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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

UM AVÔ... COMO TODOS OS OUTROS

Como toda a gente, também fui pai e depois avô e, como toda a gente, também tive avós. E o que nem todos se podem gabar, tive uma avó postiça que não era avó de ninguém mas que cuidava de dois “netos” vindos da escola, encarregando-se do lanche, dar banho e cuidava de nós até os pais regressarem do trabalho.

Dito assim, até parece que convivi com uma multidão de avós o que não é verdade. Conheci apenas uma avó que ao que recordo, não morria de amores pelos netos… Quanto aos outros avós, resolveram partir antes de chegarem os netos… Espertos!

Agora que estou numa de avô, não vou cair nesse velho cliché de dizer, ser avô é ser pai duas vezes porque não é, pelo menos para mim. Chegou ser pai e avô uma vez, quanto mais, duas vezes… tudo se paga…

Talvez a visão que tenho sobre o papel dos avós tenha a ver com essa infância carente de avós ou quem sabe, talvez seja apenas uma questão de temperamento. Ser avô, é simplesmente ser avô. O que significa menos… menos tempo para a escrita, menos tempo para dedicar ao próprio, menos tempo para dar atenção às traquinices dos mais pequenos mas mais tempo para lhes fazer companhia, mais coragem para fazer do cansaço mais vontade de ouvir e levar a sério as suas brincadeiras,… enfim, isso é ser avô.

Os avós também têm direito a ter uma vida própria, os seus momentos de relaxe dedicados a si próprios, a viajar, a conviver com os amigos,…

PS: vê-se bem que este texto foi escrito antes do aparecimento da maldita pandemia que veio alterar tudo.

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