Toda a gente odeia a mentira até mesmo, por
incrível que pareça, os mentirosos mais inveterados… No fundo, não é a mentira
que nos desagrada, mas sim o sentimento de ser enganado já que, sem querer
ofender ninguém, mais ou menos todos somos mentirosos… Segundo
um estudo realizado por Robert Feldman (psicólogo da Universidade de
Massachusetts), 60% das pessoas mentem em conversas do dia-a-dia.
É corrente relacionar a mentira com pessoas sem
carácter possuidoras de mentes perversas. Mas isso não corresponde inteiramente
à verdade. Nem toda a mentira revela falta de carácter ou alguma forma de perversidade.
Quem nunca “pregou” uma mentira nem que tenha sido a chamada mentira piedosa
que visa poupar alguém ao desconforto ou ao sofrimento de uma verdade demasiado
desagradável?
Além deste, existem muitos outros motivos para
se mentir sem que, com essa atitude, se tenha em vista causar prejuízo a alguém.
Muitas vezes, por trás de uma mentira está a incapacidade de aceitar uma realidade
triste e desinteressante. Com a mentira pretende-se idealizar as reais
condições de vida. O grande problema é que ao persistir na mentira, o mentiroso
acaba muitas vezes por acreditar na própria mentira…
Seja em que circunstância for a verdade é mil
vezes preferível, por mais dolorosa que seja, a uma qualquer mentira, mas há
circunstâncias… e circunstâncias. Já se imaginou a responder a um familiar
gravemente doente que lhe pergunta se está melhor:
- Não, não está nada melhor. Segundo me disse o
médico é pouco provável que passe o dia de amanhã.
Ou então, responder a uma velha amiga que nos
diz ufana a sua idade:
Só 53 anos!!! Mas está muito acabada para a
idade…!
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