Etiquetas

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A CRIANÇA QUE HÁ EM NÓS

Para quem nos estiver a observar, quando estou em companhia do meu neto Miguel, vai seguramente tomar-me por um perfeito atrasado mental. É assim quando estou com o Miguel. Nós fazemos corridas na galeria de acesso ao prédio, saltámos os “buracos” do passeio na minha rua, inventámos nomes (feios) para pessoas que se atravessam nas nossas brincadeiras, conversámos com o automóvel como se ele tivesse vida própria, jogamos on-line tudo que é jogo,… Enfim, este comportamento é a prova de que mantenho bem viva a criança que há em cada um de nós. Se é verdade que toda a gente tem dentro de si essa criança, não é menos verdade que todos aprendemos a reprimi-la ao atingir o estado adulto. É suposto que um adulto tenha um determinado comportamento estereotipado, que seja “sério”. Perante uma atitude mais descontraída e brincalhona, lá vem a repreensão; “deixa de ser criança”. Frequentemente sou surpreendido pela “reprensão” da minha própria filha quando as minhas brincadeiras com o Miguel ultrapassam os limites sonoros aceitáveis…
Cedo me foi exigido um comportamento muito próximo dos adultos, quando ainda usava calções. Mais tarde, quando a vida nos começou a sorrir, já não era mais criança… Por tudo isso, jamais devíamos esquecer a criança que há em nós. Mais do que todas as crianças que temos vindo a conhecer ao longo da vida, é a criança que há em nós que mais precisa da nossa atenção e do nosso carinho…

2 comentários:

  1. Se a tua neta for como a Beatriz, estamos conversados! Vai procurar bolas e chuteiras...
    Mas pode ser que seja uma Leonor...

    ResponderEliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...