Seja
em que circunstância for, a morte de um ente querido nunca se aceita. Há mortes
caridosas como é o caso de doentes terminais em grande sofrimento ou de idosos
cuja existência se torna extremamente penosa e degradante, mas há outras que
nunca ou dificilmente se aceitam porque não se compreendem nem nada as fazia
prever. É aquele tipo de morte traiçoeira, que nos apanha de surpresa sem nos ter
dado qualquer hipótese de preparação e que ataca pessoas cheias de saúde que em
nada contribuíram com um ato irreflectido que pusesse em risco a própria vida…
Por
mais solidários que sejamos com a dor dos outros, ninguém consegue imaginar a imensidão
da dor e a revolta que se sente quando se perde um filho… Só quem já passou
por essa experiência consegue avaliar a amplitude dessa dor. Felizmente nunca
passei por essa experiência mas vivi de perto a dor de minha mãe aquando da
morte de meu irmão. Penso que não pode haver dor maior do que a que atinge a
mãe que perde um filho, carne da sua carne, sangue do seu sangue… Parte de si própria
morre com o filho e jamais ficará completa. Foi isso que constatei…
Nunca conheci Judite de Sousa pessoalmente e nem sempre apreciei a sua conduta quer
ao nível pessoal quer profissional, o que não invalida que esteja “presente” e
solidário neste momento de imensa dor.
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