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quarta-feira, 11 de abril de 2018

AS APARÊNCIAS ILUDEM


Não estou preocupado em distinguir “ditado popular” de “provérbio” embora reconheça que existem diferenças substanciais entre os dois termos. Na minha opinião, trata-se de dois importantes meios de transmissão da cultura popular que importa preservar e transmitir à nova geração.
Neste sentido, transporto hoje comigo mais um ditado popular o que, de certo modo, é já normal. Não é de estranhar que tenha assimilado grande parte destes ditados e provérbios durante a minha infância uma vez que eles circulavam livremente lá por casa na voz inconfundível da mãe consultada por muita gente. Havia sempre um provérbio na ponta da língua adequado a cada situação. Por isso é provável que, de vez em quando, eles consigam emergir das profundezas onde se encontram e apareçam à luz do dia transbordando por toda a parte.
O ditado, nem tudo que (re) luz é oiro, nem sempre é aplicado de acordo com o seu real significado, era muito usado lá por casa. Por outras palavras, nem sempre se apreende o verdadeiro significado de qualquer provérbio, é necessário carregar alguns anos no lombo… que me desculpem os mais puristas da língua.
No seu pobre linguajar, tão pobre que nunca diria reluz em vez de luz, o que pretendia dizer é que as coisas ou as pessoas nem sempre são o que parecem ou recorrendo às suas sábias palavras da mãe, as aparências iludem.
Por este motivo, quase me sinto feliz quando consigo enganar os mais próximos passando a imagem de que esta tudo bem. Só quem convive comigo diariamente e a tempo inteiro, consegue notar que existem diferenças de dia para dia, de hora para hora…
Parecer estar bem não tem, nem longe nem de perto, o mesmo significado de estar realmente bem.
As aparências iludem…

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