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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

A ETERNA DÚVIDA


Há coisas tão evidentes que não há margem para dúvidas e uma delas é a alteração climática que se tem agravado nos últimos anos. É urgente fazer qualquer coisa em prol do clima, seja lá o que for, desde que não se permaneça de braços cruzados a ver o mundo afundar-se. Diariamente fala-se muito (cada vez mais) em diminuir os plásticos, remover as piriscas dos cigarros, as palhinhas de plástico, etc. e contudo nada se faz para implementar as leis que se elaboram para o efeito. Perante tanta verborreia vem-me à ideia as tão conhecidas palavras de Jesus para São Tomé: Porque me viste, acreditaste. Felizes os que, sem me terem visto, acreditaram.
A frase, infelizmente, mantém-se actual.
Confesso que gosto de São Tomé, conhecido como o “sem fé” que serve de exemplo a quem demonstra duvidas. Imagino que o santo tenha sido um homem sem medo que punha a verdade acima de tudo. Muitas vezes manifesto algumas duvidas perante factos tão banais que a maioria aceita.
Tem dias em que a fé se faz mais presente enquanto noutros, nem por isso. Tal como São Tomé, penso que é permitido questionar a fé, que não se deve aceitar como algo de que não pode duvidar-se.
Encarada assim, não é de estranhar que admire São Tomé. “Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal e a minha mão no seu peito, não acredito.” (Jo 20, 25)

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