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sábado, 13 de julho de 2013

HOJE APETECEU-ME OUVIR AMÁLIA

Hoje apeteceu-me ouvir Amália. Nem sempre gostei de fado e consequentemente de Amália Rodrigues. Durante a minha adolescência achava este género de música piroso. Estava mais virado para os Beatles, Sivie Vartan, Johnny Hallyday, Françoise Hardy… era a década de sessenta… No campo musical as minhas preferências divergiam claramente das de minha irmã com quem, como já referi, tinha grande afinidade. Nesta época ela ouvia Amália e todo o género de musica brasileira. Admito que possa ter tido alguma influência no facto de ter começado por apreciar o timbre de voz de Amália e daí a gostar de a ouvir cantar. Não era só aquela voz tão característica que me fascinava mas também a interpretação que dava às letras que cantava. Nessa tempo, as letras dos fados pouco ou nada me diziam. Falavam de amores e desamores, experiências de vida que me faltavam viver…
Hoje apeteceu-me ouvir Amália. Mais propriamente o álbum “Gostava de ser quem era” que possuo há anos em vinil e mais recentemente em CD. Apercebi-me da enorme poetisa que foi Amália ao atentar mais nas letras dos fados deste álbum, todas escritas por ela. Acho que era altura de lhe dar o devido relevo como poetisa para além da consagração que justamente lhe foi feita como cantora. Não digo fadista propositadamente já que ao longo da sua carreira interpretou magistralmente vários géneros de música quer portuguesa, quer estrangeira.
Está mais que na hora de uma editora compilar as suas poesias e editar um livro que seguramente teria venda, ou não. Somos um país de poetas que não lê poesia... 

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