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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A MADONA SISTINA

Há quadros que nos transmitem sensações, despoletam emoções muitas vezes indescritíveis. Aliás, tem sido esse o objectivo perseguido pela maioria dos pintores desde a antiguidade até aos tempos modernos. Na verdade todos os quadros originam reacções e nos levam a sentenciar com um “gosto” ou “não gosto”. Esta “sentença” não é mais do que a exteriorização das emoções/sensações que a pintura nos desperta.
Não recordo quando nem onde comprei o “quadro” (se assim lhe posso chamar) e que actualmente se encontra numa das paredes do meu quarto. Obviamente eu sabia que não tinha ali um original e que se tratava apenas da reprodução de um qualquer quadro célebre, mas até à data nunca tinha tido a mínima curiosidade em descobrir quem seria o autor. Desde que o comprei, e por isso mesmo, sempre me provocou uma sensação de proximidade o aspecto profundamente humano em oposição à maioria das representações da Virgem demasiado divinas, demasiado distantes…. Talvez por esse motivo, pela tristeza que perpassa no olhar da virgem sempre me seduziu a observação deste “quadro” e, não sendo um homem de sólida fé, consigo ter com esta imagem uma relação de proximidade.
Ter tempo de sobra e ficar “preso” em casa por motivos de saúde, tem destas coisas, deu-me para descobrir quem teria pintado o original desta obra de uma simplicidade tão tocante. Confesso a minha decepção ao constatar que o “meu quadro” é apenas um fragmento do verdadeiro, A Madona Sistina.
O quadro foi pintado por Rafael (Raffaello Sanzio) em 1512 por encomenda do Papa Júlio II para homenagear o seu falecido tio, o Papa Sisto IV. Como se pode ver, a Virgem com o Menino ao colo, conversa com Santa Bárbara e São Sisto.

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