Etiquetas

domingo, 21 de julho de 2013

O SABUJO

Sabujo era o termo de eleição da Dona Mimi, minha mãe para apelidar um indivíduo servil, bajulador, tipo lacaio. Deste modo, o termo foi-se enraizando na minha memória conectando-o apenas com o seu sentido figurativo Muito me surpreendeu mais tarde saber que designa uma raça de cães farejadores como o beagle, o bloodhound ou o basset hound, por quem nutro a maior das simpatias. Mas não é deste simpático amigo do homem que vou falar. O sabujo a que me vou referir pertence à raça humana.
Ao observar o comportamento de determinada pessoa através do que “publica” através da Internet, só me ocorreu o termo – Sabujo. A Internet tem destas coisas, permite-nos observar e analisar determinados comportamentos comodamente instalados na cadeira em frente ao portátil como se no teatro ou cinema estivéssemos a assistir ao desenrolar da comédia que, às vezes, a própria vida se transforma. O sabujo não é destituído de algumas “qualidades”. Tem a capacidade de dançar conforme a música o que revela um grande poder de adaptação. Apesar de dissimulado e pouco letrado, consegue tornar-se simpático graças à sua capacidade de bajular e de levar o seu servilismo ao extremo de se transformar num lacaio. É exímio na arte de se insinuar conseguindo assim um lote considerável de “amigos” que selecciona criteriosamente de acordo com as benesses que poderá usufruir através deles o que o torna um perfeito parasita. É um autêntico “camaleão” vestindo a pele que mais se harmoniza com a sua “presa”. Deste modo vai usufruindo das vantagens que a sua “simpatia” vai conquistando até ao dia em que as pessoas se apercebem da sua verdadeira personalidade. O sabujo tem um prazo de validade mais ou menos longo conforme a capacidade de discernimento daqueles para quem se insinua… Mas como ser tolerante que sou, vou-o deixando viver… Todos os seres vivos mesmo os mais inferiores têm direito à vida e este… também.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...