Nada
de alho-porro e muito menos martelinhos de plástico que abomino… Nada de rusgas
pelas ruas da baixa nem dos bairros populares… Mas havia o manjerico à janela e
também houve largada do balão como já vem sendo tradição familiar. E foram
assim os festejos de São João, calmamente em casa da filhota, em família.
Se eu
quereria antes deambular pelas ruas da cidade?
Não.
Já foi tempo em que desfilei munido do alho-porro e do ramo de cidreira. Hoje,
mais velho e mais calmo, prefiro assim, em casa com a família. Só se compreende
festejar o São João nas ruas, num grupo de amigos e/ou familiares, de outra
forma a coisa fica sem graça.
E foi um
jantar simpático com sardinha assada com pimentos, fêveras e broa, tudo regado
com uma boa sangria.
E
porque o Miguel já dava mostras de sono e cansaço, ainda antes da meia-noite fomos
até à praia lançar o nosso balão. Com a minha preciosa ajuda o lançamento foi
perfeito e o balão voou bem alto até se perder de vista na imensidão do céu nocturno…
De
volta a casa fui brindado com um céu pejado de balões como há muitos anos não
tinha oportunidade de ver…
Em
anos de crise quase me atrevo a dizer sobre os balões o que disse, e muito bem,
o poeta Manuel Alegre (não o político) sobre os rios deste país:
“Levam
sonhos deixam mágoas”
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