ano, o anormal calor que se faz sentir convida a refrescar. Ao mesmo tempo que se refresca, como de costume, talvez fume um cigarro.
Numa outra janela mais abaixo, alguém vê televisão, não sei se por gosto ou por não ter nada mais interessante para fazer… mas de momento, está para ali virado.
Do alto da minha janela,
consigo ver o pôr-do-sol até que me fique apenas gravado na retina…
Do alto da minha janela,
contemplo o mundo e o mundo contempla-me a mim e, desta união, uma certeza me assalta: que a vida merece mesmo a pena... 

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